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Nome

raul

RGM

Curso
História

2º semestre 6/A

FRANCA
2021
Relatório de observação
Estudar a história da EJA para entendê-la atualmente, trata-se de uma tarefa complexa e
muito minuciosa, uma vez que, nossa intenção é resgatar a história dos sujeitos que
fizeram e fazem parte desse processo, entendendo que as lutas dos movimentos sociais
e desses sujeitos são muito significativas para o atual desdobramento dessa modalidade
de ensino. Para tanto traremos em nossos escritos autores que contribuem para a
produção de conhecimento nessa área, além de documentos sobre a legislação
constitucional e educacional brasileira referente à Educação de Jovens e Adultos, bem
como programas e projetos que tenham influenciado na constituição de sua história.
Definir a Educação de jovens e Adultos a partir do campo conceitual da Educação Popular
nos parece fundamental, pois entendemos que vários autores comungam hoje da opinião
que a EJA é bem mais compreendida quando a situamos como Educação Popular.

A ideia de alfabetizar e fazer as pessoas que não terminou o ensino regular terem o
direito a educação não é uma ideia nova mas sim uma ideia que após a segunda guerra
mundial o mundo inteiro queria resolver esse problema da alfabetização, nesse ponto
que começã as companhas feita para todo o mundo e em 1949 aconteceu a primeira
conferencia mundial organizada pela UNESCO para que todos os países entereçados a
resolver esse problema consersase entre si, e esse encontro acontece de cinco em cinco
anos para ver como os países estão em relação as propostas feitas durande as
conferencia.

Temos tambem outras fontes que vão mais alem do que as ideias de 1949, e se trata mais
como o Brasil ve a educação desde os primeiros jesuidas que chegarão ao pais
ecomeçaram a catequizar os nativos, quanto os jesuitas foram espulso do pais e não
poderia mais catequizar os nativos a ideia permaneceu viva e ai começaram a ter um
outro olhar para a alfabetização mas por muito tempo o pais ficou sem politicas para a
alfabetização.

O eja (educação de jovens e adulto) esta na nossa constituição na SEÇÃO V – Da


Educação de Jovens e Adultos, e são apresentados nos art. 37 e art. 38 que se fala sobre
a as leis contidas nele e os artigos fala o seguinte o primeiro é o art. 37 que fala,

Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso
ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.
Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não
puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas,
consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante cursos e exames.
O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na
escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação
profissional, na forma do regulamento.
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de
estudos em caráter regular.

Esses artigos da constiduição de 1988 garante que todos os cidadão tem o direito perante
a lei de ter sua formação escolar garantida pelo estado de forma gratuita e que os
adolecentes menor de quinze anos que não completou o ensino fundamental tem o direito
de ter sua continuaidade no ano de ensino que paraou, na lei tambem falo seobre sobre a
educação de adulto com idade maior de dezoitos anos tem todo o direito de volta a escola
para terminar seus estudos.

Somente a partir da década de 1930 é que a educação de jovens e adultos efetivamente


começa a se destacar no cenário educacional do país. quando em 1934, o governo cria o
Plano Nacional de Educação que estabeleceu como dever do Estado o ensino primário
integral, gratuito, de frequência obrigatória e extensiva para adultos como direito
constitucional (FRIEDRICH et.al, 2010). Em 1.945 surgiram muitas críticas aos adultos
analfabetos. Entretanto a luta com garra e dedicação por uma educação de qualidade
para todos, fez com que a educação de adultos ganhasse destaque na sociedade. A partir
daí, a educação de adultos assumida através da campanha nacional do povo começou a
mostrar seu valor. Através da campanha de Educação de Adultos, lançada em 1947, abre-
se a discussão sobre o analfabetismo e a educação de adultos no Brasil (COLAVITTO e
ARRUDA, 2014). Nesta época cria-se o Serviço Nacional da Educação de Adultos (SNEA)
voltado ao ensino Supletivo; surge a 1ª Campanha Nacional de Educação de
Adolescentes e Adultos (CEAA), no intuito de reduzir o analfabetismo das nações em
desenvolvimento; o 1º Congresso Nacional de Educação de Adultos e, posteriormente,
em 1949, o Seminário Interamericano de Educação de Adultos. Na década de 70 destaca-
se no país o ensino supletivo, criadoem 1971 pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (nº. 5.692/71), (BRASIL, 1971). Nos anos 80 foi possível implantar a Fundação
Nacional para Educação de Jovens e Adultos (Fundação Educar), vinculada ao Ministério
da Educação, que ofertava apoio técnico e financeiro às iniciativas de alfabetização
existentes (VIEIRA, 2004). Somente em 1996, surge a nova Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) (nº. 9.394/96), que reafirma o direito dos jovens e adultos
trabalhadores ao ensino básico e ao dever público sua oferta gratuita, estabelecendo
responsabilidades aos entes federados através da identificação e mobilização da
demanda, com garantia ao acesso e permanência (BRASIL, 1996).

Ao ponto de vista o brasil tem uma boa politica de ensino de jovens e adultos (EJA), pois
o pais já tem uma taxa mais baixar de analfabetismo de adultos em relação as decadas
passadas. As aulas que se encontra dispnivel no yotube para se assitir são boas explica o
material muito bem, mas ao meu ver não tem um aprofundamento no conteudo pois o eja
os tempos que a materia é apresentada é menos do que de um ensino regular pois os
moldes te aprenzidos são mais compctados por que os anos de aulas são tadas em
menos anos comparada ao ensino regular, e o eja tambem é chamado popularmente de
supletivo e as provas aplicadas é de vital importância pois é assim que se consegue saber
se os alunos e a escola estão indo e um ponto final desse assunto as provas tem como
objetivo finalizar os esdutos do aluno.
O que é bncc essa sigla representa (base nacional comum curricular)e esse é um
documento muito importante para a educação brasileira, ele é um documento recente e
aborta praticamente tudo sobre os ensino do brasil inteiro e muito completo pois é dividido
em tres partes desde tá base ate o ensino medio, o documento começa a educação
infantil passa pelo fundamental um e o fundamental dois e se finaliza no ensino medio.
Esse documento é novo pois foi terminado em 2015, ele foi feito com a participação de
alunos professores agentes escolaris e aberto para toda população em geral para
ajudarem a construir um documento completo e democratico, começaram a construir em
2013 e terminaram em 2015.
A BNCC por si só não alterará o quadro de desigualdade ainda presente na Educação
Básica do Brasil, mas é essencial para que a mudança tenha início porque, além dos
currículos, influenciará a formação inicial e continuada dos educadores, a produção
de materiais didáticos, as matrizes de avaliações e os exames nacionais que serão
revistos à luz do texto homologado da Base.
A exploração dessas questões sob uma perspectiva mais complexa torna-se possível no
Ensino Médio dada a maior capacidade cognitiva dos jovens, que lhes permite ampliar
seu repertório conceitual e sua capacidade de articular informações e conhecimentos. O
desenvolvimento das capacidades de observação, memória e abstração permite
percepções mais acuradas da realidade e raciocínios mais complexos– com base em um
número maior de variáveis –, além de um domínio maior sobre diferentes linguagens, o
que favorece os processos de simbolização e de abstração. Portanto, no Ensino Médio, a
BNCC da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas propõe que os estudantes
desenvolvam a capacidade de estabelecer diálogos – entre indivíduos, grupos sociais e
cidadãos de diversas nacionalidades, saberes e culturas distintas –, elemento essencial
para a aceitação da alteridade e a adoção de uma conduta ética em sociedade. Para
tanto, define habilidades relativas ao domínio de conceitos e metodologias próprios dessa
área. As operações de identificação, seleção, organização, comparação,
análise,interpretação e compreensão de um dado objeto de conhecimento são
procedimentos responsáveis pela construção e desconstrução dos significados do que foi
selecionado, organizado e conceituado por um determinado sujeito ou grupo social,
inserido em um tempo, um lugar e uma circunstância específicos. É necessário, ainda,
que a Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas favoreça o protagonismo juvenil
investindo para que os estudantes sejam capazes de mobilizar diferentes linguagens
(textuais, imagéticas, artísticas, gestuais, digitais, tecnológicas, gráficas, cartográficas
etc.), valorizar os trabalhos de campo (entrevistas,observações, consultas a acervos
históricos etc.), recorrer a diferentes formas de registros e engajar-se em práticas
cooperativas, para a formulação e resolução de problemas. Considerando as
aprendizagens a ser garantidas aos jovens no Ensino Médio, a BNCC da área de
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas está organizada de modo a tematizar e
problematizar algumas categorias da área, fundamentais à formação dos estudantes:
Tempo e Espaço; Territórios e Fronteiras; Indivíduo, Natureza, Sociedade, Cultura e Ética;
e Política e Trabalho. Cada uma delas pode ser desdobrada em outras ou ainda analisada
à luz das especificidades de cada região brasileira, de seu território, da sua história e da
sua cultura.
É necessário, ainda, que a Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas favoreça o
protagonismo juvenil investindo para que os estudantes sejam capazes de mobilizar
diferentes linguagens (textuais, imagéticas, artísticas, gestuais, digitais, tecnológicas,
gráficas, cartográficas etc.), valorizar os trabalhos de campo (entrevistas,observações,
consultas a acervos históricos etc.), recorrer a diferentes formas de registros e engajar-se
em práticas cooperativas, para a formulação e resolução de problemas. Considerando as
aprendizagens a ser garantidas aos jovens no Ensino Médio, a BNCC da área de
Ciências Humanas e SociaisAplicadas está organizada de modo a tematizar e
problematizar algumas categorias da área, fundamentais à formação dos estudantes:
Tempo e Espaço; Territórios e Fronteiras; Indivíduo, Natureza, Sociedade, Cultura e Ética;
e Política e Trabalho. Cada uma delas pode ser desdobrada em outras ou ainda analisada
à luz das especificidades de cada região brasileira, de seu território, dasua história e da
sua cultura.
As transformações geradas por cada indivíduo são mediadas pela cultura. Em sua
etimologia latina, a cultura remete à ação de cultivar saberes, práticas e costumes em um
determinado grupo. Na tradição metafísica, a cultura foi apresentada em oposição à
natureza. Atualmente, as Ciências Humanas compreendem a cultura a partir de
contribuições de diferentes campos do saber. O caráter polissêmico da cultura permite
compreender o modo como ela se apresenta a partir de códigos de comunicação e
comportamento, de símbolos e artefatos, como parte da produção, da circulação e do
consumo de sistemas culturais que se manifestam na vida social. Os indivíduos estão
inseridos em culturas (urbanas, rurais, eruditas, de massas, populares, regionais, locais
etc.) e, dessa forma, são produtores e produto das transformações culturais e sociais de
seu tempo. Na modernidade, a noção de indivíduo se tornou mais complexa em razão das
transformações ocorridas no âmbito das relações sociais marcadas por novos códigos
culturais, concepções de individualidade e formas de organização política no mundo
ocidental. Em meio às mudanças, foram criadas condições para o debate a respeito da
natureza dos seres humanos, seu papel em diferentes culturas, suas instituições e sua
capacidade para a autodeterminação. A sociedade capitalista, por exemplo, ao mesmo
tempo em que propõe a centralidade de sujeitos iguais, constrói relações econômicas que
produzem e reproduzem desigualdades no corpo social.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS E
SOCIAIS APLICADAS PARA O ENSINO MÉDIO
1. Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos
âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da
pluralidade de procedimentos epistemológicos, científi cos e tecnológicos,
de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles,
considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em
argumentos e fontes de natureza científi ca.
2. Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e
espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam
as territorialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações.
3. Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e
sociedades com a natureza (produção, distribuição e consumo) e seus
impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de
alternativas que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental
e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.
4. Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios,
contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção,
consolidação e transformação das sociedades.
5. Identifi car e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e
violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários,
e respeitando os Direitos Humanos.
6. Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes
posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao
seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade.
Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos
local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de
procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender
e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de
vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
Nessa competência específica, pretende-se ampliar as capacidades dos estudantes de
elaborar hipóteses e compor argumentos com base na sistematização de dados (de
natureza quantitativa e qualitativa); compreender e utilizar determinados procedimentos
metodológicos para discutir criticamente as circunstâncias históricas favoráveis
à emergência de matrizes conceituais dicotômicas (modernidade/atraso, Ocidente/
Oriente, civilização/barbárie, nomadismo/sedentarismo etc.), contextualizando-as de
modo a identificar seu caráter redutor da complexidade efetiva da realidade; e
operacionalizar conceitos como etnicidade, temporalidade, memória, identidade,
sociedade, territorialidade, espacialidade etc. e diferentes linguagens e narrativas que
expressem culturas, conhecimentos, crenças, valores e práticas.
Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços,
mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades
e o papel geopolítico dos Estados-nações. Nessa competência específica, pretende-se
comparar e avaliar a ocupação do espaço e a delimitação de fronteiras, como também o
papel dos agentes responsáveis por essas transformações. Os atores sociais (na cidade,
no campo, nas zonas limítrofes, em uma região, em um Estado ou mesmo na relação
entre Estados) são produtores de diferentes territorialidades nas quais se desenvolvem
diferentes formas de negociação e conflito, igualdade e desigualdade, inclusão e
exclusão. Dada a complexidade das relações de poder que determinam as
territorialidades, dos fluxos
populacionais e da circulação de mercadorias, é prioritário considerar o raciocínio
geográfico e estratégico, bem como o significado da história, da economia e da política
na produção do espaço.
Nessa competência específica, propõe-se analisar os paradigmas que refletem
pensamentos e saberes de diferentes grupos, povos e sociedades (incluindo-se os
indígenas, quilombolas e demais povos e populações tradicionais), levando em
consideração suas formas de apropriação da natureza, extração, transformação e
comercialização de recursos naturais, suas formas de organização social e política, as
relações de trabalho,os significados da produção de sua cultura material e imaterial e
suas linguagens. Considerando a presença, na contemporaneidade, da cultura de massa
e das culturas juvenis, é importante compreender os significados de objetos derivados da
indústria cultural, os instrumentos publicitários utilizados, o funcionamento da propaganda
e do marketing, sua semiótica e seus elementos persuasivos, os papéis das novas
tecnologias e os aspectos psicológicos e afetivos do consumismo.
pretende-se que os estudantes compreendam o significado de trabalho em diferentes
culturas e sociedades, suas especificidades e os processos de estratificação social
caracterizados por uma maior ou menor desigualdade econômico-social e participação
política. Além disso, é importante que os indicadores de emprego, trabalho e renda sejam
analisados em contextos específicos que favoreçam a compreensão tanto da sociedade
e suas implicações sociais quanto das dinâmicas de mercado delas decorrentes. Já a
investigação a respeito das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais
deve enfatizar as novas formas de trabalho, bem como seus efeitos, especialmente em
relação aos jovens e às futuras gerações.
O exercício de reflexão, que preside a construção do pensamento filosófico, permite
aos jovens compreender os fundamentos da ética em diferentes culturas, estimulando
o respeito às diferenças (linguísticas, culturais, religiosas, étnico-raciais etc.), à cidadania
e aos Direitos Humanos. Ao realizar esse exercício na abordagem de circunstâncias
da vida cotidiana, os estudantes podem desnaturalizar condutas, relativizar costumes
e perceber a desigualdade, o preconceito e a discriminação presentes em atitudes,
gestos e silenciamentos, avaliando as ambiguidades e contradições presentes em
políticas públicas tanto de âmbito nacional como internacional.
A construção da cidadania é um exercício contínuo, dinâmico e que demanda a
participação
de todos para assegurar seus direitos e fazer cumprir deveres pactuados
por princípios constitucionais e de respeito aos direitos humanos. Assim, para que
os estudantes compreendam a importância de sua participação e sejam estimulados
a atuar como cidadãos responsáveis e críticos, essa competência específica propõe
que percebam o papel da política na vida pública, discutam a natureza e as funções
do Estado e o papel de diferentes sujeitos e organismos no funcionamento social, e
analisem experiências políticas à luz de conceitos políticos básicos.
Para o desenvolvimento dessa competência específica, a política será explorada como
instrumento que permite às pessoas explicitar e debater ideias, abrindo caminho para
o respeito a diferentes posicionamentos em uma dada sociedade. Desse modo, espera-
se que os estudantes reconheçam que o debate público – marcado pelo respeito à
liberdade, autonomia e consciência crítica – orienta escolhas e fortalece o exercício da
cidadania e o respeito a diferentes projetos de vida. No Ensino Fundamental, a BNCC se
concentra nos processos de tomada de consciência do Eu, do Outro e do Nós, das
diferenças em relação ao Outro e das diversas formas de organização da família e da
sociedade em diferentes espaços e épocas históricas. Para tanto, prevê que os
estudantes explorem conhecimentos próprios da Geografia e da História: temporalidade,
espacialidade, ambiente e diversidade (de raça, religião, tradições étnicas etc.), modos de
organização da sociedade e relações de produção, trabalho e poder, sem deixar de lado o
processo de transformação de cada indivíduo, da escola, da comunidade e do mundo.
A exploração dessas questões sob uma perspectiva mais complexa torna-se possível no
Ensino Médio dada a maior capacidade cognitivados jovens, que lhes permite ampliar seu
repertório conceitual e sua capacidade de articular informações e conhecimentos. O
desenvolvimento das capacidades de observação, memória e abstração permite
percepções mais acuradas da realidade e raciocínios mais complexos– com base em um
número maior de variáveis –, além de um domínio maior sobre diferentes linguagens, o
que favorece os processos de simbolização e de abstração.
As diferenças e semelhanças entre os indivíduos e as sociedades foram sedimentadas ao
longo do tempo e em múltiplos espaços e circunstâncias. Procurar identificar essas
diferenças e semelhanças tanto em seu grupo social (familiar, escolar, bairro,
cidade,país,etnia, religião etc.) quanto em outros povos e sociedades constitui uma
aprendizagem a ser garantida aos estudantes na área de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas. Para além dessa identificação, o exercício de deslocamento para outros pontos
de vista e o reconhecimento de diferentes demandas políticas é central para a formação
das juventudes no Ensino Médio, na medida em que ajudaa superar posturas baseadas
na reiteração das referências de seu próprio grupo para avaliar os demais. Seguindo essa
atitude inquiridora da realidade, é preciso que os estudantes percebam que a pretensão
da validade e a aceitação de princípios universais têm sido questionadas por diversos
campos das Ciências Humanas, visto que a legitimação dos saberes envolve um conjunto
de códigos produzidos em diferentes épocas e sociedades.
diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à
compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos,
políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais.
as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e
culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade,
cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu significado histórico e
comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos.
Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a processos
políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na
sistematização de dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas,
textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, mapas,
tabelas, tradições orais, entre outros).
objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar conhecimentos,
valores, crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de
diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço.
contextualizar e criticar tipologias evolutivas (populações nômades e sedentárias, entre
outras) e oposições dicotômicas (cidade/campo, cultura/ natureza, civilizados/bárbaros,
razão/emoção, material/virtual etc.), explicitando suas ambiguidades.
Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e
tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e
ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e
difundir informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo
e autoria na vida pessoal e coletiva.
Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das mercadorias e do capital nos
diversos continentes, com destaque para a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos
humanos e povos, em função de eventos naturais, políticos, econômicos, sociais,
religiosos e culturais, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a
esses processos e às possíveis relações entre eles.

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