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do Ensino
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Bem vindo(a)!
Assim, vamos dar início ao nosso trabalho. Tenha uma ótima leitura, e não se
esqueça: esse é só seu primeiro passo no campo da Estrutura e Funcionamento do
Ensino. Faça outras viagens, teça outras teias e consolide seu conhecimento no
campo da formação humana. Vamos aos estudos!
Unidade 1
Ciência Política e Políticas
Públicas de educação:
aspectos históricos
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Introdução
Prezado(a) aluno(a),
Nesta Unidade, você poderá fazer uma análise do conceito de ciência política e do
que entendemos por políticas públicas, além de re etir sobre contexto político
brasileiro, no seu percurso histórico da base legal que orienta e educação brasileira.
Ainda nesta aula, será abordada a concepção da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) e como está dividido a estrutura e o
funcionamento do ensino.
Espero que estes textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema de
nossa primeira unidade.
Boa leitura!
Ciência Política: evolução
do conceito
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
A ciência política, como diz o nome, trata de uma categoria particular de
fenômenos histórico-sociais: os fenômenos políticos, em resumo, a ciência política é
o estudo da política, das estruturas, e ainda dos processos de governo.
O Estado e todos os fatos políticos ligados a ele, como aqueles a que acabamos de
referir, até o presente momento em nossa unidade, são os principais fenômenos
políticos das sociedades humanas. É por isso que as pessoas tendem a confundir
política com Estado ou mais simplesmente com governo, embora os fatos políticos
ligados ao Estado e ao poder Estado também constituem o principal foco de
atenção da ciência política.
Assim, caro(a) graduando(a), para esclarecer melhor esta questão, vamos entender a
política como uma ordem particular de fenômenos que ocorrem em todas as
sociedades humanas e aos quais daremos o nome de fenômenos políticos. Como
mencionamos no início de nossa unidade, essa é uma de nição mais ampla de
política. Ela é importante porque a ciência política estuda todos os fenômenos
políticos das sociedades humanas, e não somente política legal e os processos de
governo. (LEITE, 2016).
Então, a noção de ciência política não é recente. Está presente desde a Grécia
Antiga, se recordarmos das ideias e das re exões de Aristóteles, que nos deixou a
primeira grande obra Política, e de Platão, criador de um sistema político, em seu
livro República. Em seu livro, Platão apresenta o modelo de sociedade deveria
adotar um sistema de Educação em que todos os cidadãos teriam igualdade de
condições, em que “o objetivo é mostrar que o conhecimento é a chave para o bem-
estar de uma sociedade”. (LEITE, 2016, p. 31).
Sendo assim, caro(a) estudante, a ciência política trabalha com os cenários atuais,
com vistas a uma prospectiva. Nos diferentes momentos históricos ela se incumbe
da crítica aos fatos histórico-sociais, analisando os que acenam para o futuro e
poderão contribuir para o delineamento de projetos e de ações governamentais e
sociais que conduzam ao bem-estar social.
Contexto político brasileiro
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
No Brasil, atrasado por séculos de um período colonial, no qual nossas riquezas eram
levadas para a Europa e a escravidão era o grande comércio, as diferentes tentativas
de revolução foram abafadas pelo colonizador português. Mesmo após a
independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, durante todo o Império, as
ideologias políticas que estavam em discussão em diferentes países pouco afetaram
a realidade social e educacional brasileira.
Para Ney (2008), o período Imperial de 1822 a 1889 foi marcado pela política
educacional do Império, que se fundamentava no liberalismo e caracterizava-se pela
educação conservadora. A Constituição de 1824 instituía “a instrução primária
gratuita para todos os cidadãos” em seu Artigo 179 (e, de certa forma,
correspondente ao Artigo 5º da Constituição Federal de 1988, em termos de direitos
e de garantias individuais, resguardadas as diferenças circunstanciais de cada
período histórico).
FICA A DICA
Livro
Notamos, até o presente momento, que anos de 1960 e 1970 é recordar um período
marcado por movimentos estudantis, re exo das di culdades por que passavam os
educadores, introduzidos na massa brasileira, oprimida pelo movimento de 1964. E o
ano de 1968 será sempre um marco da história política do Brasil, pelo
endurecimento das ações da ditadura. (VALLE; COSTA, 2009).
Com a chegada dos anos de 1980, inicia-se uma revisão do exagero das teorias
reprodutivistas, uma postura menos ingênua e mais realista em relação ao papel
social da Educação. Aqui, caro(a) estudante, percebemos com nitidez que existem
limites econômicos, ideológicos, culturais e de classe, que fazem com que a
Educação não possa fazer tudo o que re etíamos. Existe uma “distância entre a
adesão intelectual às ideias progressistas e a inserção na prática progressista”
(VALLE; COSTA, 2009, p. 23), no qual a mudança só se sela quando a prática político-
pedagógica transcende a re exão e passa a ação.
O início da década de 1980 é marcado por movimentos sociais, pela organização de
diferentes categorias em associações, pela mobilização dos professores por
melhores salários, melhores condições de trabalho, melhor formação pro ssional,
melhores escolas. Assim, surgem, em todo o Brasil, entidades nacionais
representativas dos educadores, sem contar com inúmeros sindicatos e outras
associações estaduais e até municipais, que passaram a congregar grupos de
professores por especi cidades de atuação pedagógica. (VALLE; COSTA, 2009).
Entre o período de 1980 e 1990, foi possível desenhar cenas do campo educacional
em dois pontos de vista, sendo elas: a “declaradamente socialista que defendia a
universalização em todos os graus de ensino da escola pública e gratuita” e a outra,
“de caráter liberal que propunha liberdade para o ensino e que discutia amplamente
as concepções de ensino público e de verbas públicas. Os anos 1990, embora com
menos ênfase, mantiveram essas tendências”. (VALLE; COSTA, 2009, p. 27).
Enfoque das Políticas
Públicas em educação
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
A história da educação brasileira nos aponta para o fato de encontrarmos as lutas
entre conservadores e progressistas sempre presentes, por ocasião do processo de
discussão e votação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Assim, na
circunstância da Lei nº 4.024/61, que não conseguiu aprofundar as questões
educacionais, apresentado questões genéricas.
É apropriado relembrar que quando esta lei de ensino foi aprovada, a sociedade
brasileira se encontrava em meio a uma turbulência político-social, em decorrência
da falta de consenso político entre as diferentes correntes, assim como crescia o
descontentamento da classe trabalhadora diante da escalada in acionária que
provocava recessão em virtude do re uxo do crescimento da economia nos últimos
anos.
Esta visão histórica ainda faz lembrar a luta pelo processo de implantação do
sistema capitalista, que imputou à sociedade diferentes concepções de Educação.
Esta situação tem se traduzido em diferentes leis que buscam, pela legalidade,
consolidação das ideias dominantes, bem como aponta para a compreensão de
como se desenvolveram os sistemas educacionais. (VALLE; COSTA, 2009, grifo
nosso).
Como vimos no tópico anterior, nos ns dos anos 1970 e durante a década de 1980,
os debates sobre a democratização do Estado e a liberdade de expressão começam
a tomar conta das associações representativas da sociedade civil, confortados pelos
movimentos sindicais, que prepararam diversos atos de debate como: as greves por
melhores salários e condições de trabalho, ajudando, assim, na exposição da
imprescindibilidade de repensar a organização social brasileira. (VALLE; COSTA,
2009).
Desta forma, devido a estes movimentos sindicais da época, em 1986, foi de total
importância para o marco histórico, pois as propostas foram apresentadas por meio
do documento conhecido como a Carta de Goiânia, na IV Conferência Brasileira de
Educação, já que abrangia colaborações do professorado.
Deste modo, houve uma preocupação em situar a elaboração desta nova lei de
ensino, que representa o nosso horizonte, caro(a) estudante, para os comentários
que serão feitos nesta unidade de estudo acerca de alguns itens que considerasse
importante para o desenvolvimento do trabalho pro ssional. Desse mesmo modo,
será tomado cuidado nas alterações que vêm se processando na legislação
educacional, pois é muito importante que você, graduando(a), também esteja
atento(a), porque a lei de ensino normativa a estrutura e a ação educativa em
território nacional, ou seja, o desenvolvimento de nossa organização escolar e de
nossa prática educativa.
Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Promulgada em 20 de dezembro de 1996, a Lei nº 9.394 aponta os caminhos
políticos na área de Educação para as próximas décadas. Uma análise destas
políticas são os eixos de nossa aula, sabendo que muitas outras discussões
continuam a ocorrer, a m de que seja possível sua operacionalização.
CONCEITUANDO
Diretrizes, segundo Silva (1998, p.13), “são linhas norteadoras,
orientações, guias ou rumos que de nem e regulam um projeto, um
caminho ou uma trajetória a ser seguida”.
A LDBEN de 1996 assinala ser incumbência da União em seu Artigo 9, inciso IV:
A Educação Básica atualmente é composta por três etapas, conforme o Artigo 21, “I -
educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino
médio”. Vale recordar que na lei anterior nº 5.692/71 existia apenas um artigo que se
referia à Educação Infantil, diferente da nova lei.
2ª Etapa: Ensino Fundamental: anos iniciais (1º ao 5º) e anos nais (6º ao 9º).
Com duração mínima de nove anos e matrícula obrigatória aos seis anos de
idade, é a etapa que objetiva, conforme preconiza o Artigo 32.
Ainda sobre educação especial, Artigo 59 da LDBEN determina que “Os sistemas de
ensino assegurarão aos educandos com de ciência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: (Redação dada pela Lei nº
12.796, de 2013)”.
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e
médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a
aprendizagem ao longo da vida. (Redação dada pela Lei nº 13.632, de
2018).
Ademais, destacamos aqui que, além dos níveis e das modalidades de ensino, a
LDBEN/1996 aborda também temas como: recursos nanceiros e formação dos
pro ssionais da educação.
CONECTE-SE
Vimos como a aprovação de uma Lei depende da correlação de forças
existentes no Congresso, no entanto, para se lutar, é necessário que se
conheça o conteúdo das propostas. Assim sendo, é conveniente analisar
um capítulo de fundamental importância, que aponta a nossa formação
e de ne nossa responsabilidade, são eles: Artigo 67 inciso II, e a Lei
11.738/08. Com isso é importante visitar o site, para ter conhecimento
desses artigos.
O projeto pedagógico é o referencial das escolas, detalhando aspectos pedagógicos
da organização escolar, o que comprova a veracidade do valor atribuído a essa
questão pela atual legislação educacional (VEIGA; FONSECA, 2011), quer dizer, o
marco do projeto político-pedagógico foi justamente na LDBEN/96, que intensi ca a
elaboração e autonomia da escola de desenhar os traços gerais de sua própria
identidade da construção de projetos diferenciados, de acordo com suas
necessidades especiais.
No entanto, as autoras Veiga e Fonseca (2011, p. 224) expõem que “[...] a construção
do projeto pedagógico, quando perpassada pela re exão crítica, quali ca os atores
sociais que o concebem, executam e avaliam como produtores de uma escola que
pode orientar suas práticas para a transformação social”.
Ainda Veiga e Fonseca (2011, p. 228) acrescentam que “[...] o projeto político-
pedagógico leva a escola a construir sua autonomia e sua identidade”. Nessa
perspectiva do que não está acabado, “esse projeto deve ser continuamente
redimensionado, visto que as identidades da escola, do professor, do aluno e da
sociedade estão em permanente transformação”.
Para tanto, o projeto busca um direcionamento, como se fosse uma bússola. É uma
ação que tem uma determinada intenção, com um sentido declarado, como um
compromisso de nido coletivamente pelos integrantes da instituição escolar. Desse
modo,
Assim sendo, o projeto pedagógico se torna nosso instrumento de trabalho, uma vez
que de ne as políticas e os princípios losó cos, aprimora os recursos pedagógicos
e nanceiros, mobilizando os diferentes setores para a consecução dos objetivos.
Não elaborá-lo signi ca abrir mão de um documento que legitima nossas ações.
REFLITA
“Uma coisa não é justa porque é lei, mas deve ser lei porque é justa”
(MONTESQUIEU).
Conclusão - Unidade 1
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Introdução
Prezado(a) aluno(a),
Boa leitura!
O Fórum Nacional de
Educação em defesa da
Escola Pública na LDBEN
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Antes de iniciarmos a nossa conversa da unidade II, vamos recordar a história
brevemente. Iniciamos em 1980, no qual o país vivia seu início de efetiva
democratização, em que nomeava representantes para comporem a Assembleia
Nacional Constituinte (ANC). Era o momento de formar uma nova Constituição
Federal (CF), em que crescia o clima de participação das entidades organizadas da
sociedade civil e do movimento sindical, que iniciaram a chamada de seus a liados
para a elaboração de suas propostas.
CONECTE-SE
Caro(a) estudante, para saber os 21 princípios na íntegra da carta de
Goiânia, acesse o link abaixo:
ACESSAR
FICA A DICA
Caro(a) estudante, assista ao vídeo intitulado “Memórias de lutas pela
democracia e pela educação pública”, 2018, uma homenagem ao
Cedes, Anpae e Anped, em razão da ação e atuação no contexto da
Assembleia Nacional Constituinte e na implementação e atividade do
Fórum Nacional em defesa da Escola Pública.
Para Moraes (1991, p. 40), “[...] esse Fórum teve um papel político fundamental no
processo Constituinte, enquanto porta-voz e defensor atento de uma Plataforma
Educacional para o país”. E mesmo que as conquistas de caráter democrático-
popular na Constituinte tenham sido limitadas
“[...] na conjuntura da transição conservadora vivida, o Fórum foi
expressão maior dessas reivindicações e continuou a sê-lo durante o
processo de discussões e votação do projeto de LDB aprovado na
Comissão de Educação da Câmara Federal”. (MORAES, 1991, p. 40).
Saviani (1999, p. 35) indica que a partir da Carta de Goiânia, que predizia “a
manutenção do artigo que de nia como competência da União legislar sobre
diretrizes e bases da educação nacional”, as forças progressistas na educação
começaram a mobilizar-se em torno da elaboração de um projeto da nova LDBEN.
Desde então, esse autor contribui para a construção de uma proposta de cunho
democrático-popular para uma nova LDBEN:
Entre os anos de 1988 a 1996, o FNDEP apresentou uma proposta de LDB, sendo o
descritor, inicialmente, o deputado Jorge Hage Sobrinho. O Fórum acompanhou a
tramitação do Projeto de Lei (PL) nº. 1.258/1988 no Congresso Nacional até sua
derrota em 1996. Esse PL foi fortemente discutido com os professores brasileiros,
com o propósito de serem contemplados conteúdos que exprimissem os princípios
e as conquistas da sociedade civil, uma concepção de educação pública, gratuita,
laica, democrática e de qualidade social, como direito de todos e dever do Estado.
Dessa forma, estava dado o primeiro passo para as mudanças. Nos meses seguintes,
outros projetos de lei foram sendo apresentados e anexados ao texto inicial do
projeto.
Embora o dever do Estado para com a educação, expresso pela primeira vez em
Constituição promulgada (1988), tenha sido abrandado, ele deverá ser efetivado pela
garantia de alguns dispositivos como o ensino fundamental obrigatório e gratuito, a
extensão progressiva da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio, a
obrigatoriedade e gratuidade do ensino fundamental como direito público subjetivo
(Art. 208, I e II e § 1º) (BRASIL, 1988).
Aqui caros(as) alunos(as), tivemos alterações, em que o Artigo 208 “o dever do
Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de”:
Falando um pouco mais sobre a Constituição Federal vigente no Brasil desde 1988,
que tem uma abordagem mais democrática em relação às constituições anteriores.
(BRASIL, 1988). A democracia foi evidenciada em seu processo de elaboração, pois
ocorreu pela convocação de uma ANC e teve a cooperação e participação do povo,
por meio de abaixo assinados, liderados por sindicatos de classe, entidades religiosas
e demais segmentos da sociedade.
Após cerca de nove anos de tramitação entre Câmara e Senado, a proposta da LDB
apresentada pelo FNDEP é arquivada, dando lugar a outra proposta que melhor
atende aos interesses da iniciativa privada e do modelo neoliberal de Estado, sendo
o Projeto Darcy Ribeiro, fortemente colocado em prática no Brasil com o governo de
Fernando Henrique Cardoso. A aprovação da Lei nº 9394/96 representou uma
grande derrota para o Fórum que, até então, apesar de todo acordo nos debates do
parlamento, via-se perdendo força política justamente em seu principal foco de
atuação: as escolas públicas nacionais (TUDE; FERRO; SANTANA, 2015).
O projeto permite con rmar que a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN), sancionada em 20 de dezembro de 1996, seguia a mesma
concepção que norteava as demais políticas governamentais, sejam as que eram
tratadas na Reforma Administrativa, seja a da Previdência, assim como as
educacionais implementadas pelos governos estaduais. Dessa forma, existiu
harmonia entre a lei aprovada e as reformas em pauta na agenda nacional, na
perspectiva da redução de direitos e de minimização do papel do Estado nas
questões sociais.
FICA A DICA
Livro
O texto da Lei nº. 9.394/96 difere do projeto aprovado inicialmente pela Câmara dos
Deputados, apesar de não ser o desejo das entidades presentes nas negociações e
que compunha o FNDEP na LDBEN. Isso signi ca dizer que o Fórum, com sua
representatividade, se fez claro na sua discordância em relação ao processo nal e
ao conteúdo da nova Lei de Diretrizes e Bases, denunciando a farsa e as manobras
políticas que levaram à sua aprovação.
O Conselho Nacional de
Educação e o Fórum
Nacional de Educação
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
O projeto original previa um Conselho Nacional de Educação (CNE), de caráter
deliberativo e com atribuições capazes de permitir a articulação entre os diferentes
níveis do poder, inclusive do setor privado, no que se refere a diretrizes e bases
pedagógicas.
A missão do CNE é
Para tanto, o atual Regime Interno do CNE foi instituído por força da Portaria MEC nº
1.306 de 1999, resultante da homologação do Parecer CNE/CP nº 99, de 1999, no qual
em seu Artigo 1 relata como é composto o Conselho Nacional de Educação (CNE),
bem como suas atribuições.
Artigo 1 - O Conselho Nacional de Educação – CNE, composto pelas
Câmaras de Educação Básica e de Educação Superior, terá atribuições
normativas, deliberativas e de assessoramento ao Ministro de Estado da
Educação, de forma a assegurar a participação da sociedade no
aperfeiçoamento da educação nacional e, especi camente:
Para tanto, ocorreu o desaparecimento do FNE e o CNE que perde o seu caráter
deliberativo, passando a ser apenas um órgão de assessoria do Ministro da
Educação, de acordo com o projeto de lei de conversão, anteriormente aprovado em
função de medida provisória editada.
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
O processo de discussão para a elaboração do projeto de lei que daria origem à nova
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) durou oito anos, conforme
o registro histórico desse processo. Considerando as mudanças que ocorrem com o
tempo e a renovação no Congresso a cada quatro anos, era difícil manter uma
discussão dentro de um nível de consenso geral.
Apesar da correlação das forças políticas não ter permitido mudanças que
ultrapassassem o tradicional e que apontassem para uma gestão democrática de
escola, abrindo seus espaços para a participação de todos os envolvidos no processo
educacional, o momento é de grande relevância para a Educação brasileira. Foi um
marco histórico, se elevarmos em conta o grande número de entidades sindicais,
acadêmicas e sociais que compuseram os diversos fóruns de discussão.
Ainda para Tude; Ferro; Santana (2015) ao analisar o texto da lei, descrevem que
somos capazes de constatar que as modi cações acabaram produzindo dúvidas e
omissões a m de esconder a intervenção centralizadora do governo federal.
Perante a justi cativa de que era necessário ter uma lei “seca” como defenderam os
seus fundadores, “acabamos com um documento que necessita de várias
regulamentações, promovendo várias resoluções por parte do Conselho Nacional de
Educação sem que democraticamente as mesmas sejam discutidas com o
professorado”. (TUDE; FERRO; SANTANA, 2015, p.98).
CONECTE-SE
Para se aprofundar nos estudos, acesse no portal do MEC os PCN’s, em
que são divididos a m de facilitar o trabalho da instituição,
principalmente na elaboração do seu Projeto Político Pedagógico.
ACESSAR
No entanto, caro(a) estudante, temos outro ponto importante que chama a atenção,
no que diz respeito à estrutura e funcionamento do ensino, considerando que o
Título V “Dos níveis e das modalidades de Educação e Ensino” da LDBEN/96 resgata
algumas ideias do Projeto da Câmara em detrimento das propostas do Projeto
Darcy Ribeiro.
Por obedecer a um critério diferente quanto aos níveis de Educação, o Projeto Darcy
Ribeiro previa: I – Educação Infantil; II – Ensino Fundamental; III – Ensino Médio
(dividido em: ginásio; curso preparatório para o Ensino Superior); e por m IV –
Ensino Superior.
A proposta, para dar conta dos dois níveis do Ensino Médio propunha a redução de
oito para cinco anos, prejudicando, com certeza, a formação básica do cidadão,
considerando que a Educação Básica estaria dividida em dois ciclos que marcam o
m. Assim, o objetivo do Ensino Médio se apresenta como preparação para o Ensino
Superior, contrário ao aprovado: etapa nal da Educação Básica. (TUDE; FERRO;
SANTANA, 2015).
Fechando este ciclo de informações, vale destacar que o projeto do Senador Darcy
Ribeiro excluía a concepção de Educação Infantil, como relatado anteriormente, no
entanto, predominava o caráter assistencialista que era contraditório com outros
artigos de seu próprio projeto. A Educação Infantil seria Educação escolar, mas não
no sistema de ensino. (TUDE; FERRO; SANTANA, 2015).
FICA A DICA
Agora, caros(as) estudantes, leiam os artigos 3º e 4º da Lei nº 9.394/96 –
a Lei Darcy Ribeiro, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Eles
contêm os princípios e ns da Educação Nacional. Analise cada um
deles e veja se todos foram atingidos pela política pública de Educação
de sua cidade.
Acredita-se que esta comparação que zemos aqui em nossa aula poderá ser
continuada por vocês, graduandos(as), que tiverem interesse em conhecer os
principais debates ocorridos durante a elaboração e tramitação da Lei nº 9.394/96.
Assim, a análise até aqui destacada ressalta temas importantes para a nossa
categoria pro ssional, lembrando o alerta que nos é trazido pelo Professor Pedro
Demo em seu livro “A nova LDB: ranços e avanços” logo na introdução sobre:
[...] as insatisfações que a Lei deixou ou manteve, diga-se ainda que
todas Lei importante sofre, no Congresso, inevitavelmente sua marca
histórica própria, sobretudo a interferência de toda sorte de interesses,
muitas vezes pouco “educativos”. (DEMO, 2011, p. 10, grifo do autor).
Porém, é verdade que esta LDBEN, não representa o sonho dos professores, mas, ela
avançou no que foi possível, tais como na questão da Estrutura e Funcionamento da
Educação, englobar em uma única lei toda a legislação de ensino, reconhecer a
Educação Infantil enquanto sistema de Educação, permitir a organização do ensino
de acordo com as necessidades de cada localidade, dentre outros aspectos.
Conclusão - Unidade 2
Finalizando nossa Unidade II, não podemos negar a importância do Fórum Nacional
em Defesa da Escola Pública na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
enquanto interlocutor sobre a teoria e a prática da Educação, considerando, conforme
já explicitado, o conjunto de entidades que o legitimavam.
Esse fórum mobilizou professores de cada canto do país, e ainda promoveu em nível
nacional, estadual e municipal vários seminários, palestras, encontros, debates e
congressos a m de se buscar coletivizar as propostas de cada entidade representativa.
Assim, procure você, estudante, futuro(a) pro ssional da educação, fazer parte destas
discussões, conhecendo em sua cidade as organizações que fazem parte do Fórum
Nacional de Educação, apresentando sugestões, entendendo que uma das
di culdades para os problemas educacionais é a descontinuidade das políticas
publicas para a área.
Livro
Unidade 3
Organização e
funcionamento da
Educação Básica
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Introdução
Prezado(a) aluno(a),
A compreensão desta Unidade III contribuirá para a sua formação neste curso
superior.
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
O conceito de Educação Básica começou a ser formulado com o início da
construção do projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN)
na Câmara Federal (Projeto Jorge Hage) e com o debate sendo provocado pelo
processo constituinte na década de 80.
Já a próxima gura mostra as modalidades que aparecem, ora no corpo da lei, ora
como disposições gerais ou transitórias.
Fonte: LDBEN/96 (BRASIL, 1996).
Na Educação Básica o dever do Estado com educação escolar pública tem o acesso
gratuito, conforme o Artigo 4 da LDBEN/96. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de
2013).
Já no Artigo 9 da LDBEN/96
IV - Estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino
fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus
conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum;
IV - Estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, diretrizes e procedimentos para identi cação,
cadastramento e atendimento, na educação básica e na educação
superior, de alunos com altas habilidades ou superdotação; (Incluído
pela Lei nº 13.234, de 2015.)
(BRASIL, 1996).
CONECTE-SE
Caro(a) graduando(a), na lei ainda é caracterizada a nalidade da
Educação Infantil em seu Artigo 29 da LDBEN/96, o oferecimento no
Artigo 30, a avalição no Artigo 31 (Redação dada pela Lei nº 12.796, de
2013) e ainda a integração ao respectivo sistema de ensino no Artigo 89,
das disposições transitórias. Acesse a LDBEN/96 para se aprofundar nos
estudos.
ACESSAR
A Organização Curricular
da Educação Básica
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
O currículo aparece no texto da Constituição Federal (CF) de 1988, no Artigo 210
“serão xados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos,
nacionais e regionais”.
Já para as autoras Paula e Paula (2016, p. 18) “o termo currículo é polissêmico e que,
muitas vezes, não há consenso entre tais conceituações, sendo que essas remetem a
diferentes concepções, valores, interesses e intenções, os quais implicam
diretamente na prática pedagógica”.
No Artigo 8 a proposta pedagógica das escolas de Educação Infantil deve ter como
objetivo:
É importante, caro(a) estudante, notar que a LDBEN não se refere à disciplina, mas
sim ao estudo.
O § 3º passou por várias alterações até chegar à redação dada em 2003, vide abaixo:
O item V do referido parágrafo foi vetado por se tratar de dispensa para aqueles que
estejam cursando cursos de Pós-Graduação, uma vez que a matéria se refere apenas
a quem esteja cursando a educação básica.
FICA A DICA
Caro(a) estudante, assista o lme intitulado “entre os muros da escola”,
direção de Laurent Cantet, França: Imovision, 2009.
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
O Plano Nacional de Educação é uma lei, prevista na Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988:
Desse modo, ora são questionadas de formas mais democráticas, ora por comissões
criadas pelo Poder Político.
CONECTE-SE
Você sabia, caro(a) estudante, que o PNE é uma lei relativamente curta
(pouco mais de duas páginas no Diário O cial) e é complementada
com 20 metas, extensivamente.
ACESSAR
A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, instituiu um novo PNE, sendo este o terceiro,
no qual de nidas 20 metas, detalhadas em 254 estratégias, permitindo o
planejamento da educação até o ano de 2024. O PNE instituiu mecanismos de
monitoramento e avaliação, tanto da execução do plano como da qualidade da
educação, por meio do estabelecimento de objetivos educacionais e da de nição
dos investimentos a serem disponibilizados para o alcance desses objetivos. (BRASIL,
2014).
Em seu Artigo 2 da Lei nº 13.005/2014, estabelece suas diretrizes do PNE, sendo elas:
I - Erradicação do analfabetismo;
A essencial mudança que ocorreu nas diretrizes foi a inserção das metas
intermediárias que possibilitarão o acompanhamento do cumprimento das
propostas. Outras foram reforçadas, como a que prevê a triplicação do aumento das
matrículas no Ensino Médio, diferente da proposta do Ministério da Educação (MEC)
de duplicar o número de estudantes nessa etapa em dez anos, bem como métodos
de controle foram incorporados ao relatório. O Instituto de Estudos e Pesquisas
Educacionais (Inep) necessitará fazer um estudo, a cada dois anos, para constatar a
efetivação das metas.
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Esses temas são abordados nas metas 19 e 20 do PNE 2014-2024, logo abaixo:
Fonte: Adaptado, BRASIL, 2014.
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Introdução
Prezado(a) aluno(a),
Espero que estes textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre a
temática abordada nesta última unidade.
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
A avaliação institucional em nosso país ainda é considerada como uma prática
recente, principalmente em relação à educação básica. Mas, aos poucos, a avaliação
institucional vem sendo incorporada como um processo necessário à administração
como condição de melhoria em relação às políticas públicas.
O tema avaliação institucional, nos últimos anos, vem conquistando nos espaços
escolares apontando a discussão de sua importância no processo de melhoria das
escolas.
CONECTE-SE
Sugiro a leitura do capítulo 3 (Avaliação de redes de ensino: a
responsabilidade do poder público) do livro intitulado “Avaliação
educacional: caminhando pela contramão”, de Luiz Carlos de Freitas,
2014, disponível na biblioteca virtual.
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Freitas (2014) acrescenta expondo que a avaliação institucional deve ser o ponto de
encontro entre os dados provenientes tanto da avaliação dos alunos feita pelo
professor, como da avaliação dos alunos feita pelo sistema.
Ao realizar a avaliação institucional é necessário que ela estabeleça relação “[...]
fundamentada em princípios construtivos e voltada para a melhoria escolar”. No
qual “sua nalidade deve ser clara e objetiva, envolver a subjetividade dos contextos
por meio da participação de todos, de forma democrática, e preservar a identidade e
a autonomia da instituição”. (GROCHOSKA, 2013, p. 51).
FICA A DICA
Olá caro(a) estudante, assista ao vídeo intitulado “Avaliação da
aprendizagem”, segundo Cipriano Luckesi.
Órgãos Governamentais da
Educação: MEC/Inep
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
Ministério da Educação (MEC)
Em 1930, no período de Getúlio Vargas, pelo decreto nº 19.402, o Ministério da
Educação (MEC) foi fundado, no início com o nome de “Ministério dos Negócios da
Educação e Saúde Pública”, sendo um órgão do governo federal do Brasil. No Art. 2
do referido decreto expõe que “Este Ministério terá a seu cargo o estudo e despacho
de todos os assuntos relativos ao ensino, saúde pública e assistência hospitalar”.
(BRASIL, 1930).
Em 1953, pela Lei nº 1.920, no Artigo 1º “É criado o Ministério da Saúde, ao qual carão
afetos os problemas atinentes à saúde humana”. (BRASIL, 1953). E em seu Artigo 2 “O
Ministério da Educação e Saúde passa a denominar-se “Ministério da Educação e
Cultura"”. (BRASIL, 1953).
Em 1985, pelo decreto nº. 91.144 cria o Ministério da Cultura (MinC) (BRASIL, 1985), no
entanto, revogado pelo decreto nº 99.600, de 1990, mas a sigla MEC continua,
contudo passa a se chamar Ministério da Educação.
Desde 1990, o MEC é responsável pela Política Nacional de Educação de toda a rede
de ensino, pública e privada, nacional, bem como é responsável pelas pesquisas de
extensão universitárias. (BRASIL, 2018).
Além do MEC, existe uma série de órgãos que trabalham para garantir a qualidade
da educação no Brasil, como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o qual caro(a) estudante vamos estudar no
próximo tópico.
CONECTE-SE
Você sabe quais são as avaliações, exames e indicadores da Educação
Superior?
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Sistema de Avaliação da
Educação Básica (Saeb)
AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
A avaliação educacional é uma questão que tem origem no texto da Constituição
Federal, de 1988, que, em seu Artigo 206, prevê a “garantia de padrões de qualidade”,
que se impõem como tarefa pública do Estado e do governo, de acordo com a
concepção de federalismo.
As duas primeiras versões do Saeb de 1990 e 1993, ambas foram efetivadas com a
participação de uma amostra de escolas que ofertavam 1.ª, 3.ª, 5.ª e 7.ª séries do
ensino fundamental das escolas públicas. Os estudantes de 1.ª e 3.ª séries foram
avaliados em Língua Portuguesa, Matemática e Ciências, e os estudantes de 5.ª e 7.ª
séries foram avaliados em Língua Portuguesa, Matemática, Ciências e Redação.
Desse modo, é importante diferenciar as três avaliações, sendo elas: Aneb; Anresc e
ANA.
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Além das universidades brasileiras, a partir de 2014 o Enem também passou a ser
aceito como forma de entrada em universidades de Portugal, a primeira a aceitar a
nota do exame como forma de inscrição foi a Universidades de Coimbra, e hoje já
são 29 universidades portuguesas que assinaram o acordo com o Inep, responsável
pela aplicação do exame.
A partir de 2019 o Saeb passa a contemplar a Educação Infantil, além dos Ensinos
Fundamental e Médio, que já eram avaliados. Sendo assim, os alunos que devem
participar do Saeb 2019 são das turmas de: creche e pré-escola da Educação Infantil;
5º e 9º anos do Ensino Fundamental; e 3ª série do Ensino Médio. Os estudantes do 2º
ano do Ensino Fundamental só serão avaliados a partir de 2021.
REFLITA
“Os resultados não re etem a porcentagem de acertos de um aluno
respondendo a uma prova, mas a de um conjunto de alunos
respondendo às habilidades do currículo proposto, distribuídas em
várias provas diferentes. O resultado se dá pela representatividade de
um grupo de alunos como uma unidade dentro do sistema de ensino”.
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AUTORIA
Fabiane Fantacholi Guimarães
A Provinha Brasil “é um instrumento pedagógico, sem nalidades classi catórias,
que fornece informações sobre o processo de alfabetização e de matemática aos
professores e gestores das redes de ensino” (PROVINHA BRASIL, 2015) e conforme a
Portaria Normativa nº 10, de 24 de abril de 2007, do Ministério da Educação (MEC).
A Provinha Brasil foi realizada, pela primeira vez, em 2008, sendo um instrumento de
avaliação aplicada em alunos do 2º ano do Ensino Fundamental e tem por objetivo
acompanhar o nível de alfabetização dos alunos, avaliando habilidades de leitura e
matemática. Saiba que ela não tem o objetivo de classi cação, mas sim a função
diagnóstica, deste modo, ao levantar as di culdades pode-se trabalhar para a
melhoria da educação.
A autora Vieira (2015, p. 89) relata que “embora o Brasil tenha desenvolvido
indicadores para mensurar aspectos relacionados ao processo educativo, como o
desempenho de alunos e o rendimento escolar, estes dados nem sempre foram
explorados e aproveitados em sua plena potencialidade”.
Assim, embora o Saeb tenha iniciado nos anos nais da década de 80 e início de 90,
alguns gestores públicos atuando nos sistemas de ensino, principalmente no
âmbito de estados e municípios, reconheciam os dados desse exame.
Nesse sentido, entende-se que esses exames existem para subsidiar as políticas
públicas, ou seja, auxiliar os governantes no direcionamento de recursos visando à
melhoria da qualidade do ensino. Isso gera muitos questionamentos pelos
diferentes segmentos da Educação, devido ao fato de buscar uma padronização
que, entre outras questões, não considera as peculiaridades de cada região.
Ocasiona, dessa forma, uma divergência de resultados que não condiz de forma
precisa com o real desenvolvimento dos alunos ou das escolas e/ou municípios,
causando grande polêmica no meio educacional.
Em que,
J = unidade escolar
Com esse cálculo se almeja obter resultados cada vez mais precisos sobre a
realidade escolar de todo o país. Ele vem sendo implementado desde 2005, ano em
que se estabeleceram metas bienais de qualidade a serem atingidas por todos os
envolvidos, sendo eles: escolas, municípios e estados, pois a tentativa é estabelecer
uma ação conjunta entre as instâncias.
As metas estabelecidas pelo Ideb são diferenciadas para cada escola e rede de
ensino, com o objetivo único de alcançar 6 pontos até 2022, média correspondente
ao sistema educacional dos países desenvolvidos.
Com base nas médias do Ideb, o MEC planeja desenvolver uma série de ações de
melhoria das redes federais, estaduais e municipais, sobretudo junto aos sistemas e
escolas com mais baixos indicadores.
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Para saber qual foi o Ideb atual acesse o link para maiores informações.
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Chegamos ao m de mais uma pequena jornada, que teve como principal objetivo
transitar e compreender as alíneas que desenham o universo da estrutura e
funcionamento do ensino na educação, bem como as políticas educacionais e a
organização da educação brasileira.
Ao longo das quatro unidades, para dar sustentação à presente discussão, discutiu-
se criteriosamente com autores que promoveram uma rica interlocução entre as
ações da atualidade e as relações históricas estabelecidas. E ainda, compreendemos
que a educação no Brasil está amparada por uma série de documentos. Esses
documentos dão, por sua vez, todas as matrizes para a estrutura e o funcionamento
da Educação Básica.