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CAMPUS I
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
ARAPIRACA – AL
2022
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS
EDUCAÇÃO BRASILEIRA: POLÍTICA E LEGISLAÇÃO
Com a conquista da constituição de 88, a educação passou a ser vista como uma
maneira de desenvolvimento do ser, uma forma de aprofundar o conhecimento e se tem como
uma vitória esse fato, pois com ela o país torna o direito válido, traz dignidade para o vivente
da sociedade. Por exemplo, com o inciso IV, a constituição estabelece a obrigatoriedade da
disponibilização do ensino público, ainda que haja as instituições privadas, já que no contexto
anterior a ditadura existia o direito a educação, mas não era abrangente a todos e sim aqueles
que conseguissem provar a carência de recursos, agora então, independentemente de quais e
quantas instituições privadas existam o Estado não pode se abster do compromisso e dever
com a educação, fornecendo a mesma de maneira gratuita e conduzindo o aluno a
permanência nesta instituição, assegurando-o com oportunidade e igualdade.
Entretanto, é necessário rever com honestidade os fatos, as situações, as condições em
que o processo de ensino e aprendizagem se encontra na atualidade, já que mesmo havendo
artigos que garantem esse direito, não encontra-se um resultado favorável, o que nos remete a
pensar novamente no cenário dos anos 70, quando o país se encontrava no ápice da economia,
a qual crescia de maneira inexplicável, produzindo riquezas aos que já tinha estabilidade
financeira e as camadas mais baixas da sociedade permaneciam em carência econômica, bem
como os estudantes continuavam dentro da escola, mas de maneira a não conseguirem
avançar de forma gradativa no processo de aprendizagem.
Sendo a Constituição Federal de 1988 o documento mais importante da nação
brasileira nos dias de hoje, ocorre-se ainda tal insegurança quanto a mesma, já que uma parte
conservadora da população não estima positivamente como algo necessário, eficaz diante dos
seus interesses, alegando certo teor liberalista presente na carta, dessa maneira, o ambiente e
os profissionais da educação temem a abolição da carta presente e a sua substituição por uma
nova carta que diminua os direitos dos civis, os quais foram garantidos através de muita luta e
resistência, o temor é de que haja um retrocesso em relação aquilo que temos por uma grande
conquista.
Embora não seja só dever do Estado e da família o incentivo à educação (ART. 05),
essa sempre precisou lutar de forma intensa pela sua própria sobrevivência, pois a educação
sofre no seu existir, grande perseguição e injustiças, as quais se tornam altamente prejudiciais
ás crianças e adolescentes, os quais se encontram na atividade educativa, mas também
apresenta o risco gravíssimo para a sociedade no geral, já que no decorrer do tempo os lugares
deverão ser preenchidos pelos jovens e pelas crianças que encontramos hoje dentro das
instituições de ensino.
No nosso cenário atual, podemos enxergar a educação como um direito, o qual temos
garantias para reivindicá-lo e meios para nos assegurar disto e embora seja necessário admitir
que mesmo com a trajetória do processo educativo caminhando, precisamos determinar o
caminho a qual estar a tomar, desviando-se de tentativas poderosas de declínio, como por
exemplo, a nova reforma do ensino médio, onde se assemelha a organização feita durante o
regime militar, onde havia a divisão semelhante a divisão do trabalho que ocorria nas fabricas.
A constituição de 88 nos traz a educação não só como uma ferramenta para ascensão social,
como uma maneira de conseguir bens e riquezas, tanto para si como para o próprio país, mas
sim um direito fundamental e necessário para o desenvolvimento do ser como um ser social e
o exercício da cidadania.