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EDUCAÇÃO
REVISTA CIENTÍFICA DO INSTITUTO IDEIA – ISSN 2525-5975 / RJ / Nº 01: Abril – Setembro 2016 ARTIGO

RELAÇÕES DE PODER NA ESCOLA PÚBLICA DURANTE A


DITADURA MILITAR NO BRASIL
RITA BARRETO DE SALES OLIVEIRA (ritabarretoss@yahoo.com.br) – Professora da Secretaria
de Estado de Educação do Distrito Federal. Licenciada em Letras pelo CEUB – Centro de Ensino
Unificado de Brasília (1984). Mestre em Ciência da Informação pela UnB – Universidade de
Brasília (2008). Doutora em Ciências da Educação pela Universidad Americana, Assunção –
Paraguai (2014).

RESUMO: O propósito deste artigo é refletir sobre a educação brasileira durante a vigência da ditadura
militar (1964-1985). Sua metodologia é a pesquisa bibliográfica. Neste, adotou-se o pressuposto
segundo o qual as reformas educacionais implementadas após 1964 ficaram marcadas pelo modelo
de modernização autoritária do capitalismo brasileiro vigente a partir de 1964. Os resultados apontam
que a propaganda cujo lema era o “Brasil, Grande Potência”, suscitado pela eficiência técnica adotada
na forma de administrar o Estado, teve os seus corolários ideológicos no âmbito da própria política
educacional levada à prática após a reforma universitária de 1968 e a reforma da educação de 1º e 2º
graus de 1971. Dessa forma, conclui-se que o Sistema Nacional de Educação, o qual surgiu com as
reformas da ditadura militar, foi marcado pela ideologia tecnocrática, que pregava uma concepção
pedagógica autoritária e produtivista na relação entre educação e mundo do trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Educação brasileira. Período de ditadura militar. Reformas educacionais.

RESUMEN: El propósito de este artículo es reflexionar sobre la educación brasileña durante el período
de la dictadura militar (1964-1985). Su metodología es la investigación bibliográfica. Tomó la hipótesis
según la cual las reformas educativas implementadas después de 1964 fueron marcadas por el modelo
de modernización autoritaria del capitalismo brasileño adoptado desde 1964. Los resultados indicaron
que la propaganda cuyo lema era "Brasil, Gran Potencia", provocada por la técnica de eficiencia
adoptada como la forma de administrar el estado tenía sus corolarios dentro de la política educativa
ideológica que se llevó a la práctica después de la reforma universitaria de 1968 y la reforma de la
educación de primeros y segundo grados de 1971. Por lo tanto, se concluye que el Sistema Educativo
Nacional, que se presentó con las reformas de la dictadura militar estuvo marcado por la ideología
tecnocrática, que predicaba un diseño pedagógico autoritario y productivista en la relación entre la
educación y el mundo del trabajo.

PALABRAS CLAVES: Educación brasileña. Período de la dictadura militar. Reformas educativas.

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1. INTRODUÇÃO nenhum outro aparelho ideológico de Estado


possui uma adesão tão numerosa e por tanto
Este artigo faz uma reflexão sobre a tempo exposta aos seus efeitos.
educação brasileira no período civil-militar
Também para Sposito (1990), o Estado
(1964-1985), conhecido como ditadura
utiliza a escola como forma de dominar a
militar ou período de exceção. Segundo Piletti
população. Essa autora afirma que embora as
(1987), esse foi um tempo em que a
propostas de reformas educacionais das
arbitrariedade do governo no que diz
décadas de 1920 e 1930 fossem
respeito à relação Escola-Estado foi muito
conservadoras, elas defenderam a presença
grande, sendo que
da comunidade na escola. Esta defesa se
os avanços populares também foram contidos limitava à população pobre, com o objetivo de
na área da educação. Numerosas escolas adquirir hábitos saudáveis de higiene, saúde
foram invadidas pela polícia, muitos e de moral e cívica. A partir das décadas
professores e estudantes foram presos e seguintes, a presença dos pais na escola
exilados e todas as escolas passaram a ser
observadas por agentes dos órgãos de foi considerada tão importante para o regime
informação do governo, sob o controle do autoritário, que passou a ser compulsória a
Serviço Nacional de Informações –SNI partir da década de 70, mediante a
(PILETTI, 1987, p.201). regulamentação e a obrigatoriedade da
criação de alguns canais, como as Associações
Pela narração acima, percebe-se que a de Pais e Mestres, tuteladas por regras
educação foi duramente atingida pela burocráticas, ou seja, estabelecendo uma
ideologia do Estado. Nessa linha de condição de “cidadania sob controle”
pensamento, Althusser (1999) se refere às (SPOSITO, 1990, s/p).
condições responsáveis pela reprodução
Dessa forma, o Estado autoritário
social nas formações sociais capitalistas,
mantinha o controle político e cultural de
encontradas no papel exercido pelas
setores menos privilegiados da sociedade.
ideologias. Esse autor afirma que a
Esse controle confirmou-se com o Ato
reprodução das relações de produção é
Institucional nº 5, de dezembro de 1968.
asseverada pelo exercício do poder do Estado,
Jélvez (1990) afiança que o referido Ato
através de seus aparelhos repressor e
Institucional abafou de forma categórica os
ideológico, destacando que o aparelho
movimentos estudantis e interrompeu o
ideológico de Estado mais importante e
direito dos cidadãos de decidirem o seu
dominante é a escola, o sistema de ensino,
próprio destino, tanto no plano pessoal
porque recebe todas as crianças de todas as
quanto no político-social. O Decreto-Lei 477,
classes e grupos sociais e coloca em suas
de fevereiro de 1969, oriundo do AI-5 nas
cabeças, durante anos, deliberados saberes
suas portarias 149-A e 3524, dirigiu-se a todo
explícitos e implícitos revestidos pela
corpo docente, discente e administrativo das
ideologia dominante, embora poucas pessoas
escolas, coibindo qualquer manifestação de
se importem com esse fato. Dessa forma,
caráter político ou de contestação no interior

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das universidades. A normatização planejada Para Moreira (2011), o período histórico


desse decreto se instituiu na ação mais conhecido como Estado de Exceção possui
repressiva, ameaçadora e controladora do uma pedagogia com conteúdo ideológico
pensar e do agir político, ideológico e cultural constituído por várias atitudes políticas
dos professores e estudantes. dentre as quais se destacam:

2. A EDUCAÇÃO NO PERÍODO A influência do positivismo, o progresso, a


CONHECIDO COMO ESTADO ciência, a indústria, como vetores para o
DE EXCEÇÃO desenvolvimento do país;

Oliveira (2008) afiança que os estudos O novo nacionalismo, um sentimento


da década de 1960 são muito ricos em coletivo, ou seja, uma ideologia social, a
pensamento geopolítico, o qual, nesse qual procurava agregaras consciências em
período, esteve orientado para o destino de busca de uma saída para um Brasil grande,
grandeza do Brasil. A partir do golpe militar colossal que necessitava de integração ao
que deu início ao Estado de Exceção, os capital estrangeiro para seu
estudiosos de geopolítica acreditavam que desenvolvimento;A forte influência do
era chegada a hora de o Brasil reivindicar seu positivismo ilustrado, que determinava
lugar entre as nações mais poderosas do uma ação pedagógica voltada para a
mundo. Assim, a geopolítica incidiu conquista das consciências pela
principalmente no desenvolvimento de um modificação dos costumes e da
projeto “Brasil, Grande Potência”, que se mentalidade como condição prévia à
apregoava como uma estratégia geopolítica e reforma social, e, por consequência, a
militar com uma límpida dimensão espacial. intervenção do Estado na economia;

Ora, o pensamento geopolítico 1 brota O imperativo de se construir um discurso


com base no Estado capitalista, seus valores e ideológico determinante dos valores da
suas relações de poder. Já a política, sociedade civil e militar: a Ideologia de
observada somente sob o prisma do Estado, é Segurança Nacional;
realmente arquitetada como estratégia, como
guerra permanente, a qual necessita de A intervenção ampliada do Estado na
alguns programas, sobretudo os golpes em economia, dando suporte à acumulação do
longo prazo, a coordenação, uma garantia de capital e estabelecendo as condições gerais
que sua soberaniapermaneça acima das de produção e reprodução do capital ao
pressões sociais ou de governantes investir em infraestrutura e em
(OLIVEIRA, 2008). qualificação da força de trabalho;

Esse pensamento visa ser o porta-voz dos interesses e da estratégia do Estado, daquilo que este
1

tem de permanente mesmo com as frequentes mudanças de governo (OLIVEIRA, 2008).

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O uso de Atos Institucionais, AI-1 1, AI-2 2, AI- mal remunerados e sem motivação para
3, AI-4 e AI-5 3 , como estratégia de trabalhar, elevadas taxas de analfabetismo.
implantação e implementação das ações do
Não bastasse isso, a gestão do Aparelho
Estado de Exceção para extinguir
Estatal foi realizada de maneira semelhante a
quaisquer opositores ao regime.
uma linha de produção de mercadorias,
Piletti (1987) assevera que a partir de assumindo uma forma tecnocrata ou
1964, a educação brasileira, da mesma propositivo-racional. Isso favoreceu o
maneira que os outros âmbitos da vida surgimento das reformas educacionais que, a
nacional, passou a ser vítima do posteriori, a partir de 1975, com a crise
autoritarismo que foi instalado no país. política, econômica e de legitimidade do
Muitas reformas foram executadas em todos Regime Militar, ensejou uma forma
os níveis de ensino, impostas pelo governo de consensual regulada na busca de uma melhor
cima para baixo, sem a participação dos redistribuição da renda e incentivo de maior
maiores interessados, alunos, professores e participação popular (PAULINO, 2006).
outros setores da sociedade. Os resultados Assim, a escola vai reproduzir o que
podem ser vistos na quase totalidade das interessa ao Estado reproduzir. Guimarães
escolas:elevados índices de repetência e (2004) chama a atenção para o que ele
evasão escolar, deficiência de recursos apelida de “armadilha paradigmática”, a qual
materiais e humanos nas escolas, professores se refere à reprodução dos
paradigmas 4 constituintes da sociedade

1 Contudo, a promulgação do Ato Institucional nº1 (AI-1), em 9 de abril de 1964, dava início à era

dos Atos Institucionais, que só terminaria em 1978, demonstrando como o legalismo golpista era artificial.
O AI-1, elaborado por Francisco Campos (o redator da Constituição fascista do Estado Novo em 1937),
deveria vigorar até 31 de janeiro de 1966. Estabelecia uma série de medidas da sociedade e dos poderes
públicos por parte do Executivo (ou seja, o governo federal), tais como: o poder de cassar direitos políticos
dos cidadãos, decretar estado de sítio [...] (NAPOLITANO, 1998, p.16).
2 O AI-2 estabeleceu a continuação das premissas da Doutrina de Segurança Nacional que propunha

a paz social como elemento condicionante do desenvolvimento. Além da manutenção das medidas do
primeiro ato, o AI-2 possibilitou ao Executivo a competência das questões orçamentárias e de
regulamentação das Forças Armadas: exclusividade para decretar ou prorrogar o “estado de sítio”, direito
de baixar atos complementares, decretos-leis e recesso do Congresso Nacional, Assembleia Legislativa e
Câmara dos Vereadores (DOCKHORN,2002, p.45).
3 O Ato Institucional n°5, de 13 de dezembro de 1968, tira do cidadão brasileiro todas as garantias

individuais, quer pública, quer privada, assim como concede ao Presidente da República plenos poderes
para atuar como executivo e legislativo. O Decreto-Lei 477 aplica-se exclusivamente ao corpo docente,
discente e administrativo das escolas e coíbe toda e qualquer manifestação de caráter político ou de
protesto no âmbito das Universidades (ROMANELLI, 1978, p. 226).
4 Apesar da polissemia encontrada na história da Ciência Social entre conceitos como paradigmas,

visões de mundo, ideologia (principalmente o último já discutido intensamente por Marx, Mannheim, entre
tantos outros), reconheço uma aproximação, com sutis diferenciações, entre estes. A identidade comum é
de serem produtos (e produtores) de uma construção histórica socialmente determinada (e determinante)
e que, pelas relações de poder constituintes (e constituídas) da (na) realidade social, refletem posições
sociais predominantes de certos grupos e classes sociais. Opto pelo conceito de paradigma, entendido como
em Morin (1997) “estruturas de pensamento que de modo inconsciente comandam nosso discurso”, por

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moderna nos atos educativos, que sempre sociedade urbano-industrial determinava,


repete limitação na compreensão e tanto na esfera da reforma universitária de
incapacidade na discussão. 1968 quanto na reforma da educação básica
que instituiu o sistema nacional de 1° e 2°
Desse modo, a ditadura civil-militar
graus, em 1971. Para esses autores, a
que animou o Brasil entre 1964 e 1984 foi
cronologia dos acontecimentos é reveladora
caracterizada pela disposição da economia
da lógica economicista que presidia
nacional ao padrão de desenvolvimento
capitalista em vigor nos anos 1960 e 1970. os objetivos propugnados pelos governos dos
Esse alinhamento se manifestou em generais-presidentes: primeiramente, os
autoritarismo do Estado, expresso nos Atos planejamentos econômicos, nos quais
estavam estabelecidas as diretrizes que
Institucionais já citados, censura de toda
vinculavam organicamente economia e
ordem, repressão, torturas, inesgotável
educação, e depois a materialização dessas
perseguição a opositores, sob a vigência da
diretivas no âmbito das reformas
Doutrina de Segurança Nacional. Despontou educacionais. A sucessão dos fatos seguiu a
também um modelo econômico altamente seguinte linha do tempo: Plano de Ação
concentrador de renda – o qual rompeu com Econômica do Governo (1964-1966), Plano
certo equilíbrio existente entre o modelo Decenal de Desenvolvimento Econômico e
político de tendências populistas e o modelo Social (1967-1976), Programa Estratégico de
econômico de expansão da indústria que Desenvolvimento (1968-1970), Reforma
vigoraram no período anterior ao golpe civil- Universitária (1968) e Lei de Diretrizes e
Bases para o Ensino de 1° e 2° Graus (1971).
militar – além de um conjunto de reformas
Ou seja: no contexto da estratégia de
políticas e institucionais que apontou para a
crescimento acelerado e autoritário do
reconstrução da nação e a restauração da
capitalismo brasileiro, adotada durante a
ordem (MOREIRA, 2011). ditadura militar, a educação seguia a lógica
Ferreira Jr. e Bittar (2008) afiançam dos interesses econômicos (FERREIRA JR.;
BITTAR, 2008, s/p).
que o projeto “Brasil, país do futuro”,
abancado no processo de modernização O Estado de Exceção que ocorreu
autoritária das relações capitalistas de durante o período da Ditadura Civil-Militar
produção, ecoou, como resultado das refletiu na educação o caráter
demandas científicas e tecnológicas que a antidemocrático de sua proposta ideológica

acreditar que esse possa mais livremente, sem tantos preconceitos advindos das discussões sobre “luta de
classes” (que muitas vezes levou a uma leitura de exclusão de ação e reação de uma parte sobre a outra),
apontar para a perspectiva da crise ambiental como uma crise civilizatória, o que não significa negar as
discussões sobre “luta de classes” e nem deixar de perceber as ideologias que perpassam as “estruturas de
pensamento”, até mesmo porque associado às reflexões sobre paradigmas interajo com a discussão sobre
o embate hegemônico na construção da realidade socioambiental.Venho denominando de “movimento
coletivo conjunto”, o que pode ficar parecendo redundante o “coletivo conjunto”, mas tenho com isso a
intenção de reforçar a ideia de que não se constitui simplesmente de um movimento que agrupa forças
individualizadas de forma aditiva e sim, um movimento complexo de ação conjunta que produz sinergia,
conforme descrevo em Guimarães (2004).

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de governo, pois houve prisão e demissão de O autor acima afirma ainda que, de todo
professores; invasão de universidades; modo, a ditadura necessitava de suporte
prisão, ferimento e morte de estudantes nos técnico e financeiro para levar a cabo seus
confrontos com a polícia; silenciamento de empreendimentos. Então foi buscar, nos
estudantes por causa da proibição de Estados Unidos, uma solução. Dessa forma,
funcionamento da União Nacional dos apoiou-se na United States Agency for
Estudantes– UNE;a promulgação do Decreto- International Development – USAID. Assim, os
Lei 477/69, o qualsilenciou alunos e acordos foram voltados exclusivamente para
professores; assim como a declaração do determinadas áreas do ensino, impondo à
então Ministro da Justiça: “estudantes tinham sociedade um pacote completo de um
que estudar” e “não podiam fazer quaisquer instrumento doutrinário ideológico.
manifestações”. Esta era a pedagogia de um
Ghiraldelli (2000) comenta que, entre
regime totalitário, como o que ocorreu na
junho de 1964 e janeiro de 1968, foram
Itália, com o Fascismo, na Alemanha, com o
firmados doze acordos entre o MEC e a
Nazismo, e em outros países latino-
USAID, 1 o que levou a política educacional do
americanos. Contudo, o governo deu impulso
país às determinações dos técnicos
ao Ensino Superior pela expansão do número
americanos. A ótica de tais acordos era a
de universidades, ao mesmo tempo em que
mesma vociferada em tom científico pelo
tentava acabar definitivamente com o
ministro do Planejamento do governo Castelo
analfabetismo por meio do Movimento
Branco, em 1968, no fórum do Instituto de
Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL,
Pesquisas e Estudos Sociais (IPES)2.
levando-se em conta as diferenças sociais,
econômicas e culturais de cada região, Veiga (1989) afirma que se fazia
embora não tenha conseguido fazê-lo. E, para necessário formar rapidamente professores,
revogar com os excedentes, aqueles que para que os mesmos formassem mais
tiravam notas suficientes para serem trabalhadores, imprescindíveis à crescente
aprovados, porém não conseguiam vaga para industrialização brasileira. Dessa forma,
estudar nas universidades, criou-se o como recursos imediatos para prover essas
vestibular classificatório (MOREIRA, 2011). carências foram criados os Cursos de
Licenciaturas Curtas e a atualização de

1 A justificativa desses acordos consiste no fato de que a política externa do Brasil estava alinhada à

dos EUA. Assim, a Aliança para o Progresso, foi um programa dos Estados Unidos da América, efetuado
entre 1961 e 1970, com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico mediante a colaboração
financeira e técnica em toda a América Latina, para inibir o surgimento de outro país com as características
de Cuba (alinhado ao Bloco Soviético) (SILVA, 2010).
2 O ministro Roberto Campos, em palestra sobre “Educação e Desenvolvimento Econômico”,

procurou demonstrar a necessidade de atrelar a escola ao mercado de trabalho. Sugeriu, então, um


vestibular mais rigoroso para aquelas áreas de 3º grau não atendentes às demandas do mercado. Para ele,
toda a agitação estudantil daqueles anos era devida a um ensino desvinculado do mercado de trabalho, um
ensino baseado em generalidades e, segundo suas próprias palavras, um ensino que, “não exigindo
praticamente trabalhos de laboratório” deixava “vácuos de lazer”, que estariam sendo preenchidos com
“aventuras políticas” (GHIRALDELLI, 2000, p. 169).

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oriundos do Ensino Médio (2º grau) com mais científica, inspirada nos princípios de
um ano de especialização para desempenhar racionalidade, eficiência e produtividade.
a função de formadores de mão de obra nas Buscou-se a objetivação do trabalho
pedagógico da mesma maneira que ocorreu
denominadas escolas polivalentes.
na do trabalho fabril. Instalou-se na escola a
Segundo Ghiraldelli (2000), o relatório divisão do trabalho sob a justificativa de
elaborado pelo MEC-USAID e os da Comissão produtividade, propiciando a fragmentação
Meira Matos e do Grupo de Trabalho de do processo e com isso, acentuando-se as
Reforma Universitária – GTRU – ofereciam distâncias entre quem planeja e quem executa
(VEIGA, 1989, p.35).
abordagens diferentes no que se refere ao
ensino de 1º e 2º graus. O relatório MEC- Paro (1996) afirma que, no que se
USAID tinha a finalidade de integrar a refere à gestão escolar, nessa conjuntura, a
universidade na vida econômica nacional, a direção das escolas era cargo de confiança do
fim de capacitá-la a atender a demanda de governo, sendo que as escolas públicas
mão de obra, enquanto os relatórios Meira tinham seus provimentos concretizados por
Matos e GTRU defendiam a reformulação do nomeação do governador ou do prefeito, a
Ensino Médio por causa dos problemas que partir de indicações feitas por lideranças
existiam na universidade. político‐partidárias das respectivas regiões.
Cunha (1977) assevera que no país Tal prática clientelista se refletia em relações
inteiro, a educação começou a operar sob a de poder nas escolas, comprovadas nas ações
égide das reformas educacionais ocorridas a dos diretores, os quais atuavam como
partir da aprovação das Leis nº 5.540/68 de intermediários das relações entre as
reforma do Ensino Superior e a nº 5.692/71, instâncias superiores da administração do
de reforma do 1º e 2º graus, que mudaram a ensino e seus subordinados.
antiga Lei de Diretrizes e Bases nº 4.024/61.
Assim, foi no período mais cruel da
Veiga (2000) afiança que por causa da ditadura militar que foi instituída a Lei de
influência dos educadores americanos, foi Diretrizes e Bases da Educação Nacional em
implantada a disciplina “Currículos e 1971. Para Ghiraldelli (2000), esta é
Propagandas”, nos cursos de Pedagogia, o que responsável pela aplicação dos ideais do
gerou a superposição de conteúdos da nova Estado de maneira autoritária, o que resulta
disciplina com a Didática, através do Parecer em um novo bloco a dirigir a ideologia
nº 252/69 e da Resolução nº 2/69 do dominante.
Conselho Federal de Educação. Assim, o
Aranha (1996) afirma que com a
período compreendido entre 1960 e 1968 foi
criação do Conselho Federal da Educação –
marcado
CFE e dos Conselhos Estaduais de Educação –
pela crise da Pedagogia Nova e articulação da CEE, ambos permitindo a representação das
tendência tecnicista, assumida pelo grupo escolas particulares, a repressão tornou-se
militar e tecnocrata. O pressuposto que
inevitável, assim como o jogo de influências
embasou esta pedagogia está na neutralidade
para obter recursos financeiros necessários

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para a compra, construção ou reforma de de desemprego. O presidente João Baptista


prédios escolares, instalações etc. Figueiredo dá continuidade ao vagaroso
Issocontribuiupara manter a situação de processo de redemocratização brasileira,
injustiça numa sociedade em que metade da iniciado por Geisel, decretando a Lei
população de idade escolar se encontrava daAnistia, e, dessa forma, redimindo as
fora da escola. pessoas condenadas por terem se
posicionado contra o sistema do governo.
Já nos últimos anos da repressão
militar iniciou-se o aparecimento de sinais da Na década de 1980, com a
insatisfação da população, assim como a comprovação do fracasso da implantação da
organização e o aumento de oposições ao reforma da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e
regime militar. As medidas repressivas do da Lei nº 7.044/82, as escolas foram
governo Geisel contribuíram para que a dispensadas da obrigatoriedade de
sociedade civil se organizasse contra a profissionalização, e debates foram ativados
mesma. A essa organização, juntaram-se a pelo retorno da Filosofia (ARANHA, 1996).
Ordem dos Advogados do Brasil –OAB, a
Por volta de 1982, a Ditadura Militar
Associação Brasileira de Imprensa –AIB e a
sinalizava uma forte crise do sistema. A
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil –
conjuntura política de crescimento
CNBB, que incentivaram movimentos de
econômico do Ministro Delfim Netto
protestos pedindo a redemocratização do
terminara nos fins de 1981, apresentando
Brasil (TRINDADE, 1993).
uma inflação de 100% anuais e dívida externa
Aos poucos, o processo de abertura aumentando. Acrescente-se a isso dois
política foi estabelecido pelo governo. Por um acontecimentos que vinham desestruturar
lado, o Presidente abrandava a ação do ainda mais o regime militar: o falecimento do
sistema governamental, extinguindo a coordenador político partidário do governo,
censura à imprensa (1975), abolindo o Ato o ministro da Justiça Petrônio Portela (1980),
Institucional Nº 5 (1978) e restabelecendo o e a demissão do chefe da Casa Civil, general
habeas-corpus no país (também em 1978). Golbery do Couto e Silva (1981)
Por outro, algumas medidas reacionárias (NAPOLITANO, 1998).
ainda eram tomadas, como a promulgação da
Em 1984, a realização
Lei Falcão, em 24 de junho de 1976, a qual
comparativamente bem sucedida de um
impedia o debate político nos meios de
conjunto de manifestações populares por
comunicação. Tal decisão foi tomada por
eleições diretas nas capitais e nos municípios
causa do expressivo crescimento da oposição
interioranos, levando às ruas mais de 400 mil
nas eleições de 1974 (ROSA, 2006).
pessoas em janeiro e cerca de 700 mil em
Rosa (2006) afirma que, em 1979, os fevereiro, incentivou outros grupos sociais e
opositores do governo estavam mais políticos a se mobilizarem (BERTONCELO,
fortalecidos e a economia do Brasil 2009).
enfrentava uma recessão, havendo alto índice

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O autor supracitado afirma que no ano Durante os anos 1960 ocorreram inúmeras
seguinte, o partido de Tancredo – Sarney mudanças nos direitos sociais. Foi nesse
ganha as eleições com grande diferença período que os presidentes-militares,
contra Paulo Maluf, com uma promessa de juntamente com os Estados Unidos, fecharam
Nova República, encerrando o ciclo dos parceria entre MEC e USAID, totalizando doze
militares no poder, dando início a uma acordos, que influenciaram nas leis,
“transição democrática”. reestruturando o sistema educacional,
nascendo, assim, uma linha de gestão
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS autoritária e domesticadora, a educação
tecnicista, a qual adaptou o ensino ao sistema
Neste artigo, apresentou-se o contexto empresarial tecnocrata.
educacional no período da Ditadura Civil- Somente em 1978, ano em que o
Militar (1964-1985), analisando a trajetória Presidente Geisel iniciou a abertura política e
da educação. Sendo assim, buscou-se fazer revogou o Ato Institucional Nº5, a sociedade
uma rápida retrospectiva da história brasileira começou a vislumbrar uma liberdade
educacional juntamente à situação política e há muito desconhecida, aparecendo, portanto, a
social no aludido período. Na pesquisa possibilidade de mudanças no sistema
realizada, relataram-se vários episódios: a educacional.
edição dos Atos Institucionais AI-1, AI-2, AI-3,
Ao final desta pesquisa, enfatiza-se que a
AI-4 e AI-5, a aliança entre Brasil e Estados
educação, no âmbito nacional, é resultado de
Unidos, manifestada no acordo MEC-USAID, a
inúmeras ações que lhe são direcionadas.Ao ser
instituição da Lei de Diretrizes e Bases de
usada como ferramenta da ideologia estatal,
1971, a criação do Conselho de Educação e restaram à educação brasileira, como herança,
dos Conselhos Estaduais de Educação, a as diferentes deficiências relacionadas a seus
decadência do regime militar, a Campanha atos e erros do passado.
das “Diretas Já” e a promessa de uma Nova
ANEXO
República.
ANEXO A 1
Esse período ficou conhecido como um
período de exceção, e foi intensamente 1º - 26 de junho de 1964 – Acordo
caracterizado por várias restrições impostas à MEC/USAID para Aperfeiçoamento do Ensino
sociedade brasileira, como, por exemplo, a Primário. Visava ao contrato, por 2 anos, de 6
assessores americanos;
anulação dos direitos civis. A Ditadura Civil-
Militar impôs à sociedade brasileira, 2º - 31 de março de 1965 – Acordo MEC-
gradativamente, os Atos Institucionais, CONTAP-USAID para melhoria do Ensino
reprimindo, cada vez mais, movimentos e Médio. Envolvia assessoria técnica americana
manifestações sociais, atemorizando a para planejamento do ensino, e o treinamento
população através de prisões, sequestros, de técnicos brasileiros nos Estado Unidos;
torturas e assassinatos.

1 ROMANELLI, Otaíza de Oliveira. História da educação no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1978.

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3º - 29 de dezembro de 1965 – Acordo MEC- 9º - 6 de janeiro de 1967 – Acordo MEC-SNEL-


USAID para dar continuidade e suplementar USAID de Cooperação para Publicações
com recursos e pessoal de primeiro acordo Técnicas, Científicas e Educacionais.Por esse
para o ensino primário; acordo, seriam colocados, no prazo de 3 anos,
a contar de 1967,51 milhões de livros nas
4º - 5 de maio de 1966 – Acordo do Ministério
escolas. Ao MEC e o SNEL incumbiram apenas
da Agricultura – CONTAP-UDAID, para
responsabilidades de execução, mas os
treinamento de técnicos rurais;
técnicos da USAID, todo o controle, desde os
5º - 24 de junho de 1966 – Acordo MEC- detalhes técnicos de fabricação de livro, até os
CONTAP-USAID, de Assessoria para a detalhes de maior importância como:
expansão e aperfeiçoamento do Quadro de elaboração, ilustração, editoração e
Professores do Ensino Médio no Brasil, distribuição de livros, além da orientação das
Envolvia assessoria no Brasil. Envolvia editoras brasileiras no processo de compra de
assessoria americana, treinamento de direitos autorais de editores não brasileiros,
técnicos brasileiros nos Estados Unidos e vale dizer, americanos.
proposta de reformulação das Faculdades de
10º - Acordo MEC-USAID de reformulação do
Filosofia do Brasil.
primeiro acordo de assessoria à
6º - 30 de junho de 1966 – Acordo MEC-USAID modernização das universidades, então
de Assessoria para a Modernização da substituídos por Assessoria do Planejamento
Administração Universitária. Em vista da do Ensino Superior, vigente até 30 de junho
reação geral, esse acordo foi revisto 10 meses de 1969. Nesse acordo, a tática da justificativa
depois. foi mudada e houve determinação de uma
7º - 30 de dezembro de 1966 – Acordos MEC- ação mais ativa do MEC nos programas, o que,
INEP-CONTAP-USAID, sob a forma de termo na realidade, não aconteceu. A estrutura do
aditivo dos acordos para aperfeiçoamento do antigo acordo permanecia, no entanto;
Ensino Primário. Nesse acordo aparece, pela 11º - 27 de novembro de 1967 – Acordos
primeira vez, seu objetivo, o de “elaborar MEC-CONTAP-USAID de Cooperação para a
planos específicos para melhor entrosamento continuidade do primeiro acordo relativo à
da educação primária com a secundária e a orientação vocacional e treinamento de
superior”. Envolve igualmente, assessoria técnicos rurais;
americana e treinamento de brasileiros.
12º - 17 de janeiro de 1968 – Acordos MEC-
8º - 30 de dezembro de 1966 – Acordo MEC- USAID para dar continuidade e complementar
SUDENE-CONTAP-USAID, para criação do o primeiro acordo para o desenvolvimento do
Centro de Treinamento Educacional de Ensino Médio (Planejamento do Ensino
Pernambuco; Secundário e Serviços Consultivos). Envolvia
e ampliava a mesma cooperação assinalada
nos acordos anteriores e reafirmava a
necessidade de “melhor coordenação entre os
sistemas estaduais de educação elementar e
média”.

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5. NOTA BIOGRÁFICA

Rita Barreto De Sales Oliveira


Professora da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal desde 1981, atuando desde
2006 no Ensino Especial. Licenciada em Letras pelo CEUB – Centro de Ensino Unificado de Brasília
(1984). Mestre em Ciência da Informação pela UnB - Universidade de Brasília (2008). Doutora em
Ciências da Educação pela Universidad Americana, Assunção – Paraguai (2014). Endereço:
Quadra 6, Casa 18, SetorD, Valparaíso I, Valparaíso de Goiás, Goiás CEP: 72876-430.

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