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DA natureza à cultura ou da cultura à natureza

 COLOCAR NO QUADRO Confúscio já havia dito, muitos anos antes de Cristo


que “A natureza dos homens é a mesma, são seus hábitos que os mantém
separados”.
 De muito tempo há uma preocupação com o comportamento dos povos
diferentes. Herodoto escreve sobre o povo lício, que tomam o nome da mãe
e não do pai, dão seu nome na linha feminina.... Além disso se uma mulher
desposava um escravo os filhos eram livres, mas se um homem desposasse
uma mulher estrangeira os filhos não teriam cidadania.
 Ele achava esses costumes diferentes de “todas as outras nações do mundo”,
pois tomava como referência a sua própria sociedade, patrilineal, agindo de
maneira etnocêntrica.
 As diferenças estão em todos os lugares. Pensem em uma comunidade nos
confins da floresta amazônica e o nosso mundo dito civilizado.
 O trânsito na Inglaterra que segue a mão esquerda, os franceses que comem
rãs e escargôts, No Japão o devedor praticava suicídio na véspera do ano
novo, como uma maneira de limpar seu nome e o de sua família. Era visto
como um herói.
 Carne de vaca é proibida para os hindus e carne de porco para os
muçulmanos.
 Nudismo na Europa enquanto mulheres mulçumanas não podem mostrar o
rosto em público.

 1. O determinismo biológico

 Existem muitas teorias, velhas, que atribuem capacidades específicas inatas


a outros grupos humanos. Ex: nórdicos mais inteligentes que os negros, que
os judeus são avarentos e comerciantes.
 Os antropólogos estão convencidos de que as diferenças genéticas não
determinam as diferenças culturais, Felix Keesing diz que “não existe
correlação significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a
distribuição das diferenças culturais. Qualquer criança humana normal pode
ser educada em qualquer cultura se for colocada desde o inicio em situação
conveniente de aprendizado”. Sueca para o Brasil, por exemplo
 Declaração de 1950, quando o mundo se refazia do nazismo (Citar no texto).
 Os humanos se diferenciam anatômica e fisiologicamente através do
dimorfismo sexual, mas é falso que o modo como as pessoas de sexos
diferentes se comportam esteja ligada a essa diferença.
 O comportamento é determinado culturalmente (minha pesquisa), e não tem
uma racionalidade biológica.
 O transporte de água no Xingu, assim como nas favelas cariocas é uma
atividade feminina. 20 litros em uma cabeça significa um esforço físico
considerável, muito maior do que para manejar um arco, atividade masculina.
O exercito de Israel demonstrou sua eficiência bélica intacta depois da
admissão maciça de mulheres.
 Margareth mead afirma que mesmo a atividade da amamentação pode ser
transferida para um homem. Basta uma mamadeira. Os tupi mostram que o
marido pode ser protagonista real do parto. É ele que se recolhe a rede e não
a mulher, e faz o resguardo considerado importante para a sua saúde e do
recém nascido (SEM PIADAS)
 O comportamento dos indivíduos depende de um processo que chamamos de
endoculturação. Um menino e uma menina agem de maneira diferente não
em função dos seus homonios, mas em decorrência de uma educação
diferenciada.

 O Determinismo geográfico

 O determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente físico


condicionam a diversidade cultural.
 As teorias deterministas forma desenvolvidas principalmente por geógrafos no
final do XIX e no inicio do XX e ganharam grane popularidade.
 A partir de 1920 antropólogos como Boas, Wissler e Kroeber refutaram esse
determinismo e demonstraram que existe uma limitação na influencia
geográfica sobre os aspectos culturais. E que é possível existir uma grande
diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico.
 Lapões e esquimós: ambos na calota polar norte. Os primeiros na Europa e
os segundos na América. Mesmo inverno rigoroso. Deveriam encontrar as
mesmas respostas culturais. Esquimós com gelo, lapões com pele. Lapões
criam renas e esquimós caçam.
 Xinguanos desprezam as proteínas de grandes animais e caçam pequenas
aves. Ou Kayabi que habitam o norte são grandes caçadores.
 Não se pode admitir a ideia do determinismo geográfico “a ação mecânica
das forças naturais sobre uma humanidade puramente receptiva”. A posição
da moderna antropologia é que a cultura age seletivamente e não
casualmente sobre o meio ambiente.
 As diferenças entre homens não pode ser explicada portanto por limitações
aos seu aparato biológico, ou pelo meio ambiente. A qualidade do homem foi
justamente romper.

 Antecedentes históricos do conceito de cultura

 No final do século XVIII Kultur era utilizado para simbolizar todos os aspectos
espirituais de uma comunidade, enquanto que civilization referia-se às
condições materiais d eum povo.
 Edward Taylor sintetiza isso e traz culture como “tomado em seu amplo
sentido etnográfico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crença,
arte, moral, leis, costumes, ou qualquer capacidade ou hábitos adquiridos
pelo homem como membro de uma sociedade”.
 A ideia de cultura já vinha ganhando esse corpo a algum tempo, desde Jonh
Locke, pelo menos no século XVII, que dizia que a mente humana era uma
caixa vazia dotada de capacidade ilimitada de obter conhecimento.
 Para Locke “nenhuma ordem social é baseada em verdades inatas uma
mudança no ambiente resulta numa mudança no comportamento.”
 Meio século depois, Jacques Turgot (século XVIII) ao escrever seu plano para
dois discursos sobre história universal afirmou que:
 “Possuidor de um tesouro de signos que tem a faculdade de multiplicar
infinitamente, o homem é capaz de assegurar a retenção de suas ideias
eruditas, comunica-las para outros homens e transmiti-las para outros
homens e transmiti-las para os seus descendentes como uma herança
sempre crescente.
 Basta retirar apenas a palavra erudita pra que a afirmação possa ser
considerada como uma definição aceitável do conceito de cultura. Séculos
depois outros repetiram o mesmo como Bronislaw, malinowiski, Leslie White.

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