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Introduçã o
Na História das Ciências encontramos muitos exemplos de desrespeito pela diversidade.
As próprias ciências humanas, como a Psicologia ou a Sociologia, participam na
construção social das categorias de diferença, muitas vezes racionalizando e
legitimando conceções dominantes e dominadoras de determinados grupos com mais
poder e visibilidade. Contudo, como é referido por alguns autores, existem vantagens na
diversidade humana, nomeadamente no âmbito da psicologia do desenvolvimento, que
reflete uma consciência crescente da necessidade de reconhecer o valor das diferenças
entre pessoas. Isto remete-nos para um tema muito interessante que é a riqueza da
diversidade humana.
Define-se ser humano como sendo um ser complexo dotado de bastantes capacidades,
contudo e apesar de sermos idênticos em muitos aspetos, em muitos mais somos
distintos, pois existe no ser humano uma diversidade a nível biológico, cultural e
individual.
Se aliarmos as diferenças estruturais e individuais da biologia, a heterogeneidade dos
elementos culturais, a diversidade dos contextos sociais e as experiências significativas
aí ocorridas, o leque de diversidade amplia-se, mostrando como é possível as pessoas
manifestarem características que as individualizam, tendo cada uma a sua forma de ser,
estar, sentir e se comportar.
Com este trabalho pretendemos ficar a conhecer mais sobre a riqueza da diversidade
humana, as diferentes variantes que esta engloba, as várias abordagens da mesma ao
longo da história, a sua importância e vantagens.
Índice
A Diversidade Humana
A diversidade cultural
A diversidade cultural engloba diferenças como: as vestimenta, tradições, valores, e a
religião.
Sem esta diversidade, sem as possibilidades de desenvolvimento que nos proporciona
crescer num contexto cultural particular, seríamos seres incompletos, inacabados.
Nascemos, crescemos e vivemos em contextos socioculturais muito variados. É nestes
que se desenvolve, da interação com os outros e com os diferentes ambientes e situações
a aprender, a capacidade de criar e transformar subjacente ao processo de adaptação.
É também no contexto das relações com o meio, com uma determinada cultura e
sociedade, que cada ser humano se desenvolve com características próprias.
O processo de integração numa sociedade e cultura particular, indispensável para todos
nós, faz com que a diversidade cultural, dos contextos socioculturais onde estamos
inseridos, se traduza em formas distintas de ser, estar, pensar e de nos comportarmos,
perante os outros e em certas situações.
A diversidade individual
Somos todos diferentes, seres únicos e irrepetíveis. Esta diversidade torna-se muito
importante para a nossa adaptação e para o respeito e compreensão que devemos ter
pela diferença.
Todos nós somos seres autónomos e auto-determinados, porque somos capazes de
escapar a uma determinação biológica ou sociocultural. A influência das práticas e dos
significados socioculturais interage com a singularidade do nosso corpo, do nosso ponto
de vista e da nossa experiência do mundo. Esta dimensão pessoal é construída sempre
com referência a um certo contexto, onde se enquadram os significados e os valores que
atribuímos às pessoas e às experiências.
Ao acumular e ordenar as experiências vividas, ao atribuir e organizar os significados ao
que vai acontecendo, cada ser humano constrói a sua história pessoal.
Podemos também relacionar a esta diversidade individual o cérebro. Os nossos cérebros
são fisicamente diferentes uns dos outros, no entanto, o processo de individuação
ultrapassa as definições genéticas, porque as experiências vividas pelos indivíduos,
desde as intra-uterinas como ao longo da sua vida, marcam as estruturas do cérebro,
fornecendo assim a singularidade.
A importâ ncia e as vantagens da diversidade humana
Sermos diferentes traz vantagens inerentes como a aceitação pela diferença, embora
nem sempre isto aconteça. Há minorias que são alvos de discriminação pela sociedade.
Hoje em dia, as mentalidades são um pouco diferentes, mais abertas, mas o desrespeito
continua a existir.
Torna-se então, cada vez mais comum, os estudos e textos científicos onde se procura
conhecer diversas populações. Mas não basta incluir a diversidade nos estudos. É
preciso que estes sejam sensíveis ás populações que estudam, que evitem formas de
“imperialismo cultural”, onde é imposta uma visão estranha a essa população.
É preciso também valorizar a especificidade de cada grupo ou pessoa, tendo em conta
que as suas características próprias e a força e competência que estas lhe conferem, e
saber fazê-lo numa visão respeitadora e compreensiva.
Para desenvolver a nossa autonomia é necessário crescer e viver num meio que o
permita, onde nos sintamos apoiados e respeitados, para tornar o mundo mais justo e
igual.
A diversidade humana tem inúmeras vantagens, como:
● Pode ser um fator de aprendizagem, na medida em que o convívio com pessoas
diferentes multiplica as hipóteses de efetuar novas aprendizagens;
● Pode ser um fator de abertura e tolerância, na medida em que o convívio com
outras pessoas desbrava horizontes, levando-nos à descoberta de valores que nos
deixarão mais ricos;
● Ajuda a tornar o mundo mais justo e igual, pois ao convivermos com pessoas
diferentes aprendemos a aceitar, respeitar, e compreender os outros, o que leva á
criação de uma sociedade mais integrante;
● A diversidade humana traz também benefícios no emprego visto que as questões
éticas e morais devem ser ultrapassadas e, uma sociedade cultural, com ideias
diferentes, é uma mais-valia às comunidades e empresas;
● Pode ser também uma forma de desenvolvimento intelectual, visto que a
coexistência com outras pessoas oferece um número superior de possibilidades
de exercitar as nossas competências mentais;
● Pode ser um fator de progresso cultural, visto que a diversidade possibilita a
renovação em todas as culturas.
Conclusã o
Com este trabalho ficámos mais elucidadas em relação à tamanha riqueza da
diversidade humana e a sua importância.
Compreendemos que é na diversidade, na diferença de cada um a realizar e organizar as
várias dimensões que reside a riqueza do ser humano. É por isso importante que todos
nos tornemos mais atentos às diferenças, mais dispostos a escutá-las e a percebê-las,
para que seja possível uma compreensão mais abrangente de nós e dos outros, para que
nos possamos desenvolver de forma mais completa, mais humana e mais digna.
Quanto mais forem as diferenças mais são os valores por nós adquiridos através delas,
maior vai ser a nossa capacidade de aprender e interiorizar o conceito de justiça.
Todavia, se não houver confronto de ideias, crenças, valores e comportamentos,
também não há espanto, descoberta e possibilidade de optar.
O problema não está nas diferenças entre cada um de nós, mas sim na incapacidade que,
muitas vezes temos, em torná-las semelhanças.
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