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REVISÃO ALTERIDADE
- retomar a questão da alteridade (o reconhecimento do “outro” como diferente do
“eu”, ou do “nós”) – lidar com essa diferença (há muitas formas possíveis de lidar com
essas diferenças, todas estão dentro do que chamamos alteridade)
- reconhecer (e como consequencia, exaltar a si mesmo, ou criticar, questionar, duvidar,
desnaturalizar) o eu, o nós, a partir do reconhecimento do outro.
- Reconhecer-se ainda como um “outro” diante de outros sujeitos. O “outro” é sempre
um “eu”
- Vimos que a alteridade pode ser algo que se relaciona a empatia, ao reconhecimento
da diversidade, das potencialidades, diversidade cultural etc.
- mas também pode desenvolver-se em intolerância, violência, racismo, genocídio,
colonização, aniquilação do outro, imposição da sua cultura e costumes á força sobre
um outro (lembrança: mesmo que não pareça, sempre houve e sempre haverá
resistência. Indígenas, africanos escravizados, mulheres, todos possuem suas formas de
lutar e resistir, suas estratégias, suas formas de confrontar ou burlar o poder e a
violência).
Laplantine:
“De fato, presos a uma única cultura, somos não apenas cegos à dos outros, mas míopes
quando se trata da nossa. A experiência da Alteridade (e elaboração dessa experiência)
leva-nos a ver aquilo que nem teríamos começado a imaginar, dada nossa dificuldade
em fixar nossa atenção no que é habitual, familiar, cotidiano e que consideramos
“evidente”. (...) O conhecimento (antropológico) da nossa cultura passa inevitavelmente
pelo conhecimento das outras culturas; e devemos especialmente reconhecer que somos
uma cultura possível entre tantas outras, mas não a única” (1989:21)
Roberto Da Matta diz que a antropologia é uma espécie entre mundos, universos de
significação distintos, através de métodos e “um certo olhar” / transformar o exótico em
familiar e o familiar em exótico (veremos isso quando formos falar de etnografia)
Séc XVIII há a invenção do conceito de ser humano não apenas como sujeito como
objeto do saber cientifico, através da observação, empiria...
Laplantine explica que os primeiros viajantes do sec XIV tinham um olhar curioso e
cosmográfico, descritivo, mas não eram filósofos. Por outro lado, os filósofos do sec
XVIII eram filósofos, mas não eram viajantes, analisavam relatos de décadas ou séculos
atras.
O DETERMINISMO BIOLÓGICO
Esses estereótipos foram utilizados como forma de dominação social utilizando o falso
pretexto de argumentação científica. Um caso famoso de tentativa de validar o
determinismo biológico é o do médico e anatomista alemão Franz Joseph Gall, que no
século XIX criou a frenologia, uma pseudociência que utilizava caracteres físicos
craniais para determinar o caráter, personalidade e potencial para criminalidade.
Baseando-se em medidas craniais, Franz alegava ser capaz de determinar se uma pessoa
tinha potencial para cometer um crime ou não. Essa teoria foi utilizada para justificar
muitas barbáries e sedimentar a “superioridade” que a etnia branca exercia sobre as
demais.
[trazer o debate para o campo da psicologia, pedir que os alunos falem o que pensam
sobre características inatas e diversidade cultural, comportamento]
Teorias como essa ainda alegam que as diferenças condicionadas pelos fatores
ambientais, como clima, relevo, etc., poderiam ser incorporadas geneticamente e
herdadas por gerações. Essa visão pseudocientífica também deu munição a segregações,
racismos, intolerância e uso de poder pela falsa ideia de superioridade.
“Todas essas obras, que tem uma ambição considerável (seu objetivo não
é nada menos que o estabelecimento de um verdadeiro corpus etnográfico da
humanidade) - caracterizam-se por uma mudança radical de perspectiva em
relação `a ´época das "luzes “o indígena das sociedades extra-europeia não ´e
mais o selvagem do século XVIII, tornou-se o primitivo, isto ´e, o ancestral do
civilizado, destinado a reencontrá-lo. A colonização atuará nesse sentido. Assim a
antropologia, conhecimento do primitivo, fica indissociavelmente ligada
ao conhecimento da nossa origem, isto é, das formas simples de organização
social e de mentalidade que evoluíram para as formas mais complexas das nossas
sociedades.
A antropologia evolucionista pregava que – existe uma espécie humana idêntica, mas
que se desenvolve em ritmos desiguais (tecnologia, economia, sociedade e aspectos
culturais), passando pelas mesmas etapas até chegar à civilização.
Morgan (Sociedade Antiga), torna-se uma referencia para encontrar em qual lugar na
escala de evolução cada sociedade se encontra
Selvageria
Barbárie
Irrigação – agricultura
A invenção da escrita alfabética e seu uso para registros literários seria o ponto de
virada para a civilização
Civilização
Sobre evolucionismo...
Ler “Humanidade” ou “Human Family” (família humana, mesmo termo de Morgan), por Maya
Angelou