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MINHA RESENHA
Averígua-se que mesmo o apóstolo procurando ser humilde nas palavras, mas o conhecimento
lógico de argumentar o poder de Cristo na formação da igreja e a retórica no discurso à
multidão de fieis aprendizes da palavra de Deus é sem dúvida notável e essencial.
No capítulo sete, O básico da cosmovisão cristã, discorrem sobre a importância da
educação cristã baseada nos fundamentos de Deus e Cristo encarnado. No entanto, não
deixam de acrescentar a cautela no ato de ensinar para não criar abusos teológicos e
preconceituosos. Fala-se muito em batalha, luta espiritual e na formação dos pais de forma
efetiva, não em estampas de carros ou outros meios, mas no dever de ler, estudar e
compreender. O discernimento sobre a soberania de Deus na construção educativa dos filhos.
No capítulo oito, Qual o currículo geral usar, é o momento de pensar em várias fontes
e conhecimentos a serem utilizados. Para os autores o currículo sempre será incompleto
devido a grande extensão das informações, “Se o professor ler como deve, a leitura do
estudante acontecerá com naturalidade. Todavia, se o professor estiver apenas em busca de
uma lista de livros para o estudante ler, então não se objetiva a educação clássica cristã”, (p.
54). Nessa lógica, a necessidade de saber o que selecionar para o estudo domiciliar cristão e
como o professor, na figura do pai, vai estabelecer a importância da educação dos seus filhos.
E concluem “A vocação de uma pessoa representa seu chamado; a vocação de um pai é
aprender a fim de ensinar”, (p. 54).
Por fim, a conclusão no capítulo nove, fecha resumidamente o trabalho dos pais em
definir a educação cristã partindo do princípio bíblico como único guia para direcionar todo e
qualquer estudo.
De uma forma geral, a obra apresenta o pensamento cristão voltado a cultura
protestante norte-americana muito diferente da cultura no Brasil, é inegável uma educação
com valores morais e cristãos, contudo, culturas diferentes merecem estratégias diferentes. A
herança calvinista e a diversidade na imigração nos Estados Unidos de anglicanos,
reformadores luteranos e anabatistas, formam uma nação majoritária protestante. Pelo
contrário, no Brasil o sincretismo religioso e a diversidade cultural limita uma educação
nesses moldes, não questionando o objetivo do trabalho dos autores, mas analisando as
possibilidades de uma educação cristã em um país com uma diversidade como no Brasil.
Outrossim, a preocupação também está em termos utilizados na obra como "ser cristão
significa estar em guerra constante e total", ou "Essa guerra não consiste em uma
característica secundária da vida cristã. Ela é a vida cristã", (p. 48), mais adiante temos: "A
guerra não é apenas constante, mas total, não confinada e esmagadora. (...) não se confina a
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nosso tempo (...) mas se expressa com violência em cada canto da história), enfim, são vários
trechos. Mesmo reconhecendo a guerra contra o pecado, entretanto, o poder familiar ou seja
qual for, com a aprovação de uma fé, pode causar uma explosão de perseguições àquilo que
for considerado errado. O cuidado para não cometermos os mesmos erros do passado causado
pela luta sangrenta das guerras santas.