A IDENTIDADE DA

ESCOLA CATÓLICA
PARA UMA CULTURA
DO DIÁLOGO

CONGREGAÇÃO
PARA A AEDUCAÇÃO
CATÓLICA
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS: A
QUESTÃO DA IDENTIDADE

A IDENTIDADE NÃO É UMA PROPRIEDADE DAS

COISAS OU DOS SERES, MAS DAS RELAÇÕES.

É NO ENCONTRO COM A DIFERENÇA QUE SE

PRODUZEM AS IDENTIDADES. DESTE MODO O
DIÁLOGO DEVE SER COMPREENDIDO COMO
PRODUTOR DE IDENTIDADES

IDENTIDADES SÃO DINÂMICAS, PROCESSUAIS

E SE CONSTROEM NAS RELAÇÕES. DEVEMOS
RECONHECER QUE TODA IDENTIDADE É ELA
MESMA, FRUTO DO DIÁLOGO
O PLURALISMO E AS DIVERSIDADES DE
RELIGIÃO, DE COR, DE SEXO, DE RAÇA E DE
LÍNGUA FAZEM PARTE DAQUELE SÁBIO DESÍGNIO
DIVINO COM QUE DEUS CRIOU OS SERES
HUMANOS. ESTA SABEDORIA DIVINA É A ORIGEM
DONDE DERIVA O DIREITO À LIBERDADE DE
CREDO E À LIBERDADE DE SER DIFERENTE.
PAPA FRANCISCO E GRÃO IMÃ DE AL-AZHAR, AHMAD AL-TAYYEB
É PRECISO REVIGORAR A
CONSCIÊNCIA DE SOMOS
UMA ÚNICA FAMÍLIA
HUMANA. NÃO HÁ
FRONTEIRAS NEM
BARREIRAS POLÍTICAS OU
SOCIAIS QUE PERMITAM
ISOLAR-NOS E, POR ISSO
MESMO, TAMBÉM NÃO HÁ
ESPAÇO PARA A
GLOBALIZAÇÃO DA
INDIFERENÇA (LS 52).
INSTRUÇÃO "A IDENTIDADE DA
ESCOLA CATÓLICA PARA UMA
CULTURA DO DIÁLOGO"

PRIMEIRA PARTE: A PRESENÇA

DA IGREJA NO MUNDO ESCOLAR
NO CONTEXTO GERAL DE SUA
MISSÃO EVANGELIZADORA;
SEGUNDO CAPÍTULO: OS
DIVERSOS SUJEITOS QUE
TRABALHAM NO MUNDO
ESCOLAR;
CAPÍTULO FINAL: ALGUNS
PONTOS CRÍTICOS QUE PODEM
SURGIR AO INTEGRAR TODOS OS
DIVERSOS ASPECTOS DA
EDUCAÇÃO ESCOLAR NA VIDA
CONCRETA DA IGREJA.
PACTO EDUCATIVO GLOBAL:
“EDUCAR É APOSTAR E INFUNDIR NO
PRESENTE A ESPERANÇA QUE ROMPE OS
DETERMINISMOS E FATALISMOS COM QUE
MUITAS VEZES O EGOÍSMO DO FORTE, O
CONFORMISMO DO VULNERÁVEL E A
IDEOLOGIA DO UTOPISTA SE QUEREM
IMPOR COMO ÚNICO CAMINHO POSSÍVEL”
(PAPA FRANCISCO, MENSAGEM EM VÍDEO
AOS PARTICIPANTES DO “GLOBAL
COMPACT ON EDUCATION” NA PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE LATERANENSE, 15 DE
OUTUBRO DE 2020)
 A IGREJA, MÃE E MESTRA - A
AÇÃO EDUCATIVA
DESENVOLVIDA POR MEIO
DAS ESCOLAS NÃO É UMA

CAPÍTULO I: OBRA FILANTRÓPICA DA

IGREJA PARA ATENDER UMA
AS ESCOLAS NECESSIDADE SOCIAL, MAS É

CATÓLICAS NA
PARTE ESSENCIAL DE SUA
IDENTIDADE E MISSÃO
MISSÃO DA IGREJA
A escola católica prepara os
alunos para exercer sua
liberdade de forma responsável,
formando atitudes de abertura e
solidariedade.
OS “PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS” DA
EDUCAÇÃO CRISTÃ NAS ESCOLAS
1. A EDUCAÇÃO, COMO FORMAÇÃO DA PESSOA HUMANA, É
UM DIREITO UNIVERSAL;
2. SENDO UM DIREITO DE TODOS, A EDUCAÇÃO EXIGE A
RESPONSABILIDADE DE TODOS;
3. A IGREJA TEM O DEVER DE EDUCAR ATRAVÉS DA
EVANGELIZAÇÃO E DA PROMOÇÃO HUMANA INTEGRAL;
4. O DESENVOLVIMENTO DE UMA FORMAÇÃO INICIAL E
CONTINUADA DOS PROFESSORES RECONHECE EM SUA
ATIVIDADE UM “MINISTÉRIO E UM AUTÊNTICO APOSTOLADO,
[...] E, AO MESMO TEMPO, UM VERDADEIRO SERVIÇO
PRESTADO À SOCIEDADE”;
OS “PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS” DA
EDUCAÇÃO CRISTÃ NAS ESCOLAS

5. O CAMINHO PEDAGÓGICO DEVE SER FUNDANDO NUM

PRINCÍPIO DE COLABORAÇÃO MÚTUA, QUE ENVOLVA TODA A
COMUNIDADE ESCOLAR;
6. AS ESCOLAS CATÓLICAS, MAIS DO QUE INSTITUIÇÕES DE
ENSINO, DEVEM SE TORNAR VERDADEIRAS “COMUNIDADES”.
O ELEMENTO CARACTERÍSTICO DA ESCOLA CATÓLICA, ALÉM
DE BUSCAR “OS FINS CULTURAIS DA ESCOLA E A FORMAÇÃO
HUMANA DA JUVENTUDE”, É O DE “CRIAR UM AMBIENTE DE
COMUNIDADE ESCOLAR ANIMADO PELO ESPÍRITO
EVANGÉLICO DE LIBERDADE E DE CARIDADE”.
OUTROS
DESENVOLVIMENTOS
1. O PERFIL PERMANENTE DA
IDENTIDADE CATÓLICA NUM
MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO;
2. A RESPONSABILIDADE DO
TESTEMUNHO DE DOCENTES E
DIRIGENTES LEIGOS E
CONSAGRADOS;
3. A ABORDAGEM DIALÓGICA
PARA UM MUNDO
MULTICULTURAL E
MULTIRRELIGIOSO.
EDUCAÇÃO EM SAÍDA: “MOVIMENTO”
GLOBAL PARA A CULTURA DO CUIDADO
A EDUCAÇÃO PARA O CUIDADO NASCE NA
“FAMÍLIA E ESTENDE-SE A OUTROS
SUJEITOS ENCARREGADOS DA EDUCAÇÃO,
QUE SÃO CHAMADOS A “TRANSMITIR UM
SISTEMA DE VALORES FUNDADO NO
RECONHECIMENTO DA DIGNIDADE DE CADA
PESSOA, DE CADA COMUNIDADE
LINGUÍSTICA, ÉTNICA E RELIGIOSA, DE CADA
POVO E DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS QUE
DELA DERIVAM.
A EDUCAÇÃO É UM DOS PILARES DE
SOCIEDADES MAIS JUSTAS E SOLIDÁRIAS
A CULTURA DO CUIDADO TORNA-SE A
BÚSSOLA A NÍVEL LOCAL E
INTERNACIONAL PARA FORMAR PESSOAS
CAPAZES “DE ESCUTA PACIENTE,
DIÁLOGO CONSTRUTIVO E MÚTUA
COMPREENSÃO”. ASSIM RECRIA-SE O
“TECIDO DE RELAÇÕES EM PROL DUMA
HUMANIDADE CAPAZ DE FALAR A
LINGUAGEM DA FRATERNIDADE”.
 “A MISSÃO EDUCATIVA REALIZA-
SE NA COLABORAÇÃO ENTRE

CAPÍTULO II: OS
VÁRIOS SUJEITOS - ALUNOS,
PAIS, PROFESSORES, PESSOAL

SUJEITOS NÃO DOCENTE E ADMINISTRAÇÃO

- QUE CONSTITUEM A
RESPONSÁVEIS COMUNIDADE EDUCATIVA”.

PELA PROMOÇÃO E Estes e outros sujeitos responsáveis,

A VERIFICAÇÃO DA que com seu trabalho promovem e

verificam os projetos educativos,

IDENTIDADE inspirados pela doutrina da Igreja

sobre a educação, atuam

CATÓLICA respectivamente em vários níveis: no

nível da própria escola, no nível das
iniciativas carismáticas no Povo de
Deus, no nível da hierarquia da
Igreja (cf. nº 37).
OS SUJEITOS RESPONSÁVEIS PELA PROMOÇÃO E
A VERIFICAÇÃO DA IDENTIDADE CATÓLICA

A) OS ALUNOS SÃO SUJEITOS ATIVOS NO PROCESSO

EDUCATIVO.
B) OS PRIMEIROS SUJEITOS RESPONSÁVEIS PELA EDUCAÇÃO
SÃO OS PAIS
C) AS ESCOLAS CONSTITUEM O PRINCIPAL AUXÍLIO AOS PAIS
PARA O DESEMPENHO DO SEU MÚNUS DE EDUCAR (CF. CÂN.
796 § 1 CIC E CÂN. 631 § 1 CCEO).
D) OS PROFESSORES, PELA SUA CAPACIDADE E ARTE
DIDÁTICO-PEDAGÓGICA, ASSIM COMO PELO TESTEMUNHO DE
VIDA, GARANTEM À ESCOLA CATÓLICA A REALIZAÇÃO DO
SEU PROJETO FORMATIVO.
OS SUJEITOS RESPONSÁVEIS PELA PROMOÇÃO E
A VERIFICAÇÃO DA IDENTIDADE CATÓLICA

E) O PESSOAL ADMINISTRATIVO, EM SUAS ATIVIDADES

ESPECÍFICAS, TAMBÉM É CHAMADO A COLABORAR PARA O
RECONHECIMENTO DO CARÁTER CATÓLICO DA ESCOLA.
F) O DIRIGENTE ESCOLAR, MAIS DO QUE UM
MANAGER DE UMA ORGANIZAÇÃO, É UM LÍDER
EDUCATIVO QUANDO SABE SER O PRIMEIRO A
ASSUMIR ESTA RESPONSABILIDADE, QUE TAMBÉM SE
CONFIGURA COMO MISSÃO ECLESIAL E PASTORAL
FUNDADA NA RELAÇÃO COM OS PASTORES DA
IGREJA;
"CADA ATO OFICIAL DA
ESCOLA DEVE ESTAR DE
ACORDO COM SUA
IDENTIDADE CATÓLICA,
RESPEITANDO PLENAMENTE
A LIBERDADE DA
CONSCIÊNCIA DE CADA
PESSOA".
OS CARISMAS EDUCATIVOS NA IGREJA -
EXPRESSÃO INSTITUCIONAL DO CARISMA

NO DECORRER DA HISTÓRIA DA IGREJA,

DIVERSAS REALIDADES CONTRIBUÍRAM PARA A
CRIAÇÃO DAS ESCOLAS CATÓLICAS. EM
PARTICULAR, AS PESSOAS CONSAGRADAS, NOS
VÁRIOS INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA E
NAS SOCIEDADES DE VIDA APOSTÓLICA,
INSPIRADAS PELOS SEUS FUNDADORES,
CRIARAM ESCOLAS CATÓLICAS E AINDA ESTÃO
PRESENTES, DE MODO EFICAZ, NO SETOR
EDUCATIVO - IR. AGOSTINIANAS MISSIONÁRIAS.
 DIVERGÊNCIAS NA
INTERPRETAÇÃO DA
QUALIFICAÇÃO DE “CATÓLICA”.

1. Visão redutiva: a catolicidade

não pode ser atribuída apenas a
CAPÍTULO III: algumas esferas ou a algumas
pessoas, tais como momentos
ALGUNS ASPECTOS litúrgicos, espirituais, sociais, ou
à função do capelão escolar, dos
CRÍTICOS professores de educação religiosa
ou do diretor da escola. Isto seria
em contradição com a
responsabilidade da comunidade
escolar em seu conjunto e de
cada um de seus membros.
 DIVERGÊNCIAS NA
INTERPRETAÇÃO DA
QUALIFICAÇÃO DE “CATÓLICA”.

CAPÍTULO III:
ALGUNS ASPECTOS
2. Consideração “fechada”: uma
escola católica deve ser “aberta”

CRÍTICOS
a todos. Importa transferir para a
esfera educativa o modelo da
“Igreja em saída”.
 DIVERGÊNCIAS NA
INTERPRETAÇÃO DA
QUALIFICAÇÃO DE “CATÓLICA”.
3. Alguns temas e questões sensíveis:
a) resolução de eventuais tensões e
conflitos; b) Ocorrência de conflitos

CAPÍTULO III:
no campo disciplinar e/ou
doutrinário; c) legislação civil que

ALGUNS ASPECTOS
entra em conflito com a liberdade
religiosa e a própria identidade

CRÍTICOS
católica de uma escola; d)
possibilidade de subsistência da
escola, da sua sustentabilidade
econômica e da sua orientação
diante dos novos desafios
educativos; e) encerramento ou a
mudança da configuração jurídica
de uma escola católica por
dificuldades de gestão.
A IDENTIDADE CATÓLICA
DEVERIA REPRESENTAR
UM TERRENO DE
ENCONTRO, UMA
FERRAMENTA PARA A
CONVERGÊNCIA DE IDEIAS
E AÇÕES: NAS COISAS
NECESSÁRIAS, UNIDADE;
NAS DUVIDOSAS,
LIBERDADE; EM TODAS,
CARIDADE.
CONSTRUTORES DE UNIDADE

“PERANTE O CONFLITO, ALGUNS LIMITAM-SE A OLHÁ-LO E

PASSAM ADIANTE COMO SE NADA FOSSE, LAVAM-SE AS
MÃOS PARA PODER CONTINUAR COM A SUA VIDA. OUTROS
ENTRAM DE TAL MANEIRA NO CONFLITO QUE FICAM
PRISIONEIROS, PERDEM O HORIZONTE, PROJETAM NAS
INSTITUIÇÕES AS SUAS PRÓPRIAS CONFUSÕES E
INSATISFAÇÕES E, ASSIM, A UNIDADE TORNA-SE
IMPOSSÍVEL. MAS HÁ UMA TERCEIRA FORMA, A MAIS
ADEQUADA, DE ENFRENTAR O CONFLITO: É ACEITAR
SUPORTAR O CONFLITO, RESOLVÊ-LO E TRANSFORMÁ-LO NO
ELO DE LIGAÇÃO DE UM NOVO PROCESSO. «FELIZES OS
PACIFICADORES» (MT 5,9)”.
GERADORES DE PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO

É URGENTE NOS HABITUARMOS A NOS

OCUPARMOS MAIS COM “INICIAR
PROCESSOS” DO QUE DEFENDER POSIÇÕES E
ESPAÇOS DE PODER. PARA INICIAR
PROCESSOS FRUTÍFEROS, É TAMBÉM
PRECISO UM PROFUNDO DISCERNIMENTO,
QUE REÚNA A DIMENSÃO HUMANA,
ESPIRITUAL, JURÍDICA, SUBJETIVA E
PRAGMÁTICA.
ELABORADORES DE SOLUÇÕES REAIS E DURADOURAS

A REALIDADE É MAIS
IMPORTANTE DO QUE A IDEIA.
PACTO EDUCATIVO GLOBAL:
REAVIVAR O COMPROMISSO
EM PROL E COM AS GERAÇÕES
JOVENS, RENOVANDO A
PAIXÃO POR UMA EDUCAÇÃO
MAIS ABERTA E INCLUSIVA,
CAPAZ DE ESCUTA PACIENTE,
DIÁLOGO CONSTRUTIVO E
MÚTUA COMPREENSÃO.
PARA REFLETIR EM GRUPO...

1. AS ESCOLAS CATÓLICAS, MAIS DO QUE INSTITUIÇÕES DE ENSINO,

DEVEM SE TORNAR VERDADEIRAS “COMUNIDADES”. ESSE É UM
HORIZONTE QUE TEMOS CONSIDERADO EM NOSSA MISSÃO EDUCATIVA?

2. TODOS OS ENVOLVIDOS NA PROMOÇÃO DA IDENTIDADE CATÓLICA

DE UMA ESCOLA SEJAM CONSTRUTORES DE UNIDADE, GERADORES DE
PROCESSOS DE DESENVOLVIMENTO E ELABORADORES DE SOLUÇÕES
REAIS E DURADOURAS PARA OS PROBLEMAS DA COMUNIDADE EM QUE
ESTÃO INSERIDOS. DE QUE MODO PODEMOS TORNAR ESSES IDEIAS UM
VERDADEIRO PROCESSO DE CONTÍNUA REALIZAÇÃO?

3. TODOS CONHECEMOS OS CARISMAS EDUCATIVOS DAS IR.

AGOSTINIANAS MISSIONÁRIAS? EM QUAIS ASPECTOS TEMOS
OPROTUNIDADES DE MELHORIA E APROFUNDAMENTO?
OBRIGADO.