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EDUCAR PARA A DIVERSIDADE


 Aula 1 - Educação e liberdade religiosa

 Aula 2 - Educação intergeracional

 Aula 3 - Uma educação contextualizada, relevante e significativa

 Aula 4 - Práticas educativas e diversidade

 Aula 5 - Encerramento da unidade

 Referências

Aula 1

EDUCAÇÃO E LIBERDADE RELIGIOSA

PONTO DE PARTIDA

Olá, estudante!

Nesta jornada de estudos em educação e diversidade, temos analisado e refletido até aqui sobre o contexto
em que estamos inseridos, para que possamos repensar nossos hábitos de vida e práticas educacionais

vivenciadas nas escolas. Pretende-se desenvolver a competência de conjecturar práticas educativas

significativas, relevantes e contextualizadas, pautadas na compreensão lógica e racional da diversidade

sociocultural. Com isso, espera-se que se desenvolva uma abordagem holística para a educação a partir de

categorias teóricas e analíticas sobre a diversidade.

Nesta aula sobre educação e liberdade religiosa, especificamente, você vai estudar sobre as questões legais do

respeito à liberdade religiosa e as relações com a escola e a sociedade na qual estamos inseridos. Em seguida,

você está convidado a refletir sobre o direito à liberdade, escolha, prática e expressão da religiosidade,
percebendo a importância da laicidade nas práticas educativas. Por fim, você vai estudar a educação e o

papel da prevenção e combate às intolerâncias.

Para que possamos iniciar os estudos desta aula, propomos algumas questões para problematização: quais as

relações entre educação, diversidade e religiosidades? Como trabalhar a questão da religiosidade na escola?

Qual o papel da educação e da escola no combate às intolerâncias religiosas? O que é laicidade na educação?

Veja que essas são algumas de muitas das problematizações relacionadas à educação e liberdade religiosa.
Você pode perceber que já temos um bom começo com essas problematizações propostas, mas

recomendamos que você aprofunde suas leituras a partir das referências indicadas neste material, entre

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outras que você pode pesquisar e julgar interessante. Pesquise por outros materiais na Biblioteca Virtual ou

na Minha Biblioteca que você tem acesso. Bons estudos!

VAMOS COMEÇAR

Os estudos em educação e liberdades religiosas, cujo escopo dos estudos consiste num modelo de educação

para a diversidade, é importante para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Como anunciado,

nesta aula, você vai estudar primeiramente as questões legais do respeito à liberdade religiosa. Em seguida,

você vai refletir sobre o direito à liberdade, escolha, prática e expressão da religiosidade. Finalmente,
veremos a educação e o papel da prevenção e combate às intolerâncias.

Questões legais do respeito à liberdade religiosa


Vamos verificar como trabalhar a questão da religião e compreender os aspectos legais do respeito à

liberdade religiosa. Em educação e diversidade, é preciso reconhecer o exercício da religião como um direito,

que determina que todas as práticas devem ser respeitadas e incentivadas. Isso deve ser compreendido em

meio ao contexto democrático e do direito à diferença, garantidos em nossa sociedade.

Para entender as questões legais do respeito à diversidade religiosa, é preciso definir religião e liberdade

religiosa, e perceber que “discorrer sobre a liberdade religiosa exige uma definição de religião, algo que,

como se verá, não é tarefa fácil e pela etimologia, a palavra religião de origem latina teria por significado

religar, reeleger, no sentido de religar o homem a sua divindade” (Coutinho, 2012, p. 176 apud Tenório, 2023,

p. 33). Trata-se de questões ligadas ao sagrado, a uma dimensão que liga o ser humano à sua divindade.

Pensar nas religiões brasileiras é considerar a miscigenação da população e da diversidade sociocultural com

que nos constituímos historicamente. A religião e as religiosidades, são aspectos culturais que precisam ser

observados a partir de nossa formação social e cultural. Com isso, é preciso analisar essas características
quando pensamos nas relações entre educação, diversidade e religiosidade no Brasil.

O Brasil é considerado um dos países mais religiosos do mundo. Entretanto, é

necessário perceber que nossa formação nacional se caracteriza pela influência de

vários matizes religiosos, como o catolicismo oficial e o popular, as religiões de

matrizes africanas – como o candomblé e a umbanda –, o protestantismo, os


pentecostais, os espíritas kardecistas, a teologia da libertação e os católicos

carismáticos.
— (Oliveira; Costa, 2016, p. 307)

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Perceba a singularidade de nosso país, ou seja, a diversidade sociocultural existente em relação às religiões

da população brasileira, marcada por uma vasta e diversa mistura étnico-racial e cultural. Ademais,

precisamos reconhecer que o Brasil é um dos países mais religiosos do mundo.

Essas especificidades da cultura proporcionam ao mundo um fenômeno interessante, o do sincretismo

religioso. O termo sincretismo se origina na Grécia Antiga e tem a ver com as fusões culturais e religiosas de

diferentes povos a partir das relações sociais. O sincretismo está associado à cultura da religião em nosso
país.

Um fenômeno social bastante interessante no Brasil é o chamado sincretismo

religioso. Este é o resultado do contato social entre povos e grupos, resultando numa

espécie de “fusão” ou “amálgama” de determinadas características distintas desses

grupos, referentes a elementos religiosos e culturais. É, portanto, a existência comum

de traços culturais e religiosos, originalmente diferentes, que poderiam ser

interpretados até como incompatíveis ou antagônicos, mas que acabam se

apresentando como um só elemento novo e único.


— (Oliveira; Costa, 2016, p. 307)

O sincretismo religioso no Brasil tem relação com a formação social e econômica do colonialismo brasileiro e

as relações com os povos originários e a população escravizada em nosso país. Como exemplos do sincretismo

no Brasil, podemos mencionar a Umbanda, religião de matriz africana e afro-brasileira, que se utiliza da
mistura de elementos do catolicismo, do espiritismo e do candomblé. O catolicismo popular é também um

exemplo de sincretismo, como por exemplo, o culto à Nossa Senhora dos Navegantes e Iemanjá.

O fenômeno da religião e das relações culturais em nosso país é um rico objeto de estudos para o

desenvolvimento de uma perspectiva que integre as relações entre educação, diversidade e religiosidades. O

sincretismo, por exemplo, pode ser trabalhado nas escolas na forma de uma interessante experiência didática

que contemple essas relações sociais e culturais.

Direito à liberdade, escolha, prática e expressão da religiosidade


Estudar sobre religião e religiosidades é falar no direito à liberdade, escolha, prática e expressão da

religiosidade, que pode ser feito na escola, de modo que o reconhecimento, a valorização e o respeito à

diferença social e cultural possam ser amplamente disseminados na comunidade escolar e na sociedade como

um todo. No entanto, para se pensar no papel das escolas, sobretudo as escolas públicas, é preciso ter o

cuidado para que uma determinada religião não se torne hegemônica (dominante) perante as demais

religiões, manifestações e expressões culturais das religiosidades na convivência escolar.

O exercício da laicidade do Estado e da escola indica que não se deve apoiar nenhuma religião; no entanto,
diante da pluralidade religiosa com que se constitui a sociedade brasileira, considerando a religião é algo

extremamente importante para a maioria dos brasileiros, a escola pode oportunizar os estudos sobre religião

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de modo a valorizar as identidades sociais e culturais – em que pode-se aproveitar para trabalhar a questão

do respeito e da tolerância religiosa e cultural.

Nos estudos sobre o direito à liberdade, escolha, prática e expressão da religiosidade, pode-se ressaltar a

legislação que garante a liberdade religiosa para todos, na forma de direito de culto, de proteção aos locais de

culto e liturgias, assim como a garantia à assistência religiosa. Na passagem a seguir, estão descritos os

direitos à liberdade religiosa, garantidos pela Constituição Cidadã de 1988.

A Constituição Federal brasileira consagrou uma ampla proteção à liberdade

religiosa, prevendo em diversos momentos garantias e direitos relativos à

manifestação da religião, seja em âmbito individual, coletivo, institucional, público e

privado. A primeira referência à religião está no preâmbulo da Constituição Federal

brasileira, que faz expressa menção a Deus, como protetor da promulgação da nova
ordem constitucional.

Em seguida, no artigo 5a, incisos VI, VII e VIII tutelam a liberdade religiosa, o direito

de culto, a proteção aos locais de culto e às liturgias; bem como garantem a assistência

religiosa, nas entidades civis e militares de internação coletiva, além de

estabelecerem o dever fundamental do Estado de não privar de direitos uma pessoa

por motivos religiosos.


— (Tenório, 2023, p. 40)

Perceba que a Constituição Federal brasileira proporciona a ampla proteção à liberdade religiosa. No entanto,

na perspectiva dos estudos em educação e diversidade, cabe ressaltar a importância do exercício do diálogo.

O diálogo é uma conversa entre duas ou mais pessoas, que trocam ideias, com vistas a um entendimento e

uma concordância para conviverem uma com as outras, inclusive no campo religioso. Diante disso, o diálogo
busca a paz, o amor e a fraternidade.

Em um mundo marcado pelo advento das novas tecnologias, comunicações, migrações e trocas culturais, o

diálogo entre culturas diferentes se faz cada vez mais necessário para uma convivência saudável e a

sobrevivência de todas elas. O diálogo entre as culturas, como se pode perceber, faz parte da responsabilidade

de um projeto de vida pela paz mundial. Dessa maneira, o diálogo inter-religioso é fundamental para a

construção da paz e de um mundo melhor.

Figura 1 | Cultura e diversidade religiosa – Registro de bandeiras de oração budistas hasteadas no planalto tibetano penduradas por

budistas locais como forma de enviar suas orações aos céus

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Fonte: Wikimedia Commons.

Quando tratamos das religiões, o diálogo inter-religioso é extremamente importante e benéfico para toda a

sociedade, de modo que a religião seja compreendida sob a perspectiva da diversidade cultural. Por isso, a

escola pode ser uma instituição fundamental nesse processo. Como se percebe, em religião não existe verdade

absoluta, pois, se assim for, ocorrerão práticas e formas de intolerância e de discriminação de uma

perspectiva religiosa em detrimento de outra. O direito à liberdade religiosa, portanto, não impede o

exercício da liberdade individual das pessoas que são diferentes. Isso tudo deve ser adotado do ponto de vista

da religião.

A educação e o papel da prevenção e combate às intolerâncias


Para trabalhar a educação e o papel da prevenção e combate às intolerâncias nas escolas, pode-se pensar no

componente curricular de Ensino Religioso. Pode-se perceber que “as intolerâncias se manifestam de diversas

maneiras e pode ser imputada em relação a: religião, diferentes etnias, raças, nacionalidades, times de

futebol, partidos políticos, estrangeiros e discriminações correlatas” (Previtelli; Vieira, 2017, p. 185-186).

Essa área do conhecimento, que se pauta na escola sob o âmbito científico, aprofunda os conhecimentos

sobre cultura e diversidade para os estudantes, e investiga a manifestação de fenômenos religiosos em

diferentes culturas e sociedades enquanto um dos bens simbólicos resultantes da busca humana por

respostas aos enigmas do mundo, da vida e da morte (Brasil, 2018).

Os fenômenos ligados ao campo da religião envolvem distintos sentidos e significados de vida, “em torno dos

quais se organizaram cosmovisões, linguagens, saberes, crenças, mitologias, narrativas, textos, símbolos,

ritos, doutrinas, tradições, movimentos, práticas e princípios éticos e morais” (Brasil, 2018) e são, portanto,

parte integrante do substrato cultural da humanidade.

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A intolerância religiosa no Brasil tem uma leitura peculiar. Mesmo que a legislação

nacional assegure a liberdade de crença e de culto, a intolerância religiosa é uma

realidade. Embora haja denúncias de intolerância e discriminação religiosa em


relação às inúmeras religiões que se apresentam no panorama nacional, são as

religiões afro-brasileiras os alvos mais comuns desse fenômeno. A intolerância às

religiões afro-brasileiras não é uma novidade. Elas foram, durante toda sua história,

estigmatizadas como baixo espiritismo, feitiçaria, magia negra e essas marcas ainda

estão presentes no imaginário brasileiro.


— (Previtelli; Vieira, 2017, p. 185-186)

Perceba que estabelecer uma cultura da paz no âmbito do aceite da diversidade das religiões é fator

indispensável e contribui com o combate às intolerâncias culturais e religiosas. Nesse sentido, sob o viés da

laicidade da educação escolar, compete às escolas contribuírem com a erradicação das intolerâncias religiosas

e de quaisquer formas de discriminação ou de violência que possa haver com qualquer religião e sua

expressividade.

A disciplina de ensino religioso, nesse sentido, é muito importante nesse processo, e isso se percebe nas

competências dessa área do conhecimento segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Cabe ao Ensino Religioso tratar os conhecimentos religiosos a partir de pressupostos

éticos e científicos, sem privilégio de nenhuma crença ou convicção. Isso implica

abordar esses conhecimentos com base nas diversas culturas e tradições religiosas,

sem desconsiderar a existência de filosofias seculares de vida. [...] Por isso, a

interculturalidade e a ética da alteridade constituem fundamentos teóricos e

pedagógicos do Ensino Religioso, porque favorecem o reconhecimento e respeito às

histórias, memórias, crenças, convicções e valores de diferentes culturas, tradições

religiosas e filosofias de vida. O Ensino Religioso busca construir, por meio do estudo

dos conhecimentos religiosos e das filosofias de vida, atitudes de reconhecimento e

respeito às alteridades. Trata-se de um espaço de aprendizagens, experiências

pedagógicas, intercâmbios e diálogos permanentes, que visam o acolhimento das

identidades culturais, religiosas ou não, na perspectiva da interculturalidade, direitos

humanos e cultura da paz. Tais finalidades se articulam aos elementos da formação

integral dos estudantes, na medida em que fomentam a aprendizagem da convivência

democrática e cidadã, princípio básico à vida em sociedade. Considerando esses


pressupostos, e em articulação com as competências gerais da Educação Básica, a área

de Ensino Religioso – e, por consequência, o componente curricular de Ensino

Religioso –, devem garantir aos alunos o desenvolvimento de competências

específicas.
— (Brasil, 2018, p. 436-437)

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Perceba a importância da área do ensino religioso para os estudos em educação e diversidade e do diálogo

como exercício que deve prevalecer em todos os espaços educativos, para que se conheça as diferentes

culturas, tradições religiosas e filosofias da vida. Assim como o conceito de cultura, pode-se dizer que as

religiões são múltiplas e devem ser valorizadas e reconhecidas em sua diferença.

Os projetos culturais e interdisciplinares e as relações com o componente cultural de ensino religioso e a

abordagem interdisciplinar, envolvendo outros atores da escola, são fundamentais nesse processo

educacional. A convivência harmoniosa e a tolerância tornam-se, nesse sentido, essenciais na construção da

paz, pois é graças a ela que muitos conflitos e crimes motivados pelo ódio ao diferente podem ser evitados.

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VAMOS EXERCITAR

Em nossos resultados de aprendizagem, buscamos desenvolver uma abordagem holística para a educação a

partir de categorias teóricas e analíticas sobre a diversidade. As questões relacionadas à religiosidade e

diversidade religiosa são fundamentais nos estudos em educação e diversidade.

Nesse sentido, vamos retomar algumas questões realizadas em nossa problematização: quais as relações

entre educação, diversidade e religiosidades? Como trabalhar a questão da religiosidade na escola? Qual o

papel da educação e da escola no combate às intolerâncias religiosas? O que é laicidade na educação?

Em educação e diversidade, é preciso reconhecer o exercício da religião como um direito a ser respeitado e

praticado. Para entender essa questão, você estudou a importância de analisar as características da

composição cultural religiosa no Brasil, que é extremamente plural e sincrética.

Você pôde perceber que o fenômeno da religião e das relações culturais em nosso país é um valioso objeto de

estudos para o desenvolvimento de uma perspectiva que integre as relações entre educação, diversidade e

religiosidades. O sincretismo, dessa forma, é interessante de ser trabalhado e ressaltado nas escolas, de modo

que as relações sociais e culturais em nosso país sejam abordadas e preservadas.

A escola, nesse sentido, é o lugar propício para que o reconhecimento, a valorização e o respeito à diferença

social e cultural sejam amplamente disseminados, na escola e para além dela, ou seja, na comunidade escolar

e na sociedade como um todo. Assim, a escola deve oportunizar os estudos sobre religião, de modo a valorizar

as identidades sociais e culturais, aproveitando-se disso para trabalhar a questão do respeito e da tolerância

religiosa. Isso contribui para a eliminação de práticas de intolerância e de discriminação religiosa.

O componente curricular de Ensino Religioso, nesse sentido, é um meio importante para trabalhar a

educação e o papel da prevenção e combate às intolerâncias nas escolas, estabelecer uma cultura da paz no

âmbito do aceite da diversidade das religiões, fator indispensável para a promoção da diversidade social e

cultural.

O exercício da laicidade do Estado e da escola promove a imparcialidade da instituição em relação às

questões religiosas e pode-se aproveitar da discussão legal para trabalhar a questão do respeito e da

tolerância religiosa. É competência de todas as escolas contribuir com a erradicação das intolerâncias

religiosas e de quaisquer outras formas de discriminação ou de violência que possa haver com qualquer

religião e sua expressividade.

 Saiba mais
Questões legais do respeito à liberdade religiosa

Para o aprofundamento dos estudos sobre as questões legais do respeito à liberdade religiosa,

recomendamos a leitura do Capítulo 2 – Liberdade e discurso religioso na Constituição Federal brasileira

de 1988, do livro Liberdade religiosa e discurso de ódio, de Ricardo Jorge Medeiros Tenório. O livro está
disponível em nossa Biblioteca Virtual.
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Direito à liberdade, escolha, prática e expressão da religiosidade

Para o aprofundamento dos estudos sobre os dados relativos ao pertencimento religioso dos brasileiros,

recomendamos a leitura do texto As religiões no Brasil, de Matheus Pestana. Os dados são resultados do

Censo de 2010 do IBGE (2010) de 2009 e da pesquisa Datafolha realizada em 2019. Você pode explorar

outras informações sobre religião que estão disponíveis na página Religião e Poder.

Para ilustrar e ampliar suas reflexões, ouça a música Procissão, de Gilberto Gil, na qual se apresenta uma

reflexão política sobre a condição social do nordestino e sua religiosidade.

A educação e o papel da prevenção e combate às intolerâncias

Para o aprofundamento dos estudos sobre a educação e o componente de ensino religioso,

recomendamos a leitura dos Capítulos 1 – Ensino religioso e 2 – O ensino religioso na escola pública, do

livro História e legislação do ensino religioso, de Karin Willms. O livro está disponível em nossa

Biblioteca Virtual.

Aula 2

EDUCAÇÃO INTERGERACIONAL

PONTO DE PARTIDA

Olá, estudante!

Você está percebendo que educar para a diversidade envolve primeiramente compreender a diversidade

sociocultural. Isso contribui para a sua valorização e reconhecimento. Vamos adotar a mesma perspectiva

para tratar dos aspectos que envolvem a educação intergeracional, ou seja, analisar o etarismo como

marcador social da diferença. Em seguida, você vai estudar sobre a importância do acolhimento e da
valorização de estudantes de diferentes faixas etárias. Por fim, vai estudar os programas sociais de educação

de adultos.

Para os estudos sobre educação intergeracional, alguns questionamentos iniciais se fazem necessários:

etarismo é um marcador social da diferença? De que modo podemos acolher e valorizar estudantes de

diferentes faixas etárias? Qual o papel do Estado e das políticas públicas na educação de jovens e adultos? O

que é a modalidade de ensino EJA?

Pensar nessas questões, sob a ótica das desigualdades sociais, é fundamental para o exercício reflexivo em

educação e diversidade. Aprofunde suas leituras e conhecimentos a partir dos livros disponibilizados na

Minha Biblioteca e na Biblioteca Virtual. Bons estudos!

VAMOS COMEÇAR

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Nos estudos em educação intergeracional e diversidade vamos analisar práticas eficazes de promoção da

diversidade social e cultural. Como anunciado, primeiramente, você vai estudar o etarismo como marcador

social da diferença. Em seguida, você vai estudar as questões relacionadas à educação e às diferentes faixas

etárias e pensar no acolhimento, valorização e incentivo à continuidade dos estudos, essenciais para o escopo

do que estamos tratando nesta aula. Por fim, você vai conhecer os programas sociais de educação de adultos e

verificar a sua importância para uma educação igualitária e inclusiva.

Etarismo como marcador social da diferença


Um dos aspectos importantes nos estudos em educação e diversidade tem a ver com a questão

intergeracional. O etarismo, nesse sentido, é compreendido como marcador social da diferença, pois se baseia

na discriminação, estereótipos e preconceitos relacionados à idade. Esses aspectos negativos relacionados às

questões intergeracionais ocorrem tanto com pessoas mais idosas quanto com pessoas mais jovens, sobretudo

quando se analisam os aspectos relacionados ao mercado de trabalho ou ao atendimento a serviços públicos,

por exemplo.

Nos estudos em educação e diversidade, parte-se do entendimento de que a educação deve se estender a toda

a população brasileira, independentemente das características das identidades socioculturais e/ou da faixa

etária em que o indivíduo se insere. Ou seja, trata-se de garantir a educação, o ensino e a aprendizagem de

conteúdos elementares para a reprodução de uma vida social mais humanizada nas diferentes etapas da

vida.

Sabe-se que o fator geracional corresponde à diminuição da quantidade de filhos por família, o que acarreta,

a médio e longo prazo, o envelhecimento da população. Isso levanta a preocupação de se contemplar a

oportunidade de estudos para todos, mesmo para as pessoas que se encontram na distorção da idade/série

escolar. Essa área do conhecimento, educação e diversidade, defende a constante busca pelo aprender,

independente da faixa etária, desde a infância até a velhice, pois compreende-se que nunca é tarde para isso.

É justamente nesse sentido que a garantia do direito à educação deve ser preservada pelo Estado e a

sociedade brasileira, como na oferta de modalidades geracionais de ensino: educação básica, cursos técnicos,

ensino superior, entre outros. Deve-se também promover políticas públicas educacionais e geracionais que

incentivem a permanência dos jovens na escola, de modo que essa dimensão tão importante da vida não seja

tolhida por circunstâncias diversas.

É justamente nesse sentido que todos temos como necessidade a conscientização a respeito das

consequências prejudiciais dos preconceitos e estereótipos baseados na idade, para que se promova uma

cultura que valorize as contribuições diversas e se respeite as diferentes fases da vida. Sabemos que é

essencial desafiar as noções negativas associadas à idade para criar uma sociedade mais inclusiva e

equitativa para todas as faixas etárias no âmbito da educação.

Acolhimento e valorização de estudantes de diferentes faixas etárias

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Nas questões relacionadas à educação intergeracional, sabe-se da importância do acolhimento e da

valorização de estudantes de diferentes faixas etárias, para que a educação contemple a todos, o que resulta

na ampliação de políticas públicas educacionais e de desenvolvimento, contribuindo com a diminuição das

desigualdades educacionais e sociais verificadas em nosso país.

Percebe-se a importância do papel do Estado no sentido de promover políticas públicas educacionais que

acolham jovens e adultos, como, por exemplo, a partir da modalidade da educação de jovens e adultos (EJA).

Perceba que, para além das instituições e relações sociais, é preciso que todos contribuam para uma cultura

de que a educação e a constante formação pessoal e profissional, mediante a educação, seja alcançada e

contemple estudantes de diferentes faixas etárias. Analisando do ponto de vista das interseccionalidades,

pode-se perceber que essas reflexões contribuem com o combate à discriminação etária e o preconceito à

idade.

A escola, a família e a sociedade têm, nesse sentido, um papel primordial na promoção da educação, no

acolhimento e na valorização de diferentes faixas etárias, no sentido de criar meios e oportunidades para dar

continuidade aos estudos, o que corrobora com a multiplicação (frutificação) do conhecimento em larga

escala.

Embora o preconceito etário e a discriminação por idade costumem ser considerados

como sinônimos, o fato é que o primeiro remete essencialmente ao sistema de

atitudes, muitas vezes atribuídas por indivíduos e pela sociedade a outros em função

da idade, enquanto a discriminação por idade descreve comportamentos que

favorecem pessoas de determinada idade.


— (Goldani, 2010, p. 428 apud Previtelli; Vieira, 2017, 191)

Pode-se perceber nos estudos sobre o etarismo a maneira com que estão presentes o preconceito etário e

discriminação por idade em nossa convivência social. É preciso desnaturalizar essas práticas e perceber que a

educação é um direito de todos. Quando falamos das relações intergeracionais nas famílias, Goldani chama a

atenção para o aumento da esperança de vida humana e “a subsequente transferência de recursos materiais

e simbólicos entre avós, pais e filhos/netos, dos mais velhos aos mais novos e dos mais novos aos mais velhos”

(Goldani, 2010, p. 415 apud Previtelli; Vieira, 2017, p. 193).

Com isso, percebe-se que as trocas entre gerações são relevantes para as relações interpessoais e contribui

com o desenvolvimento de todas as pessoas. O senso comum, muitas vezes, associa as pessoas idosas (mais

velhas) a valores negativos, o que se justifica em parte pela valorização do jovem no mercado de trabalho e,

consequentemente, à desvalorização do idoso por ser considerado menos produtivo, fora da idade do

trabalho e de menos consumidor. Isso se evidencia nas práticas discriminatórias por idade observadas na

sociedade.

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Trata-se do preconceito supremo, da última discriminação, da mais cruel rejeição e do

terceiro maior “-ismo”, após o racismo e o sexismo (Palmore, 2004). Como o racismo, o

preconceito etário depende da estereotipagem. Sente-se o seu impacto destruidor em

três áreas principais: preconceito social, discriminação nos locais de trabalho e

tendenciosidade no sistema de saúde.


— (Butler, 1980 apud Previtelli; Vieira, 2017, p. 195)

O preconceito etário está relacionado aos estereótipos construídos do ponto de vista social, no mercado de

trabalho e no sistema de saúde. Os estudos relacionados ao etarismo em educação e diversidade, nesse

sentido, nos levam à construção de um novo modelo de identidade do velho em nossa sociedade. Isso pode

culminar com a construção de uma sociedade mais desenvolvida e inclusiva do ponto de vista do etarismo.

Essa identidade vem sendo construída pelo idoso, não em contraste com a do jovem, mas em contraste à

identidade estereotipada do velho. Assim, esse “novo” idoso procura se desvincular de antigos estereótipos. A

esperança é que uma nova visão do idoso seja construída na educação, por meio da revisão das imagens

estereotipadas anteriores, possibilitando um olhar sobre o idoso pautado na realidade e em suas

necessidades, não em preconceitos (Previtelli; Vieira, 2017).

A nova visão sobre o idoso que os estudos sobre educação intergeracional têm apontado trazem as

possibilidades de um sujeito que ainda é capaz e atuante na construção de sua história pessoal, social e

familiar. Essa postura permite a elaboração de uma nova identidade, também atrelada à constante busca pelo

saber, pois, como vimos, da infância até a velhice, sempre temos a possibilidade de aprender, de conhecer

algo novo.

Programas sociais de educação de adultos


Como vimos, é preciso criar espaços de convivência e de inclusão para todas as pessoas da sociedade, e isso

nos leva a priorizar a questão etária, de modo a refletir sobre o papel da escola. A educação é compreendida,

nesse sentido, como um exercício de inclusão, de modo a proporcionar a inclusão de pessoas nas diversas

faixas etárias.

No âmbito do desenvolvimento social e político, entendemos que o Estado tem um papel importante e

necessário nesse processo de educação de jovens e adultos, e por isso se deve analisar o contexto histórico das

políticas voltadas ao etarismo no Brasil. Além disso, sabe-se que “os ‘benefícios’ e pensões obtidos por meio

das políticas públicas para o idoso vão ter um forte impacto na vida econômica das famílias” (Previtelli;

Vieira, 2017, p. 193).

O Estado tem o dever de promover políticas públicas para a educação de jovens e adultos em todas as

modalidades de ensino da educação básica: alfabetização, ensino fundamental e médio. Deve-se ofertar um

currículo e metodologias de ensino especial adaptado às condições dos estudantes que estão nessa condição, e

que muitas vezes pararam de estudar por causa das necessidades do trabalho ou de outras questões.

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Figura 1 | Educação de jovens e adultos

Fonte: Wikimedia Commons.

Com isso, parte-se da perspectiva de que os educadores e a escola, de modo geral, possam ter um olhar

diferenciado que contribua com o acolhimento de todos no espaço escolar. A educação de jovens e adultos

(EJA) corresponde aos programas sociais de educação de adultos e procura oferecer oportunidades

educacionais para jovens, adultos e idosos retomarem seus estudos e concluir a etapa da educação básica.

Nesse sentido, deve-se proporcionar que a EJA ofereça flexibilidade de horários e modalidades de ensino,

além da inclusão de temáticas relevantes para que o jovem, adulto ou idoso se interessem pelo que está sendo

proposto a estudar.

O Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), criado em 2005 pelo Governo Federal, é um

programa do governo brasileiro voltado à inclusão educacional, social e profissional dos jovens entre 18 e 29

anos. O programa se realiza por meio de parcerias entre prefeituras, governos estaduais e instituições de

ensino, tendo como objetivo oferecer uma oportunidade de retomada dos estudos para os jovens dessa faixa

etária concluírem os estudos. A EJA tem como características principais garantir a educação básica, a

qualificação profissional e as ações de cidadania.

A reprodução de uma sociedade mais inclusiva na questão etária, de modo a incluir todas as pessoas,

independentemente da idade, perpassa questões relacionadas à educação intergeracional. As políticas

públicas e os programas sociais governamentais previstos para a EJA são essenciais na garantia e

permanência da educação, sendo compreendida como um direito de todas as pessoas e contemplando todas

as faixas etárias. No entanto, ainda são muitos os desafios significativos que requerem políticas públicas e

esforços contínuos para sua melhoria.

Por isso, o Estado tem um papel fundamental no exercício dessa demanda. Trata-se, portanto, de medidas de

conscientização social sobre a importância da continuidade dos estudos. Sabe-se dos desafios importantes

para que as políticas públicas aloquem os estudantes formados na EJA no mercado de trabalho. Por isso, é

necessário continuar lutando para a transformação de uma sociedade mais justa e inclusiva.

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Enfim, podemos perceber que a EJA desempenha um papel fundamental na democratização do acesso à

educação básica para jovens e adultos, permitindo que pessoas dessa faixa etária concluam seus estudos e

possam, posteriormente, buscar melhores oportunidades no mercado de trabalho e na sociedade de modo

geral.

VAMOS EXERCITAR

Com o intuito de dar continuidade no desenvolvimento de uma abordagem holística para a educação a partir

de categorias teóricas e analíticas sobre a diversidade, vimos que questões relacionadas à educação

intergeracional são de suma importância nos estudos em educação e diversidade. Para tanto, vamos retomar

alguns dos questionamentos iniciais: o etarismo é marcador social da diferença? De que modo podemos

acolher e valorizar estudantes de diferentes faixas etárias? Qual o papel do Estado e das políticas públicas na

educação de jovens e adultos? O que é a modalidade de ensino EJA?

Você viu que o etarismo é compreendido como um marcador social da diferença, pois se baseia na

discriminação, estereótipos e preconceitos no que diz respeito à idade, direcionados tanto a pessoas idosas

quanto a jovens, principalmente no contexto do mercado de trabalho ou do atendimento em serviços

públicos.

Você estudou sobre a importância do acolhimento e da valorização de estudantes de diferentes faixas etárias,

para que a educação possa contemplar a todos, em uma abordagem relacionada à educação intergeracional.

Isso resulta, como você viu, na ampliação de políticas públicas educacionais e de desenvolvimento,

contribuindo com a diminuição das desigualdades educacionais e sociais historicamente verificadas em nosso

país.

Além disso, você compreendeu a importância da escola, da família e da sociedade na promoção da educação,

no acolhimento e na valorização de diferentes faixas etárias. Isso pode contribuir com a criação de meios e

oportunidades para dar continuidade aos estudos, o que corrobora com a multiplicação do conhecimento em

larga escala. Exige-nos, dessa forma, um olhar diferenciado que contribua com o acolhimento de todos no

espaço escolar, que deve ser praticado pelos educadores e pela escola, de modo geral.

Você compreendeu a importância do papel do Estado no sentido de promover políticas públicas educacionais

que acolham jovens e adultos, como por exemplo, a partir da modalidade EJA. O Estado tem o dever de

promover políticas públicas para a educação de jovens e adultos em todas as modalidades de ensino da

educação básica: alfabetização, ensino fundamental e médio. Para tanto, você acompanhou que deve ser

proporcionada a oferta de um currículo e metodologias de ensino especial, adaptado às condições dos

estudantes que estão nessa condição e que muitas vezes pararam de estudar por conta do trabalho ou outras

questões.

Assim, são necessárias medidas de conscientização social sobre a importância da continuidade dos estudos

para todas as faixas etárias. Por isso, as políticas públicas voltadas ao atendimento educacional a diferentes

faixas etárias devem acompanhar essas mudanças.

A educação é um direito de todas as pessoas, contemplando todas as faixas etárias.

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 Saiba mais
Etarismo como marcador social da diferença

Para o aprofundamento dos estudos sobre o etarismo como marcador social da diferença,
recomendamos a leitura do livro Vivemos mais! vivemos bem?: por uma vida plena, de Mario Sergio

Cortella e Terezinha Azerêdo Rios. O livro está disponibilizado em nossa Biblioteca Virtual.

Acolhimento e valorização de estudantes de diferentes faixas etárias

Para aprofundar os seus estudos sobre o acolhimento e a valorização de estudantes de diferentes faixas

etárias, recomendamos a leitura do Capítulo – Alfabetização de jovens e adultos: uma abordagem do

problema, do livro A construção do letramento na educação de jovens e adultos, de Marina Lúcia


Pereira. O livro está disponibilizado em Nossa Biblioteca Virtual.

Programas sociais de educação de adultos

Para aprofundar os seus estudos sobre os programas sociais de educação de adultos, recomendamos a

leitura do Capítulo – A juvenilização na EJA: um exercício ético de compreender a juventude que habita

uma escola do EJA, de Priscila de Andrade Oliveira Leal, que está no livro Conhecimento e
docência: caminhos cruzados na educação de jovens e adultos, de Alessandra Nicodemos Oliveira Silva
(org.).

Aula 3

UMA EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA, RELEVANTE E


SIGNIFICATIVA

PONTO DE PARTIDA

Olá, estudante!

Nesta aula sobre a educação para a diversidade, você vai se debruçar nos estudos para uma educação

contextualizada, relevante e significativa. Dessa maneira, você vai refletir sobre a diversidade regional e

linguística e a importância de se aprofundarem essas reflexões com todos os estudantes das escolas. Você vai

estudar nesta aula sobre educação do campo e educação quilombola.

Diante disso, alguns questionamentos são necessários: qual a importância da preservação da diversidade

regional e linguística? Por que se faz necessário trabalhar educação e diversidade social e cultural brasileira a

partir da região e da língua das pessoas? O que é educação do campo? Como podemos trabalhar a educação

no campo? O que é educação quilombola? Quais os desafios para a inclusão da diversidade sociocultural em

nosso país?

Perceba que essas são algumas de muitas das problematizações pertinentes a uma educação contextualizada,

relevante e significativa. Isso nos leva a buscar compreender a maneira como as populações do campo e

originárias se inserem na atual realidade socioeconômica, que nos leva a pensar e trabalhar políticas

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públicas educacionais de inclusão.

Você pode aprofundar os seus estudos a partir da leitura dos livros e de outros materiais disponibilizados em

nossa Biblioteca. Bons estudos!

VAMOS COMEÇAR

Como apresentado anteriormente, nesta aula que aborda uma educação contextualizada, relevante e

significativa, você vai estudar primeiramente a diversidade regional e linguística. Em seguida, você vai

estudar a educação do campo e, por fim, a educação quilombola. Perceba a necessidade desses estudos para a

promoção da diversidade e da inclusão da população moradora do campo e em áreas de preservação

ambiental.

Diversidade regional e linguística


Nesta aula, você vai estudar a diversidade regional e linguística e a importância de sua valorização nas

escolas de todas as unidades federativas do país, sejam elas públicas ou privadas, do campo ou da cidade. A

diversidade sociocultural e regional brasileira é fundamental no exercício de compreensão da nossa

identidade e isso deve ser trabalhado com os estudantes de todas as séries e modalidades de ensino.

Conhecer as culturas, as diferentes formas de vida, de trabalho e de crença, entre outros elementos, é

primordial e muito contribui com o desenvolvimento de uma perspectiva mais plural e diversificada.

Portanto, os educadores devem proporcionar o conhecimento das diferenças regionais, os aspectos de sua

comunicação e suas características, de modo inclusivo e respeitoso em relação às diversidades do povo

brasileiro.

A valorização da cultura local é fundamental para que as identidades sociais e culturais sejam reforçadas em

nosso meio e convivência social, e a educação escolar tem esse papel bastante importante no processo de
conscientização de todos, evitando-se, assim, formas discriminatórias e preconceituosas relacionadas ao lugar

onde as pessoas moram.

Por isso a comunicação e as formas de diálogo acessível, e que contemplam as especificidades da diversidade

regional e linguística, devem ser exploradas em sala de aula e na escola como um todo. Trata-se, por exemplo,

de trabalhar os conhecimentos em literatura, ciência, arte, entre outros campos do saber, de modo que esses

conhecimentos sejam atrelados às realidades regionais e culturais.

Isso ajuda bastante e aproxima ainda mais os estudantes das formas diversas do conhecimento humano. Os

educadores e a escola podem abordar os temas de estudos a partir do contexto e das condições da realidade

em que as pessoas se inserem.

A criticidade das ciências humanas e sociais, para que se possa enxergar as contradições e os conflitos que

permeiam a vida das pessoas, é imprescindível no processo educacional. Lembre-se da necessidade do

constante exercício de desnaturalização dos fenômenos sociais, e da forma como eles se apresentam na
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realidade em que nos inserimos.

O desenvolvimento de uma sociologia enraizada, de acordo com a perspectiva do sociólogo José de Souza

Martins, é muito importante e se faz necessária nesse processo, ou seja, um tipo de conhecimento que esteja

voltado ao contexto do lugar em que as pessoas se inserem e suas características. Esses estudos apontam para

a importância das análises da vida social e rural brasileira a partir do cotidiano, da maneira com que as

relações sociais e de produção são realizadas.

Como se pode perceber, um modelo de educação centrado na contextualização e na relevância leva-nos a

refletir sobre as condições existenciais de vida da população moradora no campo. Esse é o exercício

imprescindível que deve acompanhar a disciplina de educação e diversidade, que busca compreender as

condições plurais com que nos constituímos enquanto povo brasileiro.

Educação do campo
A educação do campo corresponde a uma modalidade de estudos adaptada às especificidades e

características da população do campo. Sabemos que são muitos os desafios a serem enfrentados pelas

populações moradoras dessas regiões, e a necessidade de implementação de políticas educacionais que

contribuam e fomentem a inclusão responsiva e contextualizada da população moradora do campo.

Perceba a importância de trabalhar em todos os componentes curriculares os cotidianos da vida rural junto

aos estudantes. Sabe-se da importância e da contribuição da vida rural brasileira, para que se compreenda a

cultura local, a agricultura e as relações com a natureza e as práticas de sustentabilidade. A cultura do campo

tem as suas especificidades em relação aos modos de vida, por isso, as práticas culturais devem ser

preservadas e valorizadas no processo educacional.

As vivências e práticas de atividades no campo correspondem à efetivação de metodologias ativas. Nesse

sentido, é importante trabalhar de forma prática a educação do campo. A título de exemplo, gostaria de

compartilhar a atividade interdisciplinar de ciências, desenvolvida por uma professora de uma escola do

campo. Ela trabalhou com os seus alunos do ensino fundamental II a semeadura, o plantio e a germinação de

crotalárea juncea em um canteiro no quintal da escola. Essa prática de iniciação científica teve o intuito de
atrair libélulas, animais predadores naturais do mosquito da dengue, sendo, portanto, uma interessante ação

de saúde pública realizada pela escola. Perceba que as metodologias ativas correspondem às práticas

experimentais que podem se realizar no próprio campo. A realização da vida é o próprio cotidiano do campo

em si.

A vida no campo tem as suas especificidades, que podem ser mais bem aproveitadas nas escolas que ofertam

essa modalidade educacional. A permanência dos estudantes nas escolas do campo deve ser incentivada e

respeitada por todos e garantida pelo Estado. A formação da sociedade brasileira e as determinações

históricas que se desenvolveram a partir das relações de classe, desde os tempos do Brasil colonial,

caracterizadas por uma relação de exploração, deve ser contemplada no processo educacional. É preciso

problematizar essas questões a partir da crescente concentração de riquezas pelas classes dominantes,

consequência dessas determinações históricas.

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Figura 1 | O Lavrador de Café, Cândido Portinari (1934)

Fonte: Wikimedia Commons.

A questão de terras e sua distribuição desigual mostram as dificuldades de se estabelecerem condições sociais

e econômicas de igualdade em nosso país, especialmente para a população do campo. Por isso, se faz

necessária a preservação de direitos e garantias aos povos originários, as populações do campo, quilombolas,

ribeirinhas, assentadas, entre outras.

A educação no campo, portanto, demonstra mais uma faceta das formas da diversidade educacional refletida

pela diversidade sociocultural com que nos constituímos enquanto povo brasileiro, uma riqueza social.

Diante das contradições da realidade social que reproduzem formas de desigualdades econômicas e que

afetam frontalmente as condições dos trabalhadores do campo, os movimentos sociais são importantes nesse

processo. No campo, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MTST) é resultado da organização

dos trabalhadores do campo em defesa da reforma agrária e por melhores condições de vida.

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O surgimento do MST é consequência de uma estrutura agrária concentradora de

terra que perpassa cinco séculos da chegada dos portugueses, desde quando

perceberam que estavam em uma terra sem cercas e imaginaram que tudo estivesse a

seu dispor. A concentração de terra no Brasil e a manutenção do latifúndio começam

aí, e a terra vai ficar na mão da grande burguesia agrária. Esta concentração da terra

no Brasil se dá inicialmente através das capitanias hereditárias, em seguida pelo

roubo das terras indígenas pelos brancos e consolidando através das sesmarias, em

seguida pelo roubo das terras indígenas pelos brancos e se consolidando através das

sesmarias com o ciclo da cana e do café, que mesmo em épocas diferentes [...].
— (Stival, 2022, [s. p.])

Mesmo em épocas diferentes, o ciclo da cana e do café tinham as mesmas características, no âmbito de uma

estrutura de poder e de divisão do trabalho. Posteriormente, com a Lei de Terras, em 1850, diante do declínio

do escravismo, surge um “novo” modelo agrário exportador estabelecendo o modelo de desenvolvimento do

capital no Brasil. Esse modelo se assemelha ao que Marx denominou modelo de colonização sistemática.

O êxodo rural que ocorreu em nosso país nas décadas de 1960 e 1970 demonstrou as consequências das

desigualdades do campo, evidenciando a concentração de poder econômico e político das classes dominantes.

E o Brasil chegou assim ao século XXI e aos dias de hoje, com uma estrutura fundiária concentrada,

caracterizada pela coexistência de latifúndios e minifúndios, como aponta o Censo Agropecuário do IBGE de

2017 (Stival, 2022).

Os movimentos sociais contribuem na pressão do Estado para desenvolver políticas públicas voltadas ao

atendimento da população do campo. A garantia de recursos pelo Estado para a manutenção da educação do

campo é importante para que se possa promover a educação, a inclusão e o acesso ao conhecimento. O acesso

à educação é para todos, por isso a necessidade de se ampliarem as políticas públicas educacionais para a

população do campo.

Além disso, cabe ao Estado e aos Conselhos municipais definirem políticas importantes para o

desenvolvimento e a distribuição de renda, em que a articulação com outros programas e o incentivo à

população do campo sejam meios importantes de desenvolvimento social e econômico. O Programa de

Agricultura Familiar, por exemplo, é um programa de apoio destinado à população do campo, que traz renda

e melhores condições de vida para a população.

Educação quilombola
Sabe-se que são muitos os desafios para o incentivo e inclusão da diversidade sociocultural em nosso país por

meio da educação, para que se ampliem as condições de desenvolvimento social e econômico para a

população pertencente às comunidades quilombolas, resistentes e remanescentes históricos da formação do

Brasil.

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Enquanto durou a escravidão no Brasil, os escravizados nunca deixaram de resistir à

privação da liberdade e à violência. Entre as formas de resistência coletiva mais

organizadas e bem-sucedidas, estão a formação de quilombos ou mocambos. Os

quilombos eram agrupamentos de escravizados que fugiam da dominação colonial e

seus membros eram chamados quilombolas. Para as autoridades, os quilombos

representavam uma afronta e um mau exemplo. Por isso, deveriam ser encontrados e

destruídos, e seus líderes executados. Entre todos os que existiram, o mais famoso foi

Quilombo dos Palmares, que chegou a ter uma população aproximada de 30 mil

pessoas e teve como um dos líderes, Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência

negra.
— (Dutra, 2022, p. )

A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, o termo quilombo passou por um processo de

ressignificação, isto é, se antes era visto como estigma relacionado à herança do cativeiro, aos escravizados e

aos grupos de cativos fugidos, o termo foi ressignificado positivamente no âmbito das políticas públicas de

ação afirmativa destinadas aos afrodescendentes no Brasil e relacionadas ao campo da luta política para

garantir a permanência e a conquista do direito étnico sobre a terra (Oliveira apud Dutra, 2022).

A educação quilombola é fundamental para que memórias das pessoas descendentes de negros e indígenas

escravizados, que resistiram, fugiram (e se constituíram nos quilombos) no contexto da colonização, lutando

por direitos fundamentais do ser humano, como o da liberdade, sejam preservadas. É preciso que haja a

valorização das histórias dos povos quilombolas, e que não haja o apagamento das memórias coletivas.

As diversas técnicas de manufaturas como as cestarias, as artes, as pinturas corporais,

também expressam a cultura indígena e afro-brasileira. As reservas indígenas e os

territórios quilombolas têm suas composições arquitetônicas próprias e possuem

lugares que são sagrados na cosmovisão do grupo. Da mesma forma os índios e afro-

brasileiros urbanos possuem, na cidade, seus jeitos de ser que exprimem a vivência e

identidades dessas populações nos seus meios.


— (Previtelli; Vieira, 2017, p. 110)

As artes, diversas técnicas e outros saberes importantes devem estar previstos na educação quilombola. É

preciso respeitar e reconhecer a sua história, a cultura e as tradições das comunidades como uma forma de

conhecimento importante e construtor da identidade brasileira. Os conhecimentos tradicionais das

comunidades quilombolas devem ser reconhecidos e repassados a outras formas de saberes, o que contribui

por reforçar a identidade positiva.

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Enfim, perceba a importância de compreender as relações entre educação e diversidade em uma abordagem

contextualizada, relevante e significativa para a população do campo e da comunidade quilombola. Apesar de

serem muitos os desafios para a continuidade no avanço das demandas da população quilombola, é preciso

desenvolver um olhar que inclua e acolha o outro, suas condições e a todas as formas de vida social.

VAMOS EXERCITAR

Em nossos resultados de aprendizagem, buscamos desenvolver uma abordagem holística para a educação a

partir de categorias teóricas e analíticas sobre a diversidade. As questões relacionadas à educação para a

diversidade exigem uma educação contextualizada, relevante e significativa. Isso tudo faz parte dos estudos

em educação e diversidade.

Agora, vamos retormar os questionamentos apresentados no início da aula: qual a importância da

preservação da diversidade regional e linguística? Por que se faz necessário trabalhar educação e diversidade

social e cultural brasileira a partir da região e da língua das pessoas? O que é educação do campo? Como

podemos trabalhar a educação no campo? O que é educação quilombola? Quais os desafios para a inclusão da

diversidade sociocultural em nosso país?

Vimos que os educadores devem proporcionar o conhecimento das diferenças regionais, dos aspectos de sua

comunicação e suas características, fazendo esse trabalho de modo inclusivo e respeitoso em relação às

diversidades do povo brasileiro. Conhecer a diversidade cultural, as diferentes formas de vida, de trabalho e

de crença, entre outros, contribui com o desenvolvimento de uma perspectiva mais plural e diversificada.

Você percebeu a necessidade de valorizar a cultura local, fundamental para que as identidades sociais e

culturais sejam reforçadas em nosso meio e convivência social. Nesse sentido, você compreendeu que a

educação escolar tem esse papel bastante importante no processo de conscientização de todos. A

comunicação e as formas de diálogo acessível, contemplando as especificidades da diversidade regional e

linguística, devem ser bem exploradas em sala de aula e na escola. Esses conhecimentos devem ser

trabalhados relacionados às realidades regionais e culturais. Você compreendeu a importância das análises

da vida social e rural brasileira a partir do cotidiano das pessoas, da maneira com que as relações sociais e de

produção são realizadas no dia a dia.

Como aprendemos, a educação do campo corresponde a uma modalidade de estudos adaptada às

especificidades e características da população rural. Esta modalidade de estudos tem as suas especificidades

em relação aos modos de vida e demonstra mais uma faceta das formas da diversidade educacional, que é

refletida pela diversidade sociocultural com que nos constituímos enquanto povo brasileiro.

Você estudou sobre a educação quilombola e viu que é fundamental que memórias das pessoas descendentes

de negros e indígenas escravizados sejam preservadas. Nesse sentido, você percebeu a necessidade de

valorizar as histórias dos povos quilombolas e de não apagar as memórias coletivas.

Enfim, você pôde perceber a importância das vivências práticas e atividades na educação do campo e

quilombola, como a efetivação de metodologias ativas, usando suas especificidades para melhorar o

aprendizado e o desenvolvimento intelectual dentro do contexto social e comunitário do aluno.

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 Saiba mais
Diversidade regional e linguística

Para aprofundar os seus estudos sobre a diversidade regional e linguística e a educação do campo,

recomendamos a leitura do Capítulo – Formação de professores para a educação do campo: projetos

sociais em disputa, do livro Educação do campo: desafios para a formação de professores, de Maria
Isabel Antunes Rocha e Aracy Alves Martins. Se possível, leia os demais capítulos desse livro também.

Você pode acessá-lo na Biblioteca Virtual.

Educação do campo

Para o aprofundamento dos estudos sobre a educação do campo e o MST, recomendamos a leitura do

Capítulo 1 – A história da luta pela terra, uma tradição dos movimentos sociais, do livro A educação do

campo e o MST: trabalho e práticas sociais com assentados da reforma agrária, de David Stival. Você
encontra esse livro em nossa Biblioteca Virtual.

Educação quilombola

Para o aprofundamento dos estudos sobre a educação quilombola, recomendamos a leitura do Capítulo –

O olhar do Estado sobre as comunidades quilombolas: reconhecer ou integrar?, do livro Comunidades


quilombolas: as lutas por reconhecimento de direitos na esfera pública brasileira, de Simone Ritta dos
Santos. Você encontra esse livro na Biblioteca Virtual.

Aula 4

PRÁTICAS EDUCATIVAS E DIVERSIDADE

PONTO DE PARTIDA

Esta aula é uma espécie de culminância de tudo o que se viu sobre a diversidade sociocultural e a identidade

populacional brasileira, com todas as suas características, formas, especificidades, e que deve ser

contemplada na educação e nos processos de ensino.

Falar em educação e diversidade é falar em educar para a diversidade. Com isso, vamos finalizar esta

trajetória comentando sobre as práticas educativas e a diversidade. No entanto, como você já deve ter se

acostumado, vamos propor alguns questionamentos e outras referências para a continuidade e o

aprofundamento dos estudos e reflexões (Saiba Mais). Para pensar nas práticas educativas e diversidade,

deve-se refletir sobre um modelo de educação centrada no amor e na empatia. Além disso, cabe uma reflexão

sobre a revisão e a correção de narrativas dominantes em nossa comunicação e, por fim, pensar sobre as

possibilidades de um currículo inclusivo, responsivo e com epistemologias plurais.

Reflita: de que modo é possível proporcionar uma educação centrada no amor e na empatia? Quais narrativas

dominantes estão presentes nas escolas e nas relações sociais? Por que a revisão e a correção de narrativas

dominantes, especialmente nas escolas, são necessárias? De que modo é possível desenvolver nas escolas um

currículo inclusivo, responsivo e com epistemologias plurais? Qual a importância disso?


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Essas são algumas de muitas das problematizações relacionadas às práticas educativas e à diversidade, o que

leva à constante necessidade de aprofundamento de estudos e de conhecimento de outras reflexões na

perspectiva de outros pensadores sobre o tema da educação e diversidade. Certamente, você deve estar lendo

e assistindo as referências que estamos indicando ao longo da disciplina de educação e diversidade, entre

outras, e deve ter anotado uma série de referências bibliográficas para ler posteriormente. Esperamos que

você tenha bons estudos e que os conhecimentos nos tornem pessoas melhores para viver em sociedade.

Desejamos felicidades e sucesso em sua trajetória na vida.

VAMOS COMEÇAR

A aula de práticas educativas e diversidade aborda conhecimentos e temas importantes para pensar e

realizar um exercício de autoconhecimento sobre os valores socioemocionais e afetivos. Como anunciado,

vamos começar essas reflexões sobre a educação centrada no amor e na empatia. Em seguida, você vai

compreender a necessidade da revisão e correção de narrativas dominantes presentes em nossa convivência

em sociedade. Por fim, você vai estudar uma proposta de currículo inclusivo, responsivo que contempla as

epistemologias plurais.

A educação centrada no amor e na empatia


Falar em educar para a diversidade e suas práticas diversas, inclusivas e democráticas é falar em educação

centrada no amor e na empatia. Nessas questões, parte-se da premissa de que a educação se volta para o

outro e, como sabemos, suas identidades são também construídas a partir das relações sociais. Educar é se

envolver com o outro, no âmbito de uma relação entre educador e estudante, ou seja, é se envolver do ponto

de vista de assumir um compromisso voltado à educação e formação para o conhecimento.

No mundo existem e existiram muitas pessoas dedicadas a um modelo de educação centrado no amor e na

empatia. Pode-se dizer que, ao longo de toda a disciplina, você se deparou com muitos deles: Karl Marx,

Simone de Beauvoir, Florestan Fernandes, Paulo Freire, Pierre Bourdieu, entre diversos outros autores e

pensadores preocupados com a educação e a mudança social.

Bell Hooks, pseudônimo de Gloria Jean Watkins, foi uma professora, escritora e ativista norte-americana

bastante influente na participação pública em debates envolvendo as questões relativas às pautas das

mulheres e das interseccionalidades de identidades. Defendia a educação como ferramenta de

transformação, para a compreensão e igualdade do ponto de vista das relações étnico-raciais e a

desconstrução da cultura do patriarcado. Preocupava-se com o diálogo e o empoderamento das mulheres,

que poderia ser realizado mediante o diálogo e através da educação.

Perceba o quanto a atribuição de sentido e significado nas práticas educativas é importante para o trabalho

do educador. As questões e contradições, e qualquer forma de desigualdade e de injustiça que estão presentes

em nossa realidade social, devem ser problematizadas nos diálogos nas salas de aula, na escola, na

comunidade e em qualquer outra possibilidade em que se realizam as relações sociais.

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Compreender (e valorizar) a diversidade sociocultural com que nos constituímos historicamente a partir das

relações sociais aqui estabelecidas é uma premissa essencial para o desempenho do trabalho docente. A

educação, nesse sentido, é uma prática de transformação de pessoas que, munidas de conhecimento, podem

mudar o mundo, segundo Paulo Freire, no sentido de mudar para melhor.

A imaginação sociológica, que você conheceu em aulas anteriores, pode ser um interessante exercício para os

estudos em educação e diversidade, para a desnaturalização de todos os aspectos que constituem as relações

sociais. Isso deve ser aprofundado às voltas de um modelo de educação para a diversidade e requer o

comprometimento, a empatia e a solidariedade social dos educadores e de todos os atores sociais envolvidos

no cotidiano das práticas educacionais.

Quando se pensa a educação como condição de possibilidade de constituição crítica

dos sujeitos, parece se estabelecer um clássico paradoxo entre os objetivos da

educação e a liberdade subjetiva. O fato é que não se trata de buscar a extinção desse

paradoxo, pois o objetivo é estabelecer a educação como condição de possibilidade de

desenvolvimento subjetivo. Ou seja, a educação poderá ter como horizonte os

parâmetros para viabilizar a formação subjetiva sob uma perspectiva múltipla e

diversa, que lhe permita maior autonomia. Para fazê-lo é preciso problematizar as

possibilidades de constituição subjetiva, como fenômeno dinâmico, concatenando os

objetivos da educação com o desenvolvimento subjetivo.


— (Erthal et. al., 2019, p. 110)

A educação, nesse sentido, é entendida como o estabelecimento de condições para a possibilidade do

desenvolvimento subjetivo, sob uma perspectiva múltipla e diversa, que lhe permita maior autonomia. Dito

isso e reconhecendo a importância da educação, passemos a pensar no processo educacional e o seu

desenvolvimento. Lembrando que devemos sempre trabalhar a educação na perspectiva da diversidade, da

inclusão e da integração.

Figura 1 | Há sempre esperança – Girl with ballon, Banksy Girl and Heart Baloon

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Fonte: Wikimedia Commons.

Amor e empatia, nesse sentido, devem ser o “carro chefe” de uma prática educativa voltada à diversidade

sociocultural em que nos inserimos. Isso leva a uma educação mais humanizada, contextualizada e

abrangente, além de orientada para o atendimento das diferenças e interseccionalidades múltiplas de nossa

sociedade.

A escola, portanto, na perspectiva da educação para a diversidade e acompanhada de amor e de empatia,

deve proporcionar ambientes mais inclusivos, sensíveis e responsivos às necessidades diversas de todos os

estudantes, buscando abranger a comunidade escolar e a sociedade como um todo. O acolhimento, a escuta e

quaisquer formas de entendimento mais humanizado do outro, é importante no exercício cotidiano da escola.

Você deve se lembrar da importância de articular a família no processo de ensino e aprendizagem dos

estudantes.

O conjunto dessas práticas proporciona o aprimoramento social e emocional (inteligência socioemocional).

Certamente, essas ações contribuem no combate às discriminações e às formas de intolerância, levando a

uma sociedade mais justa e igualitária. No entanto, para que isso seja possível, é necessário revisar e corrigir

narrativas dominantes postas historicamente em nossa sociedade a partir das relações de poder.

Revisão e correção de narrativas dominantes


Como se pôde perceber até aqui, o constante exercício do pensamento crítico e as possibilidades da

imaginação sociológica contribuem para um pensar sobre todas as estruturas e características com que está

organizada a estrutura da educação em nosso país. Essa forma de conhecer possui um elemento importante

na forma que se realiza no exame dos fenômenos sociais: o estranhamento e a desnaturalização. Essa é uma

contribuição do conhecimento sociológico, bastante importante de ser utilizado nas práticas em educação e

diversidade.

A mudança deve começar na postura e na qualidade de espírito, de modo que nos ajude a usar a informação

e a desenvolver a razão com vistas a perceber, com lucidez, o que está ocorrendo no mundo e o que pode

estar acontecendo dentro de nós mesmos (Mills, 1975).


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A imaginação sociológica capacita seu possuidor a compreender o cenário histórico

mais amplo, em termos de seu significado para a vida íntima e para a carreira

exterior de numerosos indivíduos. Permite-lhe levar em conta como os indivíduos, na


agitação de sua existência diária, adquirem frequentemente uma consciência falsa de

suas posições sociais. Dentro dessa agitação, busca-se a estrutura da sociedade

moderna, e dentro dessa estrutura são formuladas as psicologias de diferentes

homens e mulheres. Através disso, a ansiedade pessoal dos indivíduos é focalizada

sobre fatos explícitos e a indiferença do público se transforma em participação nas

questões públicas.
— (Mills, 1975, p. 11-12)

A imaginação sociológica, ou seja, a desnaturalização da forma com que o conhecimento se constrói e se

apresenta na escola é um exercício que deve ser feito para se pensar nos currículos, nos materiais didáticos e

nos conteúdos que devem ser trabalhados na escola. É justamente essa capacidade que torna importante a

presença da sociologia no contexto da educação escolar, uma vez que essa ciência estuda os comportamentos

dos indivíduos e grupos sociais, desnaturalizando, inclusive, suas relações e os papéis sociais de instituições

diversas, como a família, a escola e a sociedade.

Sabe-se que as narrativas presentes em boa parte do nosso cotidiano são pertencentes aos interesses das

classes dominantes. E isso se verifica nas matrizes e nos currículos escolares, ou seja, as narrativas

dominantes estão presentes a todo momento na escola. Você deve se lembrar do que estudamos nas aulas

anteriores, sobre Pierre Bourdieu e o seu conceito de violência simbólica.

A correção de narrativas dominantes, especialmente nas escolas, deve promover uma educação inclusa,

sensível e democrática. A educação para a diversidade, portanto, vai na contramão de um modelo de

reprodução da violência simbólica, na qual estamos inseridos. Vimos em estudos anteriores que devemos

revisar os conteúdos e as estruturas para que não se reproduzam as relações sociais de dominação e de poder

que, por sua vez, se relacionam ao epistemicídio.

Os estudos em educação e diversidade nos ajudam a pensar como a escola lida com a questão das diferenças

culturais nos sistemas de ensino, currículos e matrizes curriculares. Quando pensamos na história da

educação brasileira e nas relações entre a diversidade e as políticas da diferença, é preciso reconhecer os

avanços, as rupturas e os retrocessos ao longo do tempo.

A educação e a diversidade ajudam nesse processo. Para que seja promovida uma educação crítica, na qual o

questionamento constante é o motor do conhecimento, as bases normativas constituídas nas escolas e na

sociedade devem ser examinadas. Um exemplo é o questionamento de gênero nas narrativas dos livros

didáticos de história (Meyrer; Karawejczyk, 2021).

Sabe-se que é preciso, diante dos estudantes, uma proposta de reflexão sobre a realidade em que nos

inserimos em suas múltiplas dimensões, sejam elas culturais, políticas, sociais, econômicas, entre outras. O

processo de reflexão realiza-se na capacidade de problematização das diversas formas de desigualdades, a

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partir de ações efetivas para a correção de narrativas dominantes.

A escola é, nesse sentido, a instituição pioneira nesse processo, e deve partir dela a necessidade do exercício

reflexivo e crítico em todos os aspectos. É preciso repensar a escola, em todas as suas dimensões, de modo a

contribuir com a desconstrução de estereótipos e preconceitos e a inclusão de múltiplas perspectivas. Com

isso, valoriza-se na escola a diversidade cultural e identitária.

Currículo inclusivo, responsivo e epistemologias plurais


Para pensar um modelo de sociedade mais inclusivo, democrático e justo, sabe-se da importância de

desenvolver nas escolas um currículo inclusivo, responsivo e com epistemologias plurais, no qual sejam

contempladas todas as formas de diversidade e inclusão, as questões étnico-raciais, de gênero, de pessoas

com deficiência etc. É muito importante o desenvolvimento de um currículo responsivo na escola, que

contemple a pluralidade das epistemologias existentes, de modo a abarcar conhecimentos e saberes de todos

os povos que fazem parte da identidade sociocultural brasileira.

É preciso descolonizar o currículo da educação básica para que sejam incluídas as diversidades de saberes e

formas de conhecimento que se originam a partir da cultura dos estudantes. Perceba que repensar a escola

envolve reestruturar e reorganizar a instituição em seus aspectos estruturais, formais e organizacionais.

Falamos em acessibilidade, em matrizes curriculares, organização do currículo e disciplinas, entre outros

elementos importantes, para um ensino mais inclusivo, de modo que se estabeleça a cultura da não violência.

A construção de um currículo inclusivo e responsivo, no qual se verifica a flexibilidade curricular, leva à

necessidade de refletir sobre as mudanças nas políticas educacionais e a relação destas com a educação

inclusiva.

[...] A ação pedagógica conduz o indivíduo para a vida em sociedade, produzindo

cultura e usufruindo dela. É certo que as modificações em todos os âmbitos da

sociedade afloram as desigualdades, de modo a impulsionar discussões sobre as

exclusões e suas consequências e lançar a semente do descontentamento e da

discriminação social, evidenciando-se pela necessidade de mudanças nas políticas

públicas.
— (Minetto, 2021, p. 18)

Trabalhar as diversas epistemologias, formas de conhecimento e outros saberes presentes na escola a partir

da influência cultural dos estudantes, e não valorizar apenas uma perspectiva de conhecimento. É preciso

respeitar toda a diversidade epistemológica e a contribuição de vários povos no processo de construção do

conhecimento.

Verificamos, assim, o desenvolvimento da criticidade, elemento essencial em educação e diversidade, com o

qual os fenômenos sociais são examinados, tendo como premissa, a não naturalização dos fenômenos sociais

presentes em nossa realidade. Esse exercício deve se fazer presente na elaboração de um currículo inclusivo,
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responsivo e que valorize as epistemologias plurais.

De modo geral, as práticas educativas de um ensino para a diversidade têm como objetivo a construção de um

ambiente de aprendizado mais inclusivo, respeitoso e enriquecedor, no qual a diversidade seja não apenas

reconhecida, mas celebrada e valorizada como um elemento fundamental para o crescimento pessoal e social

dos estudantes. E isso é muito importante, pois, somente assim, será possível a construção de uma escola mais

acolhedora, para que possamos contribuir com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

VAMOS EXERCITAR

Buscou-se com esses estudos desenvolver uma abordagem holística para a educação a partir de categorias

teóricas e analíticas sobre a diversidade. As práticas educativas e a diversidade abordam conhecimentos e

temas importantes para pensar nos valores socioemocionais e afetivos a elas relacionados.

Vamos retomar os questionamentos iniciais: de que modo é possível proporcionar uma educação centrada no

amor e na empatia? Quais narrativas dominantes estão presentes nas escolas e nas relações sociais? Por que a

revisão e a correção de narrativas dominantes, e especialmente nas escolas, se fazem necessárias? De que

modo é possível desenvolver nas escolas um currículo inclusivo, responsivo e com epistemologias plurais?

Qual a importância disso?

Você compreendeu que educar para a diversidade e suas práticas diversas, inclusivas e democráticas

corresponde a uma educação centrada no amor e na empatia. O conceito de imaginação sociológica é um

interessante exercício para os estudos em educação e diversidade, para que possa haver a desnaturalização

de todos os aspectos que constituem as relações sociais. Você viu que amor e empatia devem ser o “carro-

chefe” de uma prática educativa voltada à diversidade sociocultural em que nos inserimos. Deve haver amor

e empatia na escola para uma educação da diversidade, que contribui para proporcionar ambientes mais

inclusivos, sensíveis e responsivos às necessidades diversas de todos os estudantes, buscando abranger a

comunidade escolar e a sociedade como um todo, de acordo com o que você estudou.

Você estudou que as narrativas dominantes estão presentes em nosso cotidiano, e percebeu que isso também

se verifica nas matrizes e nos currículos escolares. As narrativas dominantes estão presentes a todo momento

na escola, de acordo com o que se analisou a partir do conceito de violência simbólica de Pierre Bourdieu.

Você percebeu a necessidade de corrigir as narrativas dominantes, especialmente aquelas vivenciadas no

cotidiano das escolas, o que é necessário para que se promova uma educação inclusiva, sensível e

democrática. Você estudou também que o processo de reflexão se realiza na capacidade de problematização

das diversas formas de desigualdades, de modo a problematizá-la a partir de ações efetivas para a correção

de narrativas dominantes.

Você pôde perceber que os estudos em educação e diversidade ajudam a pensar sobre como a escola lida com

a questão das diferenças culturais nos sistemas de ensino, currículos e matrizes curriculares. Nesse sentido,

um modelo de sociedade mais inclusivo, democrático e justo, requer o desenvolvimento de um currículo

inclusivo, responsivo e com epistemologias plurais nas escolas. Você estudou que é preciso descolonizar o

currículo da educação básica para que sejam incluídas as diversidades de saberes e as formas de

conhecimento que se originam a partir da cultura dos estudantes.


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Sobre o currículo inclusivo, estamos falando sobre a acessibilidade em matrizes curriculares, na organização

do currículo e disciplinas, entre outros elementos importantes, para um ensino mais inclusivo, de modo que

se estabeleça a cultura da não violência, como você pôde perceber. A construção de um currículo inclusivo e

responsivo, no qual se verifica a flexibilidade curricular, leva à necessidade de refletir sobre as mudanças nas

políticas educacionais e na sua relação com o modelo de educação inclusiva. Enfim, você estudou que é por

meio da criticidade que os fenômenos sociais são examinados, tendo como premissa a “não” naturalização

dos fenômenos sociais de nossa realidade, o que deve estar presente na elaboração de um currículo inclusivo,

responsivo e que valorize as epistemologias plurais.

 Saiba mais
A educação centrada no amor e na empatia

Aprofundes seus estudos sobre as relações que envolvem educação, empatia e solidariedade e as

relações com educação e diversidade, com a leitura de algum capítulo do livro Empatia e solidariedade,

de Cesar Augusto Erthal e Paulo César Nodari. O livro está disponibilizado em nossa Biblioteca Virtual.

Revisão e correção de narrativas dominantes

Para o aprofundamento dos seus estudos sobre o conceito de gênero nas narrativas históricas dos livros

didáticos de história, recomendamos a leitura do Capítulo – Gênero nas narrativas históricas dos livros

didáticos de história: a questão das identidades, de Paula Ungaretti Monteiro, no livro Narrativas de
gênero: as várias faces dos estudos de gênero, de Marlise Regina Meyrer e Mônica Karawejczyk. Esse
livro está disponibilizado em nossa Biblioteca Virtual.

Currículo inclusivo, responsivo e epistemologias plurais

Para o aprofundamento dos estudos sobre o currículo inclusivo, responsivo e as epistemologias plurais,

recomendamos a leitura do Capítulo 1 – Entendendo a necessidade de mudanças, do livro Currículo na

educação inclusiva: entendendo esse desafio, de Maria de Fatima Minetto.

Aula 5

ENCERRAMENTO DA UNIDADE

PONTO DE CHEGADA

Educação e liberdade religiosa


Os estudos em educação e liberdade religiosa são essenciais para uma educação inclusiva, plural e

democrática. Em educação e diversidade, é preciso reconhecer o exercício da religião como um direito, o que

leva à necessidade de respeitar todas as religiões, para que as práticas culturais diversas sejam realizadas. A
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singularidade de nosso país é significativa nesses estudos, pois nos caracterizamos pela diversidade

sociocultural existente em relação às religiões da população brasileira, marcada por uma vasta e diversa

mistura étnico-racial e cultural. O sincretismo, dessa forma, é interessante ser trabalhado e explorado nas

escolas, de modo que as relações sociais e culturais em nosso país sejam abordadas e preservadas.

Diante da pluralidade religiosa com que se constitui a sociedade brasileira, de que a religião é algo

extremamente importante para a maioria dos brasileiros, a escola tem o papel de oportunizar os estudos

sobre religião, de modo a valorizar as identidades sociais e culturais, aproveitando-se disso para trabalhar a

questão do respeito e da tolerância religiosa e cultural. Isso contribui para a eliminação de práticas de

intolerância e de discriminação religiosa. O componente curricular de Ensino Religioso, nesse sentido, é um

meio importante para trabalhar a prevenção e o combate às intolerâncias nas escolas.

A cultura da paz e o aceite da diversidade das religiões é fator indispensável para a promoção da diversidade
social e cultural e, consequentemente, o combate a todas as formas de violência, especialmente as questões

relacionadas à religião na escola, fatores importantes para a conscientização das pessoas, de modo a
promover uma cultura da tolerância.

A laicidade da educação escolar é competência de todas as escolas, para que contribuam com a erradicação
das intolerâncias religiosas e de quaisquer outras formas de discriminação ou de violência que possa haver

com qualquer religião e sua expressividade.

Educação intergeracional
Pensar em educação intergeracional é pensar no etarismo, compreendido como um marcador social da

diferença. Esses estudos são importantes em educação, diversidade e suas interseccionalidades, pois a
perspectiva do etarismo baseia-se na discriminação, estereótipos e preconceitos relacionados à idade. O

acolhimento e a valorização de estudantes de diferentes faixas etárias, para que a educação possa contemplar
a todos em uma abordagem relacionada à educação intergeracional e inclusiva, se faz necessário no atual

contexto histórico em que nos inserimos. E a educação tem um papel importante nesse processo. Essas
medidas podem acarretar no desenvolvimento de políticas públicas educacionais e de desenvolvimento,

contribuindo com a diminuição das desigualdades educacionais e sociais historicamente constituídas e


verificadas em nosso país.

O Estado tem um papel importante no sentido de se promoverem políticas públicas educacionais de


acolhimento de jovens e adultos que oportuniza a educação de jovens e adultos em todas as modalidades de

ensino da educação básica, por isso a atuação conjunta entre escola, família e sociedade, visando à promoção
da educação, ao acolhimento e à valorização de diferentes faixas etárias, para que se possa contribuir com a
criação de meios e oportunidades para todos as pessoas, é necessária. Exige-nos, dessa forma, um olhar

diferenciado que contribua com o acolhimento de todos no espaço escolar, que deve ser praticado pelos
educadores e pela escola de modo geral.

A educação de jovens e adultos, inserida no bojo dos programas sociais de educação de adultos, objetiva
oferecer oportunidades educacionais para jovens, adultos e idosos na retomada de seus estudos. A EJA pauta-

se pela garantia da educação básica, da qualificação profissional e das ações de cidadania, além disso, deve

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possuir a flexibilidade de horários e modalidades de ensino, assim como a inclusão de temáticas relevantes

para que o jovem, adulto ou idoso possam se interessar pelo que está sendo proposto a estudar. Enfim, as
políticas públicas e os programas sociais governamentais previstos para a EJA são importantes para a

construção de uma sociedade mais igualitária, essencial na garantia e permanência da educação,


compreendida como um direito de todas as pessoas, contemplando todas as faixas etárias para o exercício da

educação.

Uma educação contextualizada, relevante e significativa


Uma educação contextualizada, relevante e significativa exige dos educadores um olhar para que o
conhecimento das diferenças regionais, os aspectos de sua comunicação e suas características sejam

proporcionados, fazendo esse trabalho de modo inclusivo e respeitoso em relação às diversidades do povo
brasileiro. A valorização da cultura local é necessária e fundamental para que as identidades sociais e

culturais sejam reforçadas em nosso meio e convivência social. A educação escolar tem esse papel bastante
importante no processo de conscientização. A comunicação e as formas de diálogo acessível, contemplando as

especificidades da diversidade regional e linguística, devem ser bem exploradas em sala de aula e na escola
como um todo. Isso leva à necessidade de trazer as análises da vida social e rural brasileira a partir do

cotidiano das pessoas, da maneira com que as relações sociais e de produção são realizadas no dia a dia.

A educação do campo corresponde a uma modalidade de estudos adaptada às especificidades e

características da população do campo, e tem as suas especificidades em relação aos modos de vida,
demonstrando mais uma faceta das formas da diversidade educacional, que é refletida pela diversidade

sociocultural com que nos constituímos enquanto povo brasileiro. As práticas culturais devem ser
preservadas e valorizadas no processo educacional como um todo e compreendendo as especificidades,

preservando e garantindo os direitos aos povos originários, populações do campo, comunidades quilombolas,
populações ribeirinhas, assentadas, entre outras pessoas. A educação quilombola é fundamental para que

memórias das pessoas descendentes de negros e indígenas escravizados, que resistiram, fugiram e se
constituíram nos quilombos no contexto da colonização, lutando por direitos fundamentais do ser humano,

como o da liberdade, sejam preservadas. Por isso, a necessidade de se valorizar as histórias dos povos
quilombolas, de modo que não haja apagamento das memórias coletivas. As vivências, práticas e atividades

na educação do campo e quilombola são essenciais e se constituem enquanto metodologias ativas. Nesse
sentido, é importante trabalhar de forma prática a educação do campo, uma vez que a vida rural tem as suas

especificidades, que podem ser mais bem aproveitadas nas escolas que ofertam essa modalidade educacional.

Práticas educativas e diversidade


Práticas educativas e diversidade constitui-se um conjunto de ações voltadas à valorização da diversidade, da
inclusão, do estabelecimento de meios democráticos para pensar na educação. O conceito de imaginação

sociológica contribui para a proposição de um exercício reflexivo pautado na desnaturalização de todos os


aspectos que constituem as relações sociais. Amor e empatia devem estar presentes na prática educativa

voltada à diversidade sociocultural. Isso contribui para proporcionar ambientes mais inclusivos, sensíveis e
responsivos ante as necessidades diversas de todos os estudantes nas escolas, abrangendo a comunidade

escolar e a sociedade de modo geral. As narrativas dominantes presentes em nosso cotidiano precisam ser

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desconstruídas, e isso se verifica nas matrizes e nos currículos escolares. Pode-se associar a esse fenômeno, o
conceito de violência simbólica de Pierre Bourdieu. A ideia é a de que se possa corrigir narrativas

dominantes, especialmente aquelas vivenciadas no cotidiano das escolas. Isso é necessário para uma
educação mais inclusiva, sensível e democrática. O processo de reflexão se realiza na capacidade de

problematização das diversas formas de desigualdades, de modo a problematizá-las a partir de ações efetivas
para a correção de narrativas dominantes. Um modelo de sociedade mais inclusivo, democrático e justo,

requer o desenvolvimento de um currículo inclusivo, responsivo e com a presença de epistemologias plurais


nas escolas.

É necessário descolonizar o currículo da educação básica para que sejam incluídas as diversidades de saberes
e de formas de conhecimento que se originam a partir da cultura dos estudantes. Um currículo inclusivo,

portanto, requer a acessibilidade, a incorporação de saberes nas matrizes curriculares, a reorganização do


currículo e das disciplinas, entre outros elementos importantes, de modo que se estabeleça a cultura da não

violência nas escolas. A construção de um currículo inclusivo e responsivo, no qual se verifica a flexibilidade
curricular, leva a necessidade de se refletir sobre as mudanças nas políticas educacionais e da relação destas

com o modelo de educação inclusiva e contextualizada. A criticidade com que os fenômenos sociais são
examinados, tendo como premissa a não naturalização dos fenômenos sociais, que devem se fazer presentes

no cotidiano da realidade escolar, contribui com a construção de um currículo inclusivo, responsivo e que
valorize as epistemologias plurais.

 Reflita
1. Por que educar para a diversidade contribui com a formação crítica, humana e cidadã?

2. De que modo é possível desenvolver uma educação contextualizada, relevante e significativa com os

estudantes em uma abordagem sobre a diversidade regional e linguística?

3. Por que se faz necessária a revisão e correção de narrativas dominantes nos currículos da educação

básica?

É HORA DE PRATICAR

Para o estudo de caso desta unidade, imagine-se como um professor de ensino religioso de uma turma do 6º
ano do ensino fundamental de uma escola brasileira. Como uma outra escola qualquer de nosso país, essa

escola atende uma população bastante diversificada social e culturalmente, composta por estudantes de
diferentes origens étnicas, culturais e socioeconômicas. Nessa turma, em específico, há uma grande variedade

em relação à diversidade cultural e religiosa, contendo estudantes de diversas matrizes religiosas presentes
no Brasil, ou seja: do catolicismo, do candomblé, da umbanda, do protestantismo neopentecostal, do

espiritismo kardecista, da teologia da libertação e dos carismáticos.

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Sabe-se que, para esse trabalho, é preciso levar em consideração as características da turma. Trata-se de

crianças recém-chegadas ao ensino fundamental II, portanto, geralmente são bastante agitadas e precisam
aprender e desenvolver muitos valores e normas relacionados à boa convivência social. A escola vem tendo

muitos desafios relacionados à questão da diversidade social e cultural e isso pode ser uma grande
oportunidade para contribuir com o combate ao preconceito, à discriminação e à intolerância a partir das

diferenças culturais entre as religiões.

O reconhecimento das diferenças socioculturais e dos direitos à prática religiosa em nosso país são
fundamentais e necessários para pensar em educação e diversidade nas escolas. Além disso, deve-se ter em

mente um modelo de educação pautado no diálogo intercultural e laico. Afinal, todas as culturas, incluindo as
religiosidades, são elementos importantes e devem ter suas práticas e manifestações respeitadas e

valorizadas no cotidiano das escolas.

Como você pôde perceber, são muitos os desafios relacionados a essas questões, sobretudo quando a premissa

consiste em educar para a diversidade. Diante de tal contexto, você tem uma grande oportunidade para
promover uma educação democrática e inclusiva. Pensando nisso, reflita sobre as questões a seguir: como

você faria para trabalhar os conteúdos sobre religião e religiosidades em suas aulas de ensino religioso?
Quais as possibilidades de implementar na escola, a partir dessa turma, práticas eficazes de reconhecimento e

de respeito à diversidade cultural e religiosa? Quais as propostas de atividades para o desenvolvimento de


conteúdos com essa turma? Como promover um diálogo intercultural e inter-reliogoso?

Para que possamos resolver esse estudo de caso, precisamos sempre nos lembrar de que os estudos em
educação e diversidade promovem um olhar para a compreensão das identidades socioculturais e sua

diversidade. Isso envolve pensar também no âmbito das religiosidades e suas relações com a educação, para
que tal exercício seja cada vez mais valorizado nas escolas. Inclusive, deve-se levar em consideração que o

brasileiro é um povo bastante religioso.

Lembre-se de que você está se colocando no lugar de um professor do componente curricular de ensino

religioso de uma turma do 6º ano do ensino fundamental de uma escola brasileira. Essa escola atende uma
população bastante diversificada social e culturalmente, composta por estudantes de diferentes origens

étnicas, culturais e socioeconômicas.

Respondendo às perguntas propostas:

Você pode promover na escola uma abordagem plural e informativa, valorizando as diferenças religiosas.
Isso pode ser feito mediante o constante diálogo com os estudantes, professores e demais atores das escolas.

Durante as aulas de ensino religioso, você tem a oportunidade de trazer conhecimentos sobre todas as
religiões, de modo que se proporcione o exercício da alteridade.

Além disso, você pode incentivar que respeitem as crenças individuais, especialmente se forem minorias nas
escolas. Nesse exercício, pode-se promover o diálogo e a compreensão sobre a importância da diversidade

social e cultural de nosso país, portanto, um fator positivo. Em toda a escola, você pode contribuir para a
promoção do respeito, da tolerância e da compreensão mútua entre todos, propondo atividades

interdisciplinares que envolvam todos os estudantes e demais atores e setores da escola, contribuindo para a
construção de uma convivência harmoniosa e inclusiva na escola.

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Você pode contribuir com a criação de um ambiente escolar inclusivo, a partir do componente curricular de

ensino religioso, desenvolvendo e sistematizando um conjunto de atividades interdisciplinares ao longo de


todo o ano letivo. Em suma, a ideia é que, com essas ações, sejam desenvolvidas condições para a construção

de um ambiente escolar mais inclusivo e acolhedor para todos, independentemente da religião de cada um e
das condições ou vivências.

DÊ O PLAY!

ASSIMILE

O mapa menta proposto faz um recorte da nossa unidade de estudos, objetivando apresentar as
características do componente curricular de Ensino Religioso e as relações com educação e diversidade.

Fonte: elaborada pelo autor.

REFERÊNCIAS

Aula 1

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

OLIVEIRA, L. F. de; COSTA, R. C. R. da. Sociologia para jovens do século XXI: manual do professor. Rio de

Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=dayana070287%40gmail.com&usuarioNome=DAYANA+GABRIELA+DOS+SANTOS+DE+QUADROS&disciplinaDescricao=&atividadeId=3… 34/37
20/03/2024 20:28 wlldd_241_u4_edu_div

PREVITELLI, I. M.; VIEIRA, H. E. S. Educação e diversidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.


A., 2017.

TENÓRIO, R. J. M. Liberdade religiosa e discurso de ódio. Portugal: Grupo Almedina, 2023.

WILLMS, K. História e legislação do ensino religioso. 1. ed. São Paulo: Contentus, 2020. E-book. Disponível em:

https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 17 dez. 2023.

Aula 2

CORTELLA, M. S.; RIOS, A. A. Vivemos mais! vivemos bem?: por uma vida plena. 2. ed. Campinas, SP: 7 Mares,

2023.

OLIVEIRA, L. F. de; COSTA, R. C. R. da. Sociologia para jovens do século XXI: manual do professor. Rio de

Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

PREVITELLI, I. M.; VIEIRA, H. E. S. Educação e diversidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.

A., 2017.

PEREIRA, M. L. A construção do letramento na educação de jovens e adultos. 1. ed. São Paulo: Autêntica, 2007.

SILVA, A. N. O. (org.). Conhecimento e docência: caminhos cruzados na educação de jovens e adultos. 1. ed.
Jundiaí, SP: Paco e Littera, 2021.

Aula 3

DUTRA, T. B. Em busca de autonomia: quilombolas e políticas públicas. 1. ed. Jundiaí, SP: Paco e Littera, 2022.

OLIVEIRA, L. F. de; COSTA, R. C. R. da. Sociologia para jovens do século XXI: manual do professor. Rio de

Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

PREVITELLI, I. M.; VIEIRA, H. E. S. Educação e diversidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.

A., 2017.

ROCHA, M. I. A.; MARTINS, A. A. Educação do campo: desafios para a formação de professores. 1. ed. São

Paulo: Autêntica, 2013.

SANTOS, S. R. dos. Comunidades quilombolas: as lutas por reconhecimento de direitos na esfera pública

brasileira. 1. ed. Porto Alegre: ediPUCRS, 2014.

STIVAL, D. A educação do campo e o MST: trabalho e práticas sociais com assentados da reforma agrária. 1.

ed. São Paulo: Vozes, 2022. E-book.

Aula 4

ERTHAL, C. A.; FABRI, M.; NODARI, P. C. Empatia e solidariedade. 1. ed. Porto Alegre: Educs, 2019.

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=dayana070287%40gmail.com&usuarioNome=DAYANA+GABRIELA+DOS+SANTOS+DE+QUADROS&disciplinaDescricao=&atividadeId=3… 35/37
20/03/2024 20:28 wlldd_241_u4_edu_div

MEYRER, M. R.; KARAWEJCZYK, M. Narrativas de gênero: as várias faces dos estudos de gênero. 1. ed. Porto

Alegre: ediPUCRS, 2021.

MILLS, C. W. A imaginação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

MINETTO, M. de F. Currículo na educação inclusiva: entendendo esse desafio. 2. ed. Curitiba: Intersaberes,
2021.

OLIVEIRA, L. F. de; COSTA, R. C. R. da. Sociologia para jovens do século XXI: manual do professor. Rio de
Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

PREVITELLI, I. M.; VIEIRA, H. E. S. Educação e diversidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.


A., 2017.

Aula 5

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

CORTELLA, M. S.; RIOS, T. A. Vivemos mais! vivemos bem?: por uma vida plena. 2. ed. Campinas, SP: 7 Mares,
2023.

DUTRA, T. B. Em busca de autonomia: quilombolas e políticas públicas. 1. ed. Jundiaí, SP: Paco e Littera, 2022.

ERTHAL, C. A.; FABRI, M.; NODARI, P. C. Empatia e solidariedade. 1. ed. Porto Alegre: Educs, 2019.

MEYRER, M. R.; KARAWEJCZYK, M. Narrativas de gênero: as várias faces dos estudos de gênero. 1. ed. Porto
Alegre: ediPUCRS, 2021.

MILLS, C. W. A imaginação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

MINETTO, M. de F. Currículo na educação inclusiva: entendendo esse desafio. 2. ed. Curitiba: Intersaberes,

2021.

OLIVEIRA, L. F. de; COSTA, R. C. R. da. Sociologia para jovens do século XXI: manual do professor. Rio de

Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2016.

PEREIRA, M. L. A construção do letramento na educação de jovens e adultos. 1. ed. São Paulo: Autêntica, 2007.

PREVITELLI, I. M.; VIEIRA, H. E. S. Educação e diversidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.


A., 2017.

ROCHA, M. I. A.; MARTINS, A. A. Educação do campo: desafios para a formação de professores. 1. ed. São
Paulo: Autêntica, 2013.

SANTOS, S. R. dos. Comunidades quilombolas: as lutas por reconhecimento de direitos na esfera pública
brasileira. 1. ed. Porto Alegre: ediPUCRS, 2014.

SILVA, A. N. O. (org.). Conhecimento e docência: caminhos cruzados na educação de jovens e adultos. 1. ed.
Jundiaí, SP: Paco e Littera, 2021.

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=dayana070287%40gmail.com&usuarioNome=DAYANA+GABRIELA+DOS+SANTOS+DE+QUADROS&disciplinaDescricao=&atividadeId=3… 36/37
20/03/2024 20:28 wlldd_241_u4_edu_div

STIVAL, D. A educação do campo e o MST: trabalho e práticas sociais com assentados da reforma agrária. 1.

ed. São Paulo: Vozes, 2022.

TENÓRIO, R. J. M. Liberdade Religiosa e Discurso de Ódio. Grupo Almedina: Portugal, 2023.

WILLMS, K. História e legislação do ensino religioso. 1. ed. São Paulo: Contentus, 2020. E-book. Disponível em:
https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 17 dez. 2023.
Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=dayana070287%40gmail.com&usuarioNome=DAYANA+GABRIELA+DOS+SANTOS+DE+QUADROS&disciplinaDescricao=&atividadeId=3… 37/37

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