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Introdução
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- Pedagoga, especialista em Administração escolar e Planejamento Educacional, e Mestranda em
Ciências da Religião pela Universidade Católica de Pernambuco – Recife/PE. E-mail:
dricapresbi@gmail.com
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- Historiador, especialista em Metodologia do Ensino da História e Mestrando em Ciências da Religião
pela Universidade Católica de Pernambuco – Recife, PE. Docente da Faculdade José Lacerda Filho de
Ciências Aplicadas/FAJOLCA. Ipojuca/PE. E-mail: ricardojorgesg@hotmail.com
processa na prática educacional dialógica, cuja ação está centrada nos problemas da
realidade, a fim de promover o reconhecimento da situação desumanizante em que os
sujeitos oprimidos se encontram ( FREIRE, 1987. P. 30-31).
Reconhecendo a “ação cultural” como sendo o papel da ação política junto aos
oprimidos, Paulo Freire (1987, p. 53) propõe a construção de uma educação para a
liberdade, situação na qual os oprimidos podem vislumbrar o rompimento da cultura do
silêncio que lhes é imposta pela estrutura social opressora, que os aliena, domina, e por
fim, os coisifica. Desta forma, vemos o quanto a cultura é um elemento chave para
repensarmos a educação com vistas a promover a superação de tal situação.
Por meio da aproximação entre ciência e religião, conforme proposto por Lana
Fonseca (2015, p.217), é possível estabelecer relações que promovam o diálogo entre
os inúmeros tipos de conhecimento elaborados e acionados pela humanidade na
construção da realidade, de modo a desenvolver um modelo que leve em consideração
as fronteiras, bordas e paralelos metodológicos, partindo da compreensão de que
existem questões que, embora se encontrem nos limites da ciência, não podem ser
respondidas por esta.
Dessa forma, nos propomos a refletir criticamente sobre como efetivar uma
educação para todos, abrangendo a diversidade cultural e religiosa no âmbito do Ensino
Religioso, na perspectiva da concretização de uma educação para todos, a partir do
diálogo entre a abordagem freireana, e o campo epistemológico das Ciências da
Religião, de modo a estabelecer relações que possibilitem o repensar crítico desta
disciplina, tendo em vista que esta tarefa, consiste num exercício existencial:
2. Metodologia
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Grifo nosso
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Entendida sobretudo como a classe popular.
Assim, a educação proposta por ele, visa promover por meio do diálogo, os
múltiplos aspectos da existência humana, a saber, o transcender, discernir, e dialogar,
lançando os homens no domínio da cultura e da História que lhes são próprios, numa
dinâmica que lhes humaniza, ao contrário da ação antidialógica que desumaniza e
coisifica os homens, retirando-lhes o protagonismo e a voz, por meio da mitificação e da
invasão cultural, que visa a dominação e não a libertação (FREIRE, 1987.p.65-67).
6. Resultados