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AULA 1

PROFª. Ma. RAQUEL


BUZATTI SOUTO

DIREITO
CONSTITUCIONAL
ORGANIZAÇÃO E
SISTEMATIZAÇÃO DO
TODO – DIREITO
 Garantia, normas de conduta, conjunto de direitos e
deveres que devem ser seguidos.
 Maneira como a sociedade encontrou para alcançar os seus
ideiais, alcançar a igualdade.
 MIGUEL REALE, em Lições Preliminares de Direito,
afirma que "aos olhos do homem comum o Direito é a lei e
ordem, isto é, um conjunto de regras obrigatórias que
Direito garante a convivência social graças ao estabelecimento de
limites à ação de cada um de seus membros".
 Ciência dinâmica que está sempre em motivação e
adequação à realidade.
 Ordenamento normativo coativo.
 É uma realidade histórico-cultural, ordenada que consiste
num ordenamento jurídico.
 Uma orientação coercitiva.
DIREITO SE
DIVIDE EM
RAMOS QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS
SUB-RAMOS DO DIREITO HÁ CORRENTES QUE ENTENDEM
POSITIVO? COMO CLASSIFICAÇÃO DO
DIREITO POSITIVO:
QUAIS SÃO OS RAMOS  DIREITO PRIVADO E O
CLÁSSICOS DO DIREITO? DIREITO PÚBLICO  DIREITO SOCIAL – José
 Direito privado – regula a relação
Afonso da Silva. Ex. Direito do
 Direito Natural e Direito Positivo dos indivíduos entre sim. Regula
interesse particulares. Ex. Direito Trabalho e o Direito
 Direito Natural – é a ideia abstrata do
direito. É o que emana da própria Civil e o Direito Comercial Previdenciário
natureza sem a interferência da  Direito público – cuida dos  INTERESSES COLETIVOS –
vontade humana. Sistema de normas interesses da coletividade. Tem o Cláudio de Cicco. Novos
de conduta independente da vontade Estado como parte integrante nas Direitos. Ex. Direito Ambiental
humana. suas relações. Regula as coisas do e o Direito do Consumidor.
 Direito Positivo – direito escrito. É o Estado. Ex. Direito Penal, Direito
ordenamento jurídico em vigor em Constitucional, Direito
determinado país e em determinada Administrativo, Direito Tributário,
época. Conjunto de normas impostas e Direito Processual, Direito
estabelecidas pelo Estado. Internacional, Direito Econômico,
etc.
O DIREITO CONSTITUCIONAL é o ramo do direito
público, referindo-se à organização e ao funcionamento

ASSIM, do Estado. Se distingue dos demais ramos do direito


público pela natureza do seu objeto – estudo da
Constituição.
ORDENAMENTO JURÍDICO

 somatório de uma Constituição e normas


infraconstitucionais ou atos jurídicos.
 Ordenamento jurídico – relação de verticalidade
(Constituição + Normas Infraconstitucionais = Princípio
da Supremacia da Constituição – nenhuma norma
infraconstitucional pode contrariar materialmente a
Constituição).
Constituição

 lei fundamental que limita o poder dentro de um Estado.


 NORMA INFRACONSTITUCIONAL – serve para regulamentar, detalhar
direitos.
 A Constituição por mais extensa que seja não consegue dar conta de tudo, então
precisa das normas infraconstitucionais para regulamentá-las.
 Ordenamento Jurídico brasileiro = CF/88 + 26 Constituições Estaduais + Lei
Orgânica dos Municípios, DF, CC, CPC, CP, CPP etc.
 DIREITO CONSTITUCIONAL = ciência do direito público.
Ramo do direito público que expõe, interpreta e sistematiza os
princípios e normas fundamentadoras do Estado.
 OBJETO = estudo da Constituição, estudo sistemático das
normas que integram a Constituição do Estado.
 PARA QUE SERVE A CONSTITUIÇÃO? Para regulamentar o
Estado, estruturar o Estado
CONSTITUCIONALISMO
 Constitucionalismo é o movimento social, político e jurídico, cujo principal
objetivo é limitar o poder do Estado por meio de uma Constituição. Buscou a
estruturação racional do Estado e a limitação do exercício do poder. Impulsionou
a adoção de Constituições pelos países.
 É um movimento social, pois resultou na soma de uma série de movimentos sociais
historicamente relevantes, buscando a limitação do poder do Estado e o
reconhecimento de direitos fundamentais. Exemplo máximo de tal característica é
a Revolução Francesa, que originou o Constitucionalismo Francês, com a
posterior abolição de várias instituições e a queda do paradigma do Estado
Absolutista. Em Portugal, a primeira Constituição decorreu de movimento
sociais, com a Revolução do Porto de 1820, que contou com o amplo apoio
 É um movimento político, pois foram necessários acordos e negociações políticas no
intuito de limitação do poder estatal e organização do Estado por meio de uma
Constituição.
 Por fim, é também um movimento jurídico, consistente na construção de teorias, desde
a busca inicial pela força normativa da Constituição, capaz de alterar a realidade e
limitar o poder estatal, até as teorias jurídicas mais modernas.
 Evidentemente o Constitucionalismo não se desenvolveu de forma idêntica em todos os
países. Assim, diz-se que não há um constitucionalismo, mas vários constitucionalismos
(o constitucionalismo inglês, o americano, o francês).
 Adotar um conceito ao Constitucionalismo não é uma tarefa fácil, pois
sua definição é obtida através de uma reflexão histórica.
 Para efeitos de estudo se identifica a origem do Constitucionalismo com
a Constituição dos EUA, de 1787, e a Constituição da França, de 1791,
ambas constituições escritas e rígidas, inspiradas nos ideais de
racionalidade do Iluminismo do século XVIII e, sobretudo na
valorização da liberdade formal e do individualismo em contraposição
ao absolutismo reinante, através do qual elegeu o povo como titular
legítimo do poder (vide artigo 1º e parágrafo único da CF/88).
 O Constitucionalismo se valoriza com as Constituições escritas:
1ª Constituição – Estado da Virgínia de 1776;
2ª Constituição – Estados Unidos da América de 1787
3ª Constituição – Francesa em 1791.
 

 A origem formal do Constitucionalismo está nas Constituições


escritas e rígidas, com dois traços marcantes: Organização do Estado
e Limitação do Poder Estatal.
 A partir da ótica moderna, a Constituição, passou a significar a construção
pelo homem de um projeto racional de organização social, ou melhor, a
condensação das ideias básicas deste projeto racional em um pacto fundador.
Neste pacto, enquanto ordenação sistemática e racional da comunidade, se
garantiram os direitos fundamentais e se organizou, de acordo com o
princípio da divisão dos poderes, o poder político.

O Direito constitucional nasce com o constitucionalismo. Em sua origem, o


Direito constitucional refere-se, tão somente, à ordem jurídica fundamental do
Estado Liberal, assim nasceu impregnado dos valores do pensamento liberal.
 O Direito é um todo. Sua divisão ocorre somente para fins didáticos.
O Direito Constitucional, de acordo com tal subdivisão, pertence ao
ramo do Direito Público. Neste papel de direito público fundamental-
CONCEITO “estabelece a estrutura do Estado a organização de suas
instituições e órgãos, o modo de aquisição e exercício do poder, bem
como a limitação desse poder, por meio, especialmente, da previsão
dos direitos e garantias fundamentais. ” (José Afonso da Silva)
 O Direito Constitucional é um ramo particularmente marcado por sua
historicidade, pois se desenvolve em paralelo à evolução do Estado de
Direito.
 O Direito Constitucional consubstancia a matriz de toda a ordem
jurídica do Estado, é o tronco de onde do qual derivam todos os
demais ramos da grande árvore jurídica.
  

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