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FUNÇÃO DA

CONSTITUIÇÃO,
HIERARQUIA E
ORIGEM
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CONCEITO
A Constituição da República Federativa do Brasil é a Lei fundamental e suprema do país, foi
promulgada em 5 de outubro de 1988, isto é, a Assembleia Constituinte, formada por deputados
e senadores eleitos pela população brasileira, escreveu e aprovou uma nova Constituição, que
também pode ser chamada de Carta constitucional.
Fábio Tavares Sobreira

O QUE É O DIREITO CONSTITUCIONAL


Para um bom resumo de Direito Constitucional, é preciso, antes de tudo, saber o que é Direito
Constitucional.
O Direito Constitucional é o ramo do Direito que expõe, interpreta e sistematiza os princípios
e normas fundamentais do Estado. Tem por objeto o estudo do Poder, sua organização, estrutura-
ção, limitação.
Conforme nos ensina o professor Miguel Reale (2002):
O Direito Constitucional tem por objeto o sistema de regras referente à organização do Estado,
no tocante à distribuição das esferas de competência do poder político, assim como no concernente
aos direitos fundamentais dos indivíduos para com o Estado, ou como membros da comunidade
política.
Miguel Reale
No conceito do professor José Afonso da Silva (2002), Direito Constitucional é o ramo do Direito
Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado. Seu
conteúdo científico abrange as seguintes disciplinas:
Direito constitucional positivo ou particular: é o que tem por objeto o estudo dos princípios
e normas de uma Constituição concreta, de um Estado determinado, compreende a sistematização
e crítica das normas jurídico-constitucionais desse Estado, configuradas na Constituição vigente,
nos seus legados históricos e sua conexão com a realidade sociocultural.
Direito constitucional comparado: é o estudo das normas jurídico-constitucionais positivas
(não necessariamente vigentes) de vários Estados, preocupando-se em destacar as singularidades
e os contrates entre eles ou grupo deles.
Direito constitucional geral: delineia uma série de princípios, conceitos e instituições que se
encontram em vários direitos positivos, ou um grupo deles, para classificá-los e sistematizá-los numa
visão unitária; é uma ciência que visa generalizar os princípios teóricos do direito constitucional
particular e, ao mesmo tempo, constatar pontos de contato e independência do direito constitu-
cional positivo dos vários Estados que adotam formas semelhantes de governo.
No Direito atual, os poderes do Estado são estatuídos em função dos imperativos da sociedade
civil, isto é, em razão dos indivíduos e dos grupos naturais que compõem a comunidade. Por outras
palavras, o social prevalece sobre o estatal. Essa é a orientação seguida na Constituição de 1988,
que está vigente no Brasil.
De outro lado, se prevalecem a atenção dispensada aos órgãos estatais, segundo a forma de
Estado adotada (Federação, ou Estado unitário) ou a forma de governo vigente (Presidencialismo,
ou Parlamentarismo, por exemplo) os direitos individuais são tratados com grande amplitude. Não
se determinam apenas os direitos de cidadania, mas também os direitos sociais, desde os que
protegem a vida até os relativos à comunicação (Miguel Reale, 2002).
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Essa é a disciplina que estuda de maneira aprofundada e sistematizada as normas jurídicas,


tendo como seu objeto de estudo a Constituição Federal. A Constituição é a norma de maior impor-
tância dentro do ordenamento jurídico brasileiro, todas as leis lhe devem obediência, por isso
encontra-se sempre no topo da hierarquia das leis e demais atos normativos.
Por isso o artigo 59 da Constituição demonstra as leis infraconstitucionais, amparado pelo
princípio da presunção de Constitucionalidade. Daí a necessidade do controle de constitucionalidade
para manutenção do da Supremacia Constitucional.
Breve Evolução Histórica em nosso constitucionalismo no Brasil: Constituição de 1824, 1891,
1934, 1937, 1946,1967, ato institucional Emenda nº 01/1969,1988.

As Constituições são construídas pela geração de direitos:


1-O 1ª Geração/Dimensão de Direitos Fundamentais- liberdade- Relacionado à afirmação do
Estado liberal, direitos civis, liberdades, direitos de defesa. Ex.: direito à vida, à liberdade, à vedação
à prisão arbitrária, à propriedade, à manifestação, à expressão, à reunião, à associação, ao voto,
ao devido processo legal, à igualdade perante a lei (igualdade formal). O Estado tem uma posição
negativa na prestação destes direitos em relação aos cidadãos.
2-O 2ª Geração/Dimensão de Direitos Fundamentais - igualdade -Surge no início do Século XX,
com a Constituição Mexicana de 1917, a Constituição de Weimar de 1919. Relacionado ao Estado
de Bem-Estar Social. São os direitos sociais, econômicos e culturais (ideia de igualdade material).
Função positiva do Estado.
3-O 3ª Geração de Direitos Fundamentais - fraternidade ou solidariedade- constituições conce-
bidas após as Grandes Guerras, direitos de titularidade difusa. Ex.: o direito à paz, ao meio ambiente,
ao desenvolvimento, à conservação do patrimônio cultural e do patrimônio público.

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