Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Agora, como vimos, o ar é um fluido que sabemos que ele existe, mas não o
enxergamos. Assim sendo, vamos expandir o conceito de fluido, para os fluidos “da
espiritualidade”. Antes de mais nada, vamos conhecer os tipos de fluidos e formar
algumas definições que iremos usar durante toda a aula de hoje. Alguma vez nós já
trabalhamos com fluidos aqui na Casa Espírita? Aonde? Nos trabalhos de passes.
Vamos entender quais fluidos nós já nos envolvemos nos trabalhos
Resposta: ”Sim, e é isso que deveis entender, quando dizemos que tudo está em
tudo”.
Por muito tempo acreditava-se que o átomo era a menor partícula da matéria. Em
seguida descobriu-se que havia os elétrons, os prótons e os nêutrons, partículas que
formam o átomo. Há hoje, correntes que afirmam que, a partícula recém descoberta
pela física (Bóson de Higgs) seria essa partícula primitiva da matéria (ou Partícula
de Deus).
Voltando ao Fluido Cósmico Universal, ele é uma forma menos etérea do Fluido
Universal, que já sofreu algumas transformações. Para nós ele continua invisível,
mas para a espiritualidade esse fluido é “material”. É o fluido que contém todos os
elementos materiais, fluídicos e vitais de todos os universos e seres vivos. É esse o
fluido que captamos da Espiritualidade quando vamos aplicar um passe.
Esse fluido nós vamos encontrar em alguns livros chamado de “fluido espiritual”.
Essa referência diz que esse fluido é aquele que o plano espiritual trabalha, fluidos
utilizados pelos espíritos.
Quando desencarnamos, nosso fluido vital retorna à sua forma original de fluido
universal.
Em uma escala, podemos ver o Fluido Universal como a forma mais pura de fluido e
o Fluido Vital a forma mais modificada dele.
1.2 Magnetismo
Vamos estender essa idéia do imã para os fluidos. Vejamos o exemplo dos passes:
não precisamos encostar as mãos nos assistidos para aplicar o passe, ou seja,
interessa a idéia de interação a distância. A força do imã, a força magnética é
conhecida como uma força de campo, pois ela atua sem necessitar do contato entre
os corpos. Um exemplo disso é a força da gravidade. Se eu soltar um objeto aqui ele
cai no chão. Mas ele não está em contato com a Terra mostrando que há um campo
em volta da Terra que atrai todos os corpos para ela. Os fluidos atuam com o
conceito de campo, a distância por meio do magnetismo. Vamos ver mais adiante
que podemos perceber fluidos mesmo a distância.
2 Modificando os Fluidos – Nós e a Espiritualidade
Nós já vimos que os fluidos eles sofrem modificações. Mas não são apenas as que
vimos. Eles podem sofrer diversos tipos de fluidos com propriedades e
características das mais diversas que veremos mais adiante. Os fluidos espirituais
são a “atmosfera” de cada espírito encarnado ou não, chamado de psicosfera. Os
espíritos agem sobre os fluidos e os modificam utilizando o pensamento e a vontade.
O pensamento dá forma, agrupa, separa e atribui diversas características ao fluido.
Ou seja, pensamos e damos forma ao fluido à nossa volta e ao nosso próprio fluido.
Lembrando que sempre há uma correlação do mundo físico (matéria) com o mundo
espiritual, seja inferior ou superior, logo isso vale também para os desencarnados.
Lembram na aula passada na exposição do livro “Nos Domínios da Mediunidade”
onde foi falado que um desencarnado ele aparecia com o braço deformado mesmo
desencarnado? Como explicar aquilo? O pensamento do espírito lembrando do fato
(da maldição direcionada a ele que ele perderia o braço) modificou seu períspirito
dando aquela forma ao seu braço. Ação direta do pensamento sobre o fluido. E
assim alguns espíritos se apresentam em trabalhos espirituais, principalmente em
trabalhos de P3B, muitas vezes, com a forma, doença, problema, deformação que
ele tinha quando encarnado por ficar ligado em pensamento a tudo aquilo e
modificar seu períspirito (fluido).
Fluido é usado, dentro dos trabalhos de passes, como um termo que designa todas
as emanações energéticas vindas de um encarnado ou desencarnado. O fluido pode
ter diferentes fontes e diferentes funções. Pode ser benéfico ou maléfico, calmante
ou irritante, e assim por diante. Quanto mais pesado e denso, o fluido, geralmente
mais maléfico ele é, ao contrário dos fluidos benéficos que são menos densos e
possuem uma energia mais sutil. Então, tanto a espiritualidade superior como
inferior utilizam fluidos em seus trabalhos.
Quando damos um passe estamos utilizando um fluido sutil para retirar fluidos mais
pesados. Todos nós chegamos até à Casa normalmente carregados de alguma
coisa não muito legal: seja um pensamento ruim, ou tivemos/estamos com algum
problema, alguma agitação, etc. que nos traz fluidos com energias não muito boas.
Ao tomarmos um passe, esses fluidos são quebrados e retirados. Pensemos numa
janela suja de barro, que de tão suja não deixa a luz entrar direito. A gente vem,
passa um pano úmido e um produto e pronto! A janela fica limpa e transparente.
Dessa forma, a luz pode entrar totalmente no ambiente! Esse é, de forma grosseira,
o princípio do trabalho de passes, nos “limpamos” para permitir a entrada de fluidos
mais sutis, retirar energias negativas etc.
Primeiro nos trabalhos. Nesse curso iremos aprender os trabalhos de P3B, P3A e
Grupo Mediúnico por exemplo. Nos trabalhos de P3B, no tratamento a espíritos
obsessores e sofredores, iremos lidar com diversos tipos de espíritos. Além da
faculdade de incorporação, doamos muito energia/fluido nesse trabalho. Como
muitos espíritos desencarnados ainda estão muito ligados a matéria eles não
conseguem receber um fluido sutil da espiritualidade. Então a espiritualidade usa o
fluido dos médiuns para, misturado aos fluidos espirituais, auxiliar no
encaminhamento destas entidades para ao esclarecimento e utilizar em benefícios
deles mesmos. Além disso, os médiuns de incorporação vão dar passividade (deixar
se manifestar) a espíritos que tiverem afinidade fluídica com eles. E vão perceber
também o que o espírito que se manifestar está sentindo ou pensando.
Aqui entra uma das principais importâncias do fluido: ele é a impressão digital de
todo espírito. Espíritos inferiores podem modificar, por meio do pensamento seu
períspirito, podem discursar como espírito superior e se passar por um espírito
elevado facilmente. Mas uma coisa ainda irá “denunciá-lo”: seu fluido. Por que?
Porque sua moral, seus sentimentos irão caracterizar seu fluido e o médium treinado
perceberá isso e saberá que se trata de um espírito com intenções não elevadas.
Nos trabalhos de P3A, onde há correntes de cura, os fluidos dos médiuns também
serão utilizados no tratamento dos assistidos encarnados e/ou desencarnados. E
nesses dois trabalhos e Grupo Mediúnico, a percepção de fluidos auxilia nos
trabalhos de verificações. Vale ressaltar que outras faculdades estão envolvidas
nesse trabalho mas alguns médiuns (depende da sensibilidade de cada um)
perceberão o sentimento/pensamento de um assistido pois sentirão o seu fluido.
Lembram que o fluido atua a distância?
Por isso aqui na Casa pedimos sempre para as equipes de limpeza fazerem um
repasse nos ambientes antes dos trabalhos, para deixar o fluido dos locais, a
atmosfera das câmaras de trabalho limpas e isentas de miasmas e fluidos deletérios.
E como elas fazem isso: utilizando bons fluidos para dissipar os maus.
Por isso é importante e necessário que TODOS estejamos fazendo EAE (ou ter
concluído e ter seguido com a RI) e trabalhando com passes antes de iniciar a parte
prática do curso. A EAE contribui no trabalho dos nossos sentimentos e nos traz
ferramentas para elevar nossos pensamentos que terão influência direta no nosso
fluido. E o trabalho com passes faz com que manipulemos e estejamos sempre
renovando o nosso fluido vital e tendo contato com o fluido cósmico universal para
nos depurarmos e aprimorarmos nossa sensibilidade. Isso será importantíssimo para
os exercícios práticos.
Por fim, só para citar, os fluidos podem ser utilizados em fenômenos mediúnicos que
conhecemos por manifestações de efeitos físicos como as mesas girantes,
materializações de espíritos, entre outros. Não vou adentrar aqui pois teremos uma
aula só para falar de mediunidade de efeitos físicos.