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Já vimos que o magnetismo humano existe. Entramos num determinado ambiente, nos sentimos bem, ou mal.

Ficamos próximo de alguém, nos sentimos bem, ou mal. Existem pessoas que são naturalmente agradáveis,
outras são desagradáveis. Indivíduos há que têm extraordinário poder de sedução, de convencimento, outros
não. O que é isso? Isso são efeitos da ação do magnetismo humano. Conforme estudamos, no magnetismo dos
imãs a lei que o rege é: Semelhantes se repelem e opostos se atraem. Curiosamente a lei que rege o
magnetismo humano, é exatamente o inverso: Semelhantes se atraem e opostos se repelem
Quando um ser humano se aproxima de outro, o seu campo magnético encontrará o campo magnético do outro,
e diferentemente do que ocorre nos imãs, se o teor vibratório dos campos magnéticos dessas pessoas forem
semelhantes ou "iguais", eles se atrairão, se interpenetrarão, provocando sensações de paz e bem-estar nas duas
pessoas, mesmo que tenham acabado de se conhecer. Agora se o teor vibratório dos campos magnéticos forem
opostos, desiguais ou dessemelhantes, eles se repelirão e ambas sentirão no mínimo, um mal-estar, provocado
pela aversão e repulsão dos campos magnéticos.
As energias humanas de teores vibratórios opostos como sejam amor e ódio, ou amor e raiva; falsidade e
sinceridade, ou falsidade e bondade, ao se encontrar, uma repelirá fortemente a outra, elas jamais vão ocupar o
mesmo espaço. Onde uma estiver, a outra não ficará. Mesmo que sejam obrigadas a ficar juntas, não se
interpenetrarão, é como a água e óleo, nunca se misturam. E tão logo essa força maior cesse, a mais potente
expulsará a mais fraca, e permanecerá no local.
Portanto, os sentimentos emitidos por uma mente, só conseguirá reproduzir-se em outra mente que lhe tenha
afinidade, que esteja impregnada de pensamentos e sentimentos com as mesmas características. Se houver
afinidade, se formará o circuito mental ou mediúnico, e se alimentarão reciprocamente das idéias, em
identidade de sintonia. Portanto, afinidade e sintonia não são sinônimas. Afinidade é uma premissa necessária
para que se estabeleça a sintonia. Assim denominamos o circuito mental, porque a nossa mente é, ao mesmo
tempo, uma estação emissora e receptora de pensamentos e idéias. Estamos muitas vezes inconscientemente,
em sintonia com as outras mentes encarnadas ou desencarnadas com as quais temos afinidade. Nesse sentido é
o que podemos entender o que diz Kardec em O Livro dos Médiuns, que “todos somos médiuns“, pois estamos
sempre em contato mental e, portanto, mediúnico, com outras mentes. Se cultivamos bons pensamentos e
sentimentos, oferecemos condições de sermos inspirados pelos espíritos superiores que nos orientam e nos
ajudam. Se cultivamos pensamentos e sentimentos negativos, abrimos brecha para a ação de espíritos perversos,
vingativos etc, oferecendo oportunidade para a instalação do processo obsessivo.
Já sabemos que os fluidos estão sujeitos a impulsão da mente do Espírito, esteja ele encarnado ou
desencarnado, e estão impregnados dos sentimentos e emoções do emissor, formando uma estrutura de maior
ou menor densidade, conforme a pureza ou harmonia com que são emitidos. No encarnado o perispírito não
está engaiolado no corpo físico, há uma expansão e essa expansão faz com que ele entre em contato com
espíritos desencarnados e com outros encarnados. Então, é a partir do perispírito que nós vamos entender uma
série de fenômenos atinentes a questão dos fluidos.
Kardec no seu livro A Gênese diz o seguinte:
"O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de
Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes."
Como funciona isso? Quando pensamos, irradiamos uma energia que expressa um sentimento, essa energia que
vem do espírito, passa para o perispírito que transmite ao corpo se irradiando em torno de si. Essa energia, vai
ser transmitida de espírito a espírito, se o sentimento irradiado for bom ou mau, vai sanear ou viciar os fluidos
ambientes. Então, uma pessoa de má índole, irradia energia que vai impregnar o ambiente de maus fluidos.
Assim é que, quando entramos num ambiente, mesmo sem conversarmos com ninguém, sentimos a energia
deletéria que está presente no ambiente, fruto dos pensamentos desequilibrados da pessoa, ou das pessoas, que
habitam aquele ambiente. Agora, se as emanações energéticas são boas, as impressões serão boas.
Portanto, irradiamos constantemente de nós energias que diz quem realmente somos, e é isto que determina a
nossa frequência central (lembram-se quando falamos dela?), e essa onda central que parte de nós, e se espalha
em todas as direções, vai impregnando com esse fluído particular, as coisas, o ambiente, os objetos e influindo
sobre as pessoas que aceitam e assimilam essa energia. Educando o nosso pensamento, podemos irradiar uma

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quantidade maior de fluidos de qualidade superior. Daí, a importância de mantê-
la sempre em estado de elevação. Citemos um exemplo para que possamos
entender melhor o que estamos estudando.
Tomando o exemplo de Dr. Sérgio Felipe, como seja o ambiente do lar, sobre o
qual podemos dizer que é um ambiente complexo, e que pode nos servir de
referência. Primeiramente sabemos que uma casa ou um lar, não é formado só
pelas paredes, nem só pelas pessoas que alí se encontram e que dormem debaixo
desse mesmo teto, e nem só pelas coisas que nós vemos com os olhos físicos,
existem muitas coisas circulando pela casa, pelo lar, que nós não vemos.
Primeiramente vamos definir o que seja Umbral. O que significa isso? Podemos entender por Umbral uma
passagem, como por exemplo, o umbral da porta de nossa casa, que é um território de passagem, que me
possibilita passar do exterior para o interior da casa, passar de um ambiente para outro ambiente da casa, como
por exemplo, sair da sala e ir para o quarto, e lá ficar temporariamente. No sentido espiritual, Umbral é um
território de passagem, e está localizado no território de expressão dos nossos pensamentos. Então os nossos
pensamentos e as nossas atitudes, aquelas que não consegue adentrar a espiritualidade de luz, eles adentram o
Umbral, ficam no Umbral, ou seja, ficam naquele território de transição. Então, toda idéia, todo pensamento,
toda emoção, todo conceito, toda atitude, que não é possível chegar até o território de luz, fica nos umbrais, e
isso forma uma massa vibratória onde habita os espíritos de mesma sintonia.
Os espíritos que se encontram nos umbrais, eles se alimentam das atitudes, das emoções, dos pensamentos, das
situações, dos conceitos, enfim, de tudo o que não é possível se levar para o plano de luz, fica aqui no umbral.
As pessoas no mundo espiritual interessadas nesse domínio de atitudes, emoções, pensamentos, situações,
conceitos, os que partiram para o outro lado e estão interessadas nesse domínio, elas ficam no umbral onde
habitam os Espíritos inferiores. O Umbral é uma habitação do território vibratório nosso, criado a partir de
atitudes, emoções, pensamentos, situações e conceitos que não são possíveis levarmos para o plano de luz.
Portanto, seja uma família que viva debaixo do mesmo teto, seja uma pessoa que viva só, o primeiro será um
território de conflitos de convivência, o segundo, conflitos de consciência, onde nós trazemos à tona todos esses
domínios de luz e sombras, e as sombras, por quê? Porque a estrutura vibratória do umbral, intercepta a
estrutura vibratória da nossa casa, do nosso lar, porque nós lidamos com os nossos conflitos, e com isso,
expomos a nossa convivência doméstica a condições difíceis, e as vibrações daí advindas, formam uma camada,
uma plataforma, onde vivem entidades espirituais com a mesma sintonia, que passam a interferir na nossa
mente. Portanto, uma grande parte dos conflitos existentes no lar ocorrem por causa de interferências
espirituais.
Imaginemos o seguinte: todos os dias nós temos que tomar banho, escovar os dentes, pois se não escovar os
dentes todo dia, as bactérias invade o dente, forma a cárie; se não tomarmos banho todo dia, estamos expondo a
nossa pele a infecções provocadas por fungos, portanto, estamos constantemente usando desses recursos para
nos proteger de agentes externos, com o auxílio e informações da medicina e da ciência, mas elas só enxergam
o que verdadeiramente existe para elas, ou seja, só enxergam a natureza humana apenas pelo aspecto físico, sem
atentar para os domínios espirituais, que são a proporção maior daquilo que envolve a nossa vida de relações, e
as nossas percepções. Acontece que a medicina conhece com alguma profundidade, o sistema imunológico que
nos defende quimicamente dos agentes químicos, mas não conhece o sistema imune que nos defenda do âmbito
vibratório.
Portanto, as vezes a pessoa sofre por ingenuidade, por desconhecimento, consequentemente ela não percebe as
situações que ela está envolvida por desconhecer. Sofre e não sabe porque está sofrendo, que nem um caipira
que esteja no meio do mato, amarelo, sofrendo com uma dor de barriga, que ele não sabe de onde vem, e com
fraqueza. São vermes, mas até chegar um médico que o avise do que está acontecendo, e que ele precisa ser
tratado, ele vai continuar sofrendo por causa dos vermes. Então, as interferências de ordem espirituais, elas são
um domínio importante, muito pelo desconhecimento nosso da existência do mundo espiritual e sua relação
com o homem. Antigamente, quando não se conhecia o mundo dos infinitamente pequenos, não se conhecia as
bactérias que provocava infecções, muitas pessoas morreram pela ação delas, hoje nós as conhecemos, mas não
conhecemos as interferências vibratórias espirituais que afetam a nós encarnados e desencarnados. As

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interferências espirituais, elas são um domínio importante, muito mais pelo desconhecimento nosso dessa lei de
sintonia mental e afinidade moral, que regula o relacionamento entre encarnados e desencarnados.
No capítulo XIV do seu livro A Gênese, diz Kardec:
Tem conseqüências de importância capital e direta para os encarnados a ação dos Espíritos sobre os fluidos
espirituais. Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as propriedades, é
evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem
vibrar, modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os
fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável. Os fluidos que envolvem os
Espíritos maus, ou que estes projetam são, portanto, viciados, ao passo que os que recebem a influência dos
bons Espíritos são tão puros quanto o comporta o grau da perfeição moral destes.
Diz ainda Kardec:
"Os meios onde superabundam os maus Espíritos são, pois, impregnados de maus fluidos que o encarnado
absorve pelos poros perispiríticos, como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciais."
Allan Kardec está dizendo que num ambiente repleto de Espíritos maus, estará impregnado de fluidos
deletérios. Isso significa por exemplo: num ambiente onde se está fazendo uso de drogas, sexo desregrado,
como em algumas festas por aí, numa boate, num lugar onde normalmente espíritos menos felizes se satisfaz
com os vapores alcoólicos, com fumaça de cigarros e outras drogas, esses ambientes ficam impregnados de
fluidos deletérios. Ao entrar num ambiente desse, absorvemos toda essa energia, não apenas no corpo físico,
pois um ambiente repleto de fumantes, os nossos pulmões vão ser encharcados de fumaça de cigarro, e não são
fluidos apenas do mundo material, são fluidos também do mundo espiritual, que impregnarão o nosso
perispírito de energias deletérias, energias prejudiciais, que vão nos adoecer energeticamente, e como essas
energias se faz sentir no corpo físico, pode levá-lo a adoecer também.
A figura nos dá uma idéia dos resultados quando estamos envolvidos por eflúvios bons, resulta em estado de
saúde, de harmonia, de paz. Contrariamente quando estamos envolvidos por eflúvios maus, resulta em doenças,
desarmonia, e desequilíbrio. Kardec diz: "O perispírito dos encarnados por ser de natureza idêntica a dos
fluidos espirituais, os assimila como uma esponja. Se os fluidos do ambiente são de boa natureza a
impressão é salutar, caso contrário é penosa. Esses fluidos atuando sobre o
perispírito são transmitidos para o corpo físico, gerando saúde ou doença."
No item 19, do capítulo XIV, de A Gênese, Allan Kardec diz:
"Assim se explicam os efeitos que se produzem nos lugares de reunião. Uma
assembléia é um foco de irradiação de pensamentos diversos. É como uma
orquestra um coro de pensamentos onde cada um emite uma nota. Resulta
daí uma multiplicidade de correntes e de eflúvios fluídicos cuja impressão
cada um recebe pelo sentido espiritual, como num coro musical cada um
recebe a impressão dos sons pelo sentido da audição."
Se vamos a um centro espírita sério, ou a uma reunião espírita séria, bem orientados, onde a Doutrina Espírita é
levada a efeito, conforme os ditames do Espírito de Verdade, o que vai acontecer? Vamos encontrar pessoas
que apesar de serem imperfeitas, estão voltadas para a pratica do bem, da caridade que é o exercício do amor,
estão trabalhando alí, buscando domar suas más inclinações, buscando um maior equilíbrio. Os fluidos emitidos
por essa assembléia, são fluidos salutares, só pelo fato de entrarmos num ambiente desses, já sentimos um bem-
estar, e é isso que levam as pessoas que o adentra dizer: estou sentindo um bem-estar enorme, uma harmonia,
cheguei ruim, mas já estou me sentido bem melhor. Por que acontece isso? Exatamente porque o conjunto dos
indivíduos que alí estão, estão buscando o bem comum, e consequentemente os fluidos emitidos são salutares.
Ele continua dizendo: "Mas, do mesmo modo que há radiações sonoras harmoniosas ou dissonantes,
também há pensamentos harmônicos ou discordantes. Se o conjunto é harmonioso, agradável é a impressão,
penosa se aquele é discordante. Ora, para isso, não se faz mister que o pensamento se exteriorize por
palavras; quer ele se externe, quer não, a irradiação existe sempre."
Esclarecendo ainda mais, Kardec diz que pode existir situações discordantes, e não há necessidade de se
exteriorizar em palavra, se as pessoas que formam aquele ambiente cultivam pensamentos discordantes mesmo
que ocultos, os efeitos serão perniciosos, e vamos sentir um peso, um mal-estar.
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Kardec continua dizendo:
"Tal a causa da satisfação que se experimenta numa reunião simpática, animada de pensamentos bons e
benévolos. Envolve-á uma como salubre atmosfera moral onde se respira à vontade; sai-se reconfortado dalí
porque impregnado de salutares eflúvios fluídicos. Basta, porém, que se lhe misturem alguns pensamentos
maus para produzirem o efeito de uma corrente de ar gelado num meio tépido, ou o de uma nota desafinada
num concerto."
Portanto, num ambiente onde as pessoas estão cultivando pensamentos bons, benévolos, como disse Kardec, se
forma "uma salubre atmosfera moral onde se respira à vontade", que nos satisfazem a alma. Diferentemente
acontece num ambiente pernicioso, onde há predominância de pensamentos maus, passamos a nos sentir mau.
Se em um ambiente onde existe boas emissões mentais, entrar alguém emitindo maus pensamentos, acontece
como o mesmo que numa orquestra, quando alguém desafina uma nota, é imediatamente percebida pelos
demais músicos, que permanecem no rítmo. O mesmo acontece numa reunião, em que todos estão com os
pensamentos elevados, identificam a presença do pensamento contrários, e permanecem firmes, e com isso,
anula as energias ruins emitidas pelos maus pensamentos.
Kardec diz mais:
"Desse modo também se explica a ansiedade, o indefinível mal-estar que se experimenta numa reunião
antipática, onde malévolos pensamentos provocam correntes de fluido nauseabundo."
Chama-nos atenção o termo usado por Kardec, "correntes de fluidos nauseabundos", onde há o cultivo de
pensamentos malévolos. O que significa isso? Não é só pensamentos de matar, destruir pessoas, mas um
pensamento sensualista, onde alguém quer usar outra pessoa para ter prazer. Por exemplo, em algumas festas
que ocorrem por aí, onde há predominância do fumo, drogas, álcool, sexo desregrado,
produz correntes de fluidos nauseabundos, inclusive se uma pessoa sensível adentrar
esse ambiente, ela pode ter problemas sérios. Agora para aquele que está acostumado
com esses fluidos, se sentirá "bem", é um bem-estar próprio do sensualismo, mas que
numa pessoa comum, normal, vai produzir muita ansiedade, muito mal-estar.
No capítulo XIV item 20, de A Gênese, Kardec diz:
"O pensamento portanto produz uma espécie de efeito físico que reage sobre o moral,
fato este que só o Espiritismo podia tornar compreensível. O homem o sente
instintivamente visto que procura as reuniões homogêneas e simpáticas onde sabe que pode haurir novas
forças morais, podendo-se dizer que em tais reuniões ele recupera as perdas fluídicas que sofre todos os dias
pela irradiação do pensamento, como recupera, por meio dos alimentos as perdas do corpo material."
Allan Kardec diz que quando a pessoa está realmente buscando o equilíbrio, vai procurar em ambientes onde
estão pessoas que se orientam na direção do bem, onde os fluidos sejam salutares, e aí se alimentar desses
fluidos. É isso o que acontece num grupo espírita sério, onde as pessoas estão buscando reviver o evangelho de
Jesus em Espírito e Verdade. Alí vão se sentir muito bem, vão se alimentar espiritualmente, diferentemente
acontece se o grupo espírita é mal assistido, se sentirão extremamente opresso, ansiosos, perturbados.
Continua Kardec:
"É que, com efeito, o pensamento é uma emissão que ocasiona perda real de fluidos espirituais e,
conseguintemente, de fluidos materiais, de maneira tal que o homem precisa retemperar-se com os eflúvios
que recebe do exterior."
Kardec diz que existe um processo de desgaste do ser. Quando estamos atuando, nós pensamos, e com isso
gastando os fluidos vitais, os próprios fluidos espirituais, e consequentemente precisamos de absorver fluidos
do exterior, nos ambientes salutares, e nós não costumamos fazer isso, não temos o hábito de buscar ambientes
salutares, nem de emitir por nós mesmos pensamentos salutares, aí vamos nos desvitalizando, vamos nos
prejudicando física e emocionalmente, e as doenças são consequência disso. Portanto, Kardec está falando de
saúde num nível mais profundo, para nos habituarmos aos ambiente que forneçam fluidos salutares propícios a
esse retemperamento. A figura mostra que, onde todos pensam no bem comum, os fluidos são salutares, e onde
há desunião e jogos de interesses, os eflúvios são deletérios, e as pessoas que estão
convivendo naquele ambiente, vão ter realmente, muitos problemas de saúde.
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Então, "O Espírito encarnado assimila as energias do ambiente coletivo em que está atuando. As
assembléias onde todos estão reunidos buscando o bem comum produzem fluidos salutares, bem diverso
daquelas onde há jogos de interesse".
Quer dizer, qualquer assembléia, onde se reúnam pessoas com interesse no bem comum, o resultado vai ser
sempre salutar, contrariamente será, onde haja jogos de interesse, desunião, e uma série de questões, como seja
um levar vantagem sobre o outro, vai haver toda uma emanação de fluidos maus que vão impregnar as pessoas
e torná-las doente.
Em A Gênese capítulo XIV item 21, Allan Kardec diz:
"Dir-se-á que se podem evitar os homens sabidamente mal-intencionados. É fora de dúvida; mas, como
fugiremos à influência dos maus Espíritos que pululam em torno de nós e por toda parte se insinuam, sem
serem vistos?"
Allan Kardec está dizendo que entre os encarnados nós podemos escolher as nossas companhias e os ambientes
para frequentar, como por exemplo, ir ao centro espírita ou ir a uma festa rave. E quanto aos desencarnados?
Como podemos nos livrar da ação dos maus espíritos. Sabemos que nos ambientes salutares os maus espíritos
não conseguem penetrar com facilidade, só se tiverem permissão para isso, agora em ambientes coletivos, na
rua por exemplo, ou em locais onde não há uma proteção, nós vamos ter a ação dos maus espíritos. Então, como
podemos evitar essa ação? Allan Kardec diz:
"O meio é muito simples, porque depende da vontade do homem, que traz consigo o necessário preservativo.
Os fluidos se combinam pela semelhança de suas naturezas; os dessemelhantes se repelem; há
incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o óleo e a água."
Segundo Kardec é muito simples, se buscando o bem, se estamos sintonizado como o bem, não vamos nos
impregnar dos fluidos maus, portanto, depende de nós. Dando continuidade a leitura do texto, ele explica
melhor.
"(...) O perispírito, portanto, é uma couraça a que se deve dar a melhor têmpera possível. Ora, como as suas
qualidades guardam relação com as da alma, importa se trabalhe por melhorá-la, pois que são as
imperfeições da alma que atraem os Espíritos maus."
Então se constantemente buscamos o bem em ambientes salutares, não precisamos
temer o mal, agora se buscamos ambientes desequilibrados, impregnados de
pensamentos desequilibrados, certamente vamos cair em muitas armadilhas próprias
para pessoas nesse nível. A figura mostra exatamente o que acontece com a pessoa
voltada para o bem, ela cria uma espécie de couraça em torno do seu perispírito,
fazendo com que ela repila as energias deletérias, que porventura algum espírito mau
queira envolvê-la. Então, "Quando há uma ação dos maus espíritos sobre uma
pessoa com bons sentimentos, esses sentimentos criam uma couraça no perispírito
que repele a ação maléfica."
Portanto não temos o que temer, o importante é cuidar de nós mesmos, exercer a
vigilância e a oração, não se preocupar com os Espíritos maus, mas desenvolver o bem em nós mesmos. Essa é
a chave para que possamos realmente desenvolver um estado de bem-estar. No Prefacio do capítulo intitulado
"Para Afastar os Maus Espíritos," no Evangelho Segundo o Espiritismo, Kardec diz:
"Os maus Espíritos somente procuram os lugares onde encontrem possibilidades de dar expansão à sua
perversidade. Para os afastar, não basta pedir-lhes, nem mesmo ordenar-lhes que se vão; é preciso que o
homem elimine de si o que os atrai. Os Espíritos maus farejam as chagas da alma, como as moscas farejam
as chagas do corpo. Assim como se limpa o corpo, para evitar a bicheira, também se deve limpar de suas
impurezas a alma, para evitar os maus Espíritos. Vivendo num mundo onde estes pululam, nem sempre as
boas qualidades do coração nos põem a salvo de suas tentativas; dão, entretanto, forças para que lhes
resistamos."
Qualquer um de nós podemos ser alvo de ataques de energias humanas negativas, porque infelizmente nem
sempre sabemos quais são os sentimentos e os pensamentos que as pessoas com quem nos relacionamos, e que
nos rodeiam, alimentam em relação a nós. Nenhum de nós estamos livres da inveja, do ciúme, da maledicência,

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