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Estudos Dirigidos

O Corpo Mental
Voltamos com o
nosso assunto...

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O Corpo Mental
Vamos dar uma olhada no
livro “Nosso Lar”.

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O Corpo Mental
Vejam a situação, e observem o que é
visto “gravados” em volta do corpo
espiritual de uma senhora.

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Logo após às vinte e uma horas, chegou alguém dos fundos do enorme
parque. Era um homenzinho de semblante singular, evidenciando a
condição de trabalhador humilde. Narcisa recebeu-o com gentileza,
perguntando:
– Que há, Justino? Qual é a sua mensagem?
O operário, que integrava o corpo de sentinelas das Câmaras de Retifi-
cação, respondeu, aflito:
Capítulo 31
– Venho participar que uma infeliz mulher está pedindo socorro, no Vampiro

grande portão que dá para os campos de cultura. Creio tenha passado


despercebida aos vigilantes das primeiras linhas.
– E por que não a atendeu? – interrogou a enfermeira.
O servidor fez um gesto de escrúpulo e explicou:
– Segundo as ordens que nos regem, não pude fazê-lo, porque a pobrezinha está rodeada
de pontos negros.
– Que me diz? – revidou Narcisa, assustada.
CONTINUA
– Sim, senhora.
– Então, o caso é muito grave.
Curioso, segui a enfermeira, através do campo enluarado. A distân-cia
não era pequena. Lado a lado, via-se o arvoredo tranquilo do par-que
muito extenso, agitado pelo vento caricioso. Havíamos percorrido mais
de um quilômetro, quando atingimos a grande cancela a que se referira
o trabalhador.
Capítulo 31
Deparou-se-nos, então, a miserável figura da mulher que implorava Vampiro

socorro do outro lado. Nada vi, senão o vulto da infeliz, coberta de


andrajos, rosto horrendo e pernas em chaga viva; mas Narcisa parecia
divisar outros detalhes, imperceptíveis ao meu olhar, dado o assombro
que estampou na fisionomia, ordinariamente calma.
– Filhos de Deus – bradou a mendiga ao avistar-nos –, dai-me abrigo à alma cansada!
Onde está o paraíso dos eleitos, para que eu possa fruir a paz desejada.
Aquela voz lamuriosa sensibilizava-me o coração. Narcisa, por sua vez, mostrava-se como-
vida, mas falou em tom confidencial: CONTINUA
– Não está vendo os pontos negros?
– Não – respondi.
– Sua visão espiritual ainda não está suficientemente educada.
E, depois de ligeira pausa, continuou:
– Se estivesse em minhas mãos, abriria imediatamente a nossa porta;
mas, quando se trata de criaturas nestas condições, nada posso resol-
ver por mim mesma. Preciso recorrer ao Vigilante-Chefe, em serviço. Capítulo 31
Vampiro
Assim dizendo, aproximou-se da infeliz e informou, em tom fraterno:
– Faça o obséquio de esperar alguns minutos.
Voltamos apressadamente ao interior. Pela primeira vez, entrei em contato com o diretor
das sentinelas das Câmaras de Retificação. Narcisa apresentou-me e notificou-lhe a ocor-
rência. Ele esboçou um gesto significativo e ajuntou:
– Fez muito bem, comunicando-me o fato. Vamos até lá.
Dirigimo-nos os três para o local indicado.
CONTINUA
Chegados à cancela, o Irmão Paulo, orientador dos vigilantes, exami-
nou atentamente a recém-chegada do Umbral, e disse:
– Está mulher, por enquanto, não pode receber nosso socorro. Trata-se
de um dos mais fortes vampiros que tenho visto até hoje. É preciso en-
tregá-la à própria sorte.
Senti-me escandalizado. Não seria faltar aos deveres cristãos abando-
nar aquela sofredora ao azar do caminho? Narcisa, que me pareceu Capítulo 31
Vampiro
compartilhar da mesma impressão, adiantou-se suplicante:
– Mas, Irmão Paulo, não há um meio de acolhermos essa miserável criatura nas Câmaras?
– Permitir essa providência – esclareceu ele –, seria trair minha função de vigilante.
E indicando a mendiga que esperava a decisão, a gritar impaciente, exclamou para a
enfermeira:
– Já notou, Narcisa, alguma coisa além dos pontos negros?
Agora, era minha instrutora de serviço que respondia negativamente.
CONTINUA
– Pois vejo mais – respondeu o Vigilante-Chefe.
Baixando o tom de voz, recomendou:
– Conte as manchas pretas.
Narcisa fixou o olhar na infeliz e respondeu, após alguns instantes:
– Cinqüenta e oito.
O Irmão Paulo, com a paciência dos que sabem esclarecer com amor,
explicou: Capítulo 31
Vampiro

– Esses pontos escuros representam cinquenta e oito crianças assassinadas ao nascerem.


Em cada mancha vejo a imagem mental de uma criancinha aniquilada, umas por golpes
esmagadores, outras por asfixia. Essa desventura da criatura foi profissional de ginecolo-
gia. A pretexto de aliviar consciências alheias, entregava-se a crimes nefandos, explorando
a infelicidade de jovens inexperientes. A situação dela é pior que a dos suicidas e homici-
das, que, por vezes, apresentam atenuantes de vulto.
Recordei, assombrado, os processos da medicina, em que muitas vezes enxergara, de perto,
a necessidade da eliminação de nascituros para salvar o organismo materno, nas ocasiões
perigosas; mas, lendo-me o pensamento, o Irmão Paulo acrescentou: CONTINUA
– Não falo aqui de providências legítimas, que constituem aspectos das
provações redentoras, refiro-me ao crime de assassinar os que come-
çam a trajetória na experiência terrestre, com o direito sublime da vida.
Mais adiante o Irmão Paulo pergunta àquela senhora:
– Por que razão tantas vezes cortou a vida a entezinhos frágeis, que iam
à luta com a permissão de Deus?
Ouvindo-o, inquieta, ela exibiu terrível carantonha de ódio e bradou:
Capítulo 31
– Quem me atribui essa infâmia? Minha consciência está tranquila, Vampiro

canalha!... Empreguei a existência auxiliando a maternidade na Terra.


Fui caridosa e crente, boa e pura...
– Não é isso que se observa na fotografia viva dos seus pensamentos e atos. Creio que a
irmã ainda não recebeu, nem mesmo o benefício do remorso. Quando abrir sua alma às
bênçãos de Deus, reconhecendo as necessidades próprias, então, volte até aqui.
E...
E, endereçando-nos dardejante olhar de extrema cólera, perdeu o aspecto de enferma am-
bulante, retirando-se a passo firme, como quem permanece absolutamente senhor de si.
CONTINUA
Então, o Irmão Paulo, finaliza, dizendo:
– É imprescindível tomar cuidado com as boas ou más aparências.
Naturalmente, a infeliz será atendida alhures pela Bondade Divina,
mas, por princípio de caridade legítima, na posição em que me encon-
tro, não lhe poderia abrir nossas portas.

Capítulo 31
Vampiro

FIM
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O Corpo Mental
Observe que André Luiz não conseguiu ver as manchas
negras. E Narcisa, apesar de ver essas manchas, pontos
negros, não conseguiu ver além disso.

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O Corpo Mental
Já Paulo, o Vigilante-Chefe, conseguiu ver além dos
pontos negros, as imagens mentais, dos abortos
criminosos, realizados pela mulher. Será porque
estava em volta num corpo/campo mais sutil?
Como no corpo mental?

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Diz ainda Paulo, para aquela senhora, que, viu todas
aquelas imagens através de sua própria “fotografia
viva dos pensamentos e atos”. Estudaremos este
assunto quando tratarmos sobre o pensamento.

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E se você observou bem destacamos um
trecho onde André Luiz diz que o Irmão Paulo
lê seu pensamento. Para ser mais exato ele diz
“lendo-me o pensamento”.

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O Corpo Mental
Você vai observar na leitura do livro Nosso Lar que em várias
situações isso acontece muito. Ou seja, alguns espíritos
“leem/veem” o pensamento das pessoas. Este será um
assunto também abordado no estudo sobre o pensamento.

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Corpo Espiritual

Estudos Dirigidos “(...) atingindo a maioridade moral pelo


raciocínio, cabe a nós mesmos aprimorar-
lhe as manifestações e enriquecer-lhe os
atributos, porque todos os nossos
O Corpo Mental
Veja, ao lado, o que Emmanuel nos
fala, em sua anotação, a respeito da
sentimentos e pensamentos, palavras e
importância do livro, de André Luiz,
“Evolução em Dois Mundos”. Onde o
obras, nele se refletem, gerando
mesmo vem salientar sobre a nossa consequências felizes ou infelizes, pelas
responsabilidade perante o nosso
corpo espiritual. quais entramos na intimidade da luz ou
da sombra, da alegria ou do sofrimento.” Anotação

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O Corpo Mental
Vamos falar um pouco
sobre a matéria que
envolve o corpo mental.

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“Como alicerce vivo de todas as realizações nos
planos físico e extrafísico, encontramos o
pensamento por agente essencial.”
“Entretanto, ele ainda é matéria, – a matéria
mental, em que as leis de formação das cargas
magnéticas ou dos sistemas atômicos
prevalecem sob novo sentido, compondo o
maravilhoso mar de energia sutil em que todos
nos achamos submersos e no qual
Capítulo 4 surpreendemos elementos que transcendem o
Matéria Mental
sistema periódico dos elementos químicos
conhecidos no mundo”

FIM
“Assim é que o halo vital ou aura * de cada criatura
permanece tecido de correntes atômicas sutis dos
pensamentos que lhe são próprios ou habituais,
dentro de normas que correspondem à lei dos
“quanta de energia” e aos princípios da mecânica
ondulatória, que lhes imprimem frequência e cor
peculiares.”
“Essas forças, em constantes movimentos
sincrônicos ou estado de agitação pelos impulsos
Capítulo 4 da vontade, estabelecem para cada pessoa uma
Matéria Mental
onda mental própria.”

* Falaremos mais adiante sobre a aura.


FIM
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O Corpo Mental
Você viu que André Luiz chamou esta matéria
de matéria mental e a compara com a nossa
matéria física, composta por seus elementos
básicos como os prótons, elétrons, nêutrons,
fótons, etc, porém a nível mental.

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E é desta matéria que o nosso pensamento
é formado. E, também, é deste fluxo
energético do campo espiritual que
emitimos o mais diversos tipos de onda.

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E como André Luiz nos lembra em seu livro, “esta matéria
mental que nos é própria” está sempre em uma
“agitação constante, plasmando as criações temporárias,
ligadas à nossa necessidade de progresso.”

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Vamos ver agora o que aconteceu
com André Luiz no momento em
que descansava, após uma
madrugada de muito trabalho.

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Nada obstante o convite amável da genitora de Lísias para que voltas-
se a casa por descansar, Tobias pôs à minha disposição um apartamen-
to de repouso, ao lado das Câmaras de Retificação, e aconselhou-me
algum descanso. De fato, sentia grande necessidade do sono. Narcisa
preparou-me o leito com desvelos de irmã.
Recolhido ao quarto confortável e espaçoso, orei ao Senhor da Vida
Capítulo 36
agradecendo-lhe a bênção de ter sido útil. A "proveitosa fadiga" dos que
O Sonho cumprem o dever não me deu ensejo a qualquer vigília desagra-dável.

Daí a instantes, sensações de leveza invadiram-me a alma toda e tive a impressão de ser
arrebatado em pequenino barco, rumando a regiões desconhecidas. Para onde me dirigia?
Impossível responder. A meu lado, um homem silencioso sustinha o leme. E qual criança
que não pode enumerar nem definir as belezas do caminho, deixava-me conduzir sem
exclamações de qualquer natureza, extasiado embora com as magnificências da paisagem.
Parecia-me que a embarcação seguia célere (ligeiro, rápido, veloz), não obstante os movi-
mentos de ascensão (elevação, subida).
CONTINUA
Decorridos minutos, vi-me à frente de um porto maravilhoso, onde
alguém me chamou com especial carinho:
‒ André!... André!...
Desembarquei com precipitação verdadeiramente infantil. Reconhe-
ceria aquela voz entre milhares. Num momento, abraçava minha mãe
em transbordamentos de júbilo.
Capítulo 36
O Sonho Fui conduzido, então, por ela, a prodigioso bosque, onde as flores
eram dotadas de singular propriedade ‒ a de reter a luz, revelando a
festa permanente do perfume e da cor.
Tapetes dourados e luminosos estendiam-se, dessa maneira, sob as grandes árvores
sussurrantes ao vento. Minhas impressões de felicidade e paz eram inexcedíveis. O sonho
não era propriamente qual se verifica na Terra. Eu sabia, perfeitamente, que deixara o
veículo inferior (corpo astral) no apartamento das Câmaras de Retificação, em "Nosso Lar",
e tinha absoluta consciência daquela movimentação em plano diverso. Minhas noções de
espaço e tempo eram exatas. A riqueza de emoções, por sua vez, afirmava-se cada vez mais
intensa. CONTINUA
Após dirigir-me sagrados incentivos espirituais, minha mãe esclareceu
bondosamente:
‒ Muito roguei a Jesus me permitisse a sublime satisfação de ter-te a
meu lado, no teu primeiro dia de serviço útil. Como vês, meu filho, o
trabalho é tônico divino para o coração. (...)

Capítulo 36
E ela continua conversando com André Luiz...
O Sonho

E após o término da conversa...


Minha mãe calou-se enquanto eu enxugava os olhos. Foi então que ela me tomou nos
braços, acariciando-me desveladamente.
Qual o menino que adormece após a lição, perdi a consciência de mim mesmo, para des-
pertar mais tarde nas Câmaras de Retificação, experimentando vigorosas sensações de
alegria.

FIM
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O Corpo Mental
Vejam que relato incrível!

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Vimos que André Luiz descreveu tudo como
se fosse um sonho, porém com uma maior
lucidez, percebendo que havia deixado seu
“veículo inferior” no alojamento.

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O próprio André Luiz
denomina o corpo astral
como um veículo inferior.

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Deixamos então para você a
conclusão do que queremos
mostrar aqui.

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Sabemos que o corpo mental
é conhecido como um corpo
superior, ou melhor, um
veículo superior.

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Seria possível que André Luiz
desdobrou-se a um nível
superior de seus corpos?

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Toda percepção é mental.
(...) por uma questão de costume cristalizado. A médium
pensa(va) ouvir o supervisor (desencarnado), através dos
condutos auditivos, e supõe vê-lo, como se o aparelho foto-
gráfico dos olhos estivesse funcionando em conexão com o
centro da memória, no entanto, isso resulta do hábito. Ainda
Capítulo 12 mesmo no campo de impressões comuns, embora a criatura
Clarividência e
Clariaudiência empregue os ouvidos e os olhos, ela vê e ouve com o cérebro,
e, apesar de o cérebro usar as células do córtex para selecio-
nar os sons e imprimir as imagens, quem vê e ouve, na rea-
lidade, é a mente. Todos os sentidos na esfera fisiológica per-
tencem à alma, que os fixa no corpo carnal, de conformidade
com os princípios estabelecidos para a evolução dos Espíritos
reencarnados na Terra.
FIM
O Assistente Áulus fala para André Luiz e seu amigo Hilário...
“— Em todos os processos medianímicos, não podemos esquecer a má-
quina cerebral como órgão de manifestação da mente.”
“— Bastar-nos-á sucinto exame da vida intra­craniana, onde estão
assentadas as chaves de comunicação entre o mundo mental e o mundo
físico.”
Capítulo 3
“(...) o cérebro (ele examina o cérebro de uma médium) pareceu-nos Equipagem
Mediúnica
poderosa estação radiofônica, reunindo milhares de antenas e condutos,
resistências e ligações de tamanho microscópico, à disposição das células
especializadas em serviços diversos, a funcionarem como detectores e
estimulantes, transformadores e ampliadores da sensação e da idéia,
cujas vibrações fulguravam aí dentro como raios incessantes, iluminan-
do um firmamento minúsculo.”

“(...) a epífise brilhava como pequenino sol azul (...)”


CONTINUA
“(...) reparei admirado os feixes de associação entre as células corticais,
vibrando com a passagem do fluxo magnético do pensamento.”
“(...) é de extrema importância a apreciação dos centros cerebrais, que
representam bases de operação do pensamento e da vontade, que
influem de modo compreensível em todos os fenômenos mediúnicos,
desde a intuição pura à materialização objetiva.”
Capítulo 3
Equipagem
Mediúnica

FIM
(...) toda matéria mental está
revestida de força
plasmadora e exteriorizante.

Capítulo 6.
A Oração.

FIM
Admirava, tomado de profunda impressão, aqueles gráficos numerosos
(eram figurações de órgãos do corpo humano) que se alinhavam, com
absoluta ordem, demonstrando o cuidado espiritual que precede o serviço
de reencarnações, quando o meu amigo ponderou:
– A medicina humana será muito diferente no futuro, quando a Ciência
puder compreender a extensão e complexidade dos fatores mentais no
campo das moléstias do corpo físico. Muito raramente não se encontram Capítulo 12.
Preparação de
as afecções diretamente relacionadas com o psiquismo. Todos os órgãos Experiências.
são subordinados à ascendência moral.
“As preocupações excessivas com os sintomas patológicos aumentam as
enfermidades; as grandes emoções podem curar o corpo ou aniquila-lo. Se
isso pode acontecer na esfera de atividades vulgares das lutas físicas,
imagine o campo enorme de observações que nos oferece o plano
espiritual, para onde se transferem, todos os dias, milhares de almas
desencarnadas, em lamentáveis condições de desequilíbrio da mente.
CONTINUA
“O médico do porvir conhecerá semelhantes verdades e não circunscre-
verá sua ação profissional ao simples fornecimento de indicações técni-
cas, dirigindo-se, muito mais, nos trabalhos curativos, às providências
espirituais, onde o amor cristão represente o maior papel.”

Capítulo 12.
Preparação de
Experiências.

FIM
– Realizamos, há pouco, uma atividade (tratamento) não comum na
área dos fenômenos mediúnicos, conforme o habitual entre os
encarnados. Trata-se de uma experiência específica para distúrbios
profundos, que se fixaram no recesso do perispírito de Ambrósio,
alcançando as delicadas tecelagens mentais do Espírito, que lhe
sofrem as consequências danosas.
“(...) o caso do fenômeno de que foi objeto a Senhora Cravo (médium
que ajudou), observamos que não houve uma incorporação, mas a
Capítulo 12 retransmissão das ideias e pensamentos, no primeiro instante, que
foram fixadas no enfermo desde há muitos anos, quando ele se
encontrava no exercício da mediunidade e começou a sintonizar com
essas Entidades perversas, que o sitiavam.

CONTINUA
“Todas aquelas frases (que ela falava) eram hipnóticas, que lhe foram
direcionadas através dos tempos e se tornaram gravações verbais a se
repetir sem cessar, levando-o ao desespero, à obediência. Esse é um
dos hábeis mecanismos geradores de obsessões, porque o paciente
não tem como deixar de estar em contato interno com os comandos
devastadores, que terminam por dominar-lhe o raciocínio, a vontade,
a emoção...”
Reflexionou um pouco, parecendo coordenar o pensamento, e
Capítulo 12 continuou:
– Trata-se de técnicos desencarnados que dão assistência ininter-
rupta às futuras vítimas que, desabituadas ao exercício dos pensa-
mentos edificantes e felizes, acolhem as induções negativas e preju-
diciais com as quais passam a sintonizar e comprazer-se, em meca-
nismos de fuga da responsabilidade, transferindo sempre culpa e
dever aos outros, que julgam não lhes conferir a importância que se
atribuem.
CONTINUA
– Para esse tipo de manifestação psíquica, torna-se indispensável um
médium muito sensível e portador de elevação espiritual, a fim de
evitar impregnar-se desses miasmas pestilenciais, que se tornam
vibriões mentais e passam a ter vida embora transitória, enquanto
nutridos pelos geradores de energia. Sendo retiradas as frases
perturbadoras, são liberados os centros pensantes, e após um
período de torpor, enquanto se refazem as sinapses perispirituais,
que volvem à normalidade ao largo do tempo, o reequilíbrio volta a
Capítulo 12 instalar-se.
“Desse modo, se tornou dispensável qualquer tipo de esclarecimento, porquanto não se
encontrava em comunicação qualquer Espírito, e sim, as ideias que atormentaram
longamente o desavisado. A atitude do Benfeitor era aquela mesma, desembaraçar a
médium das correntes mentais absorvidas, a fim de que não permanecessem resíduos
mórbidos, enquanto as dissipava com refinada técnica e concentração diluente dos fluidos
perniciosos.”

CONTINUA
Utilizando-se do silêncio natural, indaguei:
– A médium experimentou dores durante o transe, face aos gemidos
e expressões de angústia que exteriorizava?
Paciente e educativo, respondeu:
– No estado de transe sonambúlico, indispensável àquele tipo de
ocorrência, pela falta da consciência alerta, não há qualquer sensação
de dor ou de sofrimento no médium. São os automatismos
Capítulo 12 fisiopsicológicos que produzem os estertores, as contrações e os
gemidos. Devemos, porém, levar em conta, que é necessária a
abnegação por parte do médium que se oferece para esse delicado
mister.
– Tendo em vista a informação, – voltei a indagar – de que se tratavam as fixações
implantadas no perispírito do paciente? Não poderíamos considerar a comunicação como
sendo do corpo mental, conforme designação de alguns espiritualistas do passado e do
presente, que asseveram ser a criatura humana constituída por sete corpos?
CONTINUA
– Poderíamos assim denominar parte do fenômeno – respondeu
com sabedoria – No entanto, a explicação não se aplica à primeira
fase da ocorrência (houve antes deste tratamento uma incorpora-
ção), porque eram as idéias e imagens que foram transmitidas ao
paciente e que ora se exteriorizavam. Naquelas em que havia auto-
reflexão (o tratamento), poderemos considerar como dessa natureza,
por haverem pertencido ao enfermo.

Capítulo 12

“A tese dos sete corpos é muito antiga, e iremos encontrá-la nas revelações primitivas do
pensamento indiano, mais tarde renovadas por Buda e, através dos tempos, por diversas
outras doutrinas como a Rosacruz, a Teosofia, etc. Alguns estudiosos desse conceito,
tentando negar a comunicação dos Espíritos desencarnados, recorrem à velha tese da
mitologia chinesa sobre as almas errantes, que permanecem em volta da Terra, para dizer
que são esses cascões mentais que se manifestam, enquanto outros apelam para o corpo
mental, na condição de condensação de resíduos do pensamento que envolvem o corpo
astral... CONTINUA
“Preferimos a tese espírita, conforme a desenvolveu o eminente
Codificador Allan Kardec que, no perispírito, situa recursos ainda
não detectados e que serão a chave para decifrar inúmeros
problemas que dizem respeito ao ser humano, à vida na Terra...
“Face à plasticidade de que é portador, o perispírito assimila os
pensamentos que são elaborados pelo Espírito, condensando-os e
dando lugar às construções que são do particular agrado do seu
agente. Eis porque as deformações, que experimentam muitas
Capítulo 12
Entidades, decorrem das próprias elaborações mentais, quando não
são ampliadas por processos hipnóticos de companheiros perversos,
que os obsidiam, e o fazem porque encontram campo propício às
induções perniciosas.
“Foi o Dr. Hyppolite Baraduc, o nobre médico francês, que se dedicou à pesquisa do duplo
etéreo, quem denominou essa emanação da mente, que pôde fotografar, por corpo mental.
Trata-se, naturalmente, de um delicado envoltório, qual ocorre com o perispírito em relação
ao Espírito.
CONTINUA
“A grande verdade é – arrematou com um sorriso – que somos aqui-
lo que cultivamos mentalmente, abrindo espaço a sintonias corres-
pondentes. Não foi por outra razão que o Mestre galileu nos advertiu:
– A cada um conforme suas obras, que são decorrência natural dos
seus pensamentos.”

Capítulo 12

As atividades que haviam sido realizadas traziam como meta


libertar o paciente das sucessivas camadas mentais deletérias nas
quais se envolveu, realizando-se o processo de fora para dentro, a
fim de que, ao despertar para a realidade lúcida passe a operar a
transformação no sentido inverso: do interior para o exterior.

Capítulo 13
FIM
“(...) A memória é um disco vivo
e milagroso. Fotografa as imagens
de nossas ações e recolhe o som
de quanto falamos e ouvimos...
Por intermédio dela, somos
condenados ou absolvidos,
dentro de nós mesmos.”
Capítulo 11
Valiosa experiência.

FIM
Estudos Dirigidos
Vamos dar uma
pausa por aqui.

Périclis Roberto
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