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Estudos Dirigidos

O Desdobramento
Vamos falar aqui
sobre o
Desdobramento.

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Estudos Dirigidos
O Desdobramento
Vocês deverão notar que sobre este assunto
utilizam-se de vários termos como: projeção
astral, viagem astral, projeção da consciência,
desdobramento, emancipação da alma,
descoincidência, experiência fora do corpo, etc.

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Os corpos energéticos sutis que se situam além do corpo etérico
encontram-se num nível de existência que poderia ser chamado de
não-físico, não-espacial e não-temporal. E através das extraordinárias
conexões com as nossas contrapartes de energia sutil, por intermédio
da interface físico-etérica acoplada ao sistema de chakras, que ocorre
um continuo fluxo de input energético superior rumo à expressão final
do nosso corpo físico e da nossa consciência. Esses corpos de energia
Capítulo IV
sutil também atuam como múltiplos veículos recipientes para a nossa
consciência móvel.
A projeção astral pode ser vista como uma transferência de consciência, que deixa o
circuito neuronal e a estrutura temporal fixa da realidade do cérebro físico em vigília e vai
para o veículo astral da consciência. Embora muitas pessoas acreditem que o sono seja um
período dedicado exclusivamente aos sonhos, na realidade nossa consciência penetra todas
as noites no corpo astral para excursões e experiências de aprendizado nesse nível. O corpo
físico tem a capacidade de funcionar bastante bem sem a orientação da mente consciente
devido ao extraordinário desenvolvimento evolutivo do nosso sistema nervoso autônomo,
uma espécie de sofisticado piloto automático. FIM
Além da sua perspectiva temporal diferente, a esfera astral, conforme já
mencionamos anteriormente, é também o domínio dos aspectos emo-
cionais da personalidade humana. Por causa disso, frequentemente se
descobre que a consciência do indivíduo pode ocasionalmente assumir
uma orientação mais emocional quando viaja pelos domínios do astral.
Isso também depende de a pessoa estar percorrendo o domínio astral
inferior ou superior, como eles têm sido chamados. O fato de haver via-
jantes percorrendo essas regiões sugere a existência tanto de visitantes Capítulo IV

(turistas) como de habitantes do domínio astral.

FIM
Como dissemos, o período pré-agônico determina por vezes, a projeção
do duplo a distâncias consideráveis.
As inúmeras e bens comprovadas aparições de fantasmas de
moribundos, registradas profusamente nos anais do Espiritismo,
numa universalidade que destrói todas as negativas aprioristas,
constituindo capítulos altamente interessantes para o estudo do
Capítulo VI dinamismo anímico e do mecanismo da morte, ou, mais precisamente,
Experiências de Hector
Durville e de L. Lefranc da desencarnação, filia-se, na maioria dos casos relatados, na
categoria dos fenômenos da projeção e exteriorização dos duplos,
regidos pela identidade de sintonia emocional e afetiva.
Daqui provém o conhecimento supranormal antecipado da
desencarnação de pessoas queridas a distâncias que têm ido, por vezes,
de hemisfério a hemisfério.

FIM
Fenômenos de desdobramento
Sob determinadas circunstâncias, artificiais ou naturais, pode o corpo
astral separar-se do corpo físico, levando com ele todos os outros
envoltórios e o próprio espírito.
Normalmente, isso acontece durante o sono, quando o indivíduo perde
a consciência e as funções vitais são rebaixadas ao mínimo indispen-
sável às trocas metabólicas.
Muitos sensitivos podem se ausentar do corpo com certa facilidade,
Página 69 e 70.
em transe espontâneo. Mas isso pode ocorrer também a pessoas
comuns, em circunstâncias patológicas ou especiais, como choque
emotivo forte, enfraquecimento por moléstias prolongadas, hemorra-
gias volumosas, choques cirúrgicos e outros estados anômalos.
As pessoas vão a lugares distantes, podem descrevê-los, avaliar
seus atos e os alheios, ter sensações físicas, tudo isso no pleno gozo da
consciência ‒ graças à ligação com o cérebro físico, através do
cordão de prata.
FIM
O desdobramento é relativamente fácil, sendo normal que ocor-
ra uma ou outra vez, e de modo espontâneo (sem volição cons-
ciente), no decurso de uma existência.
De hábito, acontece durante o sono, ou no sono hipnótico (indu-
zido por passes magnéticos ou por sugestão) ou no êxtase mís-
tico; também pode ocorrer nos grandes choques emocionais,
choques circulatórios, desmaios, coma, convalescenças de en-
fermidades graves, traumas físicos; pode ser consequência do
uso de narcóticos e aparece também no transe mediúnico; mais
raramente, acontece no estado de vigília, de modo espontâneo, Página 127.

em sensitivos muito vibráteis.

FIM
Estudos Dirigidos
O Desdobramento
Sobre desdobramento vejam o
caso seguinte no livro
“Animismo e Espiritismo”, de
Alexandre Aksakof.

Volume 1 e 2

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“O caso seguinte é edificante, particularmente graças a um concurso
de circunstâncias mui interessantes: o espírito transporta-se a um lu-
gar distante, a um meio absolutamente estranho, e age por interven-
ção de um médium que ali se encontrava. Evidentemente este fato só
tem valor com a condição de sua autenticidade ser garantida, como
tenho todo o fundamento de admiti-lo, sob a fé dos documentos que
Volume 1 e 2 me foram fornecidos.
Capítulo IV
A Hipótese dos Espíritos
“A 21 de Maio de 1866, dia de Pentecostes, Sofia (ela morava em
Viena nessa época) tinha passado toda a manhã no Práter, na Exposi-
ção de Agricultura; voltou para casa muito fatigada e sofrendo de dor
de cabeça. Depois de ter tomado uma refeição à pressa, retirou-se para
seu quarto a fim de repousar.
“”Quando se deitou eram quase 3 horas da tarde. Antes de adormecer, sentiu-se particu-
larmente disposta a desdobrar-se, isto é, “a deixar o corpo e agir independentemente
dele”. As suas pálpebras entorpecidas fecharam-se, e ela se achou transportada
imediata-mente a um quarto que lhe era bem conhecido, pertencente a uma pessoa que ela
conhecia muito bem. CONTINUA
“Viu ali essa pessoa e tentou inutilmente fazer-se ver por ela; Sofia
voltou então ao seu quarto, e sentindo-se ainda com bastante força,
teve a ideia de dirigir-se a casa do Senhor Stratil, sogro de seu
irmão Antônio, com a intenção de fazer-lhe uma surpresa agradável.
“Com a rapidez do pensamento, sentindo-se com liberdade de movi-
mentos, transpôs o espaço, lançando apenas um olhar fugitivo sobre
Volume 1 e 2
Viena e o Wienerberg, e achou-se transportada ao belo país que
Capítulo IV
A Hipótese dos Espíritos circunda a cidade de Moedling; e, ali, viu-se no gabinete do Senhor
Stratil, defronte dele próprio, e do Senhor Gustavo B., a quem muito
estimava e ao qual desejava vivamente dar uma prova palpável da
atividade independente do espírito, pois que ele sempre manifestara
uma atitude céptica a tal respeito.
“Toda entregue à impressão de sua deslocação vertiginosa, e de humor prazenteiro, Sofia
sentia-se admiravelmente bem, não experimentando inquietação nem abatimento. (Farei
observar que sensação análoga de leveza e de bem-estar nota-se geralmente durante o sono
magnético.)
CONTINUA
“Ela se dirigiu diretamente ao Senhor B. e lhe falou em tom ameno e
alegre, quando subitamente despertou (em Viena), em consequên-
cia de um grito que retumbou no quarto vizinho ao seu, onde dor-
miam seus sobrinhos e sobrinhas. Abriu os olhos, profundamente
contrariada, e pouco lhe ficou da conversação que entretivera em
Moedling, e que tinha sido interrompida de maneira tão brusca.
Volume 1 e 2
“Por felicidade o Senhor B. tinha escrito cuidadosamente o diálogo
Capítulo IV
A Hipótese dos Espíritos inteiro. Essa ata, o Senhor Stratil anexou-a à sua coleção de comuni-
cações espíritas. A conversação com Sofia, por conseguinte, tinha
apresentado os caracteres de uma comunicação espírita, dada por
um médium. O relatório seguinte faz parte da ata do Senhor Stratil:
“No dia seguinte, isto é, a 22 de Maio, a jovem Carolina, filha do Senhor Stratil, recebeu
uma carta que lhe enviava (a Viena) seu pai, que estava em Meedling. Entres outras, essa
carta continha as perguntas seguintes: “Como passou Sofia no dia 21 de Maio?
“Que fez ela?
CONTINUA
“Não dormiu nesse dia entre 3 e 4 horas da tarde? Se dormiu, que viu
em sonho?
“A família de Sofia tinha certeza de que ela havia estado deitada du-
rante esse tempo, sofrendo de violenta dor de cabeça, mas ninguém
tinha tido conhecimento do que ela vira em sonho. Antônio interro-
gou sua irmã a tal respeito, sem nada lhe dizer, entretanto, sobre a
Volume 1 e 2
carta que tinha recebido de seu sogro. Contudo, a narração desse
Capítulo IV sonho colocava Sofia em um embaraço evidente: sem perceber onde
A Hipótese dos Espíritos
seu irmão queria chegar com suas perguntas, ela hesitava em dar-lhe
resposta. Respondeu-lhe que se recordava apenas do incidente
principal, a saber: que tinha deixado o corpo e visitado outros lugares;
que não se recordava mais quais fossem.
“E, entretanto, Sofia recordava-se perfeitamente bem de todas as particularidades de
sua primeira visita, mas lhe era desagradável divulgá-las. Quanto à sua segunda visita, ela
tinha perdido a lembrança precisa, por causa de seu brusco despertar, e, apesar do
desejo de dar parte dela a seu irmão, não o pôde.
CONTINUA
“Em consequência das instâncias desse último, ela chegou enfim a
recordar-se de que se tinha achado em companhia de dois senhores,
um velho, o outro moço, e que tinha tido com eles uma conversação
animada; recordava-se de ter experimentado uma impressão desa-
gradável em certo momento, por ter-se achado em desacordo com
esses senhores. (...) ”
Volume 1 e 2

Capítulo IV
A Hipótese dos Espíritos

Não será preciso contar o fato


todo. Queremos apenas com
isso dizer que o
desdobramento já era comum
de acontecer em outras
Todo essa experiência, épocas, e muitos foram
descrito pelo Alexandre documentados e registrados.
Aksakof, e com todos os
detalhes, estão no livro
acima.
FIM
Estudos Dirigidos
“Os fatos que acabamos de citar nada mais fazem, por
conseguinte, do que apresentar um aspecto diferente de um
mesmo fenômeno: a ação intelectual recíproca, proclamada
pelo Espiritismo. Eles nos provam que certos fenômenos

O Desdobramento
muito comuns, tais como as comunicações transmitidas
Terminamos o livro de Alexandre
Aksakof com este trecho dele. pela mesa, pela escrita ou pela palavra, podem,
Mostrando que é possível que efetivamente, ser atribuídas a uma causa que se acha fora
uma pessoa desdobrada possa
comparecer a qualquer local, do médium; que se pode pesquisar essa causa na atividade
como a uma reunião mediúnica,
por exemplo. consciente ou inconsciente de um homem vivo que se acha
fora do recinto onde o círculo está reunido.”

Volume 1 e 2

Capítulo IV
A Hipótese dos Espíritos pericliscb@outlook.com
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O Desdobramento
Realizar os desdobramentos dos corpos astral e mental,
e ter a consciência deles em seus devidos planos só é
possível para aqueles que já alcançaram uma certa
evolução. Ou seja, um espírito pouco evoluído não
conseguirá fazê-lo.

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Desacoplamento dos Corpos

Nestas projeções, ao lado, temos a representação


do desacoplamento dos corpos. Porém apenas
mostrando a separação do físico dos demais
corpos, e também vemos o cordão de prata.

Nas figuras abaixo vemos o desacoplamento


dos corpos astral e mental, e seus respectivos
cordões (cordão de prata e cordão de ouro).

Imagens
Fonte: www.ibbis.org.br
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O Desdobramento
Vamos ver alguns
textos de livros.

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Questão 100. Nota. Enquanto o corpo repousa, o
Espírito se desprende dos laços materiais; fica mais
livre e pode mais facilmente ver os outros Espíritos,
entrando com eles em comunicação. O sonho não é
senão a recordação desse estado. Quando de nada
nos lembramos, diz-se que não sonhamos, mas,
nem por isso a alma deixou de ver e de gozar da sua
liberdade. Aqui (neste capítulo) nos ocupamos
especialmente com as aparições no estado de vigília.

Capítulo VI
Das Manifestações
Visuais

FIM
Em uma palestra no plano espiritual...
Dirigimo-nos aos lugares que nos estavam reservados e permane-
cemos aguardando.
Podíamos notar a presença de muitos companheiros ainda
mergulhados na experiência carnal, convidados que foram para o
incomum acontecimento, assessorados pelos seus Mentores
espirituais que os trouxeram, a fim de que retornassem ao corpo com
Capítulo 2. a memória do evento e das lições que iriam ser oferecidas.

FIM
O trabalho não acontece apenas no centro...
Petitinga, sempre vigilante, advertiu-nos que o Mentor convidava-nos
a segui-lo com o jovem médium em parcial desdobramento pelo
sono, na direção da sala mediúnica da Instituição.

Capítulo 16.

FIM
(...) Enquanto os seguia-mos, explicaram-nos que estavam com a
incumbência de trazer, em desdobramento parcial pelo sono, algu-
mas pessoas da cidade, a fim de que participassem do labor que, logo
mais, teria começo.
Visitamos diversos lares e colaboramos com o desprendimento par-
cial pelo sono fisiológico de quatro cidadãos e duas damas que, em
face de desacostumados com esse tipo de fenômeno, e tendo alguma
dificuldade para liberar-se das fixações do corpo físico, foram
Capítulo 20.
trazidos para o auditório.

Em outro capítulo... O resultado deste trabalho...


De acordo com o grau de lucidez de cada indivíduo que participara
da reunião espiritual, o seu amanhecer foi característico e muito
pessoal.

Capítulo 22.
FIM
Atendendo ao impositivo da hora, o Instrutor convocou-nos ao
serviço de despertamento dos membros do grupo (encarnados e em
desdobramento), ali reunidos, facultando a cada um a percepção
ambiente relativa ao próprio estado psíquico e espiritual.
Cada mente, na condição de fixador e seletor de aptidões, somente
permite ao espírito o que este cultiva e grava nas engrenagens do
perispírito, conseguindo ligeiras conquistas que decorrem da
Capítulo 20
Misericórdia de acréscimo de Nosso Pai, não se podendo permitirem
maiores incursões por ausência de condições psíquicas e energias
encarregadas de produzir-lhes o “peso específico” para movimentar-
se ou permanecer nas diversas faixas vibratórias acima das densas
correntes do corpo somático.

FIM
Voltando de um desdobramento, durante o sono...
Logo que foi possível, acorremos à Casa paroquial onde residia
Mauro (padre pedófilo), a fim de acompanharmos o seu despertar no
corpo físico.
O jovem teve dificuldade de reassumir as funções mentais coordena-
das. Terrível torpor assomara-lhe à consciência, dificultando-lhe o
raciocínio lúcido. Dores musculares mortificavam-no, espalhadas por
todo o corpo, enquanto expressiva debilidade orgânica se lhe
Capítulo 4
apresentava dominadora.
Exalava fluidos deletérios através da expiração ao tempo em que se
encontrava envolvido nos chakras coronário, cerebral e genésico por
densa energia que se evolava pastosa a princípio, desvanecendo-se
paulatinamente.
Ele havia ido, em desdobramento, a uma grande comunidade criada no plano espiritual
totalmente dedicada a perversão sexual...
FIM
Em uma Casa Espírita, pela madrugada a dentro...
Observei que, à medida que as horas avançavam, a Instituição fazia-se
visitada por pessoas de ambos os lados da vida, que vinham receber
atendimento, apresentar solicitações e servir.
Realmente, o sono fisiológico, facultando o parcial desprendimento do
Espírito, não deixa de ser um exercício para a desencarnação.
Bem poucos, senão raros, dentre os encarnados que ali se movimenta- Capítulo 26
Considerações
vam, recordariam das atividades desenvolvidas durante aquele período e Preparativos
de morte da consciência cerebral. Alguns experimentariam sonhos com
caracteres estranhos, algo confusos no conteúdo, sem embargo, perce-
beriam as agradáveis sensações que os seguiriam durante o dia, de-
fluentes dos trabalhos realizados e dos contatos mantidos com os Benfei-
tores Desencarnados. O inverso também sucede, quando a área de ação
transcorre em outros lugares da psicosfera tóxica e de interesses incon-
fessáveis.
FIM
– Sabemos, também, conforme nos
ensina o Espiritismo, que o sono físico
faculta o parcial desprendimento do
Espírito, que não fica inativo. Conforme
os interesses que se acalenta quando em
vigília, no período do repouso orgânico
Capítulo 29
Mecanismos de
cada um prossegue na realização do
Recuperação
que lhe apraz, partindo na direção do
que mais o sensibiliza...

FIM
– Enquanto dorme o corpo – elucidou, seguro – o Espírito desprende-
se parcialmente da matéria, qual encarcerado que anela pela liberdade,
ampliando as suas faculdades, percepções, indo encontrar-se com
pessoas ou em lugares onde gostaria sempre de estar. Nessa situação
toma conhecimento de ocorrências e fatos, registrando impressões de
acontecimentos pouco habituais e participando de atividades próprias
aos sítios nos quais se encontra. Tem oportunidade de trabalhar ao lado
Capítulo 30
dos Benfeitores da Humanidade, pelo progresso pessoal e o da Terra,
Reencontro conforme o próprio grau de adiantamento, nem sempre recordando-se,
Feliz
quando desperta no corpo, das ocorrências e sucessos de que participou.

"Muitos cientistas, artistas e pensadores, que ofereceram ao mundo os contributos valio-sos


para o progresso, aprenderam, antes do berço, quando em Espírito desprendido da
matéria, o que mais tarde se recordam e lutam a fim de realizar. Outras vezes e mesmo nos
casos referidos, quando parcialmente liberados do corpo pelo sono, estudam e laboram em
inventos e produções que depois recompõem na esfera física, auxiliando e promovendo a
evolução da Humanidade. CONTINUA
"O inverso também ocorre, no que diz respeito aos que cultivam as
paixões primitivas, deslocando-se na direção de regiões e mundos
inferiores, moral e intelectualmente, onde dão campo às tendências
grosseiras, aí participando de espetáculos deprimentes e infelizes, nos
quais se comprazem com aqueles que lhes são semelhantes, afins.
"O sono, considerado uma forma de morte breve, propicia aos homens
continuarem em contato com o mundo espiritual donde procedem, de
Capítulo 30 certo modo, recordando-os das suas origens.
Reencontro
Feliz
"Nem sempre, porém, guardamos a consciência do que sonhamos. Seja
porque não nos convenha lembrar, havendo um automático bloqueio
da memória, seja em razão da própria condição material um tanto
grosseira, que nas pessoas menos adestradas impede a lucidez das
ocorrências, entorpecendo-a."

FIM
Um relato dos trabalhos que o Sr. Manoel Philomeno de Miranda
realizava quando ainda estava encarnado, nos trabalhos mediúnicos...
Diversos companheiros encarnados e nós participávamos, em desdo-
bramento parcial pelo sono, das atividades da desobsessão e das in-
cursões no Mundo Espiritual sob o comando de Abnegados Mentores
que nos sustentavam e conduziam, adestrando-nos nas realidades da
vida extracorpórea.
Exórdio Desde vários anos, percebêramos a facilidade com que nos libertáva-
mos parcialmente dos liames carnais, em estado de lucidez, amea-
lhando, desde então, incomparáveis recursos para utilização oportuna.
Quando nos aconteceram as primeiras, experiências dessa ordem, no
labor mediúnico em grupo, retornamos ao corpo conservando intactas
as lembranças, o mesmo acontecendo a diversos membros daquelas
atividades. Como se tornassem cada vez mais complexas as tarefas em
curso, a bondade dos Amigos Espirituais procedeu a conveniente cen-
sura das lembranças, de modo a que a nossa vida material não fosse
afetada pelas recordações de tais realizações.
FIM
Desdobramento
Aproximou-se do médium o mentor e, à maneira do magnetizador co-
mum, impôs-lhe as mãos aplicando-lhe passes de longo circuito.
O médium como que adormeceu devagarinho, inteiriçando-se-lhe os
membros.
Do tórax emanava com abundância um vapor esbranquiçado que, em se
acumulando à feição de uma nuvem, depressa se transformou, à esquer- Capítulo 11
Desdobramento
da do corpo denso, numa duplicata do médium, em tamanho ligeira- em Serviço
mente maior.
Nosso amigo como que se revelava mais desenvolvido, apresentando todas as particulari-
dades de sua forma física, apreciavelmente dilatadas.
(...) era submetido o medianeiro a delicada intervenção magnética (pelo mentor) (...)
O médium, assim desligado do veículo carnal, afastou-se dois passos, deixando ver o cor-
dão vaporoso que o prendia ao campo somático.
CONTINUA
Enquanto o equipamento fisiológico descansava, imóvel, o médium,
tateante e assombrado, surgia, junto de nós, numa cópia estranha de si
mesmo. porquanto, além de maior em sua configuração exterior, apre-
sentava-se azulada à direita e alaranjada à esquerda.
Tentou movimentar-se, contudo, parecia sentir-se pesado e inquieto...
O mentor renovou as operações magnéticas e o médium, desdobrado,
recuou, como que se justapondo novamente ao corpo físico. Capítulo 11
Desdobramento
Verifiquei, então, que desse contato resultou singular diferença. O corpo em Serviço
carnal engulira, instintivamente, certas faixas de força que imprimiam
manifesta irregularidade ao perispírito, absorvendo-as de maneira
incompreensível para mim.
Desde esse instante, o companheiro, fora do vaso de matéria densa, guardou o porte que
lhe era característico.
Era, agora, bem ele mesmo, sem qualquer deformidade, leve e ágil, embora prosseguisse
encadeado ao envoltório físico pelo laço aeriforme, que parecia mais adelgaçado e mais
luminoso, à medida que o médium-Espírito se movimentava em nosso meio. CONTINUA
Com o auxílio do supervisor, o médium foi convenientemente exte-
riorizado. A principio, seu perispírito ou “corpo astral” estava revestido
com os eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo
de carne, conhecidos aqueles, em seu conjunto, como sendo o “duplo
etérico”, formado por emanações neuropsíquicas que perten-cem ao
campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior
afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração,
tanto quanto ocorre ao instrumento carnal, por ocasião da morte Capítulo 11
Desdobramento
renovadora. (...) em Serviço

Para melhor ajustar-se ao nosso ambiente, o médium devolveu essas energias ao corpo
inerme, garantindo assim o calor indispensável à colmeia celular e desembaraçando-se,
tanto quanto possível, para entrar no serviço que o aguarda.

– Ah! – disse (...) – aqui vemos, desse modo, a exteriorização da sensibilidade!...

CONTINUA
– Sim, se algum pesquisador humano ferisse o espaço em que se situa a
organização perispirítica do nosso amigo, registraria ele, de imediato, a
dor do golpe que se lhe desfechasse, queixando-se disso, através da
língua física, porque, não obstante liberto do vaso somático, prossegue em
comunhão com ele, por intermédio do laço fluídico de ligação.

(...) demonstrando manter segura comunhão com o veículo carnal,


ouvimo-lo dizer através da boca física: Capítulo 11
Desdobramento
– Seguimos por um (...) e narra... (...) qual se o corpo físico lhe fosse um em Serviço
aparelho radiofônico para comunicações a distância (...)

Algum tempo depois...


A voz do médium apagouse-lhe nos lábios e, dai a instantes, vimo-lo regressar, amparado
pelos irmãos que o haviam conduzido, retomando o corpo denso, com naturalidade. Rea-
justando-se, qual se o vaso físico o absorvesse, de inopino, acordou na esfera carnal, na
posse de todas as suas faculdades normais, esfregando os olhos, como quem desperta de
grande sono.”
FIM
Colocando uma senhora para dormir... e desdobrar...
Cuidadosamente, começaram ambos a aplicar-lhe passes sobre a
cabeça, concentrando energia magnética ao longo das células
corticais.
A senhora viu-se presa de branda hipnose, que ela própria atri-
buía ao cansaço e não relutou.

Em breves instantes, deixava o corpo denso na prostração do


sono, vindo ao nosso encontro em desdobramento quase natu-
Capítulo 20
Mediunidade e Oração ral. Não parecia, contudo, tão consciente em nosso plano quanto
seria de desejar.

FIM
Estudos Dirigidos
O Desdobramento
Vamos ver a seguir um relato que
André Luiz faz no livro “Mecanismo da
Mediunidade” sobre um
desdobramento induzido, feito por um
hipnotizador (magnetizador).

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Quem possa observar além do campo físico, reparará, à medida se
afirme a ordem do hipnotizador, que se escapa abundantemente
do tórax do “sujet”, caído em transe, um vapor branquicento que,
em se condensando qual nuvem inesperada, se converte,
habitualmente à esquerda do corpo carnal, numa duplicata
dele próprio, quase sempre em proporções ligeiramente
dilatadas. (ele fala aqui do corpo astral)
Tal seja o potencial mais amplo da vontade que o dirige, o sensi-
Capítulo 21
Desdobramento
tivo, desligado da veste física, passa a movimentar-se e, ausentan-
do-se muita vez do recinto da experiência, atendendo a
determinações recebidas, pode efetuar apontamentos a longa
distância ou transmitir notícias, com vistas a certos fins.

CONTINUA
Seguindo-lhe a excursão, vê-lo-emos, porém, constantemente liga-
do ao corpo somático por fio tenuíssimo, fio este muito superfi-
cialmente comparável, de certo modo, à onda do radar, que pode
vencer imensuráveis distâncias, voltando, inalterável, ao centro
emissor, não obstante sabermos que semelhante confronto resulta
de todo impróprio para o fenômeno que estudamos no campo da
inteligência.
Notemos que aí, enquanto o carro fisiológico se detém, resfole-
Capítulo 21 gante e imóvel, a individualidade real, embora teleguiada, evi-
Desdobramento dencia plena integridade de pensamento, transmitindo, de longe,
avisos e anotações através dos órgãos vocais, em circunstâncias
comparáveis aos implementos do alto-falante, num aparelho
radiofônico.
Esmaecem-se (perdem-se) as impressões nervosas e dorme o
cérebro de carne, mas o coração prossegue ativo, no envoltório
somático, e o pensamento vibra, constante, no cérebro perispirítico.
FIM
Em uma Casa Transitória do plano espiritual...
(...) acercávamo-nos da Casa Transitória, então à nossa vista.
Alcançáramos as vizinhanças do átrio e admirei-me da
movimentação em torno.
Entidades numerosas iam e vinham. Quase todas penetravam a
organização socorrista ou dela saiam, em grupos reduzidos. Velhos
amparavam jovens que me pareciam indecisos, titubeantes. Crian-
ças nimbadas de luz guiavam adultos de rosto sombrio, figurando-
se carinhosos e pequeninos condutores de cegos.
Capítulo 9
O quadro era formoso e enternecedor. Possivelmente, examinando a Louvor e
Gratidão
estranheza que se apossara de mim, adiantou-se a orientadora da
instituição, explicando, atenciosa:
– Nossos amigos da Crosta, parcialmente libertos da carne pela atuação do sono, afluem
até aqui, todas as noites, trazidos por companheiros espirituais, com o fim de receberem
socorros ou avisos necessários. A Casa oferece recursos aos encontros oportunos.
CONTINUA
Não consegui disfarçar a surpresa, ante a cena maravilhosa, con-
templando, embevecido, o cuidado terno dos benfeitores desen-
carnados com todos aqueles que vinham dos círculos terrestres
mais densos. (...)

Capítulo 9
Louvor e
Gratidão

FIM
Em um atendimento a um encarnado que estava sendo obsidiado...
(...) permaneceu Calderaro longos minutos em vigorosas irradiações
magnéticas, que, envolvendo a cabeça e a espinha dorsal do enfermo, se
me afiguraram fortemente repousantes, porque em breve o doente,
antes torturado (em virtude da forte obsessão), se abandonava a sono
tranquilo, como se sorvera suavíssimo anestésico. Dentro em pouco
Capítulo 4
encontrava-se em nosso círculo, temporariamente afastado do veículo
Estudando denso, (...)
o Cérebro
E mais adiante Calderaro pergunta para André Luiz...
– Lembras-te de De Puysegur?
Sim, recordava-me de modo vago. Fez-se em meu cérebro uma livre associação de ideias,
rememorando estudos que levara a efeito sobre certas realizações de Charcot. Não podia,
entretanto, especificar particularidades, porquanto a psiquiatria não fora meu campo
direto de trabalho na medicina.

CONTINUA
Tornou Calderaro, solícito:
– De Puysegur foi dos primeiros magnetistas que encontraram o sono
revelador, em que era possível conversar com o paciente noutro estado
consciencial que não o comum. Desde então, a descoberta impressionou
os psicologistas; com ela, surgia nova terapêutica para tratamento das
moléstias nervosas e mentais. Entretanto, para nós, neste lado da vida,
o fenômeno é corriqueiro: diariamente milhões de pessoas adormecem
Capítulo 4
Estudando
sob a influência magnética de amigos espirituais, a fim de serem
o Cérebro auxiliadas nas resoluções inadiáveis.

FIM
Vejam a observação de André
Luiz, chegando a um salão onde
estava uma assembléia de
estudiosos para uma aula com
o Instrutor Alexandre,
no Plano Espiritual...

Capítulo 9.
Era considerável o número de amigos encarnados, provisoriamente Mediunidade e
libertos do corpo físico através do sono, que se congregavam no vasto Fenômeno.

salão. Em primeiro lugar, junto da mesa diretora, onde Alexandre


assumiu a chefia, instalaram-se os alunos diretos e permanentes do
generoso e sábio instrutor. Distribuíam-se os demais em turmas
sucessivas de segundo plano.
Calculei a assistência de companheiros nessas condições em pouco
mais de cem pessoas, aproximadamente, exceção dos desencarnados
que acorriam até ali em mais vasta expressão. (...)
FIM
Durante o sono, muitas vezes, somos
levados para assistir a essas aulas no Plano
Espiritual, como acontece nesse capítulo.
André Luiz então faz a seguinte pergunta:

– E os irmãos que comparecem – indaguei, curioso –


conservam a recordação integral dos serviços partilhados, de
estudos levados a efeito e observações ouvidas? Capítulo 8.
No Plano dos Sonhos.
Alexandre pensou um momento e considerou:
– Mais tarde, a experiência mostrará a você como é reduzida a capacidade sensorial. O ho-
mem eterno guarda a lembrança completa e conserva consigo todos os ensinamentos,
intensificando-os e valorizando-os, de acordo com o estado evolutivo que lhe é próprio. O
homem físico, entretanto, escravo de limitações necessárias, não pode ir tão longe. O
cérebro de carne, pelas injunções da luta a que o Espírito foi chamado a viver, é aparelho de
potencial reduzido, dependendo muito da iluminação de seu detentor, no que se refere à
fixação de determinadas bênçãos divinas.
CONTINUA
“Desse modo, André, o arquivo de semelhantes reminiscências, no livro
temporário das células cerebrais, é muito diferente nos discípulos entre
si, variando de alma para alma. Entretanto, cabe-me acrescentar que, na
memória de todos os irmãos de boa vontade, permanecerá, de qualquer
modo, o benefício, ainda mesmo que eles, no período de vigília, não
consigam positivar a origem.”
“(...) Em despertando, na Crosta, depois delas (das aulas), os aprendizes Capítulo 8.
experimentam alívio, repouso e esperança, a par da aquisição de novos No Plano dos Sonhos.

valores educativos. É certo que não podem reviver os pormenores, mas


guardarão a essência, sentindo-se revigorados, de inexplicável maneira
para eles, não só a retomar a luta diária no corpo físico, mas também a
beneficiar o próximo e combater, com êxito, as próprias imperfeições.
Seus pensamentos tornam-se mais claros, os sentimentos mais elevados
e as preces mais respeitosas e produtivas, enriquecendo-se-lhes as
observações e trabalhos de cada dia.”

FIM
Alcançáramos a orla do mar, em plena noite.
A movimentação da vida espiritual era aí muito intensa.
Desencarnados de várias procedências reencontravam amigos que
ainda se demoravam na Terra, momentaneamente desligados do
corpo pela anestesia do sono. Dentre esses, porém, salientava-se
grande número de enfermos.
Anciães, mulheres e crianças, em muitos aspectos diferentes,
compareciam ali, sustentados pelos braços de entidades numerosas
Capítulo 5 que os assistiam.
Valiosos
Apontamentos
Conversações edificantes e lamentos doloridos chegavam até nós.
Serviços magnéticos de socorro urgente eram improvisados aqui e além... E o ar,
efetivamente, confrontado ao que respirávamos na área da cidade, era muito diverso.
Brisas refrescantes sopravam de longe, carreando princípios regeneradores e insuflando
em nós delicioso bem estar. (...)

FIM
Estudos Dirigidos
Vamos dar uma
pausa por aqui.

Périclis Roberto
pericliscb@outlook.com

pericliscb@outlook.com

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