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Estudos Dirigidos

O Cordão de Prata e outros Cordõe


Vamos falar aqui sobre
o Cordão de Prata e
outros Cordões.

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Cada célula do corpo espiritual se encontra ligada à célula correspon-
dente do corpo físico; entretanto, quando esses corpos se dissociam
através do desdobramento ou da projeção, os elementos sutis do psi-
cossoma formam uma espécie de apêndice, que é designado cordão de
prata.
Este liga a cabeça física à sua forma astral, e é através dele que a ligação
Capítulo 11 entre ambos os corpos permanece firme – embora, em diversas
Cordão de Prata
ocasiões, os corpos físico e energético estejam dissociados (processos
naturais ou induzidos de desdobramento).

Em sua anatomia o cordão de prata apresenta elasticidade, com densi-


dade e diâmetro variáveis.
Quando se observa sua estrutura junto ao corpo humano, nota-se que é
constituído de vários fios tênues cintilantes.
Capítulo 11
Cordão de Prata
FIM
Estudos Dirigidos
O Cordão de Prata e outros Cordõe
Traremos a seguir uma observação
feita pelo pesquisador Hector Durville
quando desdobrava o corpo etérico,
assunto já abordado anteriormente.

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Hector Durville registrou também que o cordão vital, ligando o corpo
físico do passivo ao seu duplo etérico, era a sede duma circulação:
uma, na parte inferior, mais densa e sombria, indo do corpo físico do
passivo para o duplo, levando-lhe a matéria necessária à sua ativida-
de e ação;
a outra, mais sutil e luminosa, ocupando a parte superior do cordão,
Capítulo VI
vindo do duplo para o corpo físico do passivo, conduzindo as impres-
Experiências de Hector sões que o passivo poderá exprimir através dos órgãos do seu corpo
Durville e de L. Lefranc
físico.
Acrescentaremos (António J. Freire): sendo assim, é fácil explicações a produção e gravi-
dade dos ferimentos hiperfísicos, dos fenômenos de repercussão, e a delicadeza que o
experimentador deve manter, firme e constante, nas manipulações do duplo etérico e em
todos os desdobramentos e projeções da alma humana nos seus elementos componentes.

FIM
Estudos Dirigidos
O Cordão de Prata e outros Cordõe
Observem agora este outro relato de uma
experiência feita também pelo pesquisador Hector
Durville, quando desdobrava o corpo etérico e
descobriu um novo corpo... o corpo astral!

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Reconheceu também, como tinha comprovado anteriormente o coronel de
Rochas, que este fantasma (duplo etérico) era o portador da sensibi-
lidade e da motricidade do passivo a que estava ligado por um cordão de
substância fluídica.
Um dia, Hector Durville, no decurso das suas experiências, reconhecendo
Capítulo VI que o fantasma estava perfeitamente condensado e que todos os esforços
Experiências de Hector
Durville e de L. Lefranc magnéticos que fazia diretamente sobre o passivo nada produziam de
novo e digno de interesse, resolveu continuar a magnetização, não sobre o
passivo, mas diretamente sobre o fantasma.
Pouco depois, o passivo declarava que deste fantasma inicial se exteriorizava em outro de
cores menos vivas que o primeiro, de azul claro no seu conjunto, mas que a sua luminosi-
dade aumentava gradualmente à medida que se ia obscurecendo o fantasma primitivo.
Hector Durville achou-se, pois, em presença de dois fantasmas diferenciados, estando o
segundo ligado ao primeiro por um cordão fluídico, e o primeiro ligado ao corpo físico do
passivo por um cordão também de natureza fluídica e hiper-física.
CONTINUA
Alfinetando e beliscando as zonas concêntricas da exteriorização da
sensibilidade, reconheceu que o fantasma primitivo era insensível,
enquanto que no segundo fantasma dissociado se tinha concentrado toda
a sensibilidade.
Por outro lado, interrogado sobre esta particularidade, o passivo afir-
Capítulo VI mou que o segundo fantasma podia ser projetado a distância sem perigo,
Experiências de Hector
Durville e de L. Lefranc mas que o primeiro, sendo o detentor da força vital, não podia afastar-se
do corpo físico que, sem ele, perecia irremediavelmente.
De fato, quando em seguida se enviou ao longe o segundo fantasma, o primeiro reentrou
no corpo material do passivo, e experiências ulteriores só vieram comprovar a exatidão da
força vital ter por sede o primeiro fantasma.
Era, pois, necessário dar um nome adequado a cada um destes fantasmas para os distin-
guir um do outro. (...)
Neste relato vemos algumas das características que diferenciam os corpos etérico e astral,
como também uma descrição dos cordões fluídicos.
FIM
118. (...) devemos responder imediatamente a uma questão que não
deixará de ser formulada: como pode o corpo viver, enquanto está
ausente o Espírito?
Poderíamos dizer que o corpo vive a vida orgânica, que independe
do Espírito, e a prova é que as plantas vivem e não têm Espírito.
Mas, precisamos acrescentar que, durante a vida, nunca o Espírito
se acha completamente separado do corpo. Do mesmo modo que
alguns médiuns videntes, os Espíritos reconhecem o Espírito de
uma pessoa viva, por um rastro luminoso, que termina no corpo,
fenômeno que absolutamente não se dá quando este está morto,
Capítulo VII.
Da Bicorporeidade
porque, então, a separação é completa. Por meio dessa comuni-
e da Transfiguração cação, entre o Espírito e o corpo, é que aquele recebe aviso, qualquer
que seja a distância a que se ache do segundo, da necessidade que este possa experimentar
da sua presença, caso em que volta ao seu invólucro com a rapidez do relâmpago. Daí
resulta que o corpo não pode morrer durante a ausência do Espírito e que não pode
acontecer que este, ao regressar, encontre fechada a porta, conforme hão dito alguns
romancistas, em histórias compostas para recrear.
FIM
284. 40ª Como, estando ausente do corpo (em desdobramento), o
Espírito é avisado da necessidade da sua presença?
“O Espírito jamais está completamente separado do corpo vivo em
que habita; qualquer que seja a distância a que se transporte, a ele
se conserva ligado por um laço fluídico que serve para chamá-lo,
quando se torne preciso. Esse laço só a morte o rompe.”
Nota. Esse laço fluídico há sido muitas vezes percebido por mé-
diuns videntes. É uma espécie de cauda fosforescente que se perde
no Espaço e na direção do corpo. Alguns Espíritos hão dito que por
Capítulo XXV.
Das Evocações aí é que reconhecem os que ainda se acham presos ao mundo
corporal.

FIM
Um relato de André Luiz na colônia “Nosso Lar”...
Instantes depois, divisei ao longe dois vultos enormes que me impres-
sionaram vivamente. Pareciam dois homens de substância indefinível,
semiluminosa. Dos pés e dos braços pendiam filamentos estranhos, e
da cabeça como que se escapava um longo fio de singulares proporções.
Tive a impressão de identificar dois autênticos fantasmas. Não supor-
tei. Cabelos eriçados, voltei apressadamente ao interior. Inquieto e
amedrontado, expus a Narcisa a ocorrência, notando que ela mal Cap. 33
Curiosas Observações
continha o riso.
– Ora essa, meu amigo – disse, por fim, mostrando bom humor –, não reconheceu aquelas
personagens?
Fundamente desapontado, nada consegui responder, mas Narcisa continuou:
– Também eu, por minha vez, experimentei a mesma surpresa, em outros tempos. Aqueles
são os nossos próprios irmãos da Terra. Trata-se de poderosos espíritos que vivem na car-ne
em missão redentora e podem, como nobres iniciados da Eterna Sabedoria, abandonar o
veículo corpóreo, transitando livremente em nossos planos... CONTINUA
“Os filamentos e fios que observou são singularidades que os diferen-
ciam de nós outros. Não se arreceie, portanto. Os encarnados, que
conseguem atingir estas paragens, são criaturas extraordinariamente
espiritualizadas, apesar de obscuras ou humildes na Terra.”
E mais adiante, D. Laura vai com André Luiz atrás daqueles vultos...
Lobrigava-se (enxergava-se), ainda, a enorme distância, os dois vultos
que se afastavam de "Nosso Lar", tranquilamente.
Cap. 33
A enfermeira contemplou-os, fez um gesto expressivo de reverência e Curiosas Observações

exclamou:
– Estão envolvidos em claridade azul. Devem ser dois mensageiros
muito elevados na esfe-ra carnal, em tarefa que não podemos conhecer.

FIM
Cordão de Prata
“Foi bastante fácil estabelecer a conexão entre o espírito desdobrado
e o corpo físico dele: apenas seguimos o rastro do cordão de prata,
que ligava o espírito ao corpo em repouso. Fio de tessitura finíssima,
estruturado em matéria sutil, formava uma ponte de contato entre o
ser imortal, em corpo astral ou Perispírito, e o corpo. O cordão de prata
estendia-se por quilômetros, atestando a capacidade elástica desse
Página 210.
importante órgão da fisiologia espiritual.”

Cordão de Prata e o Cordão de Ouro


Permanece ligado ao corpo físico e ao duplo etérico através do cordão
de prata. Liga-se, igualmente, ao corpo mental, através do cordão de
ouro, uma espécie de apêndice que o mantém ligado ao mentalsoma,
ou corpo mental.

Capítulo 10
Dimensão Astral
O Corpo Espiritual FIM
Segundo o espírito Joseph Gleber...
Nem todas as pessoas em processo de desdobramento da cons-
ciência conseguem perceber o cordão fluídico que liga o corpo
espiritual ao corpo físico; entretanto, o desconhecimento de sua
existência e de sua atuação pode fazer com que o sensitivo ou
médium confunda algumas situações relacionadas à sua ação com a
atuação de influências espirituais.
Capítulo 11
Cordão de Prata Examinemos esse ponto mais detalhadamente.
Quando o cordão de prata se encontra envolvendo o psicossoma à
semelhança de uma corda que se enrola em torno de alguém, é comum
a pessoa sentir-se sufocada quando em estado de transe.
Este tipo de sensação poderá refletir a situação do cordão de prata, e
não exatamente uma influência espiritual.
Por isso é necessário que o sensitivo conheça algo mais acerca de sua
atuação.
CONTINUA
Psicopatologias ligadas à atuação do cordão de prata, quando se enlaça
no psicossoma ou na cabeça extrafísica:
Sensação de sufoco;
Impressão de que alguém ou alguma coisa está apertando-lhe
a garganta;

Capítulo 11 Insensibilidade na base física com sensação de formigamento;


Cordão de Prata
Hipersensibilidade na região do chacra laríngeo;
Tonteira durante o processo de transe, desdobramento ou
projeção astral;
Sensação de quase-morte.

FIM
O cordão de prata constitui elemento importante
tanto nos casos de morte do corpo físico quanto
nos processo de desdobramento.
No momento da morte física ou desencarne, é
rompido definitivamente, enquanto durante o
processo de desdobramento ou projeção da cons-
ciência encarnada o cordão de prata mantém a
ligação do corpo espiritual com o físico, impedin-
do a morte deste e conservando ambos ligados e
Capítulo 11 em constante comunicação.
Cordão de Prata

FIM
Em um cemitério, Luiz André encontra uma mulher
desencarnada que chorava, soluçava, em cima de sua cova...
Impressionado com os soluços que ouvia em sepulcro próximo, fui irre-
sistivelmente levado a fazer uma observação direta.
Sentada sobre a terra fofa, infeliz mulher desencarnada, aparentando
trinta e seis anos, aproximadamente, mergulhava a cabeça nas mãos,
lastimando-se em tom comovedor.
Capítulo 15
Aprendendo Compadecido, toquei-lhe a espádua (ombro) e interroguei:
Sempre
– Que sente, minha irmã?
– Que sinto? – gritou ela, fixando em mim grandes olhos de louca – não sabe? Oh! o
senhor chama-me irmã... Quem sabe me auxiliará para que minha consciência torne a si
mesma? Se é possível, ajude-me, por piedade! Não sei diferençar o real do ilusório...
Conduziram-me à casa de saúde e entrei neste pesadelo que o senhor está vendo.

CONTINUA
Tentava erguer-se, debalde, e implorava, estendendo-me as mãos:
– Cavalheiro, preciso regressar! Conduza-me, por favor, à minha
residência! Preciso retornar ao meu esposo e ao meu filhinho!... Se este
pesadelo se prolongar, sou capaz de morrer!... Acorde-me, acorde-me!...
– Pobre criatura! – exclamei, distraído de toda a curiosidade, em face
da compaixão que o triste quadro provocava – Ignora que seu corpo
voltou ao leito de cinzas! Não poderá ser útil ao esposo e ao filhinho, em
Capítulo 15
Aprendendo semelhantes condições de desespero.
Sempre
Olhou-me, angustiada, como a desfazer-se em ataque de revolta inútil.
Mas durante a tentativa de diálogo, sem sucesso, a mulher gritava...
– Não posso morrer... Despertem-me! Despertem-me!...
(...) Tentando agarrar-me com as mãos cheias de manchas estranhas, embora não me
alcançasse, gritou estentoricamente (com voz forte):
– Chamem meu marido! Não suporto mais! Estou apodrecendo!... Oh! quem me
despertará?
CONTINUA
Da fúria aflita, passou ao choro humilde, ferindo-me a sensibilidade.
Compreendi, então, que a desventurada sentia todos os fenômenos da
decomposição cadavérica e, examinando-a detidamente, reparei que o
fio singular, sem a luz prateada que o caracterizava em Dimas (outro
recém-desencarnado), pendia-lhe da cabeça. penetrando chão a dentro.
André Luiz pensa em ajudar novamente quando é orientado a não se
afligir...
Capítulo 15 A advertência não me soou bem aos ouvidos. Como não preocupar-me,
Aprendendo
Sempre diante de infortunada mulher que se declarava esposa e mãe? Como
não tentar arrancá-la à perigosa ilusão? Não seria justo consolá-la,
esclarecê-la? Não contive a série de interrogações que me afloraram do
raciocínio à boca.
André Luiz é informado sobre a assistência que é dado aquelas pessoas recém-
desencarnadas, porém...
“(...) Apesar de nosso cuidado, não podemos todavia, esquecer o imperativo de sofrimento
benéfico para todos aqueles que vêm dar até aqui, após deliberado desprezo pelos sublimes
patrimônios da vida humana.” CONTINUA
E continua...
– É inútil – esclareceu o prestimoso guarda, equilibrado nos conheci-
mentos de justiça e seguro na prática, pelo convívio diário com a dor –;
nossa desventurada irmã permanece sob alta desordem emocional.
Completamente louca.
E faz um resumido relato sobre o caso daquela mulher, concluindo...
“(...) e a infortunada combateu ferozmente com a morte, mas foi tarde.
Capítulo 15 Jungida aos despojos por conveniência dela própria, tem primado aqui
Aprendendo
Sempre pela inconformação. Vários amigos visitadores, em custosa tarefa de
benefício aos recém-desencarnados, têm vindo à necrópole, tentando
libertá-la. A pobrezinha, porém, após atravessar existências de sólido
materialismo, não sabe assumir a menor atitude favorável ao estado
receptivo do auxilio superior.
“Exige que o cadáver se reavive e supõe-se em atroz pesadelo, quando nada mais faz senão
agravar a desesperação. Os benfeitores, desse modo, inclinam-se à espera da manifestação
de melhoras íntimas, porque seria perigoso forçar a libertação, pela probabilidade de
entregar-se a infeliz aos malfeitores desencarnados.” CONTINUA
Indiquei, porém o laço fluídico que a ligava ao envoltório sepulto e
observei:
– Vê-se, entretanto, que a mísera experimenta a desintegração do corpo
grosseiro em terríveis tormentos, conservando a impressão de ligamento
com a matéria putrefata. Não teremos recursos para aliviá-la?
Tomei atitude espontânea de quem desejava tentar a medida libertado-
ra e perguntei:
Capítulo 15
Aprendendo – Quem sabe chegou o momento? Não será razoável cortar o grilhão?
Sempre
– Que diz? – objetou, surpreso, o interlocutor – Não, não pode ser!
Temos ordens.
– Porque tamanha exigência? – insisti.

CONTINUA
– Se desatássemos a algema benéfica, ela regressaria, intempestiva, à
residência abandonada, como possessa de revolta, a destruir o que
encontrasse. Não tem direito, como mãe infiel ao dever, de flagelar com a
sua paixão desvairada o corpinho tenro do filho pequenino (que, até o
momento do parto, não queria tê-lo) e, como esposa desatenta às obri-
gações, não pode perturbar o serviço de recomposição psíquica do
companheiro honesto que lhe ofereceu no mundo o que possuía de
Capítulo 15 melhor. É da lei natural que o lavrador colha de conformidade com a
Aprendendo
Sempre
semeadura. Quando acalmar as paixões vulcânicas que lhe consomem a
alma, quando humilhar o coração voluntarioso, de modo a respeitar a
paz dos entes amados que deixou no mundo, então será libertada e
dormirá sono reparador, em estância de paz que nunca falta ao
necessitado reconhecido às bênçãos de Deus.
A lição era dura, mas lógica.
A infortunada criatura, alheia à nossa conversação, prosseguia gritando,
qual demente hospitalizada em prisão dolorosa.
FIM
Em um resgate, no Vale dos Suicidas...
Heitor, entretanto, chamava-nos a atenção, solicitando-nos a ajuda.
Um desvalido sofredor jazia no fundo da gruta e a caridade nos suscita-
va atendê-lo como possível. Este era o motivo do forte cheiro de putre-
fação que sentíamos.
Tratava-se de um espírito recém desencarnado, jungido ao corpo físico
por liames (ligações) perispirituais do qual hauria as emanações imate-
Capítulo 4
Rumo às Cavernas riais da degradação orgânica.
Trouxemo-lo para fora (da gruta) com todo o cuidado que a mobilização demanda nestes
casos. Podíamos agora vê-lo em seu adiantado processo de cadaverização. Sem dúvida um
dos quadros mais tétricos (triste, medonho) de se presenciar no Vale.
A cadaverização acomete os imprevidentes que desencarnam sem o devido preparo para a
existência no Além, acreditando tratar-se o plano físico da única possibilidade da vida.
Ocorre ainda entre os suicidas que não conseguem desvencilhar-se de seu mortuário orgâ-
nico, presenciando em si mesmos os terríveis fenômenos da decomposição.
CONTINUA
* A assimilação dos eflúvios vitais remanescentes do corpo físico não se
conclui, de forma que o cordão fluídico, por onde trafegam os impulsos
comunicantes entre este e o psicossoma, permanece ativado, unindo
ambos em fortes liames e fazendo com que os fenômenos da decompo-
sição sejam sentidos pelo desencarnante.
Em sua grande maioria continuam atados aos seus féretros, até que se
Capítulo 4
esgotem os últimos alvores de suas energias físicas, remanescentes nas
Rumo às Cavernas carnes em decorrência da prematura morte.
Outros são trazidos por imantação a essas paragens, onde permanecem estirados nos
lodaçais purgativos.
Encontrá-los escondidos naquelas covas era raro, daí o nosso assombro. Possivelmente
aquele fora atirado ali por espíritos vampiros com a intenção de ocultá-lo, a fim de seviciá-
lo mais tarde, dominando-o para os seus propósitos indignos.

CONTINUA
É lastimável, mas forçoso é compará-los às feras que ocultam suas
carcaças para as devorar mais tarde, com paciência. Hostes rivais de
entidades vampirescas disputam essas presas imprevidentes com
sofreguidão, cobiçadas por serem fontes de energias vitais preciosas
para seus sustentos. Quais espantalhos vivos, são lânguidos joguetes
nas mãos destes flibusteiros que lhes sugam todas as forças, abando-
nando-os em estado lastimável.
Capítulo 4
Rumo às Cavernas E mais adiante...
Depositamos o infeliz suicida recolhido em nosso caminho sobre uma campa, a fim de
socorrê-lo como possível.
Heitor o examinou mais detidamente, enquanto guardas se aproximavam para observar.
Não havia muito a fazer por ele no momento, a não ser tentar induzi-lo ao sono pro-
fundo, bloqueando-lhe os pálidos resíduos de consciência, a fim de que se desligasse
definitivamente de suas vestes cadavéricas.

CONTINUA
Entretecendo delicadas operações magnéticas, Heitor, adestrado no
hipnagogismo (processo hipnótico de indução ao sono), operava o
tronco encefálico, anestesiando a região talâmica, bloqueando assim o
tráfego dos impulsos que ainda provinham do que lhe restava do dis-
tante corpo físico e cortou-lhe, finalmente, o laço fluídico de retenção
perispiritual.

Capítulo 4 Um forte tremor o sacudiu de chofre e, em breve, assistíamos a sua res-


Rumo às Cavernas piração estertorosa acalmar-se, adquirindo ritmo lento, bastante irre-
gular, denotando que o amigo, graças a Deus, entrava em letargia
profunda. Seus olhos esbugalhados finalmente se cerraram, mostrando
que o terrível pesadelo que o perseguia, pelo menos momentaneamente,
lhe daria sossego...
Sendo encaminhado para a assistência devida...

FIM
Estudos Dirigidos
Vamos dar uma
pausa por aqui.

Périclis Roberto
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