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Estudos Dirigidos

O Médium
Voltamos com o
nosso assunto...

pericliscb@outlook.com
— Nosso amigo — esclareceu o Assistente — procura ajudar aos
nossos companheiros de mediunidade, favorecendo-lhes o campo sen-
sório. Não lhes convêm, por agora, a clarividência e a clariaudiência
demasiado abertas. Na esfera dos Espíritos reencarnados, há que do-
sar observações para que não venhamos a ferir os impositivos da or-
dem. Cada qual de nós deve estar em sua faixa de serviço, fazendo o
melhor ao seu alcance.
Capítulo 12 Imaginemos um aparelho radiofônico terrestre, coletando todas as
Clarividência e
Clariaudiência espécies de onda, em movimento de captação simultânea. O proveito e
a harmonia da transmissão seriam realmente impraticáveis, e não
haveria propósito construtivo na mensagem.
Um médium, pois, não deve demorar-se com todas as solicitações do meio em que se situa,
sob pena de arrojar as suas impressões ao desequilíbrio, a menos quando, por sua própria
evolução, consiga sobrepairar ao campo do trabalho, dominando as influências do meio e
selecionando-as, segundo o elevado critério de quem já consegue orientar-se para o bem e
orientar aqueles que o acompanham.
CONTINUA
As faculdades medianímicas podem ser idênticas em pessoas diversas,
entretanto, cada pessoa tem a sua maneira particular de empregá-las.
Um modelo, em muitas ocasiões, é o mesmo para grande assembleia
de pintores, todavia, cada artista fixá-lo-á na tela a seu modo.

Capítulo 12
Clarividência e
Clariaudiência

FIM
PERGUNTA: — De início, gostaríamos que nos indicásseis qual o mé-
todo mais eficiente para o êxito do desenvolvimento mediúnico ou qual o
processo mais aconselhável para educar o candidato a médium.
RAMATÍS: — Assim como ao futuro acadêmico compete primeiramente
estudar a cartilha primária, a fim de aprender o alfabeto que o creden-
ciará para tentar no futuro os estudos mais complexos da cátedra univer-
sitária, o médium também precisa começar o seu desenvolvimento me-
Capítulo 1 diúnico orientado pelas lições básicas da doutrina espírita. O homem po-
de tornar-se engenheiro, advogado, médico ou magistrado, mas ele sem-
pre terá de começar pela alfabetização. Página 21.
“Assim como seria absurdo pretender alguém candidatar-se a um curso acadêmico, mas
negando-se a alfabetizar-se em primeiro lugar e tentando alcançar o seu objetivo superior
por meio de tentativas empíricas e experimentações confusas, também é absurdidade que o
candidato necessitado do desenvolvimento mediúnico espiritista, despreze as regras e as
normas fundamentais do "Livro dos Médiuns", nas quais Allan Kardec cimentou definiti-
vamente a prática sensata da mediunidade.” Página 23.
FIM
“(...) a mediunidade é uma energia peculiar a
todos, em maior ou menor grau de exteriorização,
energia essa que se encontra subordinada aos
princípios de direção e à lei do uso, tanto quanto
a enxada que pode ser mobilizada para servir ou
Capítulo 15.
ferir, conforme o impulso que a orienta, melho-
Finalmente, o Socorro.
rando sempre, quando em serviço metódico, ou
revestindo-se de ferrugem asfixiante e destrutiva,
quando em constante repouso.”
Sidônio

FIM
—Todos os médicos — asseverou-me,
convicto —, ainda mesmo quando
materialistas de mente impermeável à
fé religiosa, contam com amigos
espirituais que os auxiliam. A saúde
humana é dos mais preciosos dons
Capítulo 10.
Em Aprendizado.
divinos.

FIM
Quanto mais se lhe acentuem o
aperfeiçoamento e a abnegação, a
cultura e o desinteresse, mais se lhe
sutilizam os pensamentos e, com
isso, mais se lhe aguçam as
percepções mediúnicas, que se
elevam a maior demonstração de
Capítulo 18
serviço, de acordo com as suas
Efeitos intelectuais
disposições individuais.

FIM
O SER É UMA CONSCIÊNCIA em estado de evolução permanente.
Dentro do espaço de atuação da inteligência convivem muitas di-
mensões, aguardando serem devassadas pela instrumental idade
psíquica à disposição do espírito em sua própria intimidade.
A mediunidade desponta, nesse contexto, como uma faculdade
própria do ser em evolução, destinada a ser um portal de comuni-
cação entre os diversos planos existenciais.
O fenômeno mediúnico participa da própria natureza do ser e com
ele se desenvolve ao longo de sua trajetória evolutiva, num entrosa- Capítulo 28
Mediunidade e
mento de energias e mentes que se completam no trabalho íntimo Mediunismo

de aperfeiçoamento.

FIM
PERGUNTA: — Quais os fatores mais eficientes para auxiliarem o de-
senvolvimento dos médiuns nos trabalhos espíritas cardecistas?
RAMATÍS: — Desde que o desenvolvimento mediúnico não é ginástica
física, como já dissemos, e seu êxito depende muitíssimo do apuro do
intelecto e do sentimento do médium, é evidente que, além do treino
disciplinado junto à mesa espírita, o candidato a médium deve
procurar incessantemente o seu esclarecimento espiritual.
Capítulo 32. É tempo de extinguir-se o velho tabu de que não tem importância o
Página 298. médium ser analfabeto, desde que ele seja humilde e de boas intenções.
Sem dúvida, há casos em que a mediunidade floresce com desusado sucesso em certas
criaturas incultas e humildes, capazes de cumprir louvavelmente o seu mandato mediúni-
co, porque não se afastam de modo algum da prática evangélica.
No entanto, o médium que, além de possuir bons sentimentos e alimentar propósitos
superiores na sua tarefa mediúnica, ainda for estudioso da doutrina espírita e culto no
trato com outras fontes de educação espiritual do mundo, certamente há de converter mais
facilmente o próximo, quer pela sua humildade afetuosa, quer pela argumentação
intelectual superior. CONTINUA
Nas palestras, conferências, estudos e comunicações mediúnicas no seio
espirítico, os seus responsáveis devem exigir um padrão de conheci-
mento e cultura que não empobreça a divulgação dos postulados
doutrinários em público.

Capítulo 32.
Página 298.

FIM
Forçoso reconhecer, todavia, que a mediunidade, na essência, quanto
a energia elétrica em si mesma, nada tem a ver com os princípios mo-
rais que regem os problemas do destino e do ser.
Dela podem dispor, pela espontaneidade com que se evidencia, sábios
e ignorantes, justos e injustos, expressando-se-lhe, desse modo, a
necessidade de condução reta, quanto a força elétrica exige disci-
plina a fim de auxiliar.
Capítulo 17
Mediunidade
E mais adiante... e Corpo Espiritual

A mediunidade, (...) é faculdade inerente à própria vida e, com todas as suas deficiências e
grandezas, acertos e desacertos, é qual o dom da visão comum, peculiar a todas as criatu-
ras, responsável por tantas glórias e tantos infortúnios na Terra.
Ninguém se lembrará, contudo, de suprimir os olhos, porque milhões de pessoas, à face de
circunstâncias imponderáveis da evolução, deles se tenham valido para perseguir e matar
nas guerras de terror e destruição.

CONTINUA
Urge iluminá-los, orientá-los e esclarecê-los.
Também a mediunidade não requisitará desenvolvimento indiscri-
minado, mas sim, antes de tudo, aprimoramento da personalidade
mediúnica e nobreza de fins, para que o corpo espiritual, modelando
o corpo físico e sustentando-o, possa igualmente erigir-se em filtro
leal das Esferas Superiores, facilitando a ascensão da Humanidade
aos domínios da luz.
Capítulo 17
Mediunidade
e Corpo Espiritual

FIM
(...) indaguei por minha vez se uma associação daquela ordem (médium e
guia) não estaria vinculada a compromissos assumidos pelos médiuns,
antes da reencarnação, ao que o mentor respondeu, prestimoso:”
– Ah! sim, semelhantes serviços não se efetuam sem programa. O acaso é
uma palavra inventada pelos homens para disfarçar o menor esforço. (...)
planejaram a experiência atual, muito antes que ela se envolvesse nos
densos fluidos da vida física. Capítulo 16
“(...) a médium comprometeu-se: isso, porém, não a impediria de cance- Mandato
Mediúnico
lar o contrato de serviço, (...)
“(...) Poderia desejar imprimir novo rumo ao seu idealismo (...), embora
adiando realiza-ções sem as quais não se erguerá livremente do mundo.
“Os orientadores da Espiritualidade procuram companheiros, não escravos.
“O médium digno da missão do auxílio não é um animal subjugado à
canga, mas sim um irmão da Humanidade e um aspirante à Sabedoria.
“Deve trabalhar e estudar por amor...
CONTINUA
“É por isso que muitos começam a jornada e recuam.
“Livres para decidir quanto ao próprio destino, muitas vezes preferem
estagiar com indesejáveis companhias, caindo em temíveis fascinações.
“Iniciam-se com entusiasmo na obra do bem, entretanto, em muitas cir-
cunstâncias dão ouvidos a elementos corruptores que os visitam pelas
brechas da invigilância.
Capítulo 16
“E, assim, tropeçam e se estiram na cupidez, na preguiça, no persona- Mandato
lismo destruidor ou na sexualidade delinquente, transformando-se em Mediúnico

joguetes dos adversários da luz, que lhes vampirizam as forças, aniqui-


lando-lhes as melhores possibilidades.
“Isso é da experiência de todos os tempos e de todos os dias...”

“É sempre mais fácil ao homem comum trabalhar com subalternos ou


iguais, porque, servir ao lado de superiores exige boa-vontade, disciplina,
correção de proceder e firme desejo de melhorar-se.”
FIM
Desenvolvimento Mediúnico – Preparação para Encarnação
“(...) quando o espírito reencarna com determinada tarefa a desempenhar
com relação à mediunidade, seu perispírito passa a ser submetido a uma
natural elevação da freqüência vibratória, e, por conseguinte, o próprio
corpo físico, que reflete as vibrações perispirituais, também é elaborado
com vista às tarefas que desempenhará no futuro, no que se refere à me-
diunidade com Jesus.”
Pág. 136 a 138.
“Dessa forma, podemos entender que aquele que é preparado para
trabalhar tendo inconsciência do fenômeno, dificilmente poderá modifi-
car essas disposições, pois seu organismo foi preparado para tanto.”
(Ter consciência ou não do desdobramento)
“Igualmente, aquele que foi preparado vibratoriamente para ter a consciência deste lado da
vida, quando desdobrado, haverá de manifestar essa consciência no momento propício,
quando seus mentores julgarem necessário, pois traz impressas em seu perispírito as
vibrações necessárias que o habilitarão à consciência nas regiões espirituais.”

CONTINUA
“Mas isso tudo é relativo, pois o homem atual ainda se conserva desprepa-
rado para certas tarefas e, muitas vezes, estar consciente poderá dar ensejo
a dificuldades maiores, devido à falta de preparo de muitos que se
candidatam ao serviço.”

Pág. 136 a 138.

FIM
O Instrutor Albério nos diz:
“... a mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos.”
“... Todos os seres vivos respiram na onda de psiquismo dinâmico que lhes é
peculiar, dentro das dimensões que lhe são características ou na frequên-
cia que lhes é própria.”
“Em mediunidade, portanto, não podemos olvidar o problema da sinto-
nia.” Capítulo 1
Estudando a
“Atraímos os Espíritos que se afinam conosco, tanto quanto somos por eles Mediunidade

atraídos: e se é verdade que cada um de nós somente pode dar conforme o


que tem, é indiscutível que cada um recebe de acordo com aquilo que dá.”
“... cada criatura humana vive no céu ou no inferno que edificou para si
mesmo, nas re entrâncias do coração e da consciência, independentemente
do corpo físico,...”
“Saibamos, assim, cultivar a educação, aprimorando-nos cada dia.”

CONTINUA
“Médiuns somos todos nós, nas linhas de atividade em que nos situamos.”
“É perigoso possuir sem saber usar.”
“Elevemos nosso padrão de conhecimento pelo estudo bem conduzido e
apuremos a qualidade de nossa emoção pelo exercício constante das virtu-
des superiores, se nos propomos recolher a mensagem das Grandes
Almas.”
Capítulo 1
Estudando a
Mediunidade

FIM
Desenvolvimento Mediúnico
Médium Desequilibrado (Obsediado)
“– E se ele desenvolver a mediunidade. Como alguns aconselham, será
que os problemas (processo obsessivo) passarão?”
“– Esse conselho é muito utilizado por pessoas que não têm o conheci-
mento estruturado em bases eminentemente kardecistas, embora em
muitos centros ditos espíritas vejamos constantemente alguns dirigentes
induzirem certas pessoas portadoras de determinados desequilíbrios a Pág. 73 e 74.

desenvolverem a mediunidade. Mas todo o cuidado é pouco. Nesses casos


a prudência aconselha que se faça um tratamento espiritual, com a afir-
mação de valores morais sólidos, a fim de que o companheiro possa se
fortalecer espiritualmente.”
“É um irmão espiritualmente enfermo, e sua mediunidade guarda a
característica de ser atormentada por espíritos que querem se vingar de
um passado em que tiveram experiências em comum.”

CONTINUA
“Não se deve desenvolver algo que está enfermo.”
“É preciso se reequilibrar, para depois se atender ao compromisso as-
sumido na área mediúnica, se é que ele realmente existe.”

Pág. 73 e 74.

FIM
(...) passou por nós uma ambulância, em marcha vagarosa, serenando
forte para abrir caminho.
A frente, ao lado do condutor (do motorista), sentava-se um homem de
grisalhos cabelos a lhe emoldurarem a fisionomia simpática e preocu-
pada. Junto dele, porém, abraçando-o com naturalidade e doçura, uma
entidade em roupagem lirial lhe envolvia a cabeça em suaves e calmantes
irradiações de prateada luz. Capítulo 15
Forças Viciadas
(...) quem será aquele homem tão bem acompanhado?
– Nem tudo é energia viciada no caminho comum (esclareceu o mentor). Deve ser um mé-
dico em alguma tarefa salvacionista.
(...) Deve ser, antes de tudo, um profissional humanitário e generoso que por seus hábitos
de ajudar ao próximo se fez credor do auxílio que recebe. Não lhe bastariam os títulos de
espírita e de médico para reter a influência benéfica de que se faz acompanhar. Para aco-
modar-se tão harmoniosamente com a entidade que o assiste, precisa possuir uma boa
consciência e um coração que irradie paz e fraternidade.
CONTINUA
– É “médium” de abençoados valores humanos, mormente no socorro aos
enfermos, no qual “incorpora” as correntes mentais dos gênios do bem,
consagrados ao amor pelos sofredores da Terra.

Capítulo 15
Forças Viciadas

FIM
Educação Mediúnica
“(...) o período inicial de educação mediúnica sempre se dá sob ações tor-
mentosas. O médium, geralmente, é Espírito endividado em si mesmo,
com vasta cópia de compromisso a resgatar, quanto a desdobrar, trazen-
do matrizes que facultam o acoplamento de mentes perniciosas do além-
túmulo, que o impelem ao trabalho de autoburilamento, quanto ao
exercício da caridade, da paciência e do amor para com os mesmos.”
Capítulo 23
“Além disso, em considerando os seus débitos, vincula-se aos cobradores Trama na Treva

que o não querem perder de vista, sitiando-lhe a casa mental, afligindo-o


com o recurso de um campo precioso e vasto, qual é a percepção me-
diúnica, tentando impedir-lhe o crescimento espiritual, mediante o qual
lograria libertar-se do jugo infeliz. Criam armadilhas, situações difíceis,
predispõem mal aquele que os sofrem, cercam-no de incompreensões,
porque vivem em diferente faixa vibratória, peculiar, diversa aos que não
possuem disposições medianímicas.”

CONTINUA
“É um calvário abençoado a fase inicial do exercício e desdobramento da
mediunidade. Outrossim, esse é o meio de ampliar, desenvolver o trei-
namento do sensitivo, que aprende a discernir o tom psíquico dos que o
acompanham, em espírito, tomando conhecimento das leis dos fluidos e
armando-se de resistência para combater as más inclinações que são os
ímãs a atrair os que se encontram em estado de Erraticidade inferior.”
“Ninguém, no campo da mediunidade nobre, que não experimente esse
Capítulo 23
período de testemunhos silenciosos, em que a oração, o estudo e a medi- Trama na Treva
tação fazem-se indispensáveis para resguardar o iniciante, ao mesmo
tempo pela ação do bem com que se faz respeitado, inclusive, pelos seus
adversários ocultos.”
“Nessa fase, aprende a preservar o silêncio, a discrição, controlando os ímpetos e estados
da alma, de modo a manter a linha do próprio equilíbrio sem as oscilações e variações de
humor que tipificam estado de obsessão simples. Tão habitual se lhe tornará a disciplina
no comportamento, que superará as agressões mais fortes, como não se deixará conhecer
quando nos momentos de maior efusão de bênçãos.”
CONTINUA
“Certamente que, numa ou noutra situação, terá expressões faciais, emo-
cionais diversas, mas não a ponto de viver ou apresentar-se incorpora-
do, em estado de transe fora das horas e das tarefas que assim o exijam.”
“O exercício da mediunidade requer atenção e disciplina íntima, perse-
verança e assiduidade no exercício, estudo cuidadoso da Doutrina, da
faculdade e de si mesmo, a fim de alcançar as finalidades superiores a
que a mesma se destina.”
Capítulo 23
“Quem assim não proceda, poderá ser, vez que outra, instrumento de co- Trama na Treva
municações salutares, por necessidades de emergência, todavia, a Espíri-
to responsável algum, apraz lidar com médiuns levianos, indisciplinados
e vulgares, como é fácil de compreender-se.”
“Qualquer médium que fuja do estudo e do exercício correto das suas faculdades me-
dianímicas, por mais empáfia com que se apresente, encontra-se em período de obsessão,
sob comando equívoco...
“Permanece-lhe, quiçá, a mediunidade para o seu e o escarmento dos que afinem com tal
disposição, no entanto, sob comando maléfico ou simplesmente alienado...”
FIM
Incorporar x Desenvolver a Mediunidade...
Vendo ali as comunicações mediúnicas que se sucediam e a aplicação
dos métodos para o reequilíbrio dos Espíritos, indaguei ao prestimoso
amigo:
– Tenho ouvido comentários, com os quais não concordo, de que os
médiuns nesses Núcleos (não era um centro espírita) desenvolvem as
suas faculdades mais rápida e facilmente do que nas Sociedades e Cen-
Capítulo 12 tros Espíritas, onde se tomam condições essenciais o estudo, as disci-
Confronto de plinas morais e mentais, em justo processo de educação. Qual o funda-
Forças
mento a tal respeito, em razão de ele se estar vulgarizando com ênfase?
– Tenhamos em mente – ripostou com lucidez – que muito é confundido o fenômeno
momentâneo da incorporação com o do desenvolvimento mediúnico.
“O primeiro (fenômeno de incorporação) irrompe nas obsessões e sob determinados
estados de descontrole da personalidade, quando os Espíritos se utilizam desses indiví-
duos em desequilíbrio, enquanto que o desenvolvimento da faculdade conduz a uma
perfeita identificação entre o médium e os comunicantes, sendo aquele o controlador do
fenôme-no ao invés de ser-lhes vítimas inconsequentes. CONTINUA
“Mesmo em nossas atividades, quando ocorrem as manifestações mediú-
nicas desordenadas e violentas, submetemos os aparelhos, que desejam
realmente servir, a rígidos métodos de controle, educação da vontade e
da moral, a fim de mais destramente se entregarem ao mister nos seus
momentos próprios.
“É claro que, num clima psíquico como este no qual nos encontramos,
sob os condicionamentos exteriores do culto em si mesmo, muitas resis-
Capítulo 12 tências culturais e psicológicas do indivíduo sofrem impacto, tombando,
Confronto de
Forças muitas vezes, em escombros... Desarmados nos condicionamentos, os
portadores de mediunidade entram em transe, o que não significa pas-
sem, a partir, desse momento, a apresentar uma faculdade desenvolvi-
da.
“Outrossim, conforme o amigo Miranda já deve ter observado, há outras ocorrências de
transes, não necessariamente mediúnicos, muito conhecidos dos estudiosos da psique e do
comportamento do homem. Carece, pois, de fundamento, aquela afirmação, que resulta de
apressadas e errôneas conclusões.”
CONTINUA
– A mediunidade – aduzi, reconfortado – é faculdade muito delicada,
cuja função se encontra nos recônditos do ser, a expressar-se através de
fenômenos muito complexos, que não pode ser consumida de um para
outro momento.

Capítulo 12
Confronto de
Forças

FIM
"Mediunidade sem sacrifício e ministério do bem sem
renúncia, são adornos da vaidade ou atividade desportiva na
área da fé espírita.” (...)
"A mediunidade, conforme sabemos, exige exercício disciplinado, sin-
tonia com as Esferas Superiores, meditação constante, isto é, vida ínti-
ma ativa e bem direcionada, ao lado do conhecimento do seu meca-
Capítulo 22 nismo e estrutura, de modo a tornar-se faculdade superior da e para a
Reflexões vida.
Salutares

"Quem, portanto, se candidate ao seu ministério, disponha-se, adredemente, ao sacrificio e


aos silêncios homéricos ante os acusadores gratuitos e adversários espontâneos que, além
dos inimigos do Bem, são os invejosos, os competidores malogrados e os censuradores
habituais... O tempo que seria gasto na defesa deverá ser aplicado na perseverança do
trabalho e na auto-iluminação, compreendendo e desculpando os seus opositores, sabendo
que tal lhe acontece porque, além de ser devedor, necessita desses estímulos, sem os quais,
talvez, parasse a meio do caminho. (...)
FIM
“Quando o médium se evidencia no
serviço do bem, pela boa-vontade,
pelo estudo e pela compreensão das
responsabilidades de que se encontra
investido, recebe apoio mais imediato
de amigo espiritual experiente e sábio,
que passa a guiar-lhe a peregrinação
Capítulo 16
Mandato Mediúnico
na Terra, governando-lhe as forças.”

FIM
“(...) a dor é o grande ministro da Justiça Divina.
Vivemos a nossa grande batalha de evolução.
Quem foge ao trabalho sacrificial da frente,
encontra a dor pela retaguarda.
O Espírito pode confiar-se à inação (falta de ação),
mobilizando delituosamente a vontade, contudo,
lá vem um dia a tormenta, compelindo-o a
agitar-se e a mover-se para entender os impositivos
Capítulo 27
Mediunidade Transviada
do progresso com mais segurança.
Não adianta fugir da eternidade, porque o
tempo, benfeitor do trabalho, é também o
verdugo da inércia.”

FIM
“A Doutrina dos Imortais faz a proposta do
autoconhecimento, para que o homem possa
mergulhar na sua própria intimidade, auto-
descobrindo-se, e, de posse desse conhecimento de
sua própria situação, da realidade de sua própria
vida, poder reeducar seus impulsos, com
conhecimento de causa, promovendo o
reajustamento e o redirecionamento de suas
Página 115. energias, a revisão de seus valores, baseado em
fatores reais, conquistas graduais e realizações
corretamente orientadas, evitando cair nos
despenhadeiros dos desajustes psicológicos ou
emocionais, que caracterizam muitos que se
enganam com fórmulas santificacionistas inúteis.”
FIM
Para que o ser entre em contato com inteligências extrafísicas há que mo-
dificar o seu padrão vibracional.
Somente em estado diferenciado daquele observado na vigília física ordi-
nária será possível ao sensitivo perceber os elementos, paisagens ou habi-
tantes de outras dimensões.
Isso ocorre porque o corpo físico e o cérebro humanos funcionam como
Capítulo 28 poderoso campo inibidor, que amortece as energias psíquicas.
Mediunidade e
Mediunismo Esse aparato impede que, em estado de consciência ordinário, o homem
esteja permanentemente conectado ao mundo extrafísico.
Torna-se imperativo, portanto, o adestramento das faculdades psíquicas, que visa capa-
citar o sensitivo a alcançar estados alterados de consciência e, dessa forma, perceber os
fluidos, as energias, as vibrações e os pensamentos que povoam o mundo espiritual.
Para estabelecer contato mais ou menos duradouro com o plano extracorpóreo, o psicos-
soma e os demais corpos energéticos aceleram suas vibrações, a fim de escapar à carac-
terística lenta do corpo humano e, assim, acessar outras consciências, que operam além
dos limites da matéria. CONTINUA
As sensações vibracionais próprias do chamado transe mediúnico são
inconfundíveis.
O estudo de suas peculiaridades poderia favorecer os pesquisadores sé-
rios, capacitando-os a detectar e compreender com clareza quando há ou
não fundo mediúnico ou anímico.
A conscientização desses aspectos será de grande utilidade para que
Capítulo 28
meus irmãos não se vejam vítimas de "achismos“ e modismos, tão a con-
Mediunidade e tento de pessoas pretensamente espiritualizadas e de pseudomédiuns.
Mediunismo
O estado vibracional que propicia o transe mediúnico e o consequente intercâmbio entre as
consciências físicas e extrafísicas advém de um ponto essencial: a intensificação do des-
prendimento e da expansão do psicossoma e do duplo etérico.
Alguns estados vibracionais são produzidos pelas inteligências desencarnadas, que atuam
diretamente nos chacras de seus médiuns, auxiliando o desprendimento energético e a
expansão da consciência.

CONTINUA
Todavia, tais estados podem ser comandados pela vontade, ocasião em
que se observa o pulsar de ondas internas de vibrações expansivas e
indolores, cuja freqüência e intensidade são direcionadas pelos benfei-
tores da vida maior junto aos sensitivos.
A resposta energética dos médiuns ao comando superior extrafísico pode
ser denominada freqüência de ressonância.
Capítulo 28 Esse processo é variável em diferentes médiuns, embora facilmente cons-
Mediunidade e
Mediunismo tatado e, portanto, inconfundível.
Dependendo da faculdade a ser trabalhada, a frequência de ressonância poderá variar,
ocorrendo desde uma sensação íntima e sutil até ruídos intracranianos, bem como estí-
mulos visuais e auditivos.
Mas atenção: estados vibracionais podem ser provocados devido à influência de fatores
emocionais, que produzem artificialmente certas sensações.
Cautela e experiência impedirão que tais sintomas sejam confundidos com o início do
transe mediúnico.
CONTINUA
O período de educação e de conhecimento da faculdade mediúnica que
eclode nos sensitivos é de extrema relevância, a fim de que não se con-
fundam certos fenômenos de origem física com aqueles de ordem
psíquica e espiritual.
E mais adiante...
Em circunstância diversa, são os fenômenos anímico-mediúnicos que de
Capítulo 28
fato ocorrem, tanto na clarividência comum quanto em outros contatos e
Mediunidade e conexões extrafísicas que o sensitivo experimenta, transcendendo os
Mediunismo
limites do campo físico. Eis algumas delas:
* Vidências além do tempo e do espaço. * Imagens de paisagens.
* Imagens de pessoas conhecidas ou desconhecidas.
* Psicografia mecânica ou semimecânica (não catalogamos neste trabalho as manifestações
da psicografia intuitiva, por ser um fenômeno muito facilmente confundido com elemen-
tos anímicos).
* Ectoplasmias e materializações.
FIM
O que deve fazer o médium quando influenciado por entidades da
reunião, no trabalho, no lar? Quais as causas dessas influências?
Divaldo - No capítulo 23º de O Livro dos Médiuns, Da Obsessão, o Co-
dificador reporta-se à invigilância das criaturas. É natural que o indi-
víduo seja médium onde quer que se encontre. A mediunidade não é
uma faculdade que só funcione nas reuniões especializadas. Onde quer
Médiuns
que se encontre o indivíduo, aí estão os seus problemas.
É perfeitamente compreensível que não apenas na oficina de trabalho, como na rua, na
vida social, ele experimente a presença dos espíritos; não somente presenças positivas,
como também perniciosas, entidades infelizes, espíritos levianos, ou aqueles que se com-
prazem em perturbar e aturdir. Cumpre ao médium manter o equilíbrio que lhe é proposto
pela educação mediúnica. Mediante a educação mediúnica pode-se evitar a interferência
desses espíritos perturbadores em nossa vida de relação normal, para que não venhamos a
cair na obsessão simples, que é o primeiro passo para a subjugação - etapa terminal de um
processo de três fases.
CONTINUA
Quando estivermos em lugar não apropriado ao exercício da mediuni-
dade ou à exteriorização do fenômeno, disciplinemo-nos, oremos, vol-
vamos a nossa mente para ideias otimistas, agradáveis, porque mudan-
do o nosso clichê mental, transferimo-nos de atividade espiritual.
É necessário que os médiuns estejam vigilantes, porque é muito co-
mum, graças àquele atavismo a que já nos reportamos, a pessoa se
caracterizar como médium por meio de pantomimas, de manifestações
Médiuns
exteriores. Como querendo provar ser médium, a pessoa insensata faz
caretas, toma choques, caracterizando-se com patologias nervosas.
A mediunidade não tem nada a ver com essas extravagâncias muito ao gosto dos exibi-
cionistas. Como acontece com pessoas que, quando escrevem com a mão, também “escre-
vem” com a boca, retorcendo-se, virando-se. Não tem nada a ver uma coisa com outra. A
pessoa para escrever assume uma postura correta, que aprendeu na escola.
O médium deve aprender também a “incorporar” sem esses transtornos nervosos. No exer-
cício da mediunidade é preciso educar a postura do médium, para que ele seja interme-
diário equilibrado, não dando ensejo a distonias na área mediúnica.
FIM
Estudos Dirigidos
O Médium
E independente de onde estivermos, seja em
casa, no trabalho, na rua, em qualquer lugar,
vamos deixar um conselho dado a André Luiz
por Narcisa, no livro “Nosso Lar”.

pericliscb@outlook.com
‒ Quando o Pai nos convoca a
determinado lugar ‒ disse, bondosa,
‒, é que lá nos aguarda alguma
tarefa. Cada situação, na vida, tem
finalidade definida... Não deixe de
observar este princípio em suas
visitas aparentemente casuais. Desde Capítulo 40

que nossos pensamentos visem à Quem Semeia Colherá

prática do bem, não será difícil


identificar as sugestões divinas.

FIM
Estudos Dirigidos
O Médium
E se você gostou deste conselho,
então veja este outro, dado por
Lísias para André Luiz, também
no livro “Nosso Lar”.

pericliscb@outlook.com
“(...) Cada criatura viverá daquilo que cultiva.
“Quem se oferece diariamente à tristeza, nela se movimentará;
quem enaltece a enfermidade, sofrer-lhe-á o dano.”
Observando-me a estranheza, concluiu:
‒ Não há nisto mistério. É lei da vida, tanto nos esforços do bem,
como nos movimentos do mal.
“Das reuniões de fraternidade, de esperança, de amor e de alegria,
Capítulo 44
As Trevas
sairemos com a fraternidade, a esperança, o amor e a alegria de
todos; mas, de toda assembleia de tendências inferiores, em que
predominam o egoísmo, a vaidade ou o crime, sairemos envenena-
dos com as vibrações destrutivas desses sentimentos.”
‒ Tem razão ‒ exclamei, comovido ‒; vejo nisso, igualmente, os princípios que regem a
vida nos lares humanos. Quando há compreensão recíproca, vivemos na antecâmara da
ventura celeste, e, se permanecemos em desentendimento e maldade, temos o inferno vivo.

FIM
Estudos Dirigidos
Vamos dar uma
pausa por aqui.

Périclis Roberto
pericliscb@outlook.com

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