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Estudos Dirigidos

A Aura
Voltamos com o
nosso assunto...

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Estudos Dirigidos
A Aura
Para simplificar o nosso estudo, e
desenhos, usaremos, algumas
vezes, os modelos, ao lado, para
falarmos do assunto.

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Campo da aura
Articulando, ao redor de si mesma, as radiações das sinergias funcio-
nais das agregações celulares do campo físico ou do psicossomático
(corpo astral), a alma encarnada ou desencarnada está envolvida na
própria aura ou túnica de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura
(organização) circulam as irradiações que lhe são peculiares.
Capítulo 10 Evidenciam-se essas irradiações, de maneira condensada, até um
Fluxo Mental ponto determinado de saturação, contendo as essências e imagens
que lhe configuram os desejos no mundo íntimo, em processo espon-
tâneo de auto-exteriorização, ponto esse do qual a sua onda mental
se alonga adiante, atuando sobre todos os que com ela se afinem e
recolhendo naturalmente a atuação de todos os que se lhe revelem
simpáticos.

CONTINUA
E, desse modo, estende a própria influência que, à
feição do campo (...) de irradiação de uma vela
(estudaremos depois), diminui com a distância do
fulcro consciencial emissor, tornando-se cada vez
menor, mas a espraiar-se no Universo infinito.

Capítulo 10
Fluxo Mental

FIM
Estudos Dirigidos
Após a leitura deste texto, de André
A Aura
Luiz, poderemos compreender então
que esta aura estará sempre se
irradiando. E irradiando este nosso
campo energético.

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“Assim é que o halo vital ou aura de cada
criatura permanece tecido de correntes
atômicas sutis dos pensamentos que lhe são
próprios ou habituais, dentro de normas
que correspondem à lei dos “quanta de
energia” e aos princípios da mecânica
ondulatória, que lhes imprimem frequência
e cor peculiares.”
“Essas forças, em constantes
Capítulo 4 movimentos sincrônicos ou estado de
Matéria Mental
agitação pelos impulsos da vontade,
estabelecem para cada pessoa uma onda
mental própria.”
FIM
Aura
“Aproximou-se o espírito (desencarnado)
que esperávamos (chegar). Era um senhor
de certa idade, que expressava na fisiono-
mia o rancor e o ódio, de tal forma que sua
aura se expressava em cores negra e cinza,
com matizes de vermelho vivo.”
Pág. 154.

FIM
A Aura...
“Todos os corpos existentes no universo, desde aqueles que são
conhecidos do homem na Terra, até aquelas formas ainda desconhe-
cidas pelo homem terreno, em qualquer ser que palpite a alma da
vida, o princípio inteligente ou a consciência, em qualquer fase de
evolução, irradiam uma atmosfera fluídica em volta dessas individua-
lidades, constituída de uma rica variedade policrômica com cam-
biantes que variam intensamente, que são constituídos de irradiações
das diversas camadas do corpo espiritual ou psicossoma. Conhecidas Páginas 117 e 118.
com o nome de aura, essas irradiações são, por assim dizer, a marca ou
o selo do espírito. Por isso é que se torna impossível esconder cada um
os seus sentimentos e as suas qualidades, por se acharem expressos
nas variadas camadas áuricas e patentes à visão dos espíritos
superiores.”

CONTINUA
“A aura constitui-se também num reflexo natural da consciência
espiritual, estampando através de suas combinações de cores as
manifestações de espiritualidade ou as degradantes imagens da
perversão do ser.”
“Durante as vivências do espírito, espelha-se, nas irradiações da aura,
todos os seus vícios ou virtudes adquiridos ao longo da sua jornada
evolutiva, inscrevendo-se, nas células sutilíssimas do perispírito, tanto
as nobres e elevadas vibrações de altruísmo, quanto as mais negras e
Páginas 117 e 118.
abjetas manifestações de um caráter doentio e pecaminoso.”

FIM
“(...) nos separamos do grupo a fim de observar o caso de um espírito que,
aos nossos olhos, parecia sofrer de alguma doença mental. Manifestava
intenso desequilíbrio e debatia-se, vítima de espasmos frequentes.”
“(...) O que se passava naquela mente atormentada?”
“(...) Aproximei-me também e tentei aguçar meus sentidos, a fim de
captar o que sucedia no interior da pobre mulher. Aos poucos
Páginas 99 e 100. formaram-se em torno do infeliz espírito cenas interessantes e, ao
mesmo tempo, horripilantes.”
“Era como se eu mergulhasse na aura daquele espírito e, uma vez imerso em suas
vibrações, pudesse vivenciar suas experiências, que, de tão dramáticas, produziam nele os
acessos que verificávamos. Em torno da aura psíquica daquela mulher formavam-se
naquele instante algumas manchas negras e verde-azuladas. Pouco a pouco, as manchas
se transformavam em cenas vivas de seu passado espiritual – tudo se passava diante de
nossa visão nos seus mínimos detalhes.”

CONTINUA
“As cenas se passavam diante da minha visão espiritual com tamanha
clareza que houve momentos em que pensei estar pessoalmente envolvido
em cada experiência ali observada. É que eu havia penetrado no campo
mental daquele espírito, dementado pela prática do mal.”
“Novas cenas se sucederam àquelas. Pude examinar o momento em que o
desencarne chegara para a médium irresponsável. (...)”
Páginas 99 e 100. “(...) Com um pouco mais de concentração, pude ver a paisagem espiri-
tual que estava estampada nas telas mentais desse espírito doente.”

FIM
Durante um trabalho de acolhimento...
– Temos determinação para receber todos os sofredores que se apre-
sentarem renovados, facultando-lhes ingresso ao pátio interno. Nas
últimas horas, a irmã Zenóbia e os demais administradores da institui-
ção ordenaram acolhimento a todos os transviados que se aproxi-
massem de nós, com sinais legítimos de transformação moral para o
bem.
Capítulo 10 André Luiz – Como nos asseguraremos, porém, dessa renovação?
Fogo
Purificador
O Assistente responde: – Os sofredores, já modificados para o bem,
apresentarão círculos luminosos característicos em torno de si mesmos,
logo que, estejam onde estiverem, concentrem suas forças mentais no
esforço pela própria retificação. Os outros, os impenitentes e mentirosos
sistemáticos, ainda que pronunciem comovedoras palavras,
permanecerão confinados nas nuvens de treva que lhes cercam a mente
endurecida no crime.

CONTINUA
O esclarecimento era bastante significativo; e silenciei, satisfeito,
compreendendo, mais uma vez, a grandeza da purificação consciencial,
em lugar dos protestos verbalísticos que se fazem através dos jogos
brilhantes da palavra.
E mais adiante...
Entretanto, com maior ou menor intensidade, todos os sofredores (que
ali estavam chegando) exibiam escuros círculos de treva em torno de si.
Capítulo 10
Fogo As rogativas (de pedido de ajuda que muitos faziam) sensibilizariam
Purificador
qualquer cooperador menos avisado, mas, prevenidos quanto à senha
luminosa, notávamos que o pedinte se cercava de verdadeiro manto de
trevas.
Dele se aproximou Luciana (que era clarividente), quanto pôde. Fixou-o
bem, fez significativo gesto e exclamou, espantada, embora discreta:

CONTINUA
– Oh, como é horrível a atividade mental deste pobre irmão! Vêem-se-
lhe no halo vital deploráveis lembranças e propósitos destruidores. Está
amedrontado, mas não convertido. Pretende alcançar a nossa margem
de trabalho para se apropriar dos benefícios divinos, sem maior
consideração. A aura dele é demasiadamente expressiva...
Ia dizer mais alguma coisa. Bastou, entretanto, um olhar do Assistente
que nos dirigia, para que ela se calasse, humilde, reintegrando-se no
Capítulo 10
Fogo trabalho complexo que tínhamos em mão. (...)
Purificador

FIM
O personagem estava
encarnado, e desdobrado...
E chegando em outro endereço,
uma mulher dormia...
“Novamente enraivecido e inquieto,
como fera solta, erguia os punhos
cerrados contra a desditosa mulher
que jazia no leito, em lastimável prostração.
Capítulo 19
Seu veículo espiritual rodeava-se agora
Dor e Surpresa
de um halo cinzento-escuro, que despedia
raios desagradáveis e perturbantes.”

FIM
André Luiz descreve a chegada da Irmã Clara (Espírito)
Sob forte emoção, acompanhei o formoso quadro que se desdobrou,
divino, ao nosso olhar.
Gradativamente, o recinto foi invadido por vasto círculo de luz, do qual
se fizera a instrutora o núcleo irradiante. Assemelhava-se nossa amiga a
uma estrela repentinamente trazida à Terra, com os dois braços disten-
didos em forma de asas, prestes a desferir excelso vôo...
Cercava-a enorme halo de dourado esplendor, como se ouro eterizado e Capítulo 23
Apelo Maternal
luminescente lhe emoldurasse a forma leve e sublime... Dos revérberos
dessa natureza, passavam as irradiações a tonalidades diferentes, em
círculos fechados sobre si mesmos, caminhando dos reflexos de ouro e
opala ao róseo vivo, do róseo vivo ao azul celeste, do azul celeste ao verde
claro e do verde claro ao violeta suave, que se transfundia em outros
aspectos a me escaparem da apreciação...

CONTINUA
Tive a ideia de que a irmã Clara se convertera no centro de milagroso
arco-íris, cuja existência nunca pudera vislumbrar.
Fizera-se a casa excessivamente estreita para aquela abençoada fonte de
raios balsamizantes e indefiníveis. (...)

Capítulo 23
Apelo Maternal

FIM
Apresentava-se a matrona (a médium)
revestida por extenso halo de
irradiações opalinas, e, por mais que
projeções de substância sombria a
buscassem, através das requisições dos
sofredores que a ela se dirigiam,
conservava a própria aura sempre
lúcida, sem que as emissões de fluidos
Capítulo 16
enfermiços lhe pudessem atingir o Mandato Mediúnico

campo de forças.

FIM
“As acomodações reservadas aos enfermos (desencarnados) jaziam ao
fundo, à maneira de largos boxes de confortável cavalariça. Essa é a figura
mais adequada à nossa tarefa descritiva, porque a construção em si de-
nunciava rusticidade e segurança, naturalmente adstrita aos objetivos de
contenção.”
“À medida que nos acercávamos do refúgio, desagradável odor nos afetava
as narinas.” Capítulo 5.

“Respondendo-nos à inquirição íntima, o Assistente salientou:”


“— Vocês não ignoram que todas as criaturas vivem cercadas pelo halo vital das energias
que lhes vibram no âmago do ser e esse halo é constituído por partículas de força a se
irradiarem por todos os lados, impressionando-nos o olfato, de modo agradável ou desa-
gradável, segundo a natureza do indivíduo que as irradia. Assim sendo, qual ocorre na
própria Terra, cada entidade aqui se caracteriza por exalação peculiar.”
“— Sim, sim... — confirmamos Hilário e eu, simultaneamente.”

CONTINUA
“Entretanto, o cheiro alarmante de carne em decomposição era para nós,
ali, um acontecimento excepcional.”
“Silas percebeu-nos a estranheza e endereçou interrogativo olhar ao encar-
regado daquele oratório de purgação, o qual informou, presto:”
“— Temos conosco o irmão Corsino, cujo pensamento continua enrodi-
lhado ao corpo sepulto, de maneira total. Enredado à lembrança dos
Capítulo 5.
abusos a que se entregou na carne, ainda não conseguiu desvencilhar-se da
lembrança daquilo que foi, trazendo a imagem do próprio cadáver à tona
de todas as suas recordações.”

FIM
—Presenciamos uma cerimônia semanal dos juízes implacáveis que
vivem sediados aqui (estavam em uma colônia purgatorial). A opera-
ção seletiva realiza-se com base nas irradiações de cada um. Os guar-
das que vemos em trabalho de escolha, compondo grupos diversos, são
técnicos especializados na identificação de males numerosos, através
das cores que caracterizam o halo dos Espíritos ignorantes, perversos e
desequilibrados. A divisão para facilitar o serviço judiciário é, por isto
Capítulo 5.
mesmo, das mais completas.
Operações Seletivas. O instrumento – Trata-se de um captador de ondas mentais. A seleção
individual exigiria longas horas. As autoridades que dominam nestas
regiões preferem a apreciação em grupo, o que se faz possível pelas
cores e vibrações do círculo vital que nos rodeia a cada um.
Foram sendo identificados, pelo “tom vibratório” ...
Os avarentos, os sovinas, os egoístas, os caluniadores, as mulheres sem
pudor...

CONTINUA
(Após aplicar o aparelho e analisar o grupo, que fazia parte André
Luiz e o Instrutor Gúbio...)
– Porque nos considerou neutros? – interroguei por minha vez.
– O instrumento não é suscetível de marcar a posição das mentes que
já se transferiram para a nossa esfera. É recurso para a identificação de
perispíritos desequilibrados e não atinge a zona superior.
Capítulo 5.
Operações Seletivas.

FIM
(...) Grande movimento na via pública, congregando vários grupos de
criaturas, em conversação não longe de nós. (André Luiz encontrava-se
em uma colônia purgatorial)
Os diálogos e entendimentos surpreendiam. Quase todos se referiam à
esfera carnal.
Questões minuciosas e pequeninas da vida particular eram analisadas
com inequívoco interesse; contudo, as notas dominantes caíam no dese- Capítulo 6.
quilíbrio sentimental e nas emoções primárias da experiência física. Observações
e Novidades.

Percebi diferentes expressões nos “halos vibratórios” que revestiam a


personalidade dos conversadores, através das cores de variação típica.

FIM
Em um Templo Católico...
(...) alonguei o olhar pela multidão bem vestida.
Quase todas as pessoas, ainda aquelas que ostentavam nas mãos deli-
cados objetos de culto, revelavam-se mentalmente muito distantes da
verdadeira adoração à Divindade. O halo vital de que se cercavam
definia pelas cores o baixo padrão vibratório a que se acolhiam.
Em grande parte, dominavam o pardo-escuro e o cinzento-carregado.
Capítulo 9
Perseguidores
Em algumas, os raios rubro-negros denunciavam cólera vingativa que,
invisíveis. a nossos olhos, não conseguiriam disfarçar. Entidades desencarnadas,
em deplorável situação, espalhavam-se em todos os recantos, nas
mesmas características.
(...) Reparei, através do halo de muita gente, que determinado número
de frequentadores se esforçava por melhorar a atitude mental na
oração. Reflexos arroxeados, tendendo a vacilante brilho, apareciam
aqui e acolá; contudo, os malfeitores desencarnados propositadamente
se postavam ao pé dos que se candidatavam à fé renovadora e
reverente, buscando conturbá-los. FIM
Nesse ínterim, a pequena família se reuniu,
ao redor da mesa posta, e a segunda esposa
do médico me impressionou pelo apuro da
apresentação. A pintura do rosto, sem
dúvida, era admirável. O traje elegante e
Capítulo 10.
sóbrio, as jóias discretas e o penteado
Em Aprendizado.
harmonioso realçavam-lhe a profundez do
olhar, mas rodeava-se ela de substância
fluidica deprimente. Halo plúmbeo denun-
ciava-lhe a posição de inferioridade.

FIM
Uma pessoa apaixonada...
Nesse ponto das confidências mudas (que ela recordava...), o
vulto de um jovem raiou, nítido. Ao estampá-lo na paisagem
dos mais recônditos pensamentos, transfigurou-se a castigada
criança.

Clareou-se a aura de tal modo, ao refletir o rapaz, que o


fenômeno induzia às mais belas apreciações do entusiasmo
poético.
Capítulo 7.

Vaso pensante que incorpora o privilégio de esculpir-se e


alindar-se, à vontade, para encerrar a flor predileta.

Lago consciente, mantendo a faculdade de esconder, de


inopino, todos os detritos de suas águas, metamorfoseando-se
em espelho suave e cristalino para retratar uma estrela.

FIM
Em um trabalho mediúnico...
(...) dezoito companheiros encarnados demoravam-se em rigorosa
concentração do pensamento, elevado a objetivos altos e puros.
Era belo sentir-lhes a vibração particular. Cada qual emitia raios
luminosos, muito diferentes entre si, na intensidade e na cor. Esses
raios confundiam-se à distância aproximada de sessenta centímetros
dos corpos físicos e estabeleciam uma corrente de força, bastante Capítulo 1
O Psicógrafo
diversa das energias de nossa esfera. Essa corrente não se limitava ao
círculo movimentado.
Em certo ponto, despejava elementos vitais, à maneira de fonte miraculosa, com origem nos
corações e nos cérebros humanos que aí se reuniam. As energias dos encarnados casavam-
se aos fluidos vigorosos dos trabalhadores de nosso plano de ação, congregados em vasto
número, formando precioso armazém de benefícios para os infelizes, extremamente
apegados ainda às sensações fisiológicas.

CONTINUA
Semelhantes forças mentais não são ilusórias, como pode parecer ao
raciocínio terrestre, menos esclarecido quanto às reservas infinitas de
possibilidades além da matéria mais grosseira.

Capítulo 1
O Psicógrafo

FIM
André Luiz relata a seguinte observação de um casal...
Observem as duas situações...
1ª.
Foi então que vi Raquel abandonar o corpo físico, dentro de lumino-
sas irradiações, parecendo-me alheia à situação. Despreocupada, fe-
liz, abraçou-se com uma das entidades que nos acompanhavam, ve-
lha senhora que Alexandre nos apresentara pouco antes, declarando
Capítulo 13.
Reencarnação.
tratar-se da avó materna da dona da casa. (...)
2ª.
Nesse momento, o esposo de Raquel afastava-se do corpo físico, pe-
sadamente. Não apresentava, tal qual a consorte, um halo radioso em
derredor da personalidade, parecendo mover-se com extrema
dificuldade. Enquanto seu olhar vagueava no quarto, angustiado e
espantadiço, (...)

CONTINUA
A explicação de Alexandre:
– Está examinando a lição? Repare as singularidades da vida
espiritual. Adelino e Raquel são Espíritos associados de muitas
existências em comum, partilham o mesmo cálice de dores e alegrias
terrestres. Na atualidade, seus corpos repousam um ao lado do outro,
no mesmo leito; entretanto, cada um vive em plano mental diferente.
É muito difícil estarem reunidas nos laços domésticos as almas da
Capítulo 13. mesma esfera. (...)
Reencarnação.

CONTINUA
Mais adiante, em uma reconciliação, e se harmonizando, com um
antigo desafeto... do passado...
Adelino não hesitou e, embora o grande esforço íntimo, visível à nossa
percepção espiritual, apertou a destra do ex-adversário, fundamente
comovido.
– Perdoe-me, irmão! – murmurou Segismundo, com infinita
humildade. – O Senhor recompensá-lo-á pelo bem que me faz!...
Capítulo 13. O marido de Raquel fixou-o nos olhos, como a dissipar as derradeiras
Reencarnação.
sombras do desentendimento, e redarguiu:
– Disponha de mim... Serei seu amigo!...
O ex-homicida inclinou-se, respeitoso, e beijou-lhe a mão. O ato espontâneo de Segismun-
do conquistara-o. Não podia ser mau aquele Espírito angustiado e triste que lhe osculava
as mãos com veneração e carinho. Foi então que vi um fenômeno singular. O organismo
perispiritual de Adelino parecia desfazer-se de pesadas nuvens, que se rompiam de alto a
baixo, revelando-lhe as características luminosas. Irradiações suavíssimas aureolavam-lhe
agora a personalidade, deixando perceber a sua condição elevada e nobre.
CONTINUA
Herculano, junto de mim, falou-me em tom discreto:
– O perdão de Adelino foi sincero. As sombras espessas do ódio foram
efetivamente dissipadas. Louvado seja Deus!

Capítulo 13.
Reencarnação.

FIM
A Aura de um Suicida
Nos intervalos que se seguiam de uma reunião à outra não voltávamos ao
nosso abrigo da Espiritualidade. Permanecíamos antes no próprio
ambiente terrestre, em virtude de ser a viagem a empreender excessiva-
mente dificultosa para grupo numeroso e pesado, tal como o nosso,
poder repeti-la em trânsito diário. Assim foi que ficamos entre os
homens cerca de dois meses, tempo necessário à consecução das
Nossos Amigos
reuniões íntimas de que carecíamos e de outras tantas de preparação – Os Discípulos
de Allan Kardec
iniciática, onde apenas os princípios e conceitos morais e filosóficos eram
examinados, sem a prática dos mistérios.
Nossa qualidade de suicidas, cuja aura virulada por irradiações
inferiores poderia levar a perturbação e o desgosto às pobres criaturas
encarnadas das quais nos aproximássemos, ou delas receber influen-
ciações prejudiciais ao delicado tratamento a que éramos submetidos,
inibia-nos permanecer em quaisquer recintos habitados ou visitados por
almas encarnadas.
FIM
Todos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares aos mais com-
plexos, se revestem de um “halo energético” que lhes corresponde à
natureza.
No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente
enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo que,
em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em
derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo etéreo
Capítulo 17
Mediunidade e de algumas escolas espiritualistas, duplicata mais ou menos radiante
Corpo Espiritual
da criatura.
Nas reentrâncias e ligações sutis dessa túnica eletromagnética de que
o homem se entraja, circula o pensamento, colorindo-a com as vibra-
ções e imagens de que se constitui, aí exibindo, em primeira mão, as
solicitações e os quadros que improvisa, antes de irradiá-los no rumo
dos objetos e das metas que demanda.

CONTINUA
Aí temos, nessa conjugação de forças físico-químicas e mentais, a
aura humana, peculiar a cada indivíduo, interpenetrando-o, ao
mesmo tempo que parece emergir dele, à maneira de campo ovóide,
não obstante a feição irregular em que se configura, valendo por
espelho sensível em que todos os estados da alma se estampam com
sinais característicos e em que todas as ideias se evidenciam,
plasmando telas vivas, quando perduram em vigor e semelhança
Capítulo 17 como no cinematógrafo comum.
Mediunidade e
Corpo Espiritual
Fotosfera psíquica, entretecida em elementos dinâmicos, atende à
cromática variada, segundo a onda mental que emitimos, retra-
tando-nos todos os pensamentos em cores e imagens que nos res-
pondem aos objetivos e escolhas, enobrecedores ou deprimentes.

CONTINUA
Mediunidade inicial
A aura é, portanto, a nossa plataforma onipresente em toda comuni-
cação com as rotas alheias, antecâmara do Espírito, em todas as nos-
sas atividades de intercâmbio com a vida que nos rodeia, através da
qual somos vistos e examinados pelas Inteligências Superiores, sen-
tidos e reconhecidos pelos nossos afins, e temidos e hostilizados ou
Capítulo 17
amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição inferior
Mediunidade e à nossa.
Corpo Espiritual

Isso porque exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo de nós mesmos, nos contatos
de pensamento a pensamento, sem necessidade das palavras para as simpatias ou repul-
sões fundamentais.
É por essa couraça vibratória, espécie de carapaça fluídica, em que cada consciência
constrói o seu ninho ideal, que começaram todos os serviços da mediunidade na
Terra, considerando-se a mediunidade como atributo do homem encarnado para
corresponder-se com os homens liberados do corpo físico.
CONTINUA
Essa obra de permuta, no entanto, foi iniciada no mundo sem qualquer
direção consciente, porque, pela natural apresentação da própria aura,
os homens melhores atraíram para si os Espíritos humanos melhora-
dos, cujo coração generoso se voltava, compadecido, para a esfera ter-
rena, auxiliando os companheiros da retaguarda, e os homens rebeldes
à Lei Divina aliciaram a companhia de entidades da mesma classe,
transformando-se em pontos de contato entre o bem e o mal ou entre a
Luz e a Sombra que se digladiam na própria Terra.
Pelas ondas de pensamento (ainda vamos estudar este assunto) a se enovelarem umas
sobre as outras, segundo a combinação de frequência e trajeto, natureza e objetivo, encon-
traram-se as mentes semelhantes entre si, formando núcleos de progresso em que homens
nobres assimilaram as correntes mentais dos Espíritos Superiores, para gerar trabalho
edificante e educativo, ou originando processos vários de simbiose (falaremos sobre isso
na obsessão) em que almas estacionárias se enquistaram mutuamente, desafiando debalde
os imperativos da evolução e estabelecendo obsessões lamentáveis, a se elastecerem sempre
novas, nas teias do crime ou na etiologia complexa das enfermidades mentais.
CONTINUA
A intuição foi, por esse motivo, o sistema inicial de intercâmbio, faci-
litando a comunhão das criaturas, mesmo a distância, para trans-
fundi-las no trabalho sutil da telementação, nesse ou naquele domí-
nio do sentimento e da ideia, por intermédio de remoinhos mensurá-
veis de força mental, assim como na atualidade o remoinho eletrônico
infunde em aparelhos especiais a voz ou a figura de pessoas ausentes,
em comunicação recíproca na radiotelefonia e na televisão.
Capítulo 17
Mediunidade e
Corpo Espiritual

FIM
Correntes vivas fluem do íntimo
de cada Inteligência, a se lhe
projetarem no “halo energético”,
estruturando-lhe a aura ou
fotosfera psíquica, à base de cargas
magnéticas constantes, conforme a
natureza que lhes é peculiar (...)
Queira ou não, cada alma
Capítulo 15 possui no próprio pensamento
Cargas elétricas e
cargas mentais a fonte inestancável das
próprias energias.
FIM
Nas primeiras horas da noite, Dona Isabel abandonou a
agulha e convidou os filhinhos para o culto doméstico.
Notando o interesse que me despertavam as crianças,
Aniceto explicou:
— As meninas são entidades amigas de “Nosso Lar”, que
vieram para serviço espiritual e resgate necessário, na Terra.

Capítulo 35.
“O mesmo, porém, não acontece ao pequeno, que procede Culto Doméstico.
de região inferior.”
De fato, eu identificava perfeitamente a situação, o
rapazola não se revestia de substância luminosa e atendia
ao convite materno, não como quem se alegra, mas como
quem obedece.

FIM
Durante o culto do Evangelho no Lar...
Observei, porém, que o menino não
compartilhava aquele dilúvio de bênçãos.
Entre Dona Isabel e as quatro filhinhas havia
permuta constante de vibrações luminosas,
como se estivessem identificadas no mesmo
ideal e unidas numa só posição; mas o
rapazote permanecia espiritualmente
distante, fechado num círculo de sombras.
Capítulo 36.
Mãe e filhos De quando em quando, sorria irônico,
insensível à significação do momento.

FIM
Finda a reunião, reparei que a médium Dona Isaura Silva apresentava
sensível transfiguração.
Enquanto perduravam os trabalhos, mostrava radiações brilhantes, em
derredor do cérebro, oferecendo simpático ambiente pessoal; entretanto,
encerrada que foi a sessão, cercou-se de emissões de substância fluídica
cinzento-escura, qual se houvesse repentinamente apagado, em torno
dela, alguma lâmpada invisível.
Capítulo 16
Impressionado, dirigi-me a Sidônio, com natural indagação, ao que ele Encantamento
me respondeu, atencioso: Pernicioso

– A pobrezinha encontra-se debaixo de verdadeira tempestade de


fluidos malignos que lhe vão sendo desfechados por entidades menos
esclarecidas, com as quais se sintonizou, inadvertidamente, pelos fios
negros do ciúme.

CONTINUA
“Enquanto se acha sob nossa influência direta, mormente nos trabalhos
espirituais de ordem coletiva, em que age como válvula captadora das
forças gerais dos assistentes, desfruta bom ânimo e alegria, porque o
médium é sempre uma fonte que dá e recebe, quando em função entre os
dois planos; terminada, contudo, a tarefa, Isaura volta às tristes condi-
ções a que se relegou.”
– Não há, porém, algum recurso para socorrê-la? – indaguei, curioso.
Capítulo 16
– Sem dúvida – elucidou o orientador da pequena e simpática Encantamento
Pernicioso
instituição –, e, porque não a abandonamos, ainda não sucumbiu. É
imprescindível, todavia, num processo de semelhante natureza, agir com
cautela, sem humilhá-la e sem feri-la. (...)
Estampou na fisionomia significativa expressão e acrescentou:

CONTINUA
– Enquanto a criatura é vulgar e não se destaca por aspirações de ordem
superior, as inteligências pervertidas não se preocupam com ela; no
entanto, logo que demonstre propósitos de sublimação, apura-se-lhe o
tom vibratório, passa a ser notada pelos característicos de elevação e é
naturalmente perseguida por quem se refugia na inveja ou na rebelião
silenciosa, visto não conformar-se com o progresso alheio. (...)

Capítulo 16
Encantamento
Pernicioso

FIM
Cortando a via pública
Era, contudo, uma novidade para mim devorar a distância nas vias
públicas, dentro da noite; sem ser visto pelos semelhantes encarnados. (O
Irmão Jacob após o desencarne e sua reabilitação, em outros planos, volta
para a Terra, e para o Rio de Janeiro.)
No dia imediato ao de minha libertação, em verdade fiz pequena cami-
nhada em companhia dos amigos que me amparavam; entretanto, a
Capítulo 13 posição de abatimento não me havia proporcionado ensejo de experi-
Revendo Círculos
de Trabalho mentar toda a extensão da surpresa de que me via agora possuído. (Ele
faz uma comparação após o seu desencarne, quando foi levado à rua
para um passeio de refazimento na praia e este momento agora, de
retorno às ruas do Rio, já bem melhor....)
O que mais me espantava era a expressão espiritual de cada pessoa que me cruzava o
caminho. Observei que muitas criaturas permaneciam acompanhadas por Espíritos
benignos ou por sinais luminosos, que me deixavam perceber o grau de elevação que já
haviam atingido, mas o número de entidades gozadoras das baixas sensações da vida
física, a seguirem suas vítimas, de perto, era francamente incalculável. CONTINUA
Anunciou-me Guillon (Ribeiro) que bastaria breve exame para identifi-
carmos a natureza do vício de cada uma. Pouco a pouco, embora o tempo
curto verificava por mim mesmo, através dos gestos com que se revelavam,
os Espíritos ainda presos às paixões sexuais, aos tormentos do ódio e aos
caprichos da vingança.

Capítulo 13
Revendo Círculos
de Trabalho

FIM
Estudos Dirigidos
Vamos dar uma
pausa por aqui.

Périclis Roberto
pericliscb@outlook.com

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