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A COMUNICABILIDADE DOS

DESENCARNADOS COM OS
ENCARNADOS
ONDAS DE RADIOFREQUÊNCIA

▪ As ondas do tipo AM (amplitude


modulada) possuem amplitude (altura
da onda) variável enquanto se propagam.

▪ Já as ondas FM (frequência modulada)


propagam-se pelo espaço alterando seu
valor de frequência. ...

▪ A produção de ondas AM é mais barata e


ocupa uma menor faixa de intervalos de
frequência no espectro sonoro.
❖ A comunicabilidade dos desencarnados com os encarnados ocorre como consequência natural
da influência exercida por esses espíritos.
➢ Segundo a Doutrina Espírita, a comunicação acontece em duas situações:
a

b
[…] DE QUE FORMA OCORREM AS COMUNICAÇÕES
DOS ESPÍRITOS COM OS HOMENS
• Ocultas: ocorrem pela influência boa ou má que exercem sobre nós, à
nossa revelia. Cabe ao nosso julgamento discernir as boas das más
inspirações […]. (1)

• Ostensivas se dão por meio da escrita, da


palavra ou de outras manifestações materiais, na
maioria das vezes pelos médiuns que lhes
servem de instrumento […]. (1)
➢A respeito do uso da faculdade mediúnica pelo médium, nesta
pergunta de Allan Kardec e a resposta que ele recebeu dos
Espíritos orientadores:

✓O desenvolvimento da mediunidade guarda relação com o


desenvolvimento moral dos médiuns?

▪ “Não. A faculdade propriamente dita reside no


organismo; independe do moral.
▪ O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que pode
ser bom ou mau, de acordo com as qualidades do
médium.”

193 KARDEC, Allan. Op. Cit. Segunda parte, cap. XIV, it. 159, p. 169, 2013. 194 Id. Ibid. Cap. XX, it. 226, nº 1, p. 237, 2013. 195 Id. Ibid., p. 237.
O QUE É MEDIUNIDADE?

[...] mediunidade é inerente a uma disposição


orgânica, de que qualquer homem [Espírito
encarnado] pode ser dotado de faculdades, como:
de ver, de ouvir, de falar. [...]

KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. 24, item 12


CONCEITO DE MEDIUNIDADE

A faculdade mediúnica é uma


propriedade do organismo e não
depende das qualidades morais do
médium; [...]

KARDEC, Allan. O que é o Espiritismo. Cap. 2, item 79


CONCEITO DE MEDIUNIDADE

Faculdade orgânica, a mediunidade se


encontra, em quase todos os indivíduos,
não constituindo patrimônio especial de
grupos nem privilégio de castas; [...]
FRANCO, Divaldo. Estudos Espíritas. (Joanna de Ângelis). Cap. 18
CONCEITO FISIOPSÍQUICO DE MEDIUNIDADE
➢ A mediunidade é expressão fisiopsíquica inerente ao
homem [Espírito encarnado], por cujo meio é-lhe
DIVALDO
FRANCO possível entrar em contato com outras faixas
vibratórias, além e aquém daquelas que são
captadas pelos seus equipamentos sensoriais.

FRANCO, Divaldo. Temas da vida e da morte. (Manoel Philomeno). Capítulo: Psiquismo mediúnico.
SE A MEDIUNIDADE É “INERENTE A UMA DISPOSIÇÃO
ORGÂNICA”, ONDE ELA ESTARIA LOCALIZADA?

[...] “a mediunidade está ligada ao


Opinião de
especialistas … corpo pelo espírito que a ele se
liga, mas não pertence ao corpo e
sim ao perispírito” [...]
PIRES, José Herculano. Mediunidade. 9 ed. São Paulo: Editora Paidéia, Cap. 9, p. 72
SE A MEDIUNIDADE É “INERENTE A UMA DISPOSIÇÃO
ORGÂNICA”, ONDE ELA ESTARIA LOCALIZADA?

Nessa ligação entre o perispírito e o corpo


Opinião de
físico, [...] “acredita-se que a mediunidade
especialistas …
acontece pelo funcionamento da pineal,
que capta o campo eletromagnético,
através do qual a espiritualidade interfere.”
SOUZA, Paula Calloni de. Pineal - A União do Corpo e da Alma.
SE A MEDIUNIDADE É “INERENTE A UMA DISPOSIÇÃO
ORGÂNICA”, ONDE ELA ESTARIA LOCALIZADA?
[...] “No exercício mediúnico de qualquer
modalidade, a epífise [glândula pineal]
Explicações do desempenha o papel mais importante. Através
Espírito Alexandre (1) de suas forças equilibradas, a mente humana

intensifica o poder de emissão e recepção de


raios peculiares à nossa esfera.” [...] (1)
(1)XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz.1
O QUE É SER MÉDIUM?
➢ [...] “O médium é o indivíduo que serve de traço de
Conceito de união aos Espíritos, para que estes possam comunicar-
Médium: se facilmente com os homens: Espíritos encarnados.
KARDEC
➢ Por conseguinte, sem médium, não há comunicações
palpáveis, mentais, escritas, físicas, de qualquer
natureza que seja.” [...]

KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Cap. 24, item 12


O QUE É SER MÉDIUM?

➢ Médiuns, meu amigo, inclusive nós outros, os


Conceito de
desencarnados, todos o somos, em vista de
Médium:
sermos intermediários do bem que procede de
Chico Xavier
mais alto, quando nos elevamos; ou portadores
do mal, colhido nas zonas inferiores, quando
caímos em desequilíbrio. [...]

XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da luz. Pelo Espírito André Luiz. 39 ed. RJ: FEB, 2004. Cap. 18.
MECANISMOS DA MEDIUNIDADE

O perispírito do
médium se
expande

O perispírito do
Espírito
comunicante
também se
expande

Uma atmosfera fluídico-perispiritual comum é


formada www.cele.org.br
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO MEDIÚNICO

O Espírito comunicante
transmite seu pensamento ao
perispírito do médium, o qual
após ser captado, é
encaminhado ao seu cérebro.

Informativo Com Ciência Ano I – N. 2 (Jan-Fev/2006); http://mfo1977.googlepages.com/InformativoComCiencia2.pdf


COMUNICAÇÃO MEDIÚNICA
➢ Apesar de a comunicabilidade dos Espíritos desencarnados
ocorrer desde a mais remota Antiguidade e fazer parte de
relatos de diferentes fontes bibliográficas, filosófica, científica,
religiosa e laica, deve-se oferecer um tempo à Ciência para
que ocorra a compreensão de que a mediunidade e a
comunicabilidade dos Espíritos sejam vistas como
mecanismos naturais das leis da vida.

➢ Não resta dúvida que a situação atual é bem melhor do que a


do passado, sobretudo quando lembramos o sofrimento a que
inúmeros médiuns foram submetidos, perecendo nas fogueiras
inquisitoriais ou mantidos em manicômios.
Pontos para nossa reflexão ...
A mediunidade é a faculdade humana, natural, pela qual se
estabelecem as relações entre homens e espíritos.” (PIRES, J. Herculano.
Mediunidade. Cap. 1, pag. 9)

[...] “O médium é o indivíduo que serve de traço de união aos


Espíritos, para que estes possam comunicar-se facilmente com os
homens: Espíritos encarnados.” [...] (KARDEC, A. O livro dos médiuns. Cap. XXVII,
Item 306)

[...] “A moral do médium determina seu comportamento como


criatura humana e regula as suas relações com os espíritos.” [...]
(PIRES, J. Herculano. Mediunidade. Cap. 9, pag. 71).
➢ Os Espíritos são atraídos em razão de sua simpatia pela natureza
moral do meio que os evoca […]. (1)

✓ […] Os Espíritos Superiores se comprazem nas reuniões sérias,


onde predominam o amor do bem e o desejo sincero de instruir-
se e melhorar-se.

✓ A presença deles afasta os Espíritos inferiores que, ao contrário,


encontram livre acesso e podem agir com toda liberdade entre
pessoas frívolas ou guiadas apenas pela curiosidade, e por toda
parte onde encontrem maus instintos.

✓ Longe de se obterem bons conselhos, ou informações úteis, deles só se devem


esperar futilidades, mentiras, gracejos de mau gosto, ou mistificações, pois muitas
vezes tomam nomes venerados, a fim de melhor induzirem ao erro […]. (1)
➢ Da mesma forma, com o estabelecimento
do intercâmbio mediúnico de forma regular
nas casas espíritas, sobretudo com as
orientações fornecidas pelo Espírito André
Luiz,;

➢ A mediunidade é exercitada de forma


simples e sem misticismos, entendida
como mais um instrumento de melhoria
espiritual disponibilizado por Deus.
➢ No século XIX, à época de Kardec, e no início do século
XX era comum a manifestação dos Espíritos por evocação.

✓ Passado esse período, com a sistematização da prática


mediúnica e melhor conhecimento dos postulados
espíritas, praticamente não há mais evocação de
Espíritos nas reuniões mediúnicas;

✓ Permitindo-se que os Espíritos se manifestem de forma


espontânea, segundo planificação elaborada e
desenvolvida pelos orientadores espirituais.

✓ Importa destacar também que, atualmente, a


mediunidade predominante é a de efeitos inteligentes,
em vez de efeitos físicos, usual no passado.
CONSIDERAÇÕES CIENTÍFICAS
RELACIONADAS À COMUNICABILIDADE DOS
ESPÍRITOS
➢CONSIDERAÇÕES CIENTÍFICAS RELACIONADAS À
COMUNICABILIDADE DOS ESPÍRITOS

➢ Há poucos estudos científicos atuais sobre a mediunidade:

✓ Desperta atenção, na área da psiquiatria, onde ainda é estudado em comum com as psicopatias
relacionadas às dissociações mentais, mesmo que o médium se revele pessoa equilibrada.

➢ Em psiquiatria, dissociação mental significa “ruptura dos processos normais do raciocínio com
relação à consciência […].”

➢ (3) Entretanto, a alteração do estado de consciência pelo transe mediúnico, ou pela percepção
extrassensorial de Espíritos ou da realidade extrafísica é entendida, ainda, como anomalia
psíquica.

➢ Esta visão distorcida, de a mediunidade ser sinônimo de perturbação mental, está se modificando
com o surgimento de pesquisas e estudos científicos sérios, publicados em revistas
➢ No âmbito deste Roteiro destacamos dois estudos sérios,
excelentes publicações realizadas por psiquiatras
brasileiros:

✓ Tese de doutorado do médico Alexander Moreira de


Almeida, denominada Fenomenologia das experiências
mediúnicas, perfil e psicopatologia de médiuns espíritas,
apresentada no Departamento de Psiquiatria da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-
USP.

✓ Artigo de revisão, intitulado A mediunidade vista por alguns pioneiros da área


mental, de autoria conjunta deste psiquiatra (Alexander Almeida) e do professor
de psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, Francisco Latufo Neto.
➢ Em sua tese de doutorado Alexander destaca os
objetivos do seu trabalho:

✓ “Definir o perfil sócio demográfico e a saúde


mental em médiuns espíritas, bem como a
fenomenologia e o histórico de suas experiências
mediúnicas.” (4)

✓ Assim, foram analisados 115 médiuns,


selecionados aleatoriamente nos centros espíritas
em São Paulo, capital. Os resultados da pesquisa
podem ser assim resumidos: (4)
❑ 76,5% dos médiuns eram mulheres, espíritas em média há 16
anos, sendo que entre estas a maioria possuía formação escolar
superior.
❑ A mediunidade predominante foi a psicofonia (entre 72%),
seguida da vidência (63%).

❑ Os médiuns diferiam das características usualmente encontradas nos


portadores de transtornos de identidade dissociativa ou distúrbios
classificáveis como desordens mentais.

❑ Os principais sinais do surgimento da mediunidade foram relatados como


sintomas isolados, ocorridos na infância ou no início da vida adulta,
marcados por quadros de oscilação do humor admitidos, sobretudo,
durante o curso de formação de médiuns (cursos de estudo da
mediunidade).
❑ Os pródromos da mediunidade de psicofonia foram
identificados como: sensação de presença de alguém junto ao
médium, sintomas físicos diversos, sentimentos e sensações
estranhas, reconhecidos como não sendo de outra pessoa,
mas manifestados nos médiuns.

❑ Posteriormente, numa fase mais adiantada da percepção, os


médiuns estudados revelaram sentir uma pressão na garganta,
e, espontaneamente, começaram a verbalizar um discurso não
planejado.

❑ A intuição foi caracterizada pelo surgimento repentino de


pensamentos ou imagens na mente não reconhecidos como
próprios.
❑ A vidência e a audiência se caracterizaram,
respectivamente, pela percepção de imagens ou
vozes no espaço psíquico interno (na mente), ou
externamente, com o surgimento abrupto de
imagens e vozes.

❑ A psicofonia só acontecia, em geral, no centro


espírita, mas as demais modalidades mediúnicas
ocorriam tanto dentro como fora dos centros
espíritas.
A conclusão do trabalho revela:

[…] médiuns estudados evidenciaram alto nível sócio


educacional, baixa prevalência de transtornos psiquiátricos
menores e razoável adequação social.

A mediunidade provavelmente se constitui numa vivência


diferente do transtorno de identidade dissociativa.

A maioria teve o início de suas manifestações mediúnicas na


infância, e estas, atualmente, se caracterizam por vivências
de influência ou alucinatórias, que não necessariamente
implicam num diagnóstico de esquizofrenia. (4)
Esse tipo de estudo representa um avanço científico, pois, além de
permitir que a medicina e ciências relacionadas conheçam melhor
a mediunidade e os médiuns, evita a ocorrência de diagnósticos
precipitados e equivocados,

uma vez que, ao contrário do que se pensava no passado, sabe-


se hoje que as boas práticas religiosas ou espirituais são
favorecedoras da saúde mental.

Dessa forma, podemos dizer que está ocorrendo uma união entre
a Religião e a Ciência, “[…] as duas alavancas da inteligência
humana […]” (5), nas palavras de Allan Kardec, que complementa,
assim, o seu pensamento:
Uma revela as leis do mundo material e a outra, as do mundo
moral. Ambas, porém, tendo o mesmo princípio, que é Deus, não
podem contradizer-se. […] A incompatibilidade que se julgou existir
entre essas duas ordens de ideias provém apenas de uma
observação defeituosa e de um excesso de exclusivismo de um lado
e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à
intolerância. (5)

Entendemos, porém, “[…] que ainda há um longo caminho a ser


percorrido, a fim de que se estabeleça a definitiva união entre as
duas partes. Entretanto, vemos com redobrado otimismo as
inúmeras publicações científicas relacionadas à temática saúde e
religião, ou saúde e espiritualidade, surgidas em diferentes partes do
mundo, e desenvolvidas por competentes autoridades, nas
academias e institutos de ciência espalhados no planeta.” (6)
A psiquiatria moderna já conta com a disciplina “estudos de
problemas espirituais e religiosos”, que procura diferenciar
patologia mental, propriamente dita, das chamadas faculdades de
percepção extrassensorial. A obsessão espiritual, inclusive passou
recentemente a ser oficialmente aceita pela Medicina
como possessão e estado de transe, que é um item do CID-Código
Internacional de Doenças. †

O CID 10, item F.44.3 define o estado de transe e possessão


como: perda transitória da identidade com manutenção de
consciência. Assim, o transe mediúnico já não é considerado
doença mental, propriamente dita; Neste aspecto, a alucinação é
sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais como na
interferência de um obsessor
Os médiuns do presente, pelo menos em termos da
Medicina, já não são classificados como
endemoniados, feiticeiros ou bruxos.

Tal fato, por si só, já representa um avanço, fazendo-


nos vislumbrar um futuro mais feliz em que os
desencarnados possam comunicar-se livremente com
os encarnados, tal como acontece hoje o intercâmbio
entre indivíduos de diferentes partes do Planeta, no
mesmo plano de vida, via internet.

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