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O RETORNO À VIDA CORPORAL

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O LIVRO DOS ESPÍRITOS – MÓDULO I – AULA 17


96 slides
OBJETIVOS

▪ Apresentar a reencarnação como processo


natural da evolução e reflexo da justiça divina.
ABORDAGENS
▪ O Prelúdio do Retorno;
▪ A União da Alma e do Corpo;
▪ As Faculdades Morais e Intelectuais do Homem;
▪ A Influencia do Organismo;
▪ O Idiotismo e a Loucura;
▪ A Infância;
▪ As Simpatias e Antipatias Terrenas;
▪ O Esquecimento do Passado.
O PRELÚDIO DO RETORNO
▪ De acordo com a Doutrina Espírita, o planejamento
reencarnatório pode ser concebido pelo próprio
Espírito que deseja reencarnar ou por Espíritos mais
esclarecidos, especialmente designados para esta
tarefa.
▪ Na primeira situação, o Espírito […] escolhe o gênero
de provas por que há de passar e nisso consiste o
seu livre-arbítrio. Na outra situação, Deus lhe supre a
inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve
seguir, como fazeis com a criancinha.
▪ Deixa-o, porém, pouco a pouco, à medida que o
seu livre-arbítrio se desenvolve, senhor de
proceder à escolha […].
▪ Cada entidade reencarnante apresenta
particularidades essenciais na recorporificação a
que se entrega na esfera física […]. 
▪ Os Espíritos categoricamente
superiores […] podem plasmar por si
mesmos […] o corpo em que continuarão as
futuras experiências[…]. 
▪ Os Espíritos categoricamente inferiores, na maioria
das ocasiões, […] entram em simbiose fluídica com
as organizações femininas a que se
agregam […] em moldes inteiramente dependentes
da hereditariedade […]. 
▪ Entre ambas as classes, porém, contamos com
milhões de Espíritos medianos na evolução,
portadores de créditos apreciáveis e dívidas
numerosas, cuja reencarnação exige cautela de
preparo e esmero de previsão.
(André Luiz: Evolução em Dois Mundos).
▪ Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus
lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-
lhes as provações da vida corporal.
▪ Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas
existências, o que não puderam fazer ou concluir
numa primeira prova.
▪ Partindo desta assertiva, compreendemos que não
há improvisação nos procedimentos que antecedem
as experiências reencarnatórias.
▪ Existe, na verdade, uma planificação fundamentada
na lógica e na moralidade, tendo em vista o
progresso espiritual da criatura humana.
▪ Neste sentido, a escolha das provas no
planejamento reencarnatório merece cuidados
especiais por parte dos Espíritos planejadores.
▪ Conscientes das implicações desses
esclarecimentos, ocorrem-nos automaticamente
algumas indagações:
▪ Quando é definido o momento da reencarnação?
▪ Quais são as condições que determinam que é
chegada a hora do retorno à vida corporal?
▪ Podemos selecionar as provas ou experiências que
vivenciaremos no plano físico?
▪ Que critérios são utilizados, por exemplo, para a
escolha dos nossos pais e demais familiares, ou da
cidade e país em que renasceremos?
▪ Como são definidas questões relativas ao
casamento, aos filhos, à profissão?
▪A Doutrina Espírita coloca ao nosso dispor
esclarecidas respostas para essas e outras
questões: 
▪O homem, que tem consciência da sua
inferioridade, haure consoladora esperança na
doutrina da reencarnação.
▪ Se crê na justiça de Deus, não pode contar que
venha a achar se, para sempre, em pé de
igualdade com os que mais fizeram do que ele.
▪ Sustém-no, porém, e lhe reanima a coragem a
ideia de que aquela inferioridade não o deserda
eternamente do supremo bem e que, mediante
novos esforços, dado lhe será conquistá-lo. 
▪ Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora
haver tão tarde ganho uma experiência de que já
não mais pode tirar proveito? Entretanto, essa
experiência tardia não fica perdida; o Espírito a
utilizará em nova existência.
▪A reencarnação, porém, não dispensa
planejamento, mesmo em se tratando das
reencarnações mais simples.
▪ Este planejamento pode ser elaborado pelo próprio
Espírito que deseja ou necessita reencarnar, desde
que ele tenha condições morais e intelectuais para
tanto.
▪ O planejamento, pode, no entanto, ser delegado a
um Espírito esclarecido, caso o reencarnante não
ofereça, no momento, condições para planejar a
própria reencarnação, ou opinar sobre a mesma.
▪ O Espírito mais adiantado em moralidade e em
conhecimento […] escolhe o gênero de provas por
que há de passar e nisso consiste o seu livre-
arbítrio.
▪ Neste assunto, como em outros, sabemos que
não existe o livre-arbítrio absoluto, mesmo em se
tratando de Espíritos verdadeiramente
superiores. 
▪ Nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto
foi Deus quem estabeleceu todas as leis que
regem o Universo. […]. 
▪ Escolhestes apenas o gênero das provações. As
particularidades correm por conta da posição em
que vos achais; são, muitas vezes, consequências
das vossas próprias ações.
▪ Escolhendo, por exemplo, nascer entre malfeitores,
sabia o Espírito a que arrastamentos se expunha;
ignorava, porém, quais os atos que viria a praticar.
▪ Esses atos resultam do exercício da sua vontade, ou
do seu livre-arbítrio. Sabe o Espírito que, escolhendo
tal caminho, terá que sustentar lutas de
determinada espécie;
▪ Sabe, portanto, de que natureza serão as
vicissitudes que se lhe depararão, mas ignora se se
verificará este ou aquele êxito. 
▪ Os acontecimentos secundários se originam das
circunstâncias e da força mesma das coisas.
Previstos só são os fatos principais, os que influem
no destino.
▪ Se tomares uma estrada cheia de sulcos profundos,
sabes que terás de andar cautelosamente, porque
há muitas probabilidades de caíres; ignoras,
contudo, em que ponto cairás e bem pode suceder
que não caias, se fores bastante prudente.
▪ Se, ao percorreres uma rua, uma telha te cair na
cabeça, não creias que estava escrito, segundo
vulgarmente se diz.
▪ Independentemente de um Espírito ter elaborado
ou participado efetivamente do próprio
planejamento reencarnatório, não há garantias de
que esse planejamento seja cumprido total ou
parcialmente.
▪ Sabemos […] haver Espíritos que desde o começo
tomam um caminho que os exime de muitas
provas. Aquele, porém, que se deixa arrastar para o
mau caminho, corre todos os perigos que o inçam.
▪ Pode um Espírito, por exemplo, pedir a riqueza e
ser lhe esta concedida.
▪ Então, conforme o seu caráter, poderá tornar se
avaro ou pródigo, egoísta ou generoso, ou ainda
lançar se a todos os gozos da sensualidade.
▪ Percebe-se, por essas elucidações, como a
questão do planejamento reencarnatório está
ligada às consequências do uso do nosso livre-
arbítrio, situação que sempre reflete o nosso
nível de evolução moral e intelectual.
▪ O livre-arbítrio, repetidamente utilizado de
forma incorreta, restringe a nossa capacidade
de opinar em um novo planejamento.
▪ É por esta razão que os Espíritos dedicados a
esse gênero de tarefa consideram todas as
ações que executamos, antes e depois da
desencarnação, definindo critérios
norteadores do planejamento reencarnatório
que nos cabe.
A UNIÃO DA ALMA AO CORPO
▪ A união começa na concepção, mas só é completa
por ocasião do nascimento.
▪ Desde o instante da concepção, o Espírito
designado para habitar certo corpo a este se liga
por um laço fluídico, que cada vez mais se vai
apertando até ao instante em que a criança vê a
luz. […] 
▪ Este laço se estreita cada vez mais, à medida que o
corpo se vai desenvolvendo.
▪ Desde esse momento, o Espírito sente uma
perturbação que cresce sempre; ao aproximar se do
nascimento, ocasião em que ela se torna completa,
o Espírito perde a consciência de si e não recobra as
ideias senão gradualmente, a partir do momento em
que a criança começa a respirar a união então é
completa e definitiva. 
▪ É definitiva a união, no sentido de que outro Espírito
não poderia substituir o que está designado para
aquele corpo. Mas, como os laços que ao corpo o
prendem são ainda muito fracos, facilmente se
rompem e podem romper-se por vontade do Espírito,
se este recua diante da prova que escolheu.
▪ Em tal caso, porém, a criança não vinga.
▪ A perturbação que acompanha o Espírito […] o
adverte de que lhe soou o momento de começar nova
existência corpórea. Essa perturbação cresce de
contínuo até ao nascimento. Nesse intervalo, seu
estado é quase idêntico ao de um Espírito encarnado
durante o sono.
▪ À medida que a hora do nascimento se aproxima,
suas ideias se apagam, assim como a lembrança do
passado, do qual deixa de ter consciência na condição
de homem, logo que entra na vida. Essa lembrança,
porém, lhe volta pouco a pouco ao retornar ao estado
de Espírito.
▪ Assim, o Espírito […] jamais presencia o seu
nascimento. Quando a criança respira, começa o
espírito a recobraras faculdades, que se
desenvolvem à proporção que se formam e
consolidam os órgãos que lhes hão de servir às
manifestações.
▪ Mas, ao mesmo tempo que o Espírito recobra a
consciência de si mesmo, perde a lembrança do
seu passado, sem perder as faculdades, as
qualidades e as aptidões anteriormente adquiridas,
que haviam ficado temporariamente em estado de
latência e que, voltando à atividade, vão ajudá-lo a
fazer mais e melhor do que antes.
▪ Ele renasce qual se fizera pelo seu trabalho
anterior o seu renascimento lhe é um novo ponto
de partida, um novo degrau a subir. O laço fluídico
que prende o Espírito ao corpo é o próprio
perispírito, que, como sabemos, é semimaterial
[…], isto é, pertence à matéria pela sua origem e à
espiritualidade pela sua natureza etérea.
▪ Como toda matéria, ele é extraído do fluido
cósmico universal que, nessa circunstância, sofre
uma modificação especial. […] O fluido perispirítico
constitui, pois, o traço de união entre o Espírito e a
matéria.
▪ Enquanto aquele se acha unido ao corpo, serve-lhe
ele de veículo ao pensamento, para transmitir o
movimento às diversas partes do organismo, as
quais atuam sob a impulsão da sua vontade e para
fazer que repercutam no Espírito as sensações que
os agentes exteriores produzam.
▪ Servem-lhe de fios condutores os nervos como, no
telégrafo, ao fluido elétrico serve de condutor o fio
metálico. Dessa forma, quando […] o Espírito tem
de encarnar num corpo humano em vias de
formação, um laço fluídico, que mais não é do que
uma expansão do seu perispírito;
▪ O liga ao gérmen que o atrai por uma força
irresistível, desde o momento da concepção. À
medida que o gérmen se desenvolve, o laço se
encurta. Sob a influência do princípio vito-material
do gérmen, o períspírito, que possui certas
propriedades da matéria, se une, molécula a
molécula, ao corpo em formação, donde o poder
dizer se que o Espírito, por intermédio do seu
perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse
gérmen, como uma planta na terra. Quando o
gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento,
completa é a união; nasce então o ser para a vida
exterior.
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AS FACULDADES MORAIS E INTELECTUAIS
▪ A lei do progresso é inexorável. 
▪ O homem não pode conservar se indefinidamente
na ignorância, porque tem de atingir a finalidade
que a Providência lhe assinou.
▪ Ele se instrui pela força das coisas.
▪ As revoluções morais, como as revoluções sociais,
se infiltram nas ideias pouco a pouco; germinam
durante séculos;
▪ Depois, irrompem subitamente e produzem o
desmoronamento do carunchoso edifício do
passado, que deixou de estarem harmonia com as
necessidades novas e com as novas aspirações
▪ Há duas espécies de progresso, que uma a outra se
prestam mútuo apoio, mas que, no entanto, não
marcham lado a lado: o progresso intelectual e o
progresso moral.
▪ Entre os povos civilizados, o primeiro tem recebido,
no correr deste século, todos os incentivos. Por isso
mesmo atingiu um grau a que ainda não chegara
antes da época atual.
▪ Muito falta para que o segundo se ache no mesmo
nível. Entretanto, comparando-se os costumes
sociais de hoje com os de alguns séculos atrás, só
um cego negaria o processo realizado.
▪ Ora, sendo assim, porque haveria essa marcha
ascendente de parar, com relação, de preferência,
ao moral, do que com relação ao intelectual?
▪ Por que será impossível que entre o século
dezenove e o vigésimo quarto século haja, a esse
respeito, tanta diferença quanta entre o décimo
quarto século e o século dezenove?
▪ Duvidar fora pretender que a Humanidade está no
apogeu da perfeição, o que seria absurdo, ou que
ela não é perfectível moralmente, o que a
experiência desmente.
▪ Na verdade, o atual progresso alcançado pela
Humanidade representa um esforço evolutivo de
milênios. Da sensação à irritabilidade, da
irritabilidade ao instinto, do instinto à inteligência
e da inteligência ao discernimento, séculos e
séculos correram incessantes.
▪ A evolução é fruto do tempo infinito.
▪ Outro ponto importante, merecedor de destaque, é
que o progresso, moral ou intelectual, é sempre
cumulativo. 
▪ De átomo a átomo, organizam-se os corpos
astronômicos dos mundos e de pequenina
experiência em pequenina experiência,
infinitamente repetidas, alargasse-nos o poder da
mente e sublimam-se nos as manifestações da
alma que, no escoar das eras imensuráveis;
▪ Cresce no conhecimento e aprimora-se na virtude,
estruturando, pacientemente, no seio do espaço e
do tempo;
▪ O veículo glorioso com que escalaremos, um dia, os
impérios deslumbrantes da Beleza Imortal.
▪ O progresso é, principalmente, resultado do esforço
individual: quanto maior for o nosso empenho,
melhores serão os resultados alcançados. 
▪ O progresso nos Espíritos é o fruto do próprio
trabalho; mas, como são livres, trabalham no seu
adiantamento com maior ou menor atividade, com
mais ou menos negligência, segundo sua vontade,
acelerando ou retardando o progresso e, por
conseguinte, a própria felicidade.
▪ Enquanto uns avançam rapidamente, entorpecem-se
outros, quais poltrões, nas fileiras inferiores. São eles,
pois, os próprios autores da sua situação, feliz ou
desgraçada, conforme esta frase do Cristo: — A cada
um segundo as suas obras. (Mt) 
▪ Todo Espírito que se atrasa não pode queixar se senão
de si mesmo, assim como o que se adianta tem o
mérito exclusivo do seu esforço, dando por isso maior
apreço à felicidade conquistada.
▪ O progresso intelectual e o progresso moral raramente
marcham juntos, mas o que o Espírito não consegue
em dado tempo, alcança em outro, de modo que os
dois progressos acabam por atingir o mesmo nível.
▪ Eis por que se veem muitas vezes homens
inteligentes e instruídos pouco adiantados
moralmente, e vice-versa. No entanto, o progresso
intelectual pode engendrar o progresso moral
fazendo […] compreensíveis o bem e o mal.
▪ O homem, desde então, pode escolher.
▪ O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o
da inteligência e aumenta a responsabilidade dos
atos.
▪ Nesse sentido, a […] encarnação é necessária ao
duplo progresso moral e intelectual do Espírito:
▪ Ao progresso intelectual pela atividade obrigatória
do trabalho; ao progresso moral pela necessidade
recíproca dos homens entre si.
▪ A vida social é a pedra de toque das boas ou más
qualidades.
▪ A bondade, a maldade, a doçura, a violência, a
benevolência, a caridade, o egoísmo, a avareza, o
orgulho, a humildade, a sinceridade, a franqueza, a
lealdade, a má-fé, a hipocrisia, em uma palavra,
tudo o que constitui o homem de bem ou o
perverso tem por móvel, por alvo e por estímulo as
relações do homem com os seus semelhantes.
A INFLUÊNCIA DO ORGANISMO
▪ O Espírito dispõe sempre das faculdades que lhe
são próprias.
▪ Ora, não são os órgãos que dão as faculdades, e
sim estas que impulsionam o desenvolvimento
dos órgãos.
▪ a) – Dever-se-á deduzir daí que a diversidade das
aptidões entre os homens deriva unicamente do
estado do Espírito?
▪ O termo – unicamente – não exprime com toda a
exatidão o que ocorre. O princípio dessa
diversidade reside nas qualidades do Espírito, que
pode ser mais ou menos adiantado.
▪ Cumpre, porém, se leve em conta a influência da
matéria, que mais ou menos lhe cerceia o
exercício.
▪ Encarnando, traz o Espírito certas predisposições e,
se se admitir que a cada uma corresponda no
cérebro um órgão, o desenvolvimento desses
órgãos será efeito e não causa.
▪ Se nos órgãos estivesse o princípio das
faculdades, o homem seria máquina sem livre-
arbítrio e sem a responsabilidade de seus atos.
▪ Forçoso então fora admitir-se que os maiores
gênios, os sábios, os poetas, os artistas, só o são
porque o acaso lhes deu órgãos especiais,
donde se seguiria que, sem esses órgãos, não
teriam sido gênios e que, assim, o maior dos
imbecis houvera podido ser um Newton, um
Vergílio, ou um Rafael, desde que de certos
órgãos se achassem providos.
▪ Ainda mais absurda se mostra semelhante
hipótese, se a aplicarmos às qualidades morais.
▪ Efetivamente, segundo esse sistema, um Vicente
de Paulo, se a Natureza o dotara de tal ou tal
órgão, teria podido ser um celerado e o maior dos
celerados não precisaria senão de um certo órgão
para ser um Vicente de Paulo.
▪ Admita-se, ao contrário, que os órgãos especiais,
dado existam, são consequentes, que se
desenvolvem por efeito do exercício da faculdade,
como os músculos por efeito do movimento, e a
nenhuma conclusão irracional se chegará.
▪ Sirvamo-nos de uma comparação, trivial à força
de ser verdadeira.
▪ Teremos corpos melhores na justa medida que
pudermos alterar o que a genética básica nos
impõe. Teremos meios de escape de corpos
menos habilitados, tão maior seja o nosso
desenvolvimento espiritual.
▪ Em resumo, o corpo é atributo que o espírito
evoluído molda a seu desejo!!!!!! O oposto,
entretanto, não é verdadeiro. O corpo não fará o
espírito melhor…
▪ Ele pode nos iludir por um tempo, mas por pouco…
▪ Nas areias do tempo tivemos diversos corpos
diferentes, em sexos diferentes, em diferentes
escalas sociais Por alguns sinais fisionômicos se
reconhece que um homem tem o vício da
embriaguez.
▪ Serão esses sinais que fazem dele um ébrio, ou será
a ebriedade que nele imprime aqueles sinais?
▪ Pode dizer-se que os órgãos recebem o cunho das
faculdades.
▪ Mas esta ilusão da matéria passa rapidamente
evanesce.
▪ Quem pode, agora, aumentar sua própria altura,
desenvolver seus músculos, melhorar sua
aparência de maneira definitiva?
▪ Mas podemos melhorar nossa moral interior,
melhorar nossos valores, sermos mais BONITOS
em espírito.
▪ Somos ESPÍRITO! Mas o corpo, nesta fase de
nossa evolução participa e interfere, ajuda e
atrapalha, impõe facilidades e dificuldades.
▪ Ele é um companheiro de jornada, que devolveremos
ao planeta que nos emprestou, e deve ser respeitado.
▪ Em nosso corpo existem milhares de princípios
inteligentes que participam desta evolução conosco.
Muitos estão programados para serem criados junto
com o corpo.
▪ Sem as quais as células não gerariam energia
suficiente para sua manutenção e reprodução. Vejam
as muitas bactérias em nossa flora estomacal e
intestinal que nos auxiliam a digestão dos alimentos.
▪ Vejam os muitos vírus, muitos dos quais nos adoecem,
mas sem a intenção formal disto, apenas estando a viver
também. Nosso corpo é um largo palco de
desenvolvimentos e precisa por causa disto ser bem
tratado. 
▪ Somos responsáveis pela hospedagem de milhares e
milhares de princípios inteligentes em desenvolvimento.
▪ Devolveremos tudo a este planeta, mas levaremos
conosco o maior dos valores: a experiência!!!!
▪ Este desenvolvimento é o que viemos buscar aqui e
devemos fazê-lo da melhor maneira que pudermos.
▪ Amem-se! Cuidem de seus corpos!
▪ Sintam-se bem e sejam bonitos! Uma pessoa
saudável é sempre bonito, por menos estéticos que
sejam seus traços.
▪ Cuidem de seus corpos da mesma maneira que
cuidam de suas almas!
▪ A Sabedoria, com S maiúsculo, está no Equilíbrio do
corpo e da alma.
▪ Men sana in corpore sana. 
Autor: Mauro Bueno.
▪ Portal do Espírito.
▪ Encontrado em: www.espirito.org.br
O IDIOTISMO E A LOUCURA
▪A matéria ou o corpo material nada mais
representa do que o invólucro grosseiro, provisório e
descartável que, após um certo tempo de uso, o
Espírito se livra dele pela desencarnação. 
▪ Quando encarnado, o ser invisível conserva os
atributos de natureza espiritual e o exercício destas
faculdades depende dos órgãos que lhes servem de
instrumentos. 
▪ Naturalmente, destas condições, o Espírito vê suas
forças um tanto cerceadas pelo efeito da matéria.
▪ Estes órgãos são, então, os instrumentos de
manifestação da alma ou faculdades que, quanto
ao seu desenvolvimento, dependem da qualidade
do Espírito.
▪ Este traz certas predisposições, admitindo para
cada uma delas um órgão correspondente no
cérebro. As faculdades não se originam nestes
órgãos, mas são elas que conduzem o seu
desenvolvimento.  
▪ Sempre que se trata do assunto Idiotismo ou dos
mais variados tipos de loucura, defrontamo-nos
com a eterna pergunta:
▪ Estes doentes tem uma alma ou Espírito inferior?
▪ A resposta é sempre clara e objetiva. Não; eles têm
uma alma humana e, muitas vezes, bem mais
inteligente do que possa se imaginar.
▪ Por que, então, esta situação de momento tão
anômala?   
▪ Por que haveriam de ter sido criados desta forma,
tão infelizes?
▪ Felizmente, possuidores dos conhecimentos que a
Doutrina Espírita nos outorga, podemos avaliar a
situação sem nenhuma dificuldade. 
▪ São Espíritos em resgate que, embora já possuam
um progresso relativo pela existência que lhe
facultou esta melhoria, mesmo assim:
▪ Em certo ponto voltaram a falhar tornando-se
devedores.
▪ Daí, acharam por bem, na presente experiência,
procurar se ressarcir dos débitos desta forma.
Nada mais natural e lógico.
▪ Necessário se faz distinguir até onde vai a
diferença do estado normal para o patológico.
▪ No normal, prevalece a moral que supera as
dificuldades que a matéria tenta impingir e, nos
casos diferentes, ou seja, das doenças da alma, ele
não tem liberdade necessária para atuar, como na
idiotia ou na loucura. Aqui, a própria lei dos
homens isenta os enfermos das responsabilidades.
 
▪ Assim, verificamos que a superioridade moral não
está sempre na razão direta da intelectual e que os
seres foram grande de expressão no passado
agora precisam se submeter a uma existência
inferior e lavrada de sofrimentos, naturalmente
pelos deslizes cometidos.   
▪ E aqueles que não têm capacidade de discernir e que
não podem fazer nem bem nem mal, que mérito
poderiam pretender.
▪ É, na realidade, uma expiação imposta por eles mesmos,
aceita e programada quando ainda no espaço, com
capacidade de escolher ao seu melhor gosto.   
▪ A Doutrina Espírita mostra que o Espírito
( desencarnado ) tem a faculdade de perceber tudo o
que fez e produziu desde a sua criação e que, assim, ele
mede os prós e os contras para estabelecer como deverá
reprogramar a continuação da jornada para o seu
progresso espiritual.   
▪ Mesmo na condição de deficientes mentais,
muitas vezes, por instantes, eles conseguem
perceber suas dificuldades, verificar suas reais
condições e saber que é certamente uma prova e
uma expiação;
▪ É justamente por isto que, muitas vezes, a loucura
leva ao suicídio por ser o Espírito pouco evoluído. 
▪ Convém lembrarmos que, mesmo depois da
morte, ele se ressente dos problemas desta fase e
só se livra deles quando estiver completamente
desligado das coisas da matéria.   
▪ Na maioria das vezes, os doentes internados em
hospícios ou albergues, uma verificação mais acurada
vai demonstrar que um grande número deles não
apresenta nenhuma lesão cerebral que justifique o
comportamento.
▪ É que, nestas circunstâncias, trata-se muito mais de
processos de obsessão por Espíritos inferiores que já
dominaram as vontades e as atitudes dos subjugados, e
que por isso não possuem mais o domínio de si próprios.
▪ Não seria preciso repetir, agora, as causas para tudo
isto, pois conhecemos bem os motivos.
  
▪ A cura para estes males não se encontra nos
produtos ou medicamentos; só através do progresso
espiritual é que estes sintomas vão desaparecer
como por encanto. 
▪ O burilamento dos Espíritos é a condição para a
cura total definitiva.
▪ Almas desavisadas molduram e elaboram a
derrocada, e os Espíritos sempre vigilantes
conseguem se vacinar contra estes futuros
desastrosos. 
▪ Jornal Associação Divulgadores do Espiritismo. Encontrado em: www.guiata.com.br
RESGATE DE UMA VIDA ATRAVÉS DA DOUTRINA DE AMOR
A INFÂNCIA
▪ Ao [...] aproximar-se o momento da materialização,
o Espírito começa a perturbar-se e perde pouco a
pouco a consciência de si mesmo.
▪ Durante certo período, ele permanece numa
espécie de sono, em que todas as suas faculdades
(aptidões) se conservam em estado latente. Esse
estado transitório é necessário, para que o Espírito
tenha um novo ponto de partida, e por isso o faz
esquecer, na sua nova existência terrena, tudo o
que lhe pudesse servir de estorvo.
▪ Seu passado, entretanto, reage sobre ele, que
renasce para uma vida maior, moral e
intelectualmente mais forte, sustentado e
secundado (envolto) pela intuição que conserva da
experiência adquirida.
▪ A partir do nascimento, suas ideias retomam
gradualmente o seu desenvolvimento,
acompanhando o crescimento do corpo.
▪ Pode-se dizer que, nos primeiros anos, o Espírito é
realmente criança, pois as ideias que formam o
fundo do seu caráter estão ainda adormecidas.
▪ Durante o tempo em que os seus instintos
permanecem latentes, ela é mais dócil, e por isso
mesmo mais acessível às impressões que podem
modificar a sua natureza e fazê-la progredir, o que
facilita a tarefa dos pais. 
▪ A infância começa com o nascimento. Compreende o
período de desenvolvimento da personalidade,
iniciado no parto e completado com a chegada das
primeiras manifestações da puberdade, marco inicial
da adolescência.
▪ Durante o período de infância a criança não só muda
com a idade, como revela características individuais,
cujo ritmo varia de indivíduo para indivíduo.
▪ As diferenças individuais observadas nas crianças
resulta da carga genética herdada dos pais, da
educação recebida, das tendências instintivas e
das ideias inatas que o Espírito traz ao renascer.
▪ As transformações neurofisiológicas e bioquímicas
do corpo físico seguem as leis da genética, tendo
em vista a moldagem da personalidade infantil
prevista no planejamento de rematerialização.
▪ A educação, ou fator cultural, propicia condições
ao desenvolvimento intelecto-moral e à
explicitação de conquistas evolutivas
anteriormente adquiridas pelo Espírito.
▪ As tendências instintivas e as ideias inatas surgem
sob a forma de lembranças fragmentárias (dividida
- aos poucos – por etapa) das conquistas e dos
fracassos que o Espírito traz consigo.
▪ É em vão que se aponta o esquecimento como um
obstáculo ao aproveitamento da experiência das
existências anteriores.
▪ Se Deus considerou conveniente lanças um véu
sobre o passado, é que isso deve ser útil.
▪ Com efeito, a lembrança do passado traria
inconvenientes muito graves.
▪ Em certos casos, poderia humilhar-nos
estranhamente, ou então exaltar o nosso
orgulho, e por isso mesmo dificultar o exercício
do nosso livre-arbítrio.
▪ De qualquer maneira, traria perturbações
inevitáveis às relações sociais.
▪ O Espírito renasce frequentemente no mesmo
meio em que viveu, e se encontra em relação
com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal
que lhes tenha feito.
▪ Se nelas reconhecesse as mesmas que havia
odiado, talvez o ódio reaparecesse.
▪ De qualquer modo, ficaria humilhado perante
aquelas pessoas que tivesse ofendido.
▪ Deus nos deu, para nos melhorarmos, justamente
o que necessitamos e nos é suficiente:
▪ A voz da consciência e as tendências instintivas; e
nos tira o que poderia prejudicar-nos.
▪ O homem traz, ao nascer, aquilo que adquiriu.
▪ Ele nasce exatamente como se fez. Cada existência
é para ele um novo ponto de partida.
▪ Pouco lhe importa saber o que foi: Se está sendo
punido, é porque fez o mal, e suas más tendências
atuais indicam o que lhe resta corrigir em si.
▪ É sobre isso que ele deve concentrar toda a sua
atenção, pois daquilo que foi completamente
corrigido já não restam sinais.
▪ As boas resoluções que tomou são a voz da
consciência, que o adverte do bem e do mal e lhe
dá a força de resistir às más tentações. 
▪ As crianças são os seres que Deus envia a novas
existências, e para que não possam acusá-lo de
demasiada severidade, dá-lhes todas as
aparências de inocência.
▪ Mesmo numa criança de natureza má, suas
faltas são cobertas pela não-consciência dos
atos.
▪ Esta inocência não é uma superioridade real, em
relação ao que elas eram antes, não, é apenas a
imagem do que elas deveriam ser, e se não o
são, é sobre elas somente que recai a culpa.
▪ Mas não é somente por elas que Deus lhes dá
esse aspecto, é também e sobretudo por seus
pais, cujo amor é necessário à fragilidade
infantil.
▪E esse amor seria extraordinariamente
enfraquecido pela presença de um caráter
impertinente e acerbo (que causa sofrimento –
difícil de suportar), enquanto que, supondo os
filhos bons e ternos, dão-lhes toda a afeição e
os envolvem nos mais delicados cuidados.
▪ Mas, quando as crianças não mais necessitam
dessa proteção, dessa assistência que lhes foi
dispensada durante quinze a vinte anos, seu
caráter real e individual reaparece em toda a sua
nudez.
▪ Permanecem boas, se eram fundamentalmente
boas; mas, sempre irisados de matizes que
estavam ocultos na primeira infância.
▪ O caráter real surge na adolescência, por isso
mudam tanto de comportamento. Devemos educa-
los desde o berço, conversar com eles desde os 4
anos, sem esperar pelos 12, 13 ou 14 anos.
▪ Os frutos plantados na infância serão colhidos
na adolescência.
▪ Não se veem algumas que parecem trazer
inatos a astúcia, a falsidade, a perfídia, o
instinto mesmo do roubo e do assassínio, e
isso não obstante os bons exemplos do meio?
▪ A lei civil absolve os seus erros, por considerar
que elas agem mais instintivamente do que
por deliberado propósito.
▪ Mas de onde podem provir esses instintos, tão
diferentes entre as crianças da mesma idade,
educadas nas mesmas condições e submetidas as
mesmas influências?
▪ De onde vem essa perversidade precoce, a não ser da
inferioridade do Espírito, pois que a educação nada
tem com ela?
▪ Aqueles que são viciosos, é que progrediram menos e
têm então de sofrer as consequências, não dos seus
atos da infância, mas das suas existências anteriores.
▪ É assim que a lei se mostra a mesma para todos, e a
justiça de Deus a todos abrange. 
▪ A infância tem outra utilidade: Os Espíritos não
ingressam na vida corpórea senão para se
aperfeiçoarem, para se melhorarem;
▪ A debilidade (qualidade daquilo que é pouco
intenso) dos primeiros anos os torna flexíveis,
acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles
que devem fazê-los progredir.
▪ É então que se pode reformar o seu caráter e
reprimir as suas más tendências. Esse é o dever
que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela
qual terão de responder.
▪ É assim que a infância não é somente útil,
necessária, indispensável, mas ainda a
consequência natural das leis que Deus
estabeleceu e que regem o Universo.
▪ Pode-se considerar a paternidade como uma
relação jurídica entre pais e filhos.
▪ O amor entre pai e mãe ou amor de pais e
filhos, como uma missão, e ao mesmo tempo
um dever muito grande, que implica, mais do
que o homem pensa, sua responsabilidade para
ao futuro.
▪ Deus põe a criança sob a tutela dos pais para que
estes a dirijam na senda (no caminho) do bem, e lhes
facilitou a tarefa dando à criança uma organização
débil (pouco intenso) e delicada, que a torna acessível
a todas as impressões.
▪ O Espírito de uma criança morta em tenra idade,
recomeça uma nova existência.
▪ Se o homem só tivesse uma existência, e se após
essa, a sua sorte fosse fixada para a eternidade, qual
seria o merecimento da metade da espécie humana,
que morre em tenra idade, para gozar sem esforços da
felicidade eterna?
▪ E com que direito seria ela libertada das condições,
quase sempre duras, impostas à outra metade?
▪ Uma tal ordem de coisas não poderia estar de
acordo com à justiça de Deus.
▪ Pela rematerialização, faz-se a igualdade para
todos:
▪ O futuro pertence a todos sem exceção e sem
favoritismo, e os que chegarem por último só
poderão queixar-se de si mesmos.
▪ O homem deve ter o mérito das suas ações, como
tem a sua responsabilidade.
▪ Com relação à posição espiritual dos Espíritos que
desmaterializam na infância, André Luiz informa-nos
que todos eles são recolhidos em Instituições
apropriadas, não se encontrando Espíritos de
crianças nas regiões umbralinas.
▪ Há inúmeras descrições espirituais de Escolas,
parques, colônias e instituições diversas
consagradas ao acolhimento e amparo às crianças
que retornam do Planeta através da desencarnação.
▪ Centro de Trabalhos Espíritas Ana Luz.
▪ Encontrado em: www.pt.slidshare.net
A INFÂNCIA
AS SIMPATIAS E AS ANTIPATIAS TERRENAS
▪ Nas relações humanas o magnetismo possui
características diferentes da física. Se na física o
magnetismo é a lei que estabelece a atração entre
polos opostos, nas relações humanas o que é positivo
atrai positivo, o que é negativo atrai negativo.
▪ As relações sociais obedecem a princípios
magnéticos como o fazem os corpos inanimados. Os
seres humanos instalam entre si e com o mundo
relações de atração e repulsão: são atraídos pelo que
gostam e repelidos pelo que detestam.
▪ Quando são irresistivelmente atraídos ou repelidos,
atua o magnetismo universal. Os encontros que
ocorrem, algumas vezes, e que se atribuem ao
acaso não serão o efeito de uma certa relação de
simpatia? Há entre os seres pensantes laços que
ainda não conheceis.
▪ O magnetismo é que dirige essa ciência, que
compreendereis melhor mais tarde. A simpatia vem
nem sempre de um conhecimento anterior, pois,
dois Espíritos que se compreendem procuram-se
naturalmente, sem que necessariamente se
tenham conhecido em encarnações passadas. 
▪ Quando são irresistivelmente atraídos ou repelidos,
atua o magnetismo universal. Dois seres que se
conhecem e se amam podem se encontrar em
outra existência corporal e não se reconhecerem,
mas podem sentir-se atraídos um pelo outro.
▪ Frequentemente, as ligações íntimas fundadas
numa afeição sincera não têm outra causa. Dois
seres aproximam-se um do outro por
consequências casuais em aparência, mas que são
de fato a atração de dois Espíritos que se procuram
na multidão. Equivocadamente acreditamos tudo
ser fruto da reencarnação.
▪ Dois Espíritos não são necessariamente maus por
não serem simpáticos um para com o outro. A
antipatia pode se originar da diferença no modo de
pensar.
▪ Mas, à medida que se elevam, as divergências se
apagam e a antipatia desaparece.
▪ A antipatia entre duas pessoas se manifesta nos
Espíritos bons e maus, tanto em um quanto no
outro, mas as causas e os efeitos são diferentes.
Um Espírito mau tem antipatia contra qualquer
pessoa que possa julgá-lo e desmascará-lo.
▪ Ao ver uma pessoa pela primeira vez, sabe que vai
ser desaprovado; seu afastamento dessa pessoa
se transforma em ódio, em ciúme, e lhe inspira o
desejo de fazer o mal.
▪ O Espírito bom sente repulsa pelo mau porque
sabe que não será compreendido e não partilharão
dos mesmos sentimentos, mas, seguro de sua
superioridade, não tem contra o outro ódio ou
ciúme, contenta-se em evitá-lo e lastimá-lo.
▪ Os fluxos magnéticos formam estruturas sociais
que vão dos pares de casais, famílias ou parcerias
de amigos até a humanidade inteira.
▪ Se atuarmos contrariamente ao que alguém
detesta e favoravelmente ao que alguém ama,
entraremos em afinidade simpática. Para se
superar uma grande antipatia é preciso uma dose
superior de simpatia.
▪ A supressão de um ódio ou mágoa imensos requer
a aplicação exaustiva do magnetismo em sentido
contrário e proporcional à hostilidade sentida.
▪ Somos seres altamente mecânicos. Reagimos aos
acontecimentos automaticamente e dentro de
padrões detectáveis.
▪ É sempre conveniente, na medida do possível,
evitar antipatias mas para tanto é necessário
dissolver os egos. A antipatia não nos é em geral
favorável a não ser que disponhamos de intensa
dose de simpatia para lhe fazer frente de maneira
muito segura. Devemos evitar ao máximo a
constelação de antipatias. Os padrões de atração e
repulsão de cada pessoa apresentam um estrato
individual, exclusivo dela, e um estrato coletivo,
compartilhado com outras pessoas ou até mesmo
com a humanidade inteira.
▪ Ana Cláudia Leal Felgueiras. .
Encontrado em: www.slidshare.net
O ESQUECIMENTO DO PASSADO
▪ Não temos durante a existência corpórea,
lembrança exata do que fomos e do que
fizemos nas anteriores existências, mas
possuímos disso a intuição, sendo as nossas
tendências instintivas uma reminiscência do
passado.
▪ Não fossem a nossa consciência e a vontade
que experimentamos de não reincidir nas faltas
já cometidas, seria difícil resistir a tais
pendores. 
▪ A aptidão para essa ou aquela profissão, a maior ou
menor facilidade nessa ou naquela disciplina, as
inclinações interiores – eis elementos que não
teriam justificativa se não existisse a reencarnação. 
▪ Com efeito, se a alma fosse realmente criada junto
com o corpo da criança, as pessoas deveriam
revelar igual talento e idênticas predileções, mas
não é isso que vemos.
▪ Os que têm filhos sabem muito bem quão
diferentes eles são, conquanto criados no mesmo
ambiente e recebendo os mesmos estímulos. 
▪ No esquecimento das existências anteriores,
sobretudo quando foram amarguradas, há
efetivamente algo de providencial e que atesta a
bondade e a sabedoria do Criador.
▪ Tal como se dá com os sentenciados a longas
penas, todos nós desejamos apagar da memória os
delitos cometidos e felizes ficamos quando a
sociedade não os conhece ou os relega ao
esquecimento.  A razão desse desejo é fácil de
explicar.
▪ Frequentemente – ensina o Espiritismo –
▪ Renascemos no mesmo meio em que já
vivemos e estabelecemos de novo relações
com as mesmas pessoas, a fim de reparar o
mal que lhes tenhamos feito.
▪ Se reconhecêssemos nelas criaturas a quem
odiamos, talvez o ódio despertasse outra vez
em nosso íntimo, e ainda que tal não
ocorresse, sentir-nos-íamos humilhados na
presença daquelas a quem houvéssemos
prejudicado ou ofendido. 
▪ É preciso ter em conta ainda um outro dado: o
esquecimento do passado ocorre apenas durante
a existência corpórea.
▪ Volvendo à vida espiritual, mesmo que não
recobremos de imediato a lembrança das
existências passadas, readquirimos informações
suficientes que nos situem perante as pessoas do
nosso círculo.
▪ Não existe, portanto, esquecimento, mas tão-
somente uma interrupção temporária das nossas
recordações.
▪ Livres da reminiscência de um passado
certamente importuno, podemos viver com
mais liberdade, como se déssemos início a uma
nova história.
▪ Suponhamos ainda que, em nossas relações,
em nossa família mesma, se encontre um
indivíduo que nos deu, outrora, motivos reais de
queixa, que talvez nos tenha arruinado ou
desonrado, e que, arrependido, reencarnou-se
em nosso meio, a fim de reparar suas faltas.
▪ Se nós e ele lembrássemos as peripécias do passado,
ficaríamos na mais embaraçosa posição, que em
nada contribuiria para a renovação das atitudes.  
▪ Basta essa ordem de raciocínios para entendermos
que a reminiscência das existências anteriores
perturbaria as relações sociais e constituiria um
tropeço real à marcha do progresso.  
▪ Léon Denis e Gabriel Delanne dão-nos as razões de
ordem científica pelas quais as lembranças do
passado não podem ocorrer ao se dar a nova
encarnação do Espírito.  
▪ Segundo Denis, em consequência da diminuição
do seu estado vibratório, o Espírito, cada vez que
toma posse de um corpo novo, de um cérebro
virgem, acha-se na impossibilidade de exprimir
as recordações acumuladas em suas vidas
precedentes. 
▪ Delanne esclarece que o perispírito toma, ao
encarnar, um movimento vibratório bastante
fraco para que o mínimo de intensidade
necessário à renovação de suas lembranças
possa ser atingido. 
▪ Podemos, pois, concluir em poucas linhas: 
▪ O esquecimento do passado e, por conseguinte,
das faltas cometidas não lhes atenua as
consequências.
▪ O conhecimento delas seria, porém, um fardo
insuportável e uma causa de desânimo para
muitas pessoas.
▪ Se a recordação do passado fosse geral, isso
concorreria para a perpetuação dos
ressentimentos e dos ódios.
▪ A existência é, algumas vezes, difícil de suportar, e
o seria ainda mais terrestre e, ao cortejo dos
nossos males atuais, acrescentássemos a
memória dos sofrimentos e dos equívocos
passados.
▪ Autor: Thiago Bernardes.

▪ O Consolador. Ano 2, n. 83.


▪ Encontrado em: www.oconsolador.com.br 
NÃO HÁ ESQUECIMENTO QUE DESTRUA AS VIVÊNCIAS DO PASSADO

Dom Total
FONTES DE PESQUISAS
▪ KARDEK, Allan.; O Livro dos Espíritos. Tradução de Salvador
Gentile, revisão de Elias Barbosa. 8. ed. Araras, SP: IDE, 1995.
Parte II, Cap.7 .
▪ KARDEK, Allan.; O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução
de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 8. ed. Araras, SP:
IDE, 1995, Cap. IV e V, itens 1 a 10.
▪ CAMPOS, Humberto de.; Boa Nova, Cap. 14.
▪ DENIS, Leon.; O Problema do Ser, do Destino e da Dor.
▪ PERALVA, Martins.; Estudando a Reencarnação.
▪ XAVIER, Francisco C.; Missionários da Luz, pelo Espírito de André
Luiz, Cap.. Reencarnação.

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