Você está na página 1de 9

Intensivo

IDENTIFICANDO
A VOZ DA INTUIÇÃO

DO DESPERTAR
RESUMO AULA 01
MAIO 2023

A Djagô também
é uma escola de intuição

Embora seja difícil compreendermos


cognitivamente o significado de intuição,
trata-se de um fenômeno intangível, mas
que faz parte do nosso dia a dia. Existem
diferentes interpretações da intuição,
a abordagem materialista diz que são
acessos muito rápidos em um grande banco
de dados, que é a nossa memória, e o nosso
cérebro capta informações por meio dos
nossos sentidos. Isso pode se revelar
para nós na forma de sensações, de pensa-
mentos e de sentimentos, assim chamamos
de intuição.

A abordagem espiritual diz que é uma


captação de informação quando estamos
nos comunicando com o inconsciente, que
guarda as informações de todo o universo.
Sendo assim, as informações são captadas
pelos sentidos. Essa explicação se encaixa
quando somos banhados de uma clareza a
respeito de coisas que não estamos
objetivamente querendo saber.

A intuição como sopro do divino

Para além dessas interpretações e entendi-


mentos, a intuição é um sopro do nosso Ser,
que nos aponta uma direção. Esse sopro
está intimamente relacionado com o sexto
chakra. Não, necessariamente, passa pelos
sentidos e é bem diferente do instinto de
sobrevivência.

Helena Blavatsky, uma pioneira em trazer


conhecimentos do oriente para o ocidente,
chamou a intuição de a voz do silêncio.
E o silêncio como temos visto é como uma
fragrância do nosso Ser. Esse sopro se
manifesta de diversas maneiras: uma voz
baixinha, um pensamento, uma voz alta, é
um sentimento que vem de dentro e nos
aponta uma direção.

O sopro do Ser X nosso ego


Pode acontecer desse sopro do Ser
contrariar aquilo que os nossos sentidos
captam e interpretam como sendo
o caminho a ser seguido, ou seja, contraria
aquilo que o nosso ego entende como o
certo a se fazer. Por isso, é comum aconte-
cer de questionarmos esses impulsos,
especialmente quando contrariam a razão
determinada pela percepção direta dos
nossos sentidos.

A purificação dos sentidos

Os nossos sentidos são limitados, pois estão


condicionados, estão a serviço de uma
mente condicionada: olhamos, cheiramos,
tocamos e interpretamos as percepções de
acordo com o nosso sistema de crenças.
Aos poucos, podemos purificar os nossos
sentidos, descondicionando a mente,
ouvindo a voz do silêncio e confiar nesta
voz. Até que chega um momento em que
podemos confiar mais na nossa intuição do
que no nosso intelecto.

Como podemos ouvir a voz


da intuição e confiar nela?
É possível nos treinar para ouvir a voz
da intuição, reconhecê-la e, assim, confiar
nela. Isso não é simples devido aos nossos
condicionamentos, mas é possível. E, claro,
que a quebra de expectativa muitas vezes
nos leva a bloquear o fluxo intuitivo. Mas,
é importante entender que, mesmo que-
brando as nossas expectativas e, por mais
dura que seja a situação, ela acontece
porque faz parte do nosso processo de
crescimento.
A intuição nunca erra

A intuição está a serviço de uma inteligência


maior que está nos guiando e que sabe o
que estamos precisando num nível muito
profundo, sendo que as vezes contraria os
desejos do ego. Pode acontecer também,
principalmente no início deste aprendizado,
de confundirmos a intuição com os desejos
do ego, que tem as suas ideias do que é
melhor para ele. Sem uma purificação, fica
difícil ter certeza se é a intuição ou ego
falando e, assim, podemos confundir
e fantasiar.

Aprendendo a silenciar para


ouvir a voz da intuição
Nós precisamos aprender a silenciar para
poder ouvir claramente essa voz. Temos que
saber discernir o que é a intuição das vozes
do eu-inferior, que chega com uma certa
perturbação. Purificar os sentidos é o
caminho e o trabalho de autoconhecimento,
algo fundamental para não cair nas arma-
dilhas do ego, que manipula as mensagens
que vem do plano superior. Além de
aprender a silenciar, que é básico, ter uma
alimentação satwica, gerenciar a energia
sexual e fazer alguns exercícios respiratórios
também ajudam nessa abertura da visão
sútil.
Atenção plena é a coisa
mais valiosa

Mas de tudo isso, a atenção plena é o mais


importante. Ao silenciar a mente, percebe-
mos o raio do Sol que somos e que está
conectado com o Sol, algo maior. Em
resumo, é a confiança de que a Inteligência
Criadora que sabe tudo, sabe o caminho e
que sabe o que tem que ser feito. Essa
consciência nos preenche, eliminando toda
a nossa insatisfação, sofrimento e angústia
da nossa alma. Podemos chamar isso
também de sentimento de encaixe, que
proporciona esse movimento de ir silencian-
do intencionalmente, voltando sempre para
esse lugar da lembrança de quem você é, do
que veio fazer aqui.

A função do intelecto

O intelecto tem uma função. A intuição,


muitas vezes, age através dos nossos senti-
dos e do nosso conhecimento cognitivo, do
nosso intelecto, inclusive. Mas ele tem suas
limitações. A consciência do Ser só pode ser
acessada por meio do silêncio. Às vezes um
instante de silêncio é suficiente para
remover toda angústia, todo sofrimento,
todo sentimento de inadequação e de não
pertencimento.
Equilíbrio entre razão e intuição

É importante trabalhar para encontrar o


equilíbrio entre razão e intuição. Como já
demos muita força para o intelecto, que é o
foco do mundo, aqui na Djagô Academia do
Despertar, procuramos desenvolver
a intuição, até que possamos obter o
equilíbrio. Isso acontece por meio da
nutrição intelectual, que é orientada para o
conhecimento espiritual, de maneira que
possamos desenvolver a intuição.
Ensinamos sobre as bases da meditação,
auto-observação, atenção plena e outros
elementos que abrem caminhos para
silenciar a mente. Aos poucos, é possível
diferenciar o que é a voz que vem do nosso
ego - que é essa ideia de quem somos, que
somos um eu separado, que tem uma
história - do Ser que é esse raio do sol, que
sabe o caminho de volta para casa.

A intuição concreta

Então, mesmo a intuição sendo um fenôme-


no subjetivo, impalpável, em algum momen-
to ela se torna bastante concreta. Como já
foi dito, o desenvolvimento da percepção
intuitiva começa com a prática do cultivo do
silêncio. Um dos elementos do cultivo do
silêncio é a auto-observação, que possibilita
o autoconhecimento através da autoinvesti-
gação. E isso tudo possibilita a purificação
dos sentidos e a ampliação da percepção
intuitiva.

A base do processo para o desenvolvimento


da percepção intuitiva é o cultivo do
silêncio, que envolve desenvolvimento da
auto-observação, da autoinvestigação, que
possibilita a purificação dos sentidos e
autotransformação daquilo que nos impede
de perceber a intuição e de segui-la e de
confiar nela.

O momento de cada um
Esse momento é individual, cada um está
em uma fase da sua jornada de autodesen-
volvimento. Uns já conseguem ouvir intuição
e confiar nela, outros ainda não sabem nem
o que é isso. Muitas vezes, o desenvolvimen-
to da intuição também traz o desenvolvi-
mento da mediunidade. A diferença é que
a mediunidade são entidades que falam
coisas para você e não o seu Ser. Mas,
independente de onde vem a mensagem,
só é possível reconhecer se você deixa o
silêncio entrar.

Identificando a mensagem
À medida em que vamos purificando os
nossos sentidos, eles próprios nos darão os
indícios, as indicações daquilo que
realmente é bom ou não, refletindo no
corpo, inclusive. As vezes é possível ter
visões, sentir cheiros, perceber sinais que
vão te mostrando o caminho. Mas, tudo isso
se manifesta conforme você vai silenciando.

Sugestão de exercício:
Sugiro que você pratique o silêncio,
auto-observação e autoinvestigação.
Se possível hoje ainda, faça alguns
minutos de concentração em silêncio.
Em seguida, esteja com o seu obser-
vador bem atento durante o dia, para
que você comece a identificar como a
intuição fala dentro de você. E esteja
atento aos sinais, às sincronicidades.

O mais importante é conhecer a forma que


a intuição se manifesta dentro de você e ir
nutrindo essa forma

Você também pode gostar