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INSTITUTO TERCEIRA VISÃO

:: MATERIAL DE APOIO - MEDITAÇÃO ::

ENSINO MULTIDISCIPLINAR EM TERAPIAS NATURAIS,

HOLÍSTICAS E COMPLEMENTARES
Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

O QUE É MEDITAÇÃO?

Domar a mente e trazê-la à compreensão da realidade não é um trabalho fácil. Requer um


processo lento e gradual de ouvir e ler explicações sobre a natureza das coisas; pensar e
analisar cuidadosamente esta informação; e finalmente transformar a mente através da
meditação.

A mente pode ser dividida em consciência sensorial — visão, audição, olfato, paladar, tato — e
consciência mental. A consciência mental vai desde as nossas experiências mais grosseiras de
ódio ou desejo, por exemplo, até o nível mais sutil da calma e claridade completas. Ela inclui
nossos processos intelectuais, nossos sentimentos e emoções, nossa memória e nossos
sonhos.

A meditação é uma atividade da consciência mental. Ela envolve uma parte da mente
observando, analisando e lidando com o resto da mente. A meditação pode tomar várias
formas: concentrar-se unidirecionadamente em um objeto (interno), tentar compreender
algum problema pessoal, gerar um amor alegre por toda a humanidade, rezar a um objeto de
devoção, ou se comunicar com nossa sabedoria interna. Seu objetivo final é despertar um
nível muito sutil de consciência e usá-lo para descobrir a realidade, direta e intuitivamente.

Esta consciência direta e intuitiva de como as coisas são é conhecida como a iluminação, e é o
resultado final da prática buddhista. O objetivo de alcançá-la — e a força condutora por trás
de toda a prática — é para ajudar os outros a alcançá-la também.

Há muitas técnicas de meditação diferentes e muitas coisas com as quais a mente deve se
familiarizar. Entretanto, a meditação não é simplesmente uma questão de se sentar uma
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postura específica ou de respirar de um modo específico; é um estado da mente. Apesar dos


melhores resultados geralmente virem quando meditamos em um lugar quieto, podemos
meditar enquanto estivermos trabalhando, caminhando, andando de ônibus ou cozinhando um
jantar. Um meditador realizou a vacuidade quanto estava cortando madeira e um outro atingiu
a concentração unidirecionada enquanto estava limpando a sala de seu professor.

Primeiro, aprendemos a desenvolver o estado meditativo da mente na prática formal, sentada,


mas uma vez que estejamos bem nisso, podemos ser mais livres e criativos, e podemos gerar
este estado mental a qualquer hora, em qualquer situação. Então, a meditação terá se tornado
um meio de vida.

A meditação não é uma coisa estrangeira ou inadequada à mente ocidental. Há diferentes


métodos praticados em diferentes culturas, mas todos eles compartilham o princípio comum
de que a mente simplesmente se torna familiar com vários aspectos de si mesma. E a mente
de cada pessoa, oriental ou ocidental, tem os mesmos elementos básicos e experiências
básicas, o mesmo problema básico — e também o mesmo potencial. A meditação não é um
espaçamento ou uma fuga. De fato, é ser totalmente honesto com nós mesmos: dar uma boa
olhada no que estamos fazendo e trabalhando, para nos tornarmos mais positivos e úteis,
para nós e para os outros. Há tanto aspectos positivos quanto negativos na mente. Os
aspectos negativos — nossas desordens mentais ou, literalmente, nossas delusões — incluem
a inveja, o ódio, o desejo, o orgulho e coisas assim.

Elas surgem de nossa compreensão errônea da realidade e do apego habitual ao modo pelo
qual vemos as coisas. Através da meditação, podemos reconhecer nossos erros e ajustar
nossa mente para pensar e reagir mais realisticamente, mais honestamente.

A metal, final, a iluminação, é a longo prazo. Mas as meditações feitas com esta meta em
mente podem e têm enormes benefícios a curto prazo. Assim que a nossa imagem concreta da
realidade se suaviza, desenvolvemos uma auto-imagem mais positiva e realista, e assim
ficamos mais relaxados e menos ansiosos. Aprendemos a ter menos expectativas irrealistas
das pessoas e coisas ao nosso redor, e, portanto, encontramos menos desapontamento; os
relacionamentos melhoram e a vida se torna mais estável e satisfatória.

Mas lembre-se, os hábitos de toda uma vida são teimosos. Já é muito difícil simplesmente
tentar lembrar de nosso ódio e inveja, mas muito menos em fazer um esforço de deter a velha
tendência familiar de sentir ou analisar suas causas e seus resultados. Transformar a mente é
um processo lento e gradual. É uma questão de liberar a nós mesmos, pouco a pouco, dos
padrões instintivos e nocivos de se tornar familiar com os hábitos que necessariamente trazem
resultados positivos — para nós e para os outros.
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Há muitas técnicas de meditação, mas todas podem ser incluídas em duas categorias:
estabilizadoras e analíticas.

Meditação estabilizadora (páli samatha, sânsc. shamatha, chin. chih, jap. shi, tib. shine/
zhi nas)

Em geral, este tipo de meditação é usado para desenvolver o que é conhecido como
concentração unidirecionada — um pré-requisito para qualquer insight duradouro.

O objetivo é concentrar-se sobre um objeto — a respiração, a natureza da própria mente, um


conceito, uma imagem visualizada — sem interrupção. A concentração sem interrupção é o
exato oposto do nosso estado comum da mente. Se você se voltar para o seu interior por
alguns momentos, perceberá sua mente pulando de uma coisa para outra: um pensamento de
algo que você fará depois, um som de fora, um amigo, algo que aconteceu antes, uma
sensação física, uma xícara de café. Nunca precisamos dizer para a mente, “Pense!” ou
“Sinta!”; ela está sempre ocupada com alguma coisa, apressada, com uma energia própria.
Com essa mente dispersa e descontrolada, há pouca oportunidade de sucesso em qualquer
coisa que façamos, seja lembrar um número de telefone, cozinhar uma refeição ou conduzir
um trabalho. E certamente, sem uma concentração com sucesso, a meditação não é possível.

A meditação estabilizadora não é fácil, mas é essencial para trazer a mente ao seu controle.
Apesar do desenvolvimento da real concentração unidirecionada ser o trabalho dos yogis, não
precisamos fazer um retiro nas montanhas para experienciar os benefícios deste tipo de
meditação: mesmo no cotidiano da vida urbana, podemos desenvolver uma boa concentração
ao fazer, regularmente, dez quinze minutos por dia de meditação estabilizadora — manter a
mente focalizada em um único objeto e deixar todos os outros pensamentos irem. Ela traz um
senso imediato de espaçosidade e nos permite ver os trabalhos de nossa mente mais
claramente, tanto durante a meditação quanto através do resto do dia.

Meditação analítica (vipashyana) (páli vipassana, sânsc. vipashyana, chin. kuan, jap. kan,
tib. lamt’hong/ lhag mthong)

Este tipo de meditação traz ao jogo o pensamento criativo, intelectual, e é crucial para o nosso
desenvolvimento: o primeiro passo para obter qualquer insight real é compreender
conceitualmente como as coisas são. Esta claridade conceitual se desenvolve na convicção
firme que, quando combinada com a meditação estabilizadora, traz o conhecimento direto e
intuitivo.

Entretanto, mesmo antes que possamos “ver as coisas como elas são”, precisamos primeiro
identificar nossos conceitos errôneos. Usando o pensamento claro, penetrante e analítico,
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desembaraçamos as complexidades de nossas atitudes e padrões de comportamento.


Gradualmente, eliminamos aqueles pensamentos, sentimentos e idéias que causam
infelicidade para nós e para os outros, e em seu lugar cultivamos pensamentos, sentimentos e
idéias que trazem felicidade. Deste modo, nos familiarizamos com a realidade, por exemplo,
da causa e efeito — que nossas experiências presentes são o resultado de nossas ações
passadas e são a causa de nossas experiências futuras — ou com o fato de que todas as
coisas não têm uma natureza inerente. Podemos meditar ponto a ponto sobre os benefícios da
paciência e as desvantagens da raiva, sobre o valor do desenvolvimento da compaixão, sobre
a bondade dos outros, etc.

De certo modo, uma sessão de meditação analítica é uma sessão de estudo intensivo. Porém,
o nível do pensamento conceitual que podemos alcançar durante estas meditações é mais sutil
e, portanto, mais potente do que nossos pensamentos durante a vida cotidiana. Como nossos
sentidos não estão sendo bombardeados pela frenética percepção usual, somos capazes de
nos concentrar mais fortemente e de desenvolvermos uma sensibilidade finamente sintonizada
com os trabalhos de nossa mente. As meditações estabilizadora e analítica são
complementares e são muitas vezes usadas em uma sessão. Por exemplo, quando fazemos
uma meditação sobre a vacuidade, analisamos o objeto (a vacuidade) usando a informação
que ouvimos e lemos, assim como os nossos pensamentos, sentimentos e memórias.

Em um certo ponto, surge uma experiência intuitiva ou convicção sobre o objeto. Devemos
então parar de pensar e focalizar nossa atenção unidirecionadamente sobre a sensação pelo
maior tempo possível. Devemos saturar nossa mente com a experiência. Quando o sentimento
enfraquece, podemos tanto continuar a analisar ou então concluir a sessão.

Este método de combinar os dois tipos de meditação faz a mente se tornar una com o objeto
de meditação, literalmente. Quanto maior for a nossa concentração, mais profundo será o
insight. Precisamos repetir este processo, de novo e de novo, com qualquer coisa que
queiramos compreender, para que possamos transformar nosso insight com a experiência real.
As meditações estabilizadoras, como as meditações sobre a respiração, serão melhores se
alguma análise hábil for usada. Quando sentamos para meditar, devemos começar
examinando nosso estado mental e esclarecendo nossa motivação para fazer a prática, e isto
envolve o pensamento analítico. Durante a meditação em si, podemos achar que a
concentração é particularmente difícil; nesses momentos, é bom analisarmos o problema por
alguns momentos e então recolocarmos a mente sobre a respiração; e às vezes é útil
verificarmos a mente durante a meditação, para termos certeza de não estarmos sonhando
acordados, mas sim fazendo o que deveria estar sendo feito.

(McDonald, Kathleen. How to Meditate: A Practical Guide. Editado por Robina Courtin. Ithaca:
Snow Lion, 1998. Pág. 17-22.)
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VISUALIZAÇÃO CRIATIVA

A visualização criativa é o maior instrumento de manipulação energética que o ser humano já


descobriu. Esta técnica consiste em se “imaginar”, visualizar o que está ocorrendo com a
energia, o terapeuta e o cliente. A visualização nada mais é que um excelente comando
cerebral através de imagens. É desta forma que as crianças aprendem. Para se atingir um
domínio completo e sensível da manipulação energética necessita-se de tempo e muita
prática, mas para se imaginar algo, basta querer.

NÃO PENSE NUM FUSCA AMARELO.

É praticamente impossível deixar de visualizar para depois se assimilar a mensagem de que


não é para visualizar o dito Fusca. É com esta mesma facilidade e sutileza que devemos
visualizar o Reiki. Quanto mais sutil e despropositada a visualização mais poder esta terá.
Quantas vezes você por raiva ou algo parecido disse de forma veemente que alguém deveria
quebrar a perna? Quantas vezes funcionou? Creio que poucas. Mas, agora veja, quantas vezes
você olhou para algo, uma pilha de latas por exemplo, e brincando disse, - “era só o que
faltava isto tudo desabar”, deu de ombros e só ouviu a pilha de latas se desmanchando no
chão? Reflita. Como já dito a visualização criativa deve ser sutil e o mais detalhada possível.
Não faça força para se concentrar. Se pensamentos permearem a sua mente simplesmente
deixe que vão embora, não force.

Antes de trabalhar com o Reiki faça o seguinte exercício:

Feche os olhos, respire fundo e relaxe; imagine uma maçã. Vermelha, brilhosa. Imagine seu
tamanho, perfume. Visualize-se tocando-a. Prove seu sabor. Como era sua maçã? Você
chegou a SENTIR suas características? Tente a cada dia com uma coisa mais difícil até
conseguir criar coisas que aparentemente não existem como um cachorro roxo de bolinhas
verdes, com sete patas e que come pelo nariz além de respirar pelas orelhas. Como é este
cachorro? Deus nos fez a sua imagem e semelhança, ou seja, também podemos criar e criar
nada mais é do que dar forma a energia já existente através de nossa imaginação. Aos poucos
você deixa de imaginar para realmente ver e sentir a energia, somente dependendo de quanto
você prática. Para ver você precisa aplicar Reiki no 3º olho, para sentir precisa aplicar na nuca.

Quando começar a trabalhar com o Reiki visualize a energia entrando pelo seu chakra
coronário, passando pelo laríngeo, sendo transmutada no cardíaco e saindo pelas mãos após
passar pelos braços. Visualize esta energia entrando no cliente, ou você mesmo, observe como
ela se comporta. Visualize o corpo e a aura do cliente, como ela é?
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Estas mensagens não chegarão a vocês por acaso, elas estão sendo lidas no cliente. Porque
visualizar uma aura rosa e não azul? Porque uma cor numa camada e não na outra? A
resposta está no cliente que na troca de energia que o Reiki proporciona transmite tudo o que
devemos saber. Este é mais um motivo pelo qual a visualização não deve ser forçada. Solte
sua imaginação. Seja criativo.

PHOWA – Sogyal Rinpoche

Phowa (pôua) é uma pratica da tradição tibetana que significa “transferência de consciência”
que qualquer um pode adotar. Confortavelmente instalado tome postura da meditação. Traga
então sua mente para casa; solte-se e relaxe por completo. Invoque a personificação de uma
verdade espiritual que acredite, qualquer que seja, na forma de luz irradiante. Se não se sente
ligado a uma figura espiritual em particular, simplesmente imagine uma forma de pura luz
dourada no céu, diante de você. O importante é que considere o que esta visualizando ou cuja
presença sente, é a encarnação da verdade, sabedoria e compaixão, de seres espirituais
iluminados. Não se preocupe se não pode visualizá-lo com claridade, apenas preencha seu
coração com a sua presença e acredite que ele esta ali.

Concentre então a mente, coração e alma, na presença que invocou, e ore.

Agora imagine que a presença de luz que você invocou, te envolve em amor e compaixão,
num feixe de raios de luz. Quando essa luz te toca e penetra, você percebe e sente que esta
totalmente imerso na luz.

Permaneça nesse estado de unidade com a presença pelo maior tempo que puder.

Lembre-se que é vital reservar alguns momentos para familiarizar-se com a prática de Phowa,
para que ela se torne um reflexo natural em seu benefício em todas as situações delicadas da
vida. É algo que pode ser usado tanto para purificar o espírito, quanto para curar doenças
físicas, é importante para sãos e doentes. Você poderá usar esta prática em benefício de
pessoas necessitadas espiritual ou fisicamente, quer em sua presença ou a distância.

No momento inevitável... Medite... Una a mente a Espiritualidade Superior... “Deixe


de lado todos os pensamentos de ‘apego’ e de ‘aversão’...”.

Toda a prática da meditação pode ser resumida nestes três pontos: trazer a mente para casa,
soltar e relaxar. Cada fase contém significados que ressoam em muitos níveis.
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Trazer a mente para casa quer dizer conduzir a mente pela prática da presença mental até o
estado de Permanência Serena. No seu sentido mais profundo, trazer a mente para casa é
voltá-la para si mesma, e repousar na sua própria natureza. Essa é em si a mais elevada
meditação.

Soltar significa soltar a mente da prisão da atitude de agarrar, já que você reconhece que toda
dor, medo e aflição resultam da ânsia da mente que quer agarrar. Num nível mais profundo, a
realização e a confiança que surgem da sua crescente compreensão da natureza da mente
inspiram uma generosidade profunda e natural, que fazem com que você se torne capaz de
liberar do seu coração toda vontade de agarrar, deixando-o livre para mergulhar na inspiração
do meditar.

Por último, relaxar significa ter espaço e descontrair as tensões da mente. Num sentido mais
profundo, você relaxa na verdadeira natureza da sua mente, o estado de Rigpa (consciência).
As palavras tibetanas que evocam esse processo sugerem o sentido de ‘relaxar sobre Rigpa”. É
como derramar um punhado de areia numa superfície plana – cada grão cai onde bem
entende, obedecendo às forças naturais. É assim que você relaxa na sua verdadeira natureza,
deixando que todos os pensamentos e emoções se aquietem e se dissolva no estado da
natureza da mente.

Descanse na grande paz natural...

GASSHO

Gassho significa “duas mãos se juntando, unidas ou em prece”. A pronúncia correta é “gáshô”.
Ensinada no Shoden. É colocar-se num estado receptivo para ouvir o Criador, promovendo um
centramento, levando-nos em direção ao vazio.

• Técnica 1

1. Sente-se o mais ereto possível, é bom apoiar as costas e relaxar os ombros, feche os
olhos e respire profundamente três vezes;

2. Mantenha as mãos relaxadas e unidas em frente ao peito ou garganta, com os dedos


direcionados para cima;

3. Focalize a atenção no ponto onde os dedos médios se tocam. A concentração no toque


dos dedos ajudará a manter o tônus da meditação Gassho, sem grandes devaneios;
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4. Quando sentir um bom nível de tranqüilidade mental, repita pausadamente, refletindo


suas palavras, os cinco princípios do Reiki (Gokai). A razão de manter as mãos junto ao
Chakra Laríngeo é a de que este representa o início da comunicação com o mundo
espiritual, responsável pelos “insights” do reikiano ao longo da sessão. Quem preferir
realizar a técnica à altura do Chakra Cardíaco deve entender a importância desse
chakra. Centrar-se no Chakra Cardíaco significa abrir-se para o Amor Incondicional. O
Chakra Cardíaco além de ser o mais sagrado é o mais significativo para o Reiki, é a
“fábrica do Reiki”, é o centro de equilíbrio dos sete chakras principais de nosso corpo.
Tempo médio: 15 a 30 min.

• Técnica 2

1. Essa meditação poderá ser feita em pé, mas a maioria prefere fazer sentada. 15
minutos já são suficientes;

2. Feche os olhos. Coloque suas mãos em posição de prece com os dedos apontados para
cima e os polegares tocando o chakra cardíaco, no meio do peito;

3. Focalize toda a sua atenção no ponto onde seus dedos médios se encontram. O dedo
médio é o segundo dedo após o polegar;

4. Se surgirem pensamentos, tome ciência deles e depois os coloque de lado,


delicadamente. Volte sua atenção novamente no ponto onde os dedos médios se
tocam;

5. Conforme você continua praticando, você vai descobrir que conseguirá manter sua
atenção fixada nos dedos médios por um período de tempo cada vez mais longo, sem
que apareça qualquer pensamento;

6. É importante aceitar o fato de que pensamentos vão surgir. Quando isso acontecer, não
pense que você tenha cometido um erro, porque isso é completamente normal. Porém
tão logo você sinta que está focalizando em algum pensamento, coloque-o de lado, e
volte toda sua atenção novamente no ponto onde seus dedos médios se encontram;

7. Quando você tiver chegado ao fim dessa Meditação, respire profundamente varias
vezes, trazendo sua atenção para seus olhos, e os abra, lentamente.
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MEDITAÇÃO - OSHO

Meditação é aventura, a maior aventura que a mente humana pode empreender. Meditação é
simplesmente ser, sem fazer nada - nenhuma ação, nenhum pensamento, nenhuma emoção.
Você apenas é, e é puro prazer. De onde vem esse profundo prazer, quando você não está
fazendo nada? Não vem de lugar nenhum, ou vem de toda parte. Ele é não-motivado, porque
a existência é feita de uma matéria chamada alegria.

Quando você não está fazendo absolutamente nada - corporalmente, mentalmente, em


nenhum nível - quando toda a atividade cessou e você simplesmente é, apenas sendo, isso é
meditação. Você não pode fazê-la, você não pode praticá-la: você tem apenas que
compreendê-la.

Sempre que você encontrar tempo para apenas ser, abandone todo o fazer. Pensar também é
um fazer, concentração também é um fazer, contemplação também é um fazer. Mesmo que
apenas por um único momento você fique sem fazer nada, simplesmente permanecendo no
seu centro, totalmente relaxado - isso é meditação. E uma vez que você tenha descoberto o
jeito, você pode permanecer nesse estado tanto tempo quanto quiser; finalmente você poderá
permanecer nesse estado durante as vinte e quatro horas do dia.

Uma vez que você se tomou consciente de como seu ser pode permanecer imperturbado,
então, vagarosamente, você pode começar a fazer coisas, mantendo-se alerta para que seu
ser não se agite. Essa é a segunda parte da meditação - primeiro, aprender simplesmente a
ser, e então aprender pequenas ações: limpar o chão, tomar um banho, mas permanecendo
centrado. Então você poderá fazer coisas mais complicadas.

Por exemplo, eu estou falando com você, mas a minha meditação não é perturbada. Eu posso
continuar falando, mas lá no meu centro não há nem sequer uma pequena ondulação; ele está
absolutamente silencioso, completamente silencioso.

Assim, a meditação não é contra a ação. Não é que você tenha que escapar da vida. Ela
simplesmente lhe ensina uma nova maneira de vida: você se toma o centro do ciclone.
A sua vida continua, continua de uma maneira muito mais intensa - com mais alegria, com
mais claridade, mais visão, mais criatividade - todavia você está distanciado, apenas um
observador nas colinas, simplesmente assistindo o que está acontecendo ao seu redor.

Você não é o que faz, você é o observador.

Esse é todo o segredo da meditação, você se toma o observador. O fazer continua em seu
próprio nível, não há nenhum problema: cortar madeira, tirar água do poço. Você pode fazer
coisas pequenas e coisas grandes; só uma coisa não é permitida, e isso significa: seu
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centramento não pode se perder. Essa consciência, esse estado de observação deve
permanecer absolutamente desanuviado, imperturbado.

No judaísmo há uma escola de mistério rebelde chamada hassidismo. Seu fundador, Baal
Shen, foi um ser raro. No meio da noite ele estava voltando do rio - essa era sua rotina,
porque no rio, à noite, tudo era absolutamente calmo e tranqüilo. E ele costumava
simplesmente sentar-se lá, fazendo nada - apenas observando seu próprio eu, observando o
observador. Nessa noite, quando estava voltando, ele passou pela casa de um homem rico e o
vigia estava lá em pé perto da porta. E o vigia estava intrigado, porque toda noite, exatamente
àquela hora, esse homem estava voltando. Ele saiu e disse:

"Desculpe-me interrompê-lo, mas não consigo mais conter a minha curiosidade. Você me
persegue dia e noite, todos os dias. Qual é a sua ocupação? Por que você vai ao rio? Muitas
vezes eu o segui e não há nada - você simplesmente senta-se lá, por horas, e no meio da
noite você volta."

Baal Shem disse: "Eu sei que você me seguiu muitas vezes, porque a noite é tão silenciosa,
que eu posso ouvir seus passos. E eu sei que todo dia você está escondido atrás do portão.
Mas não é apenas você que está curioso a meu respeito; eu também estou curioso a respeito
de você. Qual, é a sua ocupação?"

Ele disse. "Minha ocupação? Eu sou um simples vigia."

Baal Shem disse: "Meu Deus, você me deu a palavra-chave. Esta é a minha ocupação
também!"

O vigia disse: "Mas eu não compreendo. Se você é um vigia, você deveria estar vigiando
alguma casa, algum palácio. O que você está vigiando lá, sentado na areia?

Baal Shem disse: "Há uma pequena diferença - você está alerta em relação a alguém do lado
de fora que poderia entrar no palácio; eu simplesmente observo este observador. Quem é este
observador? Este é o espaço de toda a minha vida; eu observo a mim mesmo."

O vigia disse: "Mas essa é uma ocupação estranha. Quem é que vai lhe pagar?"

Ele disse: "É uma bênção tão grande, uma tal alegria, uma bem-aventurança tão imensa, que
isso se paga a si mesmo em profundidade. Apenas um único momento, e todos os tesouros
não são nada em comparação a ele"

O vigia disse: Isso é estranho. Eu tenho estado observando durante toda a minha vida. Eu
nunca me deparei com uma experiência tão bonita. Amanhã à noite eu irei com você. Você
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apenas me ensina. Porque eu sei como observar - parece que apenas é necessário uma
direção diferente: você está observando numa direção diferente."

Há apenas um passo, e este passo é de direção, de dimensão. Ou podemos estar focados no


exterior, ou podemos fechar os olhos para o exterior e deixar toda a nossa consciência ficar
centrada para dentro. E você saberá, porque você é um conhecedor, você é consciência. Você
nunca a perdeu. Você simplesmente deixou sua consciência se emaranhar em mil e uma
coisas. Retire sua consciência de todos os lugares e apenas deixe-a descansar dentro de você,
e você chegou em casa. O âmago essencial, o espírito da meditação, é aprender como
testemunhar.

A gralha cantando... você está ouvindo. São dois elementos: objeto e sujeito. Mas você não
pode ver uma testemunha que está vendo ambos? - A gralha, o ouvinte, e ainda há alguém
que está observando ambos. É um fenômeno tão simples!

Você está vendo uma árvore: você está aí, a árvore está aí, mas será que você não pode
encontrar alguma coisa mais? - Que você está vendo a árvore e que há uma testemunha em
você que está vendo você vendo a árvore.

Observação é meditação. O que você observa é irrelevante. Você pode observar as árvores,
pode observar o rio, pode observar as nuvens, pode observar as crianças brincando.
Observação é meditação. O que você observa não é a questão; o objeto não é a questão.

A qualidade da observação, a qualidade de estar consciente, alerta - é isso o que é meditação.


Lembre-se de uma coisa: meditação significa consciência. O que quer que você faça com
consciência é meditação. A ação não é a questão, mas a qualidade que você traz para a ação.
O caminhar pode ser uma meditação, se você caminha alerta. Sentar-se pode ser uma
meditação, se você se senta alerta. Ouvir os pássaros pode ser uma meditação, se você ouve
com consciência. Simplesmente ouvir o barulho interior da sua mente pode ser uma
meditação, se você permanece alerta e observador. A questão toda se resume em não se
mover adormecido. Então o que quer que você faça é meditação.

O primeiro passo para a consciência é tomar-se muito atento ao seu corpo. Pouco a pouco, a
pessoa vai se tomando alerta para cada gesto, cada movimento. E, à medida que você vai se
tomando consciente, um milagre começa a acontecer: muitas coisas que você costumava fazer
antes, simplesmente desaparecem; seu corpo se torna mais relaxado, seu corpo se torna mais
harmonizado. Uma paz profunda começa a prevalecer até mesmo no seu corpo, uma música
sutil pulsa em seu corpo.
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Então, comece a se tomar consciente de seus pensamentos; o mesmo tem que ser feito com
os pensamentos. Eles são mais sutis do que o corpo e, naturalmente, mais perigosos também.
E quando você se toma consciente de seus pensamentos, você fica surpreso com o que se
passa dentro de você. Se você anotar o que quer que passe em sua mente em qualquer
momento, você nem pode imaginar que grande surpresa o espera. Você não acreditará que
tudo isso está se passando dentro de você.

E depois de dez minutos leia - você verá a mente louca que existe dentro de você! Porque
você não está alerta, toda esta loucura continua movendo-se como uma corrente subterrânea.
Ela afeta o que quer que você esteja fazendo, afeta o que quer que você não esteja fazendo;
afeta tudo. E a soma total vai ser a sua vida! Assim sendo, esse homem louco tem que ser
transformado. E o milagre da consciência é que você não precisa fazer nada exceto apenas
tomar-se alerta.

O próprio fenômeno de observar a mente, a transforma. Pouco a pouco o homem louco


desaparece, pouco a pouco os pensamentos começam a cair em um certo padrão; seu caos
não existe mais, eles se tomam mais como um cosmo. E então, novamente, prevalece uma
profunda paz. E quando seu corpo e sua mente estiverem em paz, você verá que eles estão
sintonizados um com o outro, há uma ponte. Agora eles não se movem em direções
diferentes, eles não estão galopando em cavalos diferentes. Pela primeira vez há acordo, e
esse acordo ajuda tremendamente a trabalhar o terceiro passo que é tomar-se consciente dos
seus sentimentos, emoções, humores.

Esta é a camada mais sutil e a mais difícil, mas se você pode estar consciente dos
pensamentos, então basta apenas mais um passo. Uma consciência um pouco mais intensa é
necessária e você começa a refletir seus humores, suas emoções, seus sentimentos. Uma vez
que você ganhou consciência em todos esses três passos, eles se juntam todos em um
fenômeno. E quando todos esses três são um - funcionando juntos perfeitamente, zunindo
juntos, você pode sentir a música de todos os três; eles se tomam uma orquestra - então o
quarto, aquilo que você não pode fazer, acontece. Acontece por sua própria conta. E um
presente do todo, é uma recompensa para aqueles que passaram por estes três.

E o quarto é a consciência definitiva, que o toma a pessoa acordada. Ela toma-se consciente
da própria consciência - este é o quarto. Esta cria um Buda, o acordado. E somente neste
acordar é que se vem a conhecer o que é o êxtase.

O corpo conhece o prazer, a mente conhece a felicidade, o coração conhece a alegria, o


quarto conhece o êxtase. O êxtase é o objetivo do sannyas, de se tomar um buscador, e a
consciência é o caminho para ele.
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A coisa importante é que você seja observador, que você não tenha se esquecido de observar
que você está observando ... observando .... observando. E pouco a pouco, à medida que o
observador se toma mais e mais sólido, estável, seguro, uma transformação acontece. As
coisas que você esteve observando desaparecem. Pela primeira vez, o próprio vigia se toma o
vigiado, o próprio observador se toma o observado. Você chegou em casa.

Extraído de cap. 1 do livro Meditação, a Primeira e Última Liberdade

Meditação com Osho - feche a boca

"A boca é realmente muito, muito significativa, porque é onde a primeira atividade começou:
seus lábios começaram a primeira afetividade. Ao redor da área da boca está o princípio de
toda afetividade: você respirou, você chorou, você abocanhou os seios da mãe. E sua boca
permanece sempre em plena afetividade. Sempre que você se acomoda para meditar, sempre
que quiser ficar em silêncio, a primeira coisa é fechar a boca completamente. Se você fechar
completamente a boca, a sua língua irá tocar o céu da sua boca; ambos os lábios estarão
completamente fechados e a língua tocará o céu da boca. Feche-a totalmente; mas isso só
pode ser feito se tiver seguido tudo que lhe tenho dito, não antes disso.

Você pode fazer isso; fechar a boca não é um esforço muito grande. Pode sentar-se como
uma estátua, com a boca completamente fechada, mas isso não irá cessar a afetividade. Bem
lá dentro o pensar irá continuar e se o pensar continuar você pode sentir vibrações subtis nos
lábios.

Outras pessoas podem não ser capazes de perceber isso porque elas são muito subtis, mas se
você estiver pensando seus lábios tremem um pouco; um tremor muito subtil.

Quando realmente relaxa, esse tremor cessa. Você não está falando, você não está realizando
qualquer afetividade dentro de si. E assim, não pense.

O que irá fazer? - pensamentos estão indo e vindo. Deixe-os vir e ir; esse não é o problema.
Você não se envolve; você permanece separado, à parte. Simplesmente os observa vindo e
indo; eles não são seu problema. Feche a boca e permaneça em silêncio. Pouco a pouco, os
pensamentos cessarão automaticamente.

Eles precisam da sua cooperação para estar lá. Se você cooperar, eles estarão lá; se você luta,
assim também eles estarão presentes; porque ambas são cooperações: uma a favor, outra
contra. Ambas são tipos de afetividade. Simplesmente observe.
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Mas fechar a boca ajuda muito. Então primeiro, como tenho observado muitas pessoas, vou
lhe sugerir primeiro escancarar. Abra a sua boca tão escancaradamente quanto possível, deixe
a sua boca tão tensa quanto possível e escancare-a totalmente; até começar a doer. Faça isso
duas ou três vezes. Isso ajudará a boca a ficar fechada por um tempo mais longo.

E então por dois ou três minutos, diga gibberish, bobagens, em voz alta. Qualquer coisa que
ocorra à mente, diga-o em alta voz e desfrute disso. Então cale a boca.

É mais fácil mover-se a partir do lado oposto. Se você quer relaxar a sua mão, é melhor
primeiro torná-la tão tensa quanto possível. Aperte o punho e deixe-o ficar tão tenso quanto
possível. Faça exatamente o oposto e então relaxe; e assim alcançará um relaxamento mais
profundo do sistema nervoso.

Faça gestos, caretas, movimentos da face e distorções. Escancare a boca, diga bobagens por
dois ou três minutos e então cale a boca.

Essa tensão lhe dará uma possibilidade mais profunda para relaxar os lábios e a boca. Feche a
boca e seja apenas um observador. Logo um silêncio descerá sobre si.

Seja passivo; assim como você senta ao lado de um rio e o rio passa e simplesmente observa.
Não há nenhuma ansiedade, nenhuma urgência, nenhuma emergência. Ninguém o está
forçando. Mesmo se você perde, nada está perdido.

Você simplesmente observa, você apenas olha. Até mesmo a palavra observar não é boa,
porque a própria palavra observar dá um sentido de estar ativo. Você simplesmente olha, não
tendo que fazer nada. Você simplesmente senta à beira do rio, você olha, e o rio passa. Ou,
você olha passivamente para o céu e as nuvens flutuam.

Essa passividade é essencial. Isso precisa ser compreendido devido a que a sua obsessão pela
afetividade pode se tornar avidez, pode se transformar numa espera ativa. Assim você perde
todo o ponto; dessa forma, a afetividade entrou novamente pela porta dos fundos. Seja um
observador passivo.

Essa passividade irá automaticamente esvaziar a sua mente. As ondas de afetividade, as


ondas de energia da mente, pouco a pouco cederão, e toda a superfície da sua consciência
ficará sem ondas, sem qualquer ondulação. Ela se torna como um espelho silencioso", por
Osho, Extraído de "Tantra: The Supreme Understanding".
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Zazen - Fique aí parado, não faça coisa alguma

Não é preciso ser monge ou budista para meditar aquietar a mente, sentar-se na paz.
Meditação é hoje uma prática mundial: a meditação sentada, zazen, é feita em empresas,
hospitais, escolas com propostas sérias e muitos outros lugares para encontrarmos a paz,
tratar doenças, favorecer o repouso corporal (superior, em alguns casos, ao sono), eliminar
gordura das artérias, controlar a pressão arterial, inclusive hipertensão, reduzir a produção de
adrenalina e cortisol, que causam o estresse, e estimular as endorfinas, responsáveis pela
sensação de leveza do corpo. Quando meditamos, consumimos seis vezes menos oxigênio do
que quando dormimos, o que faz o corpo gastar menos energia e relaxar profundamente com
o aumento de ondas alfa e teta no cérebro.

No Canadá, os gastos com despesas em saúde caíram 30% graças à proliferação da prática
meditativa.

Existem centenas de outros benefícios decorrentes da meditação. É uma escolha sua praticá-la
ou não. Só posso sugerir: faça meditação antes que você precise. O sentar-se em silêncio é a
prática da iluminação com um fim em si mesmo, é a realização total do contentamento. É
alcançar a mente e essência igual a todos os iluminados. É alcançar a calma e a tranqüilidade
e através da sua própria presença de paz levar isso a quem te cerca.

Prática

Num ambiente silencioso, limpo e pouco iluminado, sente-se sobre uma almofada (Zatu) no
chão ou em uma cadeira, mantendo a coluna ereta. O importante é estar confortável. Coloque
a língua debaixo dos dentes da arcada superior, mantendo o maxilar relaxado — o ideal é
esboçar um leve sorriso, o sorriso dos iluminados.

Deixe os olhos semicerrados, com as pálpebras levemente rebaixadas, focando um ponto


imaginário no chão, sem fixar-se em nenhuma imagem. Há escolas de meditação que sugerem
fechar os olhos. Encontre seu método próprio.

Concentre-se na respiração abdominal, no ar que entra e sai dos pulmões de forma o mais
lenta possível. Respire fundo e acompanhe os movimentos de inspiração e expiração, de
preferência fazendo uma contagem de 10 a 1. Sempre que os pensamentos desviarem sua
atenção, volte a contagem ao número 10 até baixar para o número 1, respire naturalmente
sempre com delicadeza e suavidade sem fazer ruídos. Se facilitar a prática, utilize nas
contagens o mantra OM.
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Dicas

É melhor praticar o zazen todos os dias na mesma hora, de preferência pela manhã ou antes
de dormir. Use roupas confortáveis, não force a respiração e solte os ombros. Se os
pensamentos surgirem, e isso é inevitável, apenas os observe sem julgamentos e deixe-os
passar como nuvens. Posicione as mãos no mudrá (gesto com as mãos) acima. Se possível,
faça alongamentos antes da prática. Se as pernas doerem ou você ficar com sono levante-se e
faça Kinhin – meditação andando até passar a dormência ou a dor.

Tolerância e persistência

Insista nesse exercício de meditação. No início pode parecer chatice e causar irritação
simplesmente sentar e se deixar apenas ser, mas depois de um período de prática, quando se
alcança o satori — a iluminação —, torna-se tão bom e agradável que você apreciará sempre.
Vença, se possível, o desejo de se levantar e as inquietações. Com o tempo você alcançará a
quietude naturalmente.

“Quanto mais você tenta conhecer os princípios do zen lendo livros, mais se distancia da
natureza da iluminação. Entretanto, se tentar alcançar o conhecimento sentando-se, sem
especulação, a iluminação começará a brilhar por si mesma, e você compreenderá o
verdadeiro Eu Inteiro, o que estava procurando.” - Roshi Mumon Yamada

MEDITAÇÕES KOTODAMA

Os estudantes de Usui tornavam-se muito íntimos com as energias praticando meditações ou


trabalhando com Kotodamas que eram cantados repetidamente. Pela prática diária, os
estudantes aprendiam a tornar-se cada uma das energias, focalizando uma energia de cada
vez, por muitos meses. Assim, os praticantes de Reiki devem cantar o Kotodama, de forma
silenciosa ou em voz alta e conhecer o que sentem. Devem expirar o Kotodama por seu corpo
inteiro, deixá-lo ressoar do seu Tanden e, nesse ponto, ficar em silêncio interior e sentir a
energia. Deve ser feito, de forma regular, mantendo a tradição Reiki. Com o tempo, a
individualidade do estudante no Reiki, no uso da energia, ficará mais claro, profundo. Essa
prática irá desenvolver a intuição, acelerar o desenvolvimento espiritual e aumentar sua
habilidade de cura.
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Guia de pronúncia:

A: aaah

O: ô

U: eu

E: ei

I: eeeee

Focalização (Choku-Rei): ho ku ei – HÔ -KUE -EI-EEEEE

Harmonia (Sei He Ki): ei e ki – EI-EEEEE- EI-KEEEEE

Conexão (Hon Sha Ze Sho Nen) – ho a ze ho ne – HÔ-AAAH-ZEI-HÔ-NEI

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