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Para o ego, a autoinvestigação é como ser ensopado em


ácido sulfúrico. Quando você analisa persistentemente e
genuinamente o sentido de “eu” à luz da autoinvestigação, as
coisas não podem continuar a viver no escuro. À medida que a

Verdade se revela, o falso irá simplesmente se dissolver.

M O O J I
Quando falamos de
autoinvestigação, podemos transitar
em duas ordens de realidade na
esfera relativa do autoconhecimento
que investiga os “eus” psicológicos,
e na esfera absoluta do
autoconhecimento fundamental,
ou seja, o reconhecimento do que
somos essencialmente.
Autoconhecimento
sob a ordem de
realidade relativa
Vamos considerar essa ordem de realidade
aparente: o mundo das formas, eu e você como
um corpo operado por uma mente que tem seus
condicionamentos e padrões. Podemos até
mesmo dizer que é este corpo-mente que percebe
o mundo através dos 5 sentidos: visão, audição,
olfato, tato e paladar.
Nesta “plataforma” de percepção, estamos
falando sobre investigar os mecanismos
O que seria o psicológicos que atuam no corpo-mente,

autoconhecimento
como por exemplo, registros e tendências que
trazemos da infância – sejam eles como reflexos
ou o processo de auto de traumas, ou como influência de nossa
cultura e ancestralidade. É aqui que a maioria
investigação sob essa dos trabalhos terapêuticos atuam: iluminando

ordem de realidade? esses padrões, e ampliando a percepção sobre


como essas tendências influenciam o processo
de significar a vida e interagir com o meio.
Nesta ordem de realidade a investigação está
focada, portanto, em reconhecer, integrar
e dissolver essas in-forma-ações (registros,
memórias, significados, lágrimas congeladas,
dores cristalizadas, etc). E seguindo a
abordagem que temos usado aqui na
Spontaneum, há uma premissa fundamental
que sustenta esse trabalho inicial.

O autoconhecimento nesta ordem


de realidade não é uma busca de
aprimoramento, melhoramento, ou de
“despertar a sua melhor versão”, mas sim, de
dissolução de in-forma-ações geradoras de
sofrimento e ilusão.
Partimos,
portanto, de uma
premissa fundamental:
você já é perfeito, pois
essencialmente, você é
Autoconhecimento
sob uma ordem de
realidade absoluta
À medida que vamos “sutilizando” este
corpo-mente até então identificado e
condicionado pelas ilusões de ser alguém
separado, sofredor, realizador e buscador,
uma investigação mais simples e profunda se
torna possível: Quem Sou Eu Realmente?
Será que sou este corpo-mente dotado de É disso que Ramana Maharshi (1879-1950)
consciência, ou ele é percebido por mim? Será dizia quando ele apontava para o processo de
que sou um conjunto de padrões que testes de autoinquirição ou autoinvestigação. Segundo ele,
personalidade e mapas astrológicos tentam a autorrealização é fruto de um questionamento
decifrar, ou essas tendências são percebidas contínuo e sincero: “Quem Sou Eu?”.
por mim? O que é este “mim” que percebe e está
sempre presente, consciente das emoções e
pensamentos que chamo de “minhas”?

Será, então, que o que fundamentalmente sou é


isso? Essa presença autoconsciente; essa pura
percepção; essa observação neutra, sempre aqui
e sempre agora?

Quem Sou Eu? Quem vê quando eu
vejo? Quem ouve quando eu ouço?
Quem assiste os sonhos? Quem olha
para a imagem no espelho? Quem
é este que está tendo todas essas

experiências? Quem Sou Eu?

R A M A N A M A H A R S H I
A resposta é tão simples e óbvia, e por assim
ser, não a notamos. Buscamos o despertar ou a
iluminação como se isso fosse algo místico ou
um evento com fogos de artifício, mas é bem
mais simples. A resposta para essas perguntas é
“Eu”. Mas, não o “pensamento eu” que estava até
então se terapeutizando e buscando se melhorar
ou se iluminar. Não um “eu” que acredita ser um
corpo-mente condensado de in-forma-ações.
Não um “eu” que teorias de personalidade
mapeiam e buscam formas de aprimorá-lo. Mas,
sim, o Eu que testemunha tudo isso. O Eu que
observa e que não está separado da experiência
observada. O Eu que é tudo, que é percepção
sempre presente.
Eu sou
Você é Isso. Eu sou isso. Somos Consciência
experimentando-se como Consciência aqui
e agora. E este reconhecimento último não
nega a realidade aparente, não luta contra
as emoções e os padrões de personalidade.
Ao contrário, este reconhecimento se torna
uma chama sempre acessa, um fogo que arde
no coração e exala amor por tudo e todos, a
começar pelo próprio “pensamento eu”.
Investigue Quem é você?
Se a leitura te deixou confuso,
sugiro assistir a este vídeo.
Nele também falo sobre o
autoconhecimento sob duas
ordens de realidade.

Com amor,
Tatiane Guedes Sathya Ma
A [Des]Formação Spontaneum, como o nome sutilmente
já revela, é um convite para irmos além das formas. Além

Conheça o das formas-pensamento, e das formas-emoções. Além


das in-forma-ações, e da ideia de sermos apenas um

programa de corpo-forma separado e limitado. Um programa com


mais de 140 h de carga horária, contemplando módulos
[Des]Formação online e um retiro de imersão de 7 dias.

Spontaneum Um convite para o reconhecimento do que realmente


Somos: a Consciência não-dual, sem forma, sem nome e
sem atributos, sempre presente e que a tudo ilumina.

Autorrealização é um processo de dissolução da ideia
de um eu limitado e separado, e, ao mesmo tempo, a
iluminação do conhecimento que revela a Verdade

essencial: Você é o Ser. O Ser é tudo o que há.

T A T I A N E G U E D E S
W W W . S P O N T A N E U M . C O M . B R

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