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O Inocente revela aquela qualidade de confiança presente na criança, que em
sua vulnerabilidade se entrega aos cuidados e proteção dos pais.
Perceba a entrega do corpo do bebê no colo dos pais. A criança que pega nas
mãos dos pais e confiança direção que vier.
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Ele busca esse conforto e proteção também através da persona criada com o
objetivo de pertencer e ser aceito.
Claro que diante do Grande Jogo da vida essa zona será provocada e aqui o
herói trava uma grande batalha com a luxúria, o anestesiamento e o prazer do
conforto, já que se o mesmo permanecer ali jamais florescerá no seu potencial
maior. O chamado da alma há de abalar toda essa estrutura.
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O Órfão nos chama para a necessidade de tocar nossa ferida primordial de
abandono e fala do desejo inconsciente e negado de pertencer.
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Acontece que nesse “dar conta sozinho” o arquétipo negativamente um
aspecto de autosuficiência e dificuldade de receber ajuda. É aí que se
apresenta o maior desafio.
O Órfão nega a sua própria fragilidade e não expor a necessidade real, até para
si mesmo, impossibilita que os aliados possam ajudá-lo na jornada. Sem os
aliados não podemos percorrer todo o caminho e botar a fragilidade na mesa a
ajuda não virá.
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Na jornada do herói se valer da imagem arquetípica significa olhar para a sua
questão/problema através de uma lente, de um novo ângulo.
Neste caso temos aqui o arquétipo ancestral do Guerreiro, aquele que vai em
direção ao alvo e cujo tema principal é a coragem. Mas coragem para que?
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que pode também se manifestar através de mecanismos de amortecimento
como a gula, distração, procrastinação, etc. Acontece que como o jogo da vida
é dinâmico, começamos a experimentar situações que procuram ativar essa
energia reprimida. Aquele que não lida com sua agressividade começa a
vivenciá-la através de outrem, que está representando e provocando
exatamente o agressivo reprimido dentro de si mesmo.
Que o guerreiro dentro de você lhe traga a coragem de ser quem você
realmente é.
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Aquele que evoca uma das principais virtudes da alma, o espírito do serviço
desinteressado.
A avareza pode nascer do medo, na crença de que se eu der vai faltar. Pode
nascer de um sentimento inconsciente de vingança que inicia na infância, algo
como “não recebi o queria, então não vou dar o que tenho pra dar” Por isso,
tantas vezes queremos nos mover em direção à realização do propósito e da
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prosperidade, mas não conseguimos avançar. Porque a prosperidade e o
propósito só podem ser colocados em movimento quando finalmente damos o
que temos para dar. E se existem pactos de vingança, nos deparamos com
resistências que, talvez, não conseguimos compreender. Não entendemos por
que ficamos paralisados invés de nos mover na direção do que queremos.
Se você não está recebendo, não é verdade que você está doando. Aqui o
trabalho é desconstruir o falso caridoso.
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Aquele que evoca nossa relação com o mistério da vida.
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através do enamoramento com o grande mistério, com a sincronicidade, com
os sinais e reconhecimento da trilha a ser percorrida.
O arquétipo sempre nos diz que ainda tem muito a percorrer e precisamos
descobrir o prazer no próprio caminhar. Reconhecer que não sabemos de tudo
e que sempre temos muito a conhecer e a explorar.
Traz como sombra a zona de conforto, o medo do novo, seja no campo dos
relacionamentos, trabalho e também nos fala muito do caminho espiritual, das
sendas iniciáticas e do grande propósito da vida.
Que essa chama esteja sempre acesa! Que encontre os tesouros presentes no
caminho.
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Representante da morte do eu e do fim dos ciclos.
Nesse tempo em que vivemos, quem não está passando pela morte em algum
nível?
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Aspectos da nossa personalidade que em algum momento serviram como uma
estratégia inconsciente de proteção a dor, perdem o sentido e nesse estágio já
não servem ao seu propósito inicial. Esse “eu” precisa morrer, mas estando
identificado com ele, vivemos o medo da aniquilação, que acaba criando mais
resistência para esse fim, que na verdade será altamente benéfico.
Estar consciente de que se encontra nesta etapa, pode auxiliar muito, já que
também estará consciente de que virá tesouros desta transformação. Esse tipo
de morte é inevitável, quanto menos resistência crio, mais rápido e menos
doloroso será o processo.
Imagine que está no meio de um rio com muita correnteza agarrado em uma
pedra. Galhos batem em seu rosto, os braços já estão cansados e você segue
resistindo. Talvez o chamado seja soltar essa pedra e ir com o rio. Mas sem a
certeza do que virá depois, como soltar? A menos que você tenha uma dica no
caminho que releve que o rio te deixará em boa margem.
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Arquétipo que nos fala diretamente da nossa capacidade de entrega e
comprometimento.
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Eros propõe, já que a universidade dos relacionamentos nos exige revelação
do nosso mundo interior, das nossas fragilidades e de nossa originalidade.
O propósito de vida somente se realizará com essa entrega total dos talentos,
onde realmente damos o nosso melhor.
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Arquétipo que nos fala diretamente da manifestação da nossa essência no
mundo.
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A pergunta que vai bater à porta é a respeito do que se trata, afinal de contas,
esse “algo único”.
Ainda mais do que isso, ele convoca para a realização e impressão da sua
marca no mundo.
Talvez a ideia de “ser grande”, ou ideal de sucesso herdado pelos seus pais e
pela sociedade o distanciem do seu verdadeiro talento, que aparentemente
pode ser algo “mais simples”. Mas que vindo da alma, com toda certeza terá
um papel e um brilho especial.
O arquétipo nos ajuda a entrar em contato com essa essência e nos encoraja a
concretizar.
Sei bem que podemos fazer muita coisa no mundo, mas quando temos que
fazer acontecer aquilo que de fato é o nosso propósito, o falso eu se esperneia
para não perder o seu posto. E essa força extra para fazer acontecer pode sim
ser ampliada através da clareza e do campo gerado pela conexão com o
arquétipo do Criador.
Lembre-se que na essência você já é. Os seus dons já estão com você. É uma
transição do não para o sim. O trabalho está em reconhecer e desarmar as
resistências, abrir espaço para o original florescer.
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Aquele que é senhor de si, nos fala da nossa relação com o poder pessoal, a
visão do todo e capacidade de gerir os recursos disponíveis.
O masculino distorcido trouxe muitas marcas e feridas que geram uma reação
a tudo que contém essa energia. Ou seja, eu nego a distorção mas dentro do
pacote nego as potenciais qualidades.
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Se estou alinhado com a força masculina, posso então me valer dos atributos
que o arquétipo traz. Mas como perceber isso de forma clara? Se o arquétipo
está ausente, provavelmente você tem dificuldade com a energia masculina.
Então as qualidades como poder pessoal, visão, a capacidade de prover e
empreender, lidar com autoridades, são qualidades que provavelmente te
ajudariam muito nesse momento de sua vida.
Se esse arquétipo tem algo para lhe dizer, mas você já possui essas qualidades,
vale então uma atenção maior para aspectos negativos do arquétipo, que
representam o masculino distorcido em nós. O controle, a autoexigência, a
dureza e a tirania.
Também nos fala da nossa relação com as autoridades na nossa vida. Afinal,
um bom mestre antes de tudo é um bom discípulo. Um bom professor antes de
tudo é um bom aluno.
Disciplina, ordem e poder soam como palavras negativas? Se sim, vale a pena
repensar, porque são sim MUITO positivas e fundamentais para que você
possa realizar seu propósito nesse mundo.
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Nos fala do verdadeiro poder pessoal e nossa capacidade de transformar. A
alquimia que transforma chumbo em ouro.
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O Mago tem grande habilidade de captar os conteúdos do inconsciente e trazê-
los para o consciente. Por exemplo, ele pega ideias que estavam ocultas na
mente inconsciente e as traz para serem executadas na realidade física. Assim
como um arquiteto que concebe a idéia de uma casa em sua mente e depois faz
a planta da mesma, para que possa ser construída depois.
O Mago sabe que tudo está conectado. Para ele o sagrado não é algo que está
acima ou distante de nós, mas uma força que emerge do nosso próprio ser.
Para ele, tudo é possível, pois está em contato com as leis e a harmonia do
universo. Como dizia o grande mago Hermes Trismegisto: “O que está embaixo
é como o que está no alto, e o que está no alto, é como o que está embaixo”.
O Mago tem poder pessoal, não no sentido de explorar os demais e sim de criar
sua própria realidade de forma deliberada, persuadir, transformar o meio e as
situações.
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Aquele que traz o comprometimento com a busca da verdade, do
conhecimento e da sabedoria.
Como dizia um velho sábio, “tudo sei é que nada sei”. O verdadeiro Sábio é um
eterno aprendiz.
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Nos ensina a respeito da paciência e da sabedoria a respeito do tempo das
coisas. Ouve muito e fala pouco. Suas palavras são precisas e no momento
certo. Menos movimento e mais assertividade.
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Aquele que nos fala da espontaneidade, do despojamento e da criança interior.
A confiança maior no fluxo da vida floresce neste arquétipo.
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A criança interior que rompe com a seriedade da vida, com toda rigidez e
autoexigência exacerbada.
Arquétipo que nos leva além da culpa e nos liga ao sim para a vida e ao prazer
de viver. O resgate da alegria e do encantamento.
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