Você está na página 1de 6

Aula 3.

TITLENEUROPL
OF THISASTICIDADE
CHAPTERE
ANSIEDADE
SHALL GO HERE

Conteúdo licenciado para Marco Vinãcius Sadock Viana dos Santos Santos - marcosadock@gmail.com
Neuroplasticidade e Ansiedade

Nas aulas anteriores então você já entendeu que a amígdala aprende a reagir
com uma reação de luta e fuga de acordo com alguns estímulos que existem no
ambiente ou até mesmo alguns gatilhos internos, por exemplo um pensamento
pode surgir como um gatilho para uma crise de ansiedade, uma reação de luta
e fuga, nessa aula você vai entender como que a gente treina a nossa amígdala
a reagir de uma forma diferente.

Então a amígdala, ela tá reagindo com uma reação de luta e fuga devido a uma
memória emocional, a um histórico de vida, ela tá reagindo a uma barata, tá
reagindo com uma reação de luta ou fuga, enfim, um desespero total. Nosso
objetivo é ensinar para nossa amígdala que na presença da barata ela tem que
ter outras reações.

Na verdade, apagar uma memória emocional é muito difícil e não é isso que a
gente vai ensinar aqui no curso, não é realmente possível de pagar esse gatilho
que envolve a luta, fuga e congelamento, na verdade o que a gente vai fazer é
criar uma nova rota e de tanto usar essa nova rota é como se a outra estrada
ficasse abandonada, ela fica lá, ela começa inclusive a ser tomada pelo mato,
pela chuva, de vez em quando pode disparar alguma coisa, mas você vai
ensinando seu cérebro a usar um outro caminho.

Então depois que você criou um novo caminho neural a reação de luta e fuga
deixa de ser a única alternativa, a gente cria novas opções e os estudos vão
indicar que é esse núcleo lateral da amígdala que realmente vai ter essa
aprendizagem, ou seja, a gente tem que ensinar, ou seja, a gente tem que
ensinar para o nosso núcleo lateral a reagir de outra forma quando exposto a
alguns estímulos e observe que o tempo todo quando a gente fala de controlar
reação de luta e fuga.

A gente tá falando muito mais de treinar o corpo do que treinar a mente,


pensando na mente como um pensamento, esse pensamento cortical,
elaborado, ou seja, fazer um reframe, olhar para a realidade de uma nova
maneira, durante uma reação de luta e fuga é perda de tempo, você tem que
primeiro controlar o corpo e para isso você vai reeducando a sua amígdala.

Conteúdo licenciado para Marco Vinãcius Sadock Viana dos Santos Santos - marcosadock@gmail.com
E dentre as várias técnicas para ensinar a amígdala a reagir melhor nessas
situações, as melhores e as que têm mais embasamentos científicos são as
Técnicas de Exposição. O que que é uma Técnica de Exposição? é uma técnica
em que você vai expor a pessoa ao gatilho que gera ansiedade, a pessoa vai ter
que enfrentar essa ansiedade, mais do que isso, ela precisa sentir a ansiedade
para ser capaz de controlar-la.

Aliás, essa é a minha grande crítica ao uso de várias técnicas da pnl para
controle de ansiedade, muitos terapeutas vão usar as técnicas de PNL sem
disparar o chamado Estado Problema, ou seja, vai usar um Switch, vai usar
uma técnica qualquer como se bastasse a pessoa entender que a barata não
tem nada a ver, basta entender que a barata não tem nada a ver para aprender
a controlar a ansiedade.

Não! Não tem isso, o corpo tem que sentir ansiedade para conseguir controlar
essa mesma ansiedade e toda vez que você sente ansiedade o seu corpo vai ter
duas opções: enfrentar o estímulo, ficar lá e dessensibilizar essa reação
fisiológica de ansiedade, dessensibilizar a reação de luta e fuga ou
simplesmente fugir e cada vez que você foge, você fortalece a ansiedade
porque na verdade o seu objetivo é mostrar para o corpo “Olha, existe uma
possibilidade de um novo caminho, eu posso ter esse estímulo e me sentir
bem”

Quando você enfrenta você está ensinando isso para o seu organismo, mas
toda vez que você foge você tá ensinando para o seu organismo que ele tá
certo, que o negócio realmente é perigoso, então é muito importante a gente
enfrentar o medo.

Na psicologia do comportamento você tem basicamente duas técnicas


diferentes que vão te permitir criar uma nova possibilidade, ou seja, tem um
estímulo e você aprende a reagir de outra forma, então essa aprendizagem da
amígdala vai envolver basicamente duas técnicas: dessensibilização
sistemática ou o chamado Flooding, também conhecido como Inundação.

Vamos entender um pouco mais a diferença dos dois: na Dessensibilização


Sistemática essa dessensibilização vai acontecer com pequenos passos, a
pessoa vai aumentando o enfrentamento pouco a pouco, vai usando técnicas
de relaxamento, até que o corpo se acostume.

Conteúdo licenciado para Marco Vinãcius Sadock Viana dos Santos Santos - marcosadock@gmail.com
Por outro lado na técnica de Inundação, se já imagina o que que é essa técnica,
né? A pessoa simplesmente coloca tanto estímulo aversivo, tanto estímulo
aversivo, mas tanto estímulo aversivo que o corpo para de responder e
dessensibiliza. É a pessoa por exemplo que tem TOC, ela tá desesperada para
lavar a mão, aí você pega o barro passa, passa, passa, passa, passa, como se
fosse uma terapia de choque mesmo e a pessoa acaba se acostumando.

E em geral na maioria dos casos as duas técnicas vão iniciar com ensaios
mentais, visualização, ensaio mental, perceba que mesmo os psicólogos da
cognitivo-comportamental que vão usar essa técnica da análise do
comportamento, de certa maneira tão usando alguma coisa de hipnose,
porque pede para pessoa imaginar o estímulo e ao imaginar o estímulo não
deixa de ser uma hipnose, a pessoa está se colocando numa nova situação.

E aí a pessoa vai avaliando numa escala de 1 a 100 os níveis de ansiedade que


ela vai experienciando, então primeiro aprende a controlar o pensamento, a
controlar aquilo que ela imagina para depois a pessoa aprender a se controlar
no dia a dia com os estímulos de verdade.

E você talvez esteja se perguntando “Qual técnica é mais eficaz, Inundação ou


Dessensibilização Sistemática?” Olha, tem alguns artigos que indicam que a
Inundação é realmente mais eficaz do que a Dessensibilização Sistemática, até
coloquei aí na plataforma como curiosidade, vai estar em inglês mesmo, não
tem nada disso em português e é só uma curiosidade então nem vou traduzir
isso, mas para quem tiver interesse o artigo que mostra que existem
evidências de que a Inundação, o Flooding, funciona mais do que a
Dessensibilização Sistemática.

O problema é que, imagina já é uma técnica que envolve a exposição ao


estímulo aversivo, a pessoa já sabe que vai se expor ao estímulo aversivo, não
me parece fazer tanto sentido forçar um Flooding, uma Inundação, forçar esse
tanto de estímulo aversivo para pessoa poder controlar, eu acho bem mais fácil
inclusive engajar o cliente com a Dessensibilização Sistemática e detalhe a
pesquisa pega gente que topa né?

Conteúdo licenciado para Marco Vinãcius Sadock Viana dos Santos Santos - marcosadock@gmail.com
Então se a pessoa topou provavelmente o Flooding é melhor mesmo, mas é
muito mais fácil eu convencer a pessoa a fazer a Dessensibilização Sistemática,
que são pequenos passos, do que fazer um Flooding direto, inclusive porque
essa ideia de pequenas mudanças diárias é uma ideia muito positiva na
psicologia, essa ideia de que hoje eu vou pelo menos levantar da cama, eu
criar um pequeno desafio e vou criando cada vez mais desafios para poder
desafiar a minha condição naquele momento, então a Dessensibilização
Sistemática atrás isso.

E para reprogramar a sua amígdala, para reprogramar seu cérebro você


precisa sentir o estímulo, mas não precisa sentir de uma vez todo o estímulo,
então você pode sentir só um pouquinho e vai acostumando, acostumando,
acostumando, e o grande problema é que instintivamente a nossa ideia é fazer
o contrário, é fugir do estímulo né? É não enfrentar o estímulo e cada vez que
a gente faz isso a gente vai reforçando a ansiedade.

Agora você tá pensando “Como que eu consigo criar uma gradação de


Exposição a ansiedade? porque se na Dessensibilização Sistemática eu tenho
que começar por estímulos que causam menos ansiedade para aprender a
controlar, controlar, controlar, para depois chegar nos que causam mais
ansiedade, como eu vou saber quais são esses estímulos?”

Lembra que nas aulas anteriores eu falei de uma tabelinha que tem o contexto
de ansiedade, tem os gatilhos, aí tem a magnitude da ansiedade e eu coloquei
depois a frequência? Pois é, você pode criar uma tabela tipo aquela, mas
apenas com situações e gatilhos envolvendo o mesmo problema.

Por exemplo você pega alguém que tem muito medo de barata, você consegue
com essa pessoa preencher uma tabelinha de qualquer o nível de ansiedade de
1 a 100 se ela só pensa em barata, se ela fala a palavra barata, é comum as
pessoas falarem que elas são incapazes de dizer o nome daquilo que ela tem
fobia e isso é mais um gatilho, falar o nome, aí você cria vários e vários e a
pessoa preenche com grau de magnitude “Aí esse aqui é um, esse aqui é 30,
esse aqui é 100, NOSSA esse aqui é mais que 100”.

E aí você vai criando uma tabelinha e essa tabelinha vai ser utilizada depois no
protocolo, aí o protocolo eu vou falar com detalhes nas próximas aulas.

Conteúdo licenciado para Marco Vinãcius Sadock Viana dos Santos Santos - marcosadock@gmail.com
Então você precisa ter uma hierarquia da magnitude do estímulo e é
importante criar essa magnitude porque se você erra e expõe a pessoa
desnecessariamente a um estímulo com a magnitude muito grande, sei lá nível
80 nível 100 de cara, temos o risco de a pessoa ter uma crise de ansiedade e
você não conseguir dessensibilizar e se isso acontece você tá fortalecendo as
redes neurais que são responsáveis por esse Estado Problema, então o ideal é
ir controlando aos poucos e aí na próxima aula eu vou falar como que você
pode sistematizar isso e depois explicar o que que Regressão tem a ver com
isso e o Meta-Padrão.

E aí tá gostando desse novo curso de ansiedade? Então vai agora no nosso


grupo fechado, secreto do Facebook, Deixe seu comentário e a sua dúvida e até
a próxima aula!

Conteúdo licenciado para Marco Vinãcius Sadock Viana dos Santos Santos - marcosadock@gmail.com

Você também pode gostar