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O PAPEL DO ENFERMEIRO NA ABORDAGEM DO HIV/AIDS

NA TERCEIRA IDADE NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

Larissa Gomes da Cunha


INTRODUÇ
ÃO
As Doenças sexualmente transmissíveis (DST), possuem vários tipos de
agente causador. São transmitidas, principalmente, por contato sexual
sem o uso de camisinha, com uma pessoa infectada, se manifestam
por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. Outras DST
podem ser transmitidas de mãe para o bebê durante a gravidez ou
durante o parto, podem também ser transmitidas por transfusão de
sangue contaminado ou compartilhamento de seringas e agulhas, e no
uso de drogas injetáveis. Algumas DST são de fácil e rápido tratamento,
outras, já são mais difícil e persistentes ao tratamento.
Atualmente, nota-se que a população brasileira vem envelhecendo, segundo
carvalho e Andrade. No ano de 2000 houve um aumento de 35,6% da
população idosa, estima-se que o Brasil será o sexto país do mundo em
número de idosos até 2025. Podemos observar que não apenas só no
Brasil, mas o mundo todo vem sofrendo tendência de envelhecimento da
população nos últimos anos. Em decorrência tanto do aumento da
expectativa de vida pela melhoria nas condições de saúde, quanto pela
questão da taxa de fecundidade, pois o número médio de filhos por mulher
vem caindo.
A falta de conhecimento dos idosos sobre as práticas sexuais seguras,
torna-os mais vulneráveis as contaminações. Esse assunto torna-se tabu,
devido grande parte da sociedade criticar ou negam-se a aceitar que idoso
possa querer ter uma vida sexual ativa, havendo a necessidade de
desmistificar que sexo e só da juventude. E também não reconhecer que os
idosos são um grupo de risco, pode ser fator contribuinte para o aumento de
DST.
OBJETIVO GERAL
• Reconhecer a experiência de um enfermeiro, frente ao aumento
de DST/HIV na terceira idade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Evidenciar o papel do enfermeiro, desde o momento do
diagnóstico até as complicações mais graves.
• Identificar o processo de diagnóstico do HIV.
• Discutir a importância da experiência do enfermeiro nos casos
com idosos.
• Compreender os índices de DST/HIV na terceira idade.
METODOLOGIA
Trate-se de um estudo exploratório descritivo com abordagem
qualitativa, tendo em vista, que investiga os conhecimentos
existentes do enfermeiro na abordagem do HIV da terceira idade.
A abordagem a ser realizada será qualitativa que de acordo com
Minayo (2004, p. 21):
Será utilizada a análise de conteúdo do tipo temática proposta
por Minayo (2004), que aponta que essa técnica é um conjunto
de técnicas de análise de comunicação visando obter, por
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do
conteúdo das mensagens indicadores (qualitativos ou não) que
permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições
de produção/recepção destas mensagens.
Mesmo após a descentralização do teste rápido para as ABS, a equipe
ainda enfrenta algumas limitações como; a pouca procura da população
idosa, para realizar os teste rápido, medo por parte dos usuários em ter
sua condição reagente ao vírus HIV/AIDS, exposto a população, também a
falta de estrutura física das ABS, que muitas das vezes são inadequadas.
Segundo (BRASIL, 2017b):
O acolhimento a indivíduos que querem saber se estão infectados pelo HIV, bem como aqueles que
já conhecem sua condição de viver com HIV/AIDS, deve ser em locais adequados, garantindo o
direito à privacidade, sem que haja julgamentos morais (BRASIL, 2017b)
 
O enfermeiro deve desempenhar boas funções para um bom atendimento
a todos vinculados a unidade, como: Consulta de enfermagem, o
planejamento das ações serem implementadas, o gerenciamento e
supervisão do processo de trabalho dos demais profissionais. O
acolhimento dos pacientes que procuram esses serviços de saúde para
fazer os testes rápidos do HIV, são realizado pelos enfermeiros que serão
responsáveis por todo processo da realização do teste.
RESULTADOS
Gráfico 01: Casos de AIDS no Brasil entrec2009-2019

Fonte: Borges JPM, et al., 2021; dados extraídos de TABNET, 2021.


Gráfico 02: Casos de AIDS notificados no Brasil de acordo com a faixa etária de
idosos em anos no período de 2009 a 2019

Fonte: Borges JPM, et al., 2021; dados extraídos de TABNET, 2021.


Os casos de HIV em idosos está relacionado por diversos fatores,
por exemplo, o aumento da população idosa no mundo, falta de
informação e orientação sobre os riscos de contrair DSTS e HIV,
avanços da medicina para medicamentos que potencializam o ato
sexual, melhora na qualidade de vida et.
Os óbitos também foram contabilizados de acordo com o sexo,
confirmando diferenças significativas no número de óbitos por AIDS
entre os idosos. Nos anos de 2009 até 2019, foram 8,650 mortes
entre indivíduos do sexo masculino e 4,257 do sexo feminino por
100,000 habitantes, os idosos do sexo masculino foram os mais
afetados, isso pelo fato de terem maior relação com outros pessoas
do sexo feminino
Gráfico 03: Óbitos por AIDS (por 100.000 hab.) no Brasil segundo sexo entre os
idosos por ano do óbito no período de 2009 a 2019.

Fonte: Borges JPM, et al., 2021; dados extraídos de Brasil, 2020.


Nota-se que no ano de 2009 foram registrados 242 óbitos por HIV do sexo
feminino, enquanto que no sexo masculino foram registrados 520 óbitos, uma
diferença de 278 casos de óbitos, já no ano de 2019 foram registrados 507 casos de
óbitos do sexo feminino e 1019 casos de óbitos do sexo masculino. Isso mostra que a
população masculina está casa vez mais vulnerável a adquirir Doenças Sexualmente
Transmissíveis.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo teve como principal finalidade oferecer subsídios para a
compreensão da importância do enfermeiro, frente ao aumento das Doenças
Sexualmente Transmissíveis e HIV. Assim como servirá como fonte de
aprimoramento de conhecimento sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Além de evidenciar abordagem durante o diagnóstico e tratamento para as
pessoas da terceira idade. Assim permitir que sejam feitas propostas para
atualizações, através da educação permanente, desenvolvendo capacitações,
e treinamentos para os enfermeiros sobre o atendimento no processo de
realização dos testes rápidos de Vírus da Imunodeficiência Adquirida. Dessa
forma, contribuindo para que sejam realizadas ações que visem a melhoria na
condução no tratamento, buscando humanizar o processo em que usuário se
encontra fragilizado.
Ressalta-se que nos dias atuais as equipes de enfermagem devem cada
vez mais estar presentes na vida dos idosos, não apenas nas unidades
básicas de saúde mas nas mídias contribuindo para propagar as
informações sobre o perigo de se contrair uma DST e HIV. Muitos idosos
ainda lutam para se curar das doenças que adquiriram durante a vida sexual
ativa, isso mostra uma preocupação imensa pois muitos idosos não
conseguem um tratamento adequado e deixam de viver suas vidas por falta
de informação ou de cuidado com o próprio corpo, a sociedade em geral
deve desmitificar a “lenda do medo” que muitos idosos possuem ao saber
que estão com alguma doença grave. A melhor reposta para as DSTS são
os cuidados, a informação e a total prevenção no grupo dos idosos, assim a
vida será mais leve e a consciência mais limpa.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, AIDS e
Hepatites Virais. O cuidado integral da PVHIV na Unidade Básica de Saúde. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2017b.
 
MINAYO, M.C. de S. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Vozes, 2004
BORGES, João Pedro Moraes. Evolução do perfil epidemiológico da aids entre idosos no brasil desde
2009 até 2019. Revista Eletrônica Acervo Saúde | ISSN 2178-2091. RO 2021

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