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TEXTO I
A maior vulnerabilidade dos adolescentes ao HIV é uma tendência global. Atualmente, existem mais de 2
milhões de adolescentes e jovens adultos (15- 24 anos) infectados. Esse é o único grupo em que a taxa de
infecção continua a aumentar, com um risco relativo 50% maior em relação às outras faixas etárias. É inaceitável
que toda a semana 6 mil adolescentes, meninas e jovens mulheres sejam infectados por HIV em todo o mundo
porque seus direitos reprodutivos e sexuais continuam sendo negados”, disse Vera Paiva, que coordena uma
pesquisa sobre adolescência e Aids no Brasil. De acordo com a pesquisadora, no Brasil é ainda mais preocupante
o crescimento da vulnerabilidade à Aids entre os adolescentes por causa da queda nos investimentos em
políticas de promoção da saúde. Paiva destacou que essas medidas são amparadas pela Constituição Federal,
que prevê o direito à educação, à saúde e estabelece a laicidade do Estado.
TEXTO II
O 1º de dezembro marca o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)
é uma doença infectocontagiosa sem cura, causada pelo vírus HIV, que ataca o sistema imunológico,
responsável por defender o organismo contra doenças. Sem essa proteção, as pessoas ficam mais predispostas a
contrair infecções oportunistas, como tuberculose e meningite. Embora o tratamento de HIV tenha avançado
muito, todo ano, cerca de 690 mil pessoas morrem por complicações geradas pelo vírus e 1,7 milhão de novas
contaminações são registradas, segundo análise da Unaids Brasil. Os dados revelam também que, por causa da
covid-19, países de baixa e média renda têm tido dificuldades para fornecer medicamentos antirretrovirais
usados no tratamento do HIV, o que pode colocar em risco a vida dessa população. De acordo com Boletim
Epidemiológico de 2020, 920 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. O Ministério da Saúde revela que a maior
concentração de casos está entre jovens de 25 a 39 anos, de ambos os sexos (52,4% são homens e 48,4% são do
sexo feminino).
TEXTO III
Prevenção e proteção
Embora ressalte que os remédios são revolucionários e que é preciso quebrar preconceitos, Barbosa diz
que a prevenção é crucial, pois um teste positivo para o HIV vai significar ações especiais para o
resto da vida. “É uma condição de saúde que demanda cuidados. E cuidados que, como eu disse, a
curto e médio prazo vão ser para a vida toda. O indivíduo vai ter que tomar medicações todos os dias,
vai ter que fazer exames de sangue pelo menos duas vezes ao ano. Tudo isso podia ser evitado se
houvesse medidas de prevenção muito simples, como o uso do preservativo”, aponta.
Barbosa defende o amplo diálogo com os jovens porque, mesmo numa situação em que não se use
preservativo, é possível adotar procedimentos para se proteger do vírus.
“Hoje em dia você pode optar, por exemplo, por fazer a profilaxia pré-exposição. Se você não tem HIV
e costuma ter relação sexual sem preservativo, você adota essa profilaxia, que é um comprimido por dia.
Ou então outra modalidade é a profilaxia pós-exposição. Se eu uso bem o preservativo, mas
eventualmente em um momento eu acabei não usando em uma relação sexual, eu tenho até 72 horas
para procurar um serviço de saúde. Lá eu vou receber o mesmo esquema que a gente usa nos pacientes:
dois comprimidos por dia por 28 dias em até 72 horas após a exposição”, finaliza.