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REDAÇÃO – PROFESSOR JOÃO VITOR BASSO – ENEM, RETA FINAL

TEXTO I

A maior vulnerabilidade dos adolescentes ao HIV é uma tendência global. Atualmente, existem mais de 2
milhões de adolescentes e jovens adultos (15- 24 anos) infectados. Esse é o único grupo em que a taxa de
infecção continua a aumentar, com um risco relativo 50% maior em relação às outras faixas etárias. É inaceitável
que toda a semana 6 mil adolescentes, meninas e jovens mulheres sejam infectados por HIV em todo o mundo
porque seus direitos reprodutivos e sexuais continuam sendo negados”, disse Vera Paiva, que coordena uma
pesquisa sobre adolescência e Aids no Brasil. De acordo com a pesquisadora, no Brasil é ainda mais preocupante
o crescimento da vulnerabilidade à Aids entre os adolescentes por causa da queda nos investimentos em
políticas de promoção da saúde. Paiva destacou que essas medidas são amparadas pela Constituição Federal,
que prevê o direito à educação, à saúde e estabelece a laicidade do Estado.

Disponível em: https://exame.com/ciencia/aids-cresce-entre-jovens-com-cortes-na-saude-alerta-


pesquisadora/. Acesso em: 25 Jan 2022 (adaptado).

TEXTO II

O 1º de dezembro marca o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)
é uma doença infectocontagiosa sem cura, causada pelo vírus HIV, que ataca o sistema imunológico,
responsável por defender o organismo contra doenças. Sem essa proteção, as pessoas ficam mais predispostas a
contrair infecções oportunistas, como tuberculose e meningite. Embora o tratamento de HIV tenha avançado
muito, todo ano, cerca de 690 mil pessoas morrem por complicações geradas pelo vírus e 1,7 milhão de novas
contaminações são registradas, segundo análise da Unaids Brasil. Os dados revelam também que, por causa da
covid-19, países de baixa e média renda têm tido dificuldades para fornecer medicamentos antirretrovirais
usados no tratamento do HIV, o que pode colocar em risco a vida dessa população. De acordo com Boletim
Epidemiológico de 2020, 920 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. O Ministério da Saúde revela que a maior
concentração de casos está entre jovens de 25 a 39 anos, de ambos os sexos (52,4% são homens e 48,4% são do
sexo feminino).

Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/atuaLidades/jovens-sao-a-maioria-entre-os-novos-casos-


de- -aids-no-brasil/. Acesso em: 25 Jan 2022 (adaptado).

TEXTO III

Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/jovens-sao-a-maioria-entre-os-novos-casos-


de- -aids-no-brasil/. Acesso em: 25 Jan 2022
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema: O crescimento da AIDS entre jovens no Brasil, apresentando proposta de intervenção que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.

*Mais repertório – textos extras

Aumento de casos de Aids entre jovens de


13 a 25 anos no Brasil preocupa, alerta
especialista
No Dia Mundial de Luta contra Aids, celebrado em 1° de dezembro, especialista diz
que não avista, no médio prazo, uma cura definitiva ou uma vacina para combater
o vírus. Mas diz que os avanços no tratamento foram muito grandes e hoje quem
recebe um teste positivo de HIV pode ter a mesma expectativa de vida de quem não
tem o vírus. A preocupação maior é o contágio entre jovens, que vem crescendo.

Alerta sobre aumento de casos entre os jovens


Se há muito o que comemorar diante de medicamentos mais potentes contra o vírus e menos agressivos
ao organismo, há também um sinal de alerta diante do aumento no número de casos entre os mais
jovens. “Se nós observamos o número absoluto e a quantidade de casos novos de HIV, veremos que
tanto em números absolutos quanto relativos, por 100 mil habitantes, está havendo no Brasil e no mundo
uma queda contínua de casos. Mas se a gente olhar a categoria por faixa etária, nós percebemos que nas
faixas etárias entre 13 e 25 anos, principalmente, não existe queda, mas ao contrário, aumento no
número de casos novos, tanto em números absolutos quanto relativos nessas populações mais
jovens”, diz.
O especialista cita dois fatores principais para entender o comportamento de jovens que não viram a
morte de ídolos como Renato Russo, Cazuza e Fred Mercury.
“Primeiro que, hoje em dia, e ainda bem que seja assim, o HIV Aids não é considerado mais uma
sentença de morte. E é realmente uma doença crônica tratável, mas não se pode banalizar essa
informação e simplesmente ter um raciocínio muito simplista de que ‘ah, se eu pegar infecção pelo
HIV, eu vou lá e me trato, e tá tudo bem’, como muitos jovens fazem. E um segundo ponto tem relação
com uma característica da juventude chamada de onipotência. O jovem se julga acima de qualquer
risco. Andar em alta velocidade com automóveis, ingestão de álcool e outras drogas. E isso também tem
a ver com sexo. Ele acha que nunca vai acontecer com ele”, ressalta o infectologista.

Prevenção e proteção
Embora ressalte que os remédios são revolucionários e que é preciso quebrar preconceitos, Barbosa diz
que a prevenção é crucial, pois um teste positivo para o HIV vai significar ações especiais para o
resto da vida. “É uma condição de saúde que demanda cuidados. E cuidados que, como eu disse, a
curto e médio prazo vão ser para a vida toda. O indivíduo vai ter que tomar medicações todos os dias,
vai ter que fazer exames de sangue pelo menos duas vezes ao ano. Tudo isso podia ser evitado se
houvesse medidas de prevenção muito simples, como o uso do preservativo”, aponta.
Barbosa defende o amplo diálogo com os jovens porque, mesmo numa situação em que não se use
preservativo, é possível adotar procedimentos para se proteger do vírus.
“Hoje em dia você pode optar, por exemplo, por fazer a profilaxia pré-exposição. Se você não tem HIV
e costuma ter relação sexual sem preservativo, você adota essa profilaxia, que é um comprimido por dia.
Ou então outra modalidade é a profilaxia pós-exposição. Se eu uso bem o preservativo, mas
eventualmente em um momento eu acabei não usando em uma relação sexual, eu tenho até 72 horas
para procurar um serviço de saúde. Lá eu vou receber o mesmo esquema que a gente usa nos pacientes:
dois comprimidos por dia por 28 dias em até 72 horas após a exposição”, finaliza.

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