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Professor César Augusto Venâncio da Silva

Biologista. Especialista em Farmacologia Clínica (Centro Universitário AETENEU).


Especialista em Análises Clínicas (Faculdade Batista de Minas Gerais). Bacharelando
em Biologia (Universidade Cruzeiro do Sul). Especializando em Biologia Molecular
(Faculdade Maximum).

Estudo de Caso 1
O presente Estudo de Caso requer uma análise dos riscos de um idoso contrair Hepatite-
A em uma Unidade Hospitalar.

É uma situação teleológica que surge a partir da solicitação interdisciplinar no Curso de


Bacharelado da Universidade Cruzeiro do Sul, e que assim se apresenta “Estudo de Caso
1 – “O Avô que tinha medo de Hospital (Hepatite A - Mais voltado para biologia celular)”.
O medo de ficar doente, também chamado de hipocondria ou de transtorno de ansiedade
de doença, é caracterizado pelo medo excessivo de adquirir uma doença grave. Ele tende
a começar no início da vida adulta, mas também pode aparecer em pessoas com idades
avançadas.
O indivíduo pode desenvolver uma obsessão com a possibilidade de contrair uma
patologia, ainda que esteja totalmente saudável
Inicialmente vamos conceituar o que é um idoso. A Justiça brasileira tem decidido que só
se define como idoso que tem idade a partir de 65 anos de idade.

Brasil

Idoso caminhando.
A institucionalização da velhice aparece relacionada ao desenvolvimento de práticas
institucionais de assistência à pobreza, ao longo do século XIX. No início do século XX,

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como resultado da eleição da velhice como objeto de práticas assistenciais, florescem as
instituições filantrópicas, os chamados asilos.
O IBGE apresenta projeções que indicam que em 2055, quando os jovens somarão 34,8
milhões e os idosos, os idosos serão 70,3 milhões. Nesse momento, o país terá um Índice
de Envelhecimento de 202 idosos para cada cem jovens. Para efeito de comparação, até
os dias atuais existem 43,4 idosos para cada cem jovens. Ou seja, haverá mais do dobro
de idosos em relação aos jovens, o que implicará, na avaliação, maior atenção do Estado
brasileiro quanto às políticas públicas voltadas para essa população. “Os idosos, por
estarem no limite da capacidade produtiva, muitas vezes são vistos como pessoas
dispensáveis. Mas negligenciá-los significa um retrocesso civilizatório enorme”, e nós
brasileiros devemos reverter essa perspectiva de excluir os idosos.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou
mais. O mesmo entendimento está presente na Política Nacional do Idoso (instituída pela
lei federal 8.842), de 1994, e no Estatuto do Idoso (Lei Federal 10.741), de 2003. A
primeira tem como objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, entre eles à saúde, ao
trabalho, à assistência social, à educação, à cultura, ao esporte, à habitação e aos meios
de transportes, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação
efetiva na sociedade. A segunda vem regular todos esses direitos, concedendo a quem
tem 60 anos ou mais, por exemplo, atendimento preferencial em estabelecimentos
públicos e privados e prioridade na formulação e na execução de políticas sociais públicas
específicas.

Como citamos “uma decisão da Justiça fluminense, considerou idoso só quem tem 65
anos ou mais”. Assim, podemos dizer que se coloca em xeque os direitos da população
que mais cresce no Brasil e no mundo. Parece que, sobressaem os interesses
econômicos em detrimento das demandas da pessoa idosa.
A priori podemos dizer que um profissional com idade superior a 60 anos, pode trabalhar
em unidade hospitalar ou visitar pessoas hospitalizadas. Pois, tanto o paciente com HCV,
COM NORMAL, LEIA SEM Hepatite-A, pode trabalhar em qualquer tipo de atividade.
Não há contágio nas relações sociais e estar infectado com a hepatite C, por si, não
significa limitação para o trabalho.

Hepatites.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 2 bilhões de pessoas no mundo já tiveram
contato com o vírus da hepatite B, dos quais mais de 300 milhões tornaram-se pacientes
crônicos, enquanto a hepatite C atinge 170 milhões. No Brasil, cerca de 2 milhões são
portadores crônicos do tipo B e mais 3 milhões do C. A hepatite é uma doença viral
infecciosa, que ataca o fígado e pode ser aguda ou crônica. Existem cinco tipos
identificados de hepatite: A, B, C, D (Delta) e E. As dos tipos A e E só se manifestam de
forma aguda, e o paciente elimina o vírus do organismo depois da crise. Mas os tipos B,
C e D podem se tornar crônicos e pedem mais atenção dos órgãos de saúde no mundo.

A informação é importante para lhe dar com situação de interesse da Saúde Pública.

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A HEPATITE A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (VHA) e também
conhecida como “hepatite infecciosa”. A transmissão é pela via Fecal-oral, por contato
entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Os sintomas
geralmente, não apresenta. Porém, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou
vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Quando surgem, costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção. Para o diagnóstico
deve ser realizado por exame de sangue. Após a confirmação, o profissional de saúde
indicará o tratamento mais adequado. A doença é totalmente curável quando o portador
segue corretamente as recomendações médicas.
Para se prevenir se deve adotar as condições de higiene e de saneamento básico, lavar
sempre as mãos, consumir apenas água tratada, evitar contato com valões, riachos,
chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto.
Aproveitando a oportunidade é bom ressaltar que além da HEPATITE A(vírus A – VHA;
conhecida como “hepatite infecciosa”), temos:
HEPATITE B - A hepatite do tipo B é uma doença infecciosa também chamada de soro-
homóloga, causada pelo vírus B (HBV).

HEPATITE C - A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV), já tendo sido chamada de


“hepatite não A não B”. O vírus C, assim como o vírus causador da hepatite B, está
presente no sangue.

HEPATITE D - A hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus D (VHD).


Mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa.
HEPATITE E - A hepatite do tipo E é uma doença infecciosa viral causada pelo vírus
VHE, mas possui ocorrência rara no Brasil, sendo mais comum na Ásia e África.
Indivíduos infectados pelo vírus da hepatite B têm 5% a 10% de risco de tornarem-se
doentes crônicos. Na hepatite C, o risco é de 85%. O tratamento das hepatites B e C é
feito com agentes antivirais, com 70% e 35% de sucesso, respectivamente.
Conclusão.
O medo do “Avô”, não tem base real, pois, podemos dizer que pessoas com idade superior
a 60 anos, pode visitar pacientes em hospitais. Não há contágio nas relações sociais e
estar infectado com a hepatite- A; Hepatites B, C, D e E, por si, não significa limitação
DE VISITA A UNIDADE HOSPITALAR.

Bibliografia.
REID, A.E.; Dienstag, J.L. Viral Hepatitis. In: Richman, D.D. Whitley, R.J.; Hayden;
F.G. (eds.) Clinical Virology. New York, Churchill Livingstone Inc., 1997.;
HOUGHTON, M. Hepatitis C virus. In: Fields et al. (eds.) Virology. 3. ed.; Philadelphia,
Lippincott-Raven, 1995.; World Health Organization. Active Ageing - A Policy
Framework. Arquivado em 19 de março de 2015, no Wayback Machine. A contribution
of the World Health Organization to the Second United Nations World Assembly on

3
Ageing. Madri, abril de 2002, p. 4.; Síndrome da fragilidade biológica em idosos: revisão
sistemática. Por Sheilla Tribess e Ricardo Jacó de Oliveira. Revista de Salud Pública, vol
13 (5), outubro de 2011. Demência senil. «Estatísticas sobre o Brasil». World Health
Organization. Consultado em 11 de setembro de 2021; Foucault, M. (1967); Theodor W.
Adorno & Max Horkheimer. Dialética do Esclarecimento - Fragmentos
Filosóficos Arquivado em 17 de julho de 2013, no Wayback Machine. (1947); Adorno:
educação e emancipação. Por Nildo Viana; Asilos de Velhos: passado e presente. Por
Daniel Groisman. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, v. 2, p. 67-87.
Porto Alegre: UFRGS, 1999; Lei n° 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o
Estatuto do Idoso e dá outras providências.

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