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TEXTO 1) Quem é MC Pipokinha, a funkeira polêmica que zombou de professores (Joselito Silva, Jornal Folha da Tarde - 09/03/2023)
MC Pipokinha se envolveu em uma grande controvérsia ao gravar um vídeo no qual zombou de professores. Um seguidor revelou a
ela em uma caixinha de perguntas do Instagram que brigou com uma professora para sair em defesa da cantora. A funkeira então disse
que não valia a pena confrontar a educadora, pois esses profissionais ganham mal, enquanto ela estaria recebendo R$ 70 mil por show.
Essa está longe de ser a primeira polêmica na qual ela se envolve.
Polêmica com professores
Em conversa com seus seguidores no Instagram, a cantora respondeu uma mensagem de um fã e debochou dos professores, falando
que "tem que ter nada para fazer" para ficar ouvindo desaforo dos filhos dos outros.
"Ainda receber o que o professor recebe, que é quase nada? Professor é humilhado pra caralho só de ser um professor. Não discute com
ela não, tadinha. Não discute porque ela pode acabar descontando tudo em você, mandando você fazer vários trabalhos, te reprovando
na prova", contou.
"Meu baile tá R$ 70 mil, 30 minutinhos em cima do palco, eu ganho R$ 70 mil. Ela não ganha nem R$ 5 mil sendo professora, às
vezes. Tem que estudar muito, não discute com ela", completou.
Conteúdo sexual
Um dos pontos que mais chama a atenção sobre a MC são seus shows. Suas canções são de alto cunho sexual e suas apresentações
seguem a mesma linha, com passos de dança que simulam atos sexuais e que por vezes usam de bastante agressividade. Um vídeo que
circulou nas redes sociais chocou internautas justamente pela violência entre a cantora e seus
dançarinos.
A interação da funkeira com seus fãs também tem sido alvo de polêmicas. Em uma das
apresentações, uma fã subiu ao palco e chegou a desmaiar ao receber uma dança de um dos
bailarinos. Recentemente, Pipokinha recebeu sexo oral de uma espectadora durante um show.
MC Pipokinha chegou, inclusive, a perder sua conta no Instagram. A plataforma derrubou a
página por concluir que ela possuía conteúdo sexual que violava “diretrizes da comunidade”.
Em entrevista ao site G1, ele defendeu suas apresentações e disse que realizava
“espetáculos” no palco. “É como se a história fosse a música, e o que eu apresento no meu
espetáculo fosse um teatro. Como se fosse um musical da putar**. É uma menina que gosta
muito de dar a per***ca e é rica. Ela não precisa de macho para ganhar dinheiro. Eu não faço
show, faço espetáculo ", definiu.
História da MC Pipokinha
MC Pipokinha é o nome artístico de Doroth Helena de Sousa Alves. Natural da cidade de
Tubarão, em Santa Catarina, ela é filha adotiva de uma família mórmon. Ela relatou que sua
mãe só permitia que fossem tocadas músicas religiosas em casa e que a família lia escrituras
sagradas todas as noites. Apaixonada por dança e música, ela escondia roupas curtas para
levar ao colégio e dançar. Sua primeira identidade artística foi MC Kratina.
Em 2019, ela veio para São Paulo sem ter onde morar e começou a dormir de favor nas casas
de conhecidos ou até em locais como bares, enquanto perseguia seu sonho de ser artista. Em 2020 se lançou como MC Pipokinha e
viralizou nas redes sociais em 2022. Além da música, ela revelou ter aberto uma conta no Privacy, plataforma digital de conteúdo
íntimo, na qual disse já ter faturado mais de R$ 500 mil.
FONTE: https://www.folhadatarde.com/entenda-as-polemicas-de-mc-pipokinha.aspx
TEXTO 2) Brasil ocupa último lugar em educação, entre 63 países (Deutsche Welle/ Coluna Tropiconomia - Alexander Busch -
29/06/2022)
Desde 1989 o International Institute for Management Development (IMD), sediado na Suíça, publica um ranking anual de
competitividade. Para tal, o IMD World Competitiveness Center entrevista empresária/os, investidora/es e gerentes de 63 países sobre
diversos critérios.
No relatório mais recente, a América Latina se saiu especialmente mal. Excetuado o Chile, todos os demais seis grandes Estados
ocupam os últimos postos entre as economias examinadas. O Brasil está em 59º lugar; numa das rubricas – relativa à educação de
crianças e adolescentes e à formação profissional – aparece até mesmo na última posição.
Isso é uma catástrofe que não se limita à miséria educacional sob Jair Bolsonaro. O governo do populista de direita não está
interessado em melhorar o nível dos escolares e universitários brasileiros. Os sucessivos ministros da Educação – até agora quatro –
são notórios principalmente por suas excentricidades e seu óbvio desconhecimento da área.
O ex-ministro Milton Ribeiro chegou a ser preso preventivamente por corrupção – e acabou solto no dia seguinte. Abraham
Weintraub só se salvou do mesmo destino graças à transferência para o exterior, a serviço do Banco Mundial. Um ministro nomeado
não pôde assumir por ter alegado ter um título de doutor que não possuía. O atual ministro, ninguém conhece.
Futuro sem capital humano
No entanto, as consequências da miséria educacional, que o IMD provou tão claramente agora, vão muito além da política
insuficiente do governo no ensino: elas estão profundamente enraizadas na sociedade brasileira. Sejam ricos ou pobres, em todas as
camadas do Brasil a educação é considerada secundária, algo mais ou menos supérfluo, que é nice to have.
Muitos pobres não entendem que a educação possa ser uma possibilidade de ascensão social, pois praticamente não conhecem
ninguém que tenha conseguido. As escolas públicas são tão ruins que até mesmo os mais pobres, se podem, enviam seus filhos para as
particulares. Mas os diplomas só valem no papel. "No Brasil, a educação se resume a uma situação em que uns fingem que ensinam,
outros fingem que aprendem, e tudo termina em diploma", disse recentemente o filósofo Eduardo Giannetti em entrevista ao
jornal Valor Econômico.
Grande parte dos jovens de classe média não possui a qualificação em matemática e português atestada em seu certificado de
ensino médio, como têm mostrado repetidamente os estudos Pisa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), que reúne os países industrializados desenvolvidos. Muitos são lançados como analfabetos funcionais e sem domínio das
operações aritméticas básicas no mundo do trabalho, onde são proporcionalmente mal pagos.
Contudo, muitos brasileiros de classe média a alta também pensam que, ao colocar seus filhos em escolas caras, já fizeram o
suficiente por sua formação. Não se ensina a pensar, mas a aprender de cor. Um indício é que no Brasil não se leem nem presenteiam
livros. Também nas casas dos que poderiam comprá-los, livros são artigo raro. Onde há aula de música na escola? Que crianças ou
adolescentes já foram a um museu ou exposição?
Para o Brasil, esse último lugar em relação ao nível educacional da população é um mau presságio, pois compromete seu futuro.
Giannetti explica: "Porque a formação de capital humano é o que define a vida de um país. Nenhum local prospera, encontra o seu
melhor, se não der a cada cidadão a capacidade de desenvolver o seu potencial humano. E o Brasil está muito longe de alcançar essa
realidade."
A isso, não há nada mais a acrescentar.
FONTE: https://www.dw.com/pt-br/brasil-ocupa-%C3%BAltimo-lugar-em-educa%C3%A7%C3%A3o-entre-63-pa%C3%ADses/a-
62304023
TEXTO 3) Conheça os países que mais investem em educação no mundo (Educa+Brasil em 30/09/2022)
No mundo, diferentes países estudam a melhor forma de ampliação e atualização de seu sistema educacional, bem como
capacitação de professores e oferta de melhores condições de estudos aos alunos. No entanto, para tudo isso é
necessário investimento em educação nos países. Cada governo lida com isso da maneira que julga mais funcional, levando-os a
destinar mais ou menos dinheiro para a educação.
Uma forma de medir o investimento em educação realizado por cada país é através da porcentagem do PIB destinada a ela. Neste
contexto, o Banco Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) coleta e armazena dados de países membros da Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Com isso, é possível monitorar o montante do Produto Interno Bruto (PIB)
destinado à educação e cruzar com dados de desempenho educacional de estudantes de cada país.
Países que mais investem em educação da OCDE
A OCDE conta com 38 países membros, nos quais o último levantamento do valor do PIB investido na educação foi em 2018 – com
exceção da Costa Rica. O destaque neste quesito vai para os países nórdicos, onde Islândia, Noruega e Suécia empatam com 7,6% do
PIB direcionados a custos com a educação. Veja o ranking com os 10 países que mais investem em educação, de acordo com o Banco
Mundial da ONU:
• Islândia – 7,6% • Costa Rica – 6,7% • Nova Zelândia – 6%
• Noruega – 7,6% • Bélgica – 6,4% • Chile – 5,4%
• Suécia – 7,6% • Finlândia – 6,3%
• Dinamarca – 6,8% • Israel – 6,1%
TEXTO DE APOIO)"Uma nova classe de pessoas deve surgir até 2050: a dos inúteis” (ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE - 16 JAN 2018)
Com o avanço da inteligência artificial, os humanos serão substituídos na maioria dos trabalhos que hoje existem. Novas
profissões irão surgir, mas nem todos conseguirão se reinventar e se qualificar para essas funções. O que acontecerá com esses
profissionais? Como eles serão ocupados? Yuval Noah Harari, professor da Universidade Hebraica de Jerusalém e autor do livro Sapiens
– Uma Breve História da Humanidade, pensa ter a resposta.
Em artigo publicado no The Guardian, intitulado O Significado da Vida em um Mundo sem Trabalho, o escritor comenta sobre uma
nova classe de pessoas que deve surgir até 2050: a dos inúteis. "São pessoas que não serão apenas desempregadas, mas que não serão
empregáveis", diz o historiador.
De acordo com Harari, esse grupo poderá acabar sendo alimentado por um sistema de renda básica universal. A grande questão
então será como manter esses indivíduos satisfeitos e ocupados. “As pessoas devem se envolver em atividades com algum propósito.
Caso contrário, irão enlouquecer. Afinal, o que a classe inútil irá fazer o dia todo?”.
Uma das possíveis soluções, apontadas pelo professor, são os games de realidade virtual em 3D. “Na verdade, essa é uma solução
muito antiga. Por centenas de anos, bilhões de humanos encontraram significados em jogos de realidade virtual. No passado,
chamávamos esses jogos de ‘religiões’”, afirma Harari. “Se você reza todo dia, ganha pontos. Se você se esquece de rezar, perde
pontos. Se no fim da vida você ganhou pontos o suficiente, depois que morrer irá ao próximo nível do jogo (também conhecido como
céu)”.
Mas a ideia de encontrar significado na vida com essa realidade alternativa não é exclusividade da religião, como explica o professor.
"O consumismo também é um jogo de realidade virtual. Você ganha pontos por adquirir novos carros, comprar produtos de marcas
caras e tirar férias fora do país. E, se você tem mais pontos que todos os outros, diz a si mesmo que ganhou o jogo”.
Para o escritor, um exemplo de como funcionará o mundo pós-trabalho pode ser observado na sociedade israelense. Alguns judeus
ultraortodoxos não trabalham e passam a vida inteira estudando escrituras sagradas e realizando rituais religiosos. Esses homens e
suas famílias são mantidos pelo trabalho de suas esposas e subsídios governamentais. “Apesar desses homens serem pobres e nunca
trabalharem, pesquisa após pesquisa eles relatam níveis de satisfação mais altos que qualquer outro setor da sociedade israelense”,
afirma Harari.
Segundo o professor, o significado da vida sempre foi uma história ficcional criada por humanos, e o fim do trabalho não irá
necessariamente significar o fim do propósito. Ao longo da história, muitos grupos encontraram sentido na vida mesmo sem
trabalhar. O que não será diferente no mundo pós-trabalho, seja graças à realidade virtual gerada em computadores ou por religiões e
ideologias. "Você realmente quer viver em um mundo no qual bilhões de pessoas estão imersas em fantasias, perseguindo metas de
faz de conta e obedecendo a leis imaginárias? Goste disso ou não, esse já é o mundo em que vivemos há centenas de anos”.
FONTE: https://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2018/01/uma-nova-classe-de-pessoas-deve-surgir-ate-2050-dos-inuteis.html