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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PEDAGOGIA
FORTALEZA - CE
2019
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
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FORTALEZA - CE
2019
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
REFERÊNCIAS 8
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1. INTRODUÇÃO
Em uma sociedade cada vez mais voltada para produção elementos grafocêntricos,
faz-se urgente a necessidade de formação de indivíduos capazes de ler e escrever com
autonomia e competências. A leitura e a escrita são essenciais para integração plena das
pessoas com a sociedade, garantem uma maior chance de desenvolvimento de suas aptidões e
ampliam os horizontes da aquisição de conhecimento. Todos os países desenvolvidos presam
pelo aperfeiçoamento dessas habilidades em sua população como garantia de um acesso
sempre crescente à prosperidade.
O Brasil vem lutado por décadas para aumentar seus níveis de alfabetização, contudo,
diversos relatórios e pesquisas têm apontado que caminhamos em um sentido oposto: temos
falhado na formação de leitores e escritores competentes já nas séries iniciais do Ensino
Fundamental. Dados do Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (Inaf) de 2018,
revelam que uma parcela considerável daqueles que concluem o Ensino Médio conseguem
fazer uso competente das habilidades de leitura e escrita nas mais diversas situações
cotidianas. Ao analisar o Ensino Superior essa perspectiva assustadora se mantém quando
conclui que poucos são os proficientes em tais habilidades. Quando nos deparamos com tão
vergonhosos números, chegamos à conclusão de que é urgente a necessidade de políticas
públicas que incentivem e garantam a alfabetização plena e na idade adequada.
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Ler e escrever são produtos culturais da sociedade, portanto, não nos sãos inatos,
precisam ser adquiridos no convívio dos espaços formais e não-formais de educação e
desenvolvidas através da prática constante. Em abril de 2019, o Governo Federal, através do
Ministério da Educação, decretou as diretrizes para a Política Nacional de Alfabetização que
por meio da aliança entre federação, estados e municípios possa-se garantir às nossas crianças
níveis satisfatórios de leitura e escrita com autonomia e compreensão através de estudos
fundamentados em ciências da cognição.
A leitura e a escrita são atos que garantem aos indivíduos ampla participação na vida
social, desenvolvimento de suas aptidões e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos
nos espaços formais e não-formais de educação. Na sociedade do séc. XXI, para uma
comunicação efetiva, faz-se, cada vez mais, uso de recursos gráficos, portanto, ampliar os
índices de alfabetização é um imperativo para as autoridades públicas para garantia completa
dos cidadãos do direito à participação social. Contudo, relatórios e pesquisas relacionadas ao
grau de alfabetismo da população brasileira apresentam dados que nos revela um país que
ainda não consegue garantir a plena participação social aos seus cidadãos através de um nível
adequado de alfabetismo. Através de dados apresentados pelo Indicador Alfabetismo
Funcional no Brasil (INAF) de 2018, pode-se chegar à conclusão de que as políticas públicas
têm falhado na instrução de brasileiros alfabetizados.
Os dados tornam-se ainda mais alarmantes quando o mesmo relatório faz relação entre
os índices de escolarização e o analfabetismo funcional.
Entre as pessoas que possuem os anos iniciais do Ensino Fundamental, mais de dois
terços (70%) permanecem na condição de Analfabetismo Funcional, sendo que 54%
chegam ao nível Rudimentar. Aproximadamente 1 em cada 3 pessoas (29%) desse
nível de escolaridade podem ser consideradas Funcionalmente Alfabetizadas, sendo
que 21% chegam ao nível Elementar, 7% ao nível Intermediário e 1% ao nível
Proficiente (Tabela 3).
Quase metade (45%) dos indivíduos que ingressaram ou concluíram os anos finais
do Ensino Fundamental atinge o nível Elementar da escala (Tabela 3). Nesse nível,
entretanto, chama a atenção que o grupo proporcionalmente maior (49%) representa
o conjunto dos indivíduos que ingressaram ou concluíram o Ensino Médio (Tabela
3a).
Apenas 45% dos entrevistados que chegaram ao Ensino Médio situam-se nos dois
níveis mais altos das escalas de Alfabetismo do Inaf (Tabela 3), mostrando que o
fato de terem frequentado escola não assegura que tenham suficientes habilidades
para fazer uso da leitura e da escrita em diferentes contextos da vida cotidiana.
Mesmos dos indivíduos que tiveram acesso à educação formal, não ficam imunes à
fragilidade da má qualidade do ensino e projetos de alfabetização espalhados pelo país. De um
modo particular, observa-se uma ineficiência relacionadas alfabetização das crianças no 1º
ano do Ensino Fundamental onde se dá ênfase em assuntos secundários como os usos sociais
da língua em detrimento do estudo da estrutura de nossa língua materna (OLIVEIRA, 2015).
Atento a essa realidade, em abril de 2019, o Governo Federal, através do Decreto Nº 9.765
estabeleceu as diretrizes iniciais da Política Nacional da Alfabetização onde a federação
define conceitos, objetivos e metas para a alfabetização plena no Brasil. Alfabetização, na
perspectiva governamental, é “ensino das habilidades de leitura e de escrita em um sistema
alfabético, a fim de que o alfabetizando se torne capaz de ler e escrever palavras e textos com
autonomia e compreensão.” (BRASIL, 2019, p. 1).
a) consciência fonêmica;
d) desenvolvimento de vocabulário;
e) compreensão de textos; e
Pulieze (2014, p. 2) afirma que “os pesquisadores parecem concordar que existem três
componentes-chave da fluência: precisão na decodificação da palavra, automaticidade no
reconhecimento das palavras e uso apropriado da prosódia. ” Conforme o progresso das
crianças na aquisição da leitura ocorre, elas aprimoram o uso das correlações entre as letras e
seus sons, além de se tornarem mais capazes de decodificar e identificar palavras não
conhecidas de uma forma cada vez mais autônoma (MALUF e CARDOSO-MARTINS,
2013).
c) fornecer apoio oral e modelos para os leitores usando leitura assistida, leitura de
poemas, leitura emparelhada, fitas de áudio e programas de computador;
3. REFERÊNCIAS
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OLIVEIRA, João Batista. Alfabetização: em que consiste e como avaliar. Brasília: Instituto
Alfa e Beto, 2015.