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Disponível em: <http://simec.mec.gov.br/pde/grafico_pne.php>. Acesso em 11 jun. 2019.
afirma Freire (2002, p. 30): “só faz sentido se os oprimidos buscarem a reconstrução de
sua humanidade e realizarem a grande tarefa humanística e histórica dos oprimidos –
libertar-se a si e os opressores”. Mas, apesar de dar vulto à alfabetização, ainda não se
mostra eficaz na consolidação do processo, nem de forma elementar, conforme os dados
obtidos pelas avaliações de larga escala, especificamente a ANA.
A universalização da educação básica constitui uma das diretrizes do Plano
Nacional de Educação 2014-2024, consubstanciado no Projeto de Lei nº 8.035/2010 e
aprovado pela Lei nº 13.005/2014. Nesse sentido, nos últimos anos, duas mudanças
importantes foram introduzidas na educação básica: a matrícula obrigatória no Ensino
Fundamental a partir de 6 anos completos, ampliando a duração do segmento para 9
anos; e a obrigatoriedade de matrícula/frequência escolar a partir dos 4 anos de idade,
introduzida pela Emenda Constitucional nº 59 de 2009 e pela Lei nº 12.796/2013,
alterando a LDB (nº 9.394/1996); mudanças essas que deveriam estar implementadas
até 2016. Desta forma, todos os entes federados deverão garantir o acesso à escola a
todas as crianças a partir dos 4 anos de idade, zelando por sua permanência e frequência
em unidades escolares de educação básica.
A educação básica – composta por Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Ensino Médio – tem o intuito de possibilitar aos alunos a construção de valores
indispensáveis à prática da cidadania, propondo-lhes condições de desenvolvimento nas
áreas educacionais e profissionais, tendo em vista a redução das desigualdades sociais,
conforme dispõe a Lei de Diretrizes e Bases.
É de suma importância considerar os princípios da equidade e da valorização da
diversidade, os direitos humanos, a gestão democrática do ensino público, a garantia de
padrão de qualidade, a acessibilidade, a igualdade de condições para o acesso e
permanência do educando na escola.
ATIVIDADE
AULA 2 - 03/03/2023
ALFALETRAR
Magda Soares, 2020
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ATIVIDADES
1. Criar, no caderno de PAL, dois acrósticos: um com a palavra Alfabetização e outro
com a palavra Letramento. Os acrósticos precisam ser compostos por palavras que
representem/expliquem cada um dos conceitos.
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ATIVIDADES
1. No caderno de PAL:
TRABALHO AVALIATIVO
Graciliano Ramos
Bartolomeu Campos de
Queirós
Fançoise Dolto
AULA 5 - 10/03/2023
MÉTODOS SINTÉTICOS
Vão das partes para o todo, começando com as unidades sonoras ou gráficas
MÉTODOS ANALÍTICOS
Vão do todo para as partes, originando-se de unidades de significado
PALAVRAÇÃO
COMO É: A unidade linguística é a palavra que deve ser reconhecida graficamente
sem a necessidade de decompô-la em sílabas, letras ou mesmo fonemas e grafemas. A
proposta é de que se forme um repertório antes de construir frases e pequenos textos.
COMO FUNCIONA: Apresenta-se um grupo de palavras que os alunos tentam
reconhecer pelas características gráficas. São propostas atividades de memorização de
palavras, às vezes associadas a imagens, exercícios de movimento de escrita etc.
VANTAGENS: É um meio-termo entre as práticas sintéticas e as analíticas, pois
permite trabalhar em unidades menores, sem dissociá-las do significado. O aluno
aprende estratégias de leitura inteligente e associa a leitura com prazer e informação.
RISCOS: Focar só no reconhecimento gráfico das palavras pode prejudicar a análise
das sílabas, letras e grafemas, afetando o reconhecimento de palavras novas. Isso
costuma ser amenizado pelo uso de palavras estáveis, como o nome próprio.
SENTENCIAÇÃO
COMO É: A proposta é partir de uma unidade de significado mais completa, que é a
frase. O estudante deve reconhecer e compreender o sentido de uma sentença para só
depois analisar as suas partes menores (palavras e sílabas).
COMO FUNCIONA: A pedagoga argentina Cecilia Braslavsky ensina que é possível
partir da oralidade das crianças, a partir da qual se extraem orações simples, escritas em
faixas expostas na sala de aula. As frases podem depois ser consultadas
permanentemente.
VANTAGENS: A exemplo do método de palavração, a sentenciação permite que os
alunos se relacionem com o significado dos textos e aprendam, desde o início da
alfabetização, a utilizar estratégias de leitura inteligente.
RISCOS: O ensino por sentenciação pode acarretar problemas semelhantes aos
encontrados na palavração, como a dificuldade de decodificar textos novos por falta de
uma análise mais detida nas unidades que compõem a base do sistema de escrita.
MÉTODO GLOBAL
COMO É: Parte-se de um texto, trabalhado por certo tempo, no qual o aluno memoriza
e entende o sentido geral do que é “lido”. Só depois se analisam as sentenças e se
identificam as palavras, comparando as suas composições silábicas.
COMO FUNCIONA: No Brasil, o método é associado aos contos, conforme as
práticas difundidas pela educadora Lúcia Casasanta nos anos 30. As cinco fases vão da
compreensão geral da história à análise comparativa da composição silábica das
palavras.
VANTAGENS: Com práticas semelhantes às adotadas pela moderna alfabetização de
linha construtivista, o método mantém o foco no sentido dos textos e proporciona, desde
o início da aprendizagem, o contato com o texto.
RISCOS: O trabalho sistemático com as unidades menores, que são parte da estrutura
básica da língua escrita, pode ficar enfraquecido. Além disso, o uso só de textos para
fins escolares não é positivo: a criança precisa conviver com textos reais.
Por: Pedro Annunciato
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/17568/o-be-a-ba-dos-metodos-de-
alfabetizacao
AULA 6 - 17/03/2023
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
3. Por que, na concepção de Marlene Carvalho e com base nas aulas de PAL, podemos
chamar os métodos sintéticos e analíticos de alfabetização de receita de bolo?
4. Teça três críticas a cada método de alfabetização estudado nas aulas de PAL.
AULA 7 - 24/03/2023
Fabrício Freiman
¹Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Professor na Secretaria de Estado de
Educação do Rio de Janeiro - Seeduc RJ e na Rede Municipal de Educação de Cachoeiras de Macacu/RJ
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Disponível em http://alfabetizacao.mec.gov.br/tempo-de-aprender. Acesso em 26 de junho de
2020, às 22h.
apesar de não nomear, lança mão do método fônico como principal estratégia
educacional para alfabetizar. Os professores alfabetizadores têm acesso ao curso na
modalidade Educação a Distância (EaD), com vídeo-aulas (aulas expositivas gravadas
em vídeo). Têm ainda acesso ao Sistema On-line de Recursos para Alfabetização (Sora),
com fichas de atividades prontas para serem aplicadas (planejamentos), exercícios de
fixação dos conteúdos estudados, propostas de estratégias de ensino. No decorrer de
todo o curso a fala “siga os passos a seguir” é muito presente em todas as vídeo aulas,
fortalecendo a ideia de receita de alfabetização, o que desconsidera as diferenças
regionais, socioeconômicas, de desenvolvimento infantil, no decorrer do processo.
Além disso, desconsidera também os avanços que houve no Brasil em relação aos
estudos da alfabetização de classes populares, desvalorizando todo legado do Educador
Paulo Freire (1921-1997), que propõe um processo educacional que atenda às
necessidades dos excluídos dos direitos humanos básicos e da formação de sujeitos
críticos – cônscios do seu papel na sociedade e construtores de sua própria história.
Junto à discussão dos métodos, é necessário refletir acerca do sujeito que aprende, seu
desenvolvimento e tempo pedológico (VIGOTSKI, 2018), visando superar processos
obsoletos de alfabetização e elencar propostas que levem os alunos ao exercício da
prática social da leitura e escrita, questões essas desconsideradas pela PNA. Não está
em jogo a simples eliminação do que é considerado tradicional. É preciso dar voz à
experiência em alfabetização vivenciada pelos professores e possibilitar-lhes acesso a
teorias que podem colaborar com práticas de alfabetização que tenham por base a
diversidade do desenvolvimento humano, ou seja, a ideia de que não há um único
padrão para se ensinar e aprender a ler e a escrever. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Observa-se que a PNA, oriunda de uma determinada política partidária, portanto, sem
compromisso de continuidade com as Políticas Educacionais, sem diálogo com a escola
básica, surge como “penduricalho” frente às dificuldades enfrentadas pela escola no
decorrer do processo de alfabetização de crianças, que chegam ao final do Ciclo de
Alfabetização sem dominar os conceitos básicos do código escrito, conforme dados da
Avaliação Nacional da Alfabetização. Nesse contexto, a política tem se mostrado
ineficaz, ao não atingir um objetivo básico elementar: alfabetizar as crianças.
REFERÊNCIAS:
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São
Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.
2. Para o autor, a Política Nacional de Alfabetização (PNA), ”(...) evidencia mais uma
vez que a política pública educacional muda conforme é alterada a filiação partidária
do Governo, mas mantém o mesmo eixo tecnicista, homogeneizador e, como sempre,
deixa a voz o professor à margem do processo de elaboração e implementação das
propostas.” – Fabricio Freiman. Você acha que o professor alfabetizador (aquele que
está em sala de aula alfabetizando) deveria ser “mais ouvido” na elaboração de
propostas e programas para a alfabetização? Por quê?
3. No decorrer do texto, o autor chama atenção para propostas que “(...) fortalecendo a
ideia de receita de alfabetização, o que desconsidera as diferenças regionais,
socioeconômicas, de desenvolvimento infantil, no decorrer do processo.” – Fabricio
Freiman. O que a escola pode (e deve!) fazer para superar essa homogeneização dos
alunos, considerando a diversidade como ponto de partida para alfabetizar?
Colégio Estadual Maria Zulmira Tôrres
Disciplina: Processos de Alfabetização e Letramento
Professor: Fabrício Freiman
Aluno(a):_________________________________ Turma:CN 3001
AULA 8 - 31/03/2023
Prova
AULA 9 - 14/04/2023
Recuperação da Prova
AULA 10 - 28/04/2023
AULA 11 - 05/05/2023
Festival de talentos