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ATIVIDADE I

1. Para que servem os documentos oficiais na educação? Diferencie as diretrizes


dos Parâmetros/Orientações curriculares.

Os documentos oficiais são usados para orientar e nortear o planejamento curricular das
instituições de educação básica, garantindo uma educação de qualidade para todos os
indivíduos matriculados. As diretrizes (LDB) são regras que visam preservar e reafirmar
esses direitos aos alunos, elas definem as responsabilidades e deveres da escola, Estado
e municípios, já os parâmetros curriculares propõem-se a servir de subsídio para as
instituições escolares, auxiliando para que o trabalho escolar requerido pelas diretrizes
seja desenvolvido, eles também podem servir de base para a elaboração do currículo
escolar de cada escola, atendendo as especificidades de cada instituição e realidade da
região.

2. Qual perspectiva de língua/linguagem é adotada pelos PCNs?

Na perspectiva dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) a linguagem é entendida


como uma forma de ação interindividual, um processo de interlocução que serve para as
práticas sociais, definindo-a como um sistema de signos que possibilita ao homem se
comunicar com a realidade. Nessa conjuntura, a linguagem funciona como um processo
de interação humana, ela produz efeitos de sentido entre interlocutores em dada
situação de comunicação social ou histórica, assim como seus diferentes aspectos
ajudam na construção do saber e a representação do mundo.

3. Qual o ponto de vista dos PCNs em relação à gramática? l

4. Escolha uma das competências da BNCC e faça uma análise crítica. l

Resposta na segunda página

5.Na sua opinião, os documentos oficiais contribuem para uma educação de qualidade?
Justifique.
Em tese, esses documentos deveriam servir de subsídios para a formação de uma
educação de qualidade para a população brasileira, contudo, é possível observar que
cada vez mais essa preocupação primordial é deixada de lado, visto que cada vez mais é
observado elaborações de currículos focados unicamente na preparação dos alunos para
provas de avaliação de índice de desenvolvimento e o alcance de metas estatísticas. Esse
deslocamento de prioridades não promove o alcance de uma educação de qualidade e
igualitária para todos, ela segrega, silencia e exclui cada vez mais o aluno, o
distanciando da sala de aula e culminando para um não pertencimento ao ambiente
escolar, assim como no atraso de sua aprendizagem. Acredito que é necessário sim os
documentos oficiais para a educação, mas com enfoque unicamente na prosperidade
intelectual do aluno, com práticas pedagógicas que valorizem suas aptidões.

ANÁLISE CRÍTICA

Ao analisarmos o atual quadro educacional brasileiro, vemos a necessidade de um olhar


mais atento as propostas de execução das competências partilhadas para as instituições,
bem como uma visão abrangente das necessidades educacionais do alunado após um
período de grande mobilidade e mudanças pós COVID-19. Essas transformações
precisam ser efetivas e trabalhadas em conjunto com toda a comunidade educacional.

As pesquisas recentes e os dados fornecidos pelo Inep pós pandemia mostram que o
panorama educacional atual apresenta fortes indícios de defasagem escolar, assim como
um alta porcentagem de alunos com dificuldades no desenvolvimento intelectual e
reflexivo, estas, bases para a formação do indivíduo. As estatísticas corriqueiramente
apresentadas em sites e jornais evidenciam cada vez mais as problemáticas enfrentadas
por profissionais da educação na aplicação dessas competências e da urgência de uma
reforma metodológica em suas aplicações em sala de aula.

Apesar de uma das competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
requerer a seguinte aptidão: “Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem
própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação
e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas” se torna impossível seu desenvolvimento quando não existe espaço nas
aulas para que seja trabalhado a oralidade no aluno em atividades significativas.

Carvalho e Ferrarezi Jr no livro “Oralidade na educação básica” argumentam da


importância do trabalho da oralidade nas escolas para o desenvolvimento intelectual do
aluno, para eles o ser humano nasce com habilidades linguísticas inerentes e que em
sala de aula o professor tem o papel de valoriza-las. A importância de um ensino que
trabalhe a oralidade é fundamental, dado que é a partir dela que o aluno é instigado a
refletir sobre aspectos do conhecimento de diferentes áreas, a argumentar e praticar a
criticidade e o respeito sobre temas diversos.

Apesar dessa importância, é um aspecto pouco trabalhado no âmbito escolar. O aluno se


torna silenciado muita das vezes através de métodos tradicionalistas ainda usados por
professores, causando um não pertencimento a comunidade escolar, uma vez que não é
ensinado a questionar, refletir e exteriorizar suas opiniões durante as disciplinas. É
preciso que as escolas abracem esse tipo de método cada vez mais e que estimulem a
participação ativa do aluno em diversas questões reflexivas, tanto de cunho especifico
quanto de culturais e sociais, para que assim ele possa ampliar sua visão de mundo
através da empatia e troca de questionamentos entre diferentes indivíduos.

CARVALHO,R.; FERRAREZI, C. Jr.; Oralidade na educação básica: o que saber,


como ensinar. São Paulo: Parábola, 2018.

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