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individuais.
1.Introdução:
A concepção de incapacidade, dependência e discriminação que permeiam a vida dos
indivíduos com deficiências se refere a algo ultrapassado e prejudicial ao
desenvolvimento cognitivo e autoestima daqueles que, em muitos casos, são deixados à
margem devido à incompreensão e falta de empatia tão percebidos em nossa sociedade.
A atenção e o afeto legítimo, permitem que se tenha a real preocupação em atender as
pessoas em suas mais variadas especificidades, sendo visto que a ideia de
individualidade é percebida por todos, independentemente de ter ou não deficiências
físicas ou neurológicas, há que se ressaltar a ênfase na proposição em que cada
indivíduo possui capacidades, habilidades, tendências e competências diversificadas e
por esse motivo, as pessoas têm processos de desenvolvimentos cognitivos diversos.
Segundo Figueira, no ano de 1981, a Organização das Nações Unidas (ONU)
reconheceu como a responsabilidade dos governos garantir a equidade de direitos para
as pessoas com deficiência em um novo direcionamento para reajustes sociais,
estruturais e políticos, tratando assim o tema na esfera dos direitos humanos. Esse
reconhecimento, expresso no Ano Internacional da ONU para Pessoas Deficientes,
representa a mudança no tratamento do tema da deficiência pelos organismos
internacionais.
Mesmo que na atualidade já tenhamos estudos e reflexões no que se refere à inclusão de
pessoas com deficiência, ainda somos surpreendidos por atitudes e ou comentários que
contradizem toda a discussão acerca do respeito, necessidade de inclusão e
acessibilidade do ambiente, visando o pleno desenvolvimento das capacidades e
competências de todos.
Na obra intitulada “A Educação Especial na perspectiva da inclusão escolar: A escola
comum inclusiva”, as autoras manifestam atenção especial à ideia de padronização de
alunos nas escolas, onde as instituições buscam o “ aluno ideal” no sentido de que os
estudantes precisam ser “moldados” ao padrão de alunos que se percebe como “capazes
de aprender”. Este grave equívoco é fruto da ignorância e incompreensão acerca das
possibilidades de desenvolvimento cognitivo e social específicos de cada um dos
indivíduos é ainda mais prejudicial em relação ao trabalho pedagógico direcionado aos
estudantes com necessidades especiais, que são agora denominadas Pessoas com
Deficiências, acarretando a estagnação das habilidades cognitivas e sociais.
Mediante à falta de entendimento sobre às características específicas de cada indivíduo,
sendo mais observada na prática educativa às PCD, a escola realiza a separação entre
alunos “normais” e “especiais”.
“Em ambientes escolares excludentes, a identidade normal é tida
sempre como natural, generalizada e positiva em relação às demais, e
sua definição provém do processo pelo qual o poder se manifesta na
escola, elegendo uma identidade específica através da qual as outras
identidades são avaliadas e hierarquizadas. ”
Ropoli et al. (2010)
BIBLIOGRAFIA
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ROPOLI, Edilene Aparecida; MANTOAN, Maria Teresa Eglér; SANTOS, Maria Terezinha
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