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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ – CAMPO GRANDE/MS

GRADUAÇÃO PSICOLOGIA – PERÍODO ACADÊMICO 2022.1

GIRLANE M DE S. CHAPARRO - RA 201909152269


KELLI PATRICIA MATOS ALOY - RA 201909139726
ROSANE PEREIRA LIMA SOBRINHO - RA 201909160733
VIVIANE CUNHA PEREIRA - RA 202001492038

PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA PROGRAMAÇÃO DE


ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA E ATENÇÃO E MOTIVAÇÃO DA EQUIPE -
Residência Inclusiva no Cotolengo – Campo Grande/MS

CAMPO GRANDE/MS
2022
GIRLANE M DE S. CHAPARRO - RA 201909152269
KELLI PATRICIA MATOS ALOY - RA 201909139726
ROSANE PEREIRA LIMA SOBRINHO - RA 201909160733
VIVIANE CUNHA PEREIRA - RA 202001492038

PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA PROGRAMAÇÃO DE


ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA E ATENÇÃO E MOTIVAÇÃO DA EQUIPE -
Residência Inclusiva no Cotolengo – Campo Grande/MS

Trabalho apresentado à Faculdade Estácio de


Sá - Campo Grande/MS, na disciplina de
Estágio Básico II, sob a orientação do Profa.
Ma. Maisa Colombo.

CAMPO GRANDE/MS
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... ..4
2. OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS............................................................... ..6
3. METODOLOGIA......................................................................................................7
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................8
5. PROJETO DE INTERVENÇÃO.............................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................17
ANEXOS....................................................................................................................18
1. INTRODUÇÃO

Primeiramente buscamos conhecer o local de observação, um pouco da


história: Em 1830, um padre chamado José Benedito Cotolengo fundou em Turim,
na Itália, a instituição “La Piccola Casa”, em italiano, A Pequena Casa, voltada para
cuidados médicos à pessoas de baixa renda. A obra multiplicou-se pelas mãos de
São Luis Orione, fundador da Pequena Obra da Divindade Providência e foi levada
para diversos países, inclusive o Brasil.
Foi daí que surgiram os Pequenos Cotolengos, instituição reconhecida e
premiada pela excelência do trabalho prestado às pessoas com deficiências e que
foram abandonadas pelas famílias ou vivem em situação de pobreza extrema.
Fundada em 20 de Julho de 1996 em Campo Grande, o Cotolengo Sul-Mato-
Grossense é administrada pelo Diretor Presidente - Pe. Valdeci Marcolino desde de
Agosto de 2016.
A Instituição atende crianças com paralisia cerebral grave vindas de famílias
carentes. Atualmente, pouco mais de 150, entre meninos e meninas, com idades até
22 anos. Trabalha em duas frentes: o CENTRO DIA, onde as crianças são acolhidas
das 7h às 17h, sendo atendidas em suas necessidades diárias de higiene,
alimentação e reabilitação. E o CENTRO CLÍNICO, onde os usuários do SUS
(Sistema Único de Saúde) são encaminhados para atendimentos clínicos sendo
esses atendimentos específicos em neurologia, fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia,
pedagogia, terapia ocupacional, psicologia, enfermagem, assistência social e
cuidadores, voltados para proporcionar conforto e qualidade de vida aos
pequeninos.
Como parte dos requisitos para o cumprimento da disciplina de Estágio
Supervisionado Obrigatório Básico II, no primeiro semestre de 2022 foram realizadas
visitas com o propósito de observação no local da RESIDÊNCIA INCLUSIVA no
Cotolengo Sul-Mato-Grossense, que está localizado na Rua Jamil Basmage, 996,
Bairro Mata do Jacinto em Campo Grande/MS.
Pertence ao Estado, mas a administração fica a cargo da Cotolengo,
instituição multiprofissional de assistência à saúde de pessoas com deficiência,
especialmente com paralisia cerebral grave, que tenham sido negligenciados ou sem

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condições pela família ou vivam em situação de rua e extrema pobreza.
Com cuidados que consiste em amparar pessoas nestas condições,
respeitando questões de gênero, idade, religião, raça e etnia, orientação sexual e
situações de dependência, que não disponham de condições de
autossutentabilidade ou de retaguarda familiar.
A RESIDÊNCIA INCLUSIVA, atende dez pessoas residentes com deficiência
e emprega uma equipe multiprofissional, que visa dar acesso a essa população, no
que se refere à moradia, saúde, assistência social e educação.
Para proporcionar aos acolhidos um serviço de qualidade, a Residência
Inclusiva, conta com uma equipe composta por coordenador, assistente social,
psicóloga, nutricionista, cozinheira, motorista, cuidadores e auxiliar limpeza, que
desenvolvem suas funções em conformidade com a legislação e as orientações em
vigor, a saber: Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, Sistema de
Monitoramento e Avaliação, NOB SUAS 2005, CF/88, Lei Orgânica da Assistência
Social e Política Nacional de Assistência Social.
Desta forma, o cuidado contribui na superação de barreiras e também na
construção progressiva da autonomia, com maior independência e protagonismo no
desenvolvimento das atividades da vida diária. O atendimento alcança também
pessoas de pequenos municípios que não possuam unidades de acolhimento
institucional.
Na observação ficou evidente a dedicação e esforço no cuidado com os
residentes. Contudo, também observou-se que os residentes ficam ociosos no
contraturno da escola.
Por isso, esse trabalho propõe que sejam feitas intervenções junto aos
residentes a fim de que estes desenvolvam sua autonomia, considerando as
limitações que a deficiência impõe; ou seja, há residentes que conseguem arrumar
camas, lavar louça, amarrar o cadarço dos sapatos, medidas simples que dariam um
propósito à vivência deles na residência. Quanto aos técnicos, propõe-se que eles
tenham atividades que estimulem a motivação e que proporcione maior interação
entre eles.

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2. OBJETIVO GERAL

Elaborar um projeto de intervenção com programação de atividades de vida


diária, visando a superação de seus limites, o desenvolvimento da autonomia,
independência, inclusão social e qualidade de vida dos residentes com deficiência
intelectual e física e a atenção à equipe de atendimento.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Favorecer o desenvolvimento de aptidões, capacidades e oportunidades para que


os indivíduos façam escolhas com autonomia;
- Promover acesso a programações culturais, de lazer, de esporte e ocupacionais
internas e externas, relacionando-as a interesses, vivências, desejos e
possibilidades do público;
- Possibilitar a convivência comunitária;
- Desenvolver capacidades adaptativas para a vida diária (AVD’s) de acordo com a
capacidade intelectual de cada residente;
- Promover a convivência mista entre os residentes de diversos graus de
independência;
- Promover atenção psicossocial à equipe.

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3. METODOLOGIA

Para a elaboração deste projeto utilizamos pesquisa exploratória e de campo,


o passo inicial foi a observação do espaço físico, da vida cotidiana e assim
proporcionar a familiaridade com a residência inclusiva. Como recurso de
observação utilizamos papel e caneta e uma entrevista aleatória, apenas com o
intuito de se conhecer as atividades da residência. Fizemos quatro visitas, uma vez
por semana, com duração de 1h30 minutos cada.
A Residência Inclusiva pertence ao Estado, mas administração fica a cargo da
Cotolengo, que administra outras duas residências, uma na cidade de Dourados e
outra em Três Lagoas, ambas do Estado.
Na residência de Campo Grande, onde está sendo realizada a observação,
tem um número total de 10 residentes. Capacidade máxima das Residências
Inclusivas. Os residentes são pessoas que sofreram intervenção do Governo,
através da justiça, e foram retiradas de suas famílias devido a denúncia de maus
tratos ou negligência. A idade mínima para ser aceito na residência é de 18 anos e a
idade máxima para permanência é de 59 anos e 11 meses. Completando 60 anos o
residente é encaminhado para um asilo de idosos.

Diagramação da Residência Inclusiva (Legenda Q1 a Q5 são os quartos)


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4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Quando resgatamos a história, no que diz respeito a tratativa de pessoas com


deficiência, percebemos a carência na assistência das necessidades desses
sujeitos, muitas vezes acolhidos em instituições generalizadas, sem a possibilidade
do desenvolvimento e fortalecimento da convivência familiar e social. As práticas
adotadas, ao longo da história, possibilitavam a segregação desses indivíduos,
impedindo a sua inserção na vida social da comunidade.
A Política Nacional de Assistência Social teve avanços importantes,
garantindo a universalização dos direitos socioassistenciais. O Sistema Único de
Assistência Social – SUAS, assegura e reconhece as seguranças de acolhida, de
convívio familiar, comunitário e social, e de desenvolvimento de autonomia
individual, familiar e social, qualificando, a estruturação do serviço de acolhimento
institucional em Residência Inclusiva para jovens e adultos com deficiência.
O Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS, contemplou na resolução
109/2009, que dispõe sobre a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais,
a previsão de atendimento de jovens e adultos com deficiência em Residência
Inclusiva, no rol dos serviços de Acolhimento Institucional.
A convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada pelo
Brasil em 2008, com equivalência constitucional, por meio do Decreto Legislativo nº
186/08 e Decreto nº 6.649, de 25 de agosto de 2009, apresenta o conceito de
pessoa com deficiência: “são consideradas pessoas com deficiência aquelas que
tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental ou sensorial, os quais
em interação com diversas barreiras podem obstruir sua participação plena e efetiva
na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.”
A instituição contemplada neste trabalho de observação, acolhe jovens e
adultos com Deficiência Intelectual. Segundo a Americam Association on Intellectual
and Developmental Disabilities (AAIDD), a Deficiência Intelectual (DI) refere-se à
incapacidade que limita o funcionamento e o comportamento adaptativo, o qual
envolve habilidades conceituais, sociais e práticas, fundamentais nas experiências
do dia a dia. O Diagnostic and Statistical Manual os Mental Disorders (DSM-V),
estabelece quatro níveis de “retardo mental”, a saber: leve (F70), moderado (F71),
grave(F72) e profundo (F73). 8
grave(F72) e profundo (F73). Essas categorias são compreendidas
a partir do funcionamento adaptativo que determina o nível de amparo necessário
para realização de atividades diárias. As principais diferenças estão associadas à
questão da autonomia da capacidade de realização das habilidades sociais
conceituais e práticas.
Temos como fator preponderante para o desenvolvimento intelectual do
indivíduo, o ambiente onde ele está inserido. Na interação com o meio ele recebe
estímulos e sofre influências que irão impactar diretamente no seu processo de
desenvolvimento.
Pesquisas tem mostrado que quanto maior for o investimento na pessoa com
Deficiência Intelectual, mais ela avança na elaboração e execução das habilidades.
Por isso é tão necessário um ambiente rico em estímulos e interação social,
inclusive com pessoas que não possuem deficiência. É comum acreditar que
pessoas com Deficiência Intelectual, não sejam capazes dessa interação, privando
esses sujeitos de dinâmicas importantes para o desenvolvimento de habilidades
adaptativas, comprometendo a autonomia. A falta de autonomia afeta o dia a dia da
pessoa com Deficiência Intelectual, na sua capacidade de resposta as demandas do
ambiente.
Um dos teóricos que deixou grande contribuição no trabalho com sujeitos com
necessidades especiais, foi Vygotsky. Ele trouxe uma nova compreensão dos
problemas desses sujeitos e alternativas inovadoras para a educação dos mesmos.
Vygotsky centraliza seu trabalho nas possibilidades dos sujeitos e não nas suas
deficiências ou limites, mostrando que estes, contrariando o que muitos pensam,
podem se tornar uma fonte de desenvolvimento. Para ele, se existem problemas,
existem também possibilidades. Desse modo, para o autor, seja qual for o problema
físico e sua natureza, vai desafiar o organismo. De um lado o defeito age de forma
negativa, tornando a atividade do organismo difícil, mas ao mesmo tempo
impulsiona o desenvolvimento de outras funções; ele ativa e desperta o organismo
para redobrar atividades que compensará o defeito e levar a superação da
dificuldade.
É muito claro na teoria de Vygotsky, o conceito de plasticidade, a capacidade
que o organismo tem de se transformar. Capacidade que o ser humano possui de
criar formas adaptativas com a intenção de superar os obstáculos que encontra.
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Porém essa capacidade de se reinventar é possível a partir de uma interação
com fatores ambientais, pois é nessa dinâmica relação com o meio interno e externo
que se dá o desenvolvimento. Segundo Adler (Apud Vygotsky), a elevada tendência
em direção ao desenvolvimento é originada pelo defeito. O autor afirma, ainda que a
lei da compensação ou superação, desvela o caráter criador do desenvolvimento.
Citando Stern, ele completa que: “tudo o que não me destrói, me faz mais forte, pois
na compensação da debilidade surge a força, e das deficiências, as capacidades.”
(STERN, W., 1923, p. 145 Apud VYGOTSKI, 1997, p.16)
Um dos princípios básicos da teoria de Vygotsky é o conceito de Zona de
Desenvolvimento Proximal, conceituada como: “A distância entre o nível de
desenvolvimento, real, que se costuma determinar através da solução independente
de problemas e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da
solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com
companheiros capazes.” (VYGOTSKY, 1984, p.97).
Esse conceito nos mostra que com a ajuda do outro é possível ter um
desenvolvimento maior do que aquele que produziria sozinho. Destacamos aqui a
importância do papel da equipe técnica e dos cuidadores que atuam no cuidado dos
indivíduos com DI acolhidos nas Residências Inclusivas. É possível desenvolver e
criar novas possibilidades, Vygotsky acreditava nisto, quando registra o seguinte: “o
comportamento atualizado é apenas uma infinitésima parte do comportamento
possível, o homem está cheio de possibilidades não realizadas (...)” e ainda, “todas
as crianças podem aprender e se desenvolver... as mais sérias deficiências podem
ser compensadas com ensino apropriado, pois, o aprendizado adequadamente
organizado resulta em desenvolvimento mental. ”(VYGOTSKY 1989, p.133).

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5. PROJETO DE INTERVENÇÃO

Um projeto de intervenção significa, segundo Paz et al (2013), conhecer a


realidade na qual se pretende atuar, desenvolver estratégias/ações para transforma-
la e conscientizar-se de que exige esforços e capacitação para propor e programar a
intervenção. Portanto, é uma ação planejada com vistas à tomada de decisão, de
modo que se possam alcançar os objetivos pretendidos.
Foram identificados os seguintes nós críticos:
1) Descontinuidade das atividades de vida diária (AVD’s) em relação a autonomia e
independência;
2) Ausência de atividades para desenvolvimento cognitivo, intelectual e físico de
acordo com a individualidade do residente, no período de contraturno da escola;
3) Inclusão de Atividades de atenção e motivação para Equipe.
Esses considerados “nós críticos” estão dentro da capacidade de
enfrentamento por parte da equipe, possibilitando ações voltadas especificamente
ao funcionamento adaptativo que determina o nível de amparo necessário para a
realização de atividades diárias associadas à questão da autonomia da capacidade
de realização das habilidades sociais conceituais e práticas.
Ações relativas a cada nó crítico detalhadas nos quadros abaixo:

Nó crítico 1 Das Atividades de Vida Diária (AVD’s) visando autonomia


e independência

Operação/Projeto Reavaliando

- Reavaliar o quadro dos residentes e adaptar as avd’s de


acordo com o desenvolvimento cognitivo, intelectual e
físico (no caso a deficiência visual) individualmente.

- Identificação todos os residentes com funções cognitivas


e intelectuais orientados e conscientes e elaborar o Plano
individual para as avd’s;

Ações - Realizar palestras para orientação quanto a aplicação


das avd’s. Apresentar o projeto e ações para motivar e
conseguir o apoio de toda Equipe;
- Realizar atividades e roda de conversa com os
residentes para a orientação das avd’s

- Colocar cartazes ilustrativos das avd’s nos locais


estratégicos para que eles sempre estejam em contato de
como deve proceder.

Atores sociais/ - Equipe multiprofissional e Residentes orientados e


responsabilidades conscientes:

Recursos necessários Econômicos: recursos para criação de cartazes para a


demonstração das avd’s de forma lúdica;

Organizacionais: Coordenador, Terapeuta Ocupacional,


Psicóloga e Cuidadores

Cognitivos: capacitação da equipe para atuar de forma


estratégica.

Políticos – SEDHAST / COTOLENGO

Higiene Pessoal – escovar dentes, escovar cabelos,


tomar banho; ir ao banheiro para fazer necessidades
AVD’S a serem
fisiológicas.
trabalhadas

Alimentação – servir o alimento, comer sozinho, retirar os


pratos da mesa, lavar os utensílios utilizados;

Organização – Reconhecimento de todas as áreas da


casa, escolher o vestuário, vestir-se, amarrar cadarço,
arrumar o quarto, arrumar a cama, guarda-roupa, roupa
suja no cesto; lixo no lixo; regar as plantas, guardar os
brinquedos ou objetos pessoais.

Boas Maneiras – Trato com as pessoas: bom dia, boa


tarde, boa noite, obrigada, por favor;

Anexos - cartaz sobre higiene pessoal;


- Cartaz sobre a alimentação;
- Cartaz sobre a organização:
Com atenção ao deficiente visual*

Responsáveis: Equipe multiprofissional Residência Inclusiva


Trabalhando cooperação, linguagem, organização e
pensamento.

Cronograma / Prazo Apresentar o projeto em 10 dias; Iniciar as atividades em


uma semana e será desenvolvido em todo o período de
estadia desse residente. Com vistas na diminuição da
sobrecarga dos cuidadores advinda da prestação
continuada de cuidados à pessoas com dependência;
E a qualidade de vida dos residentes;

Gestão, Equipe multiprofissional: reuniões semanais


acompanhamento e
avaliação

Nó crítico 2 - Das atividades para desenvolvimento cognitivo e


intelectual de acordo com a individualidade do residente,
no período de contraturno da escola.
Operação/Projeto Reavaliando
- Identificação todos os residentes com funções
cognitivas, intelectuais e físicas, orientados e
conscientes;

Ações - Realizar palestras para orientação quanto a aplicação


das atividades. Apresentar o projeto e ações para motivar
e conseguir o apoio de toda Equipe;
- Realizar atividades e roda de conversa com os
residentes para a orientação das atividades.
- Preparar Material dos jogos e exercícios cognitivos.

Atores sociais/ - Equipe multiprofissional e Residentes orientados e


responsabilidades conscientes:
Recursos necessários Econômicos: recursos para confecção ou compra de
atividades lúdicas e de arte, passeios;
Organizacionais: Coordenador, Terapeuta Ocupacional,
Psicóloga e Cuidadores.
Cognitivos: capacitação da equipe para atuar de forma
estratégica.
Políticos – SEDHAST / COTOLENGO

Atividades a serem - Jogos lúdicos – Boliche de latinhas; Jogo das argolas


trabalhadas - Contação de Histórias
- Oficina de artes: pintura em tecido, papel, recortes de
figuras e Massa de modelar
- Oficina de dança e musicalidade.
- Estimulação cognitiva: Conhecer formas geométricas,
texturas, placas e sinais de trânsito, cores;
- Passeio: Diário no bairro próximo da instituição,
reconhecimento dos comércios e suas diferenças
(mercado, farmácia, loja de calçados);
- Cine Pipoca: acesso ao conhecimento da linguagem
audiovisual.

Anexos - Como fazer o Boliche de latinhas; Jogo das argolas


- Atividades formas geométricas, cores, direção

Responsáveis: Equipe multiprofissional Residência Inclusiva

Gestão, Equipe multiprofissional: reuniões semanais


acompanhamento e
avaliação

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Nó crítico 3 - Das atividades de atenção e motivação da Equipe

Operação/Projeto Atenção a Equipe Multiprofissional

- Sobre comprometimento com as AVD’s;


- Organizar uma agenda para acompanhamento da
Saúde Mental da Equipe (suas emoções e
motivações);
- Organizar um período do dia para executar exercícios
de Ginástica Laboral;

Ações - Agendar palestras/ roda de conversa;

- Realizar a dinâmicas com foco na valorização da


equipe, proporcionando um ambiente onde todo mundo
é responsável pelo sucesso das ações, oferecendo
acolhimento, incentivo e qualidade de vida no trabalho.

Atores sociais/ - Equipe multiprofissional


responsabilidades

Recursos - Econômicos: recursos para confecção dos materiais


necessários
Organizacionais: Coordenador, Psicóloga,
Fisioterapeuta

Políticos – SEDHAST / COTOLENGO


- Palestras e Roda de conversa
Atividades a serem - Dinâmica do Quadro Kudo Wall Cards (uma prática
trabalhadas onde as pessoas podem reconhecer/ elogiar através
de cartões os comportamentos umas das outras,
assim, há um aumento no nível de engajamento e
inspiração dos colaboradores.
- Ginástica Laboral (ginástica laboral será realizada
no ambiente de trabalho com duração média de 15
minutos, com exercícios de alongamentos da
musculatura dos membros (com maior ênfase nos
membros superiores), da região cervical e do tronco.

Anexos - Quadro Kudo Wall Cards

Responsáveis: Coordenadora, Psicóloga e Fisioterapeuta

Gestão, Equipe multiprofissional: reuniões semanais


acompanhamento e
avaliação

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Constituição. Tipificação nacional de serviços socioassistenciais. Texto da Resolução, n.
109, 2009.

BRASIL, Constituição. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção


Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo,
assinados em Nova York, em, v. 30, 2009.

KOCHI, Joice Camila Dos Santos; DE SOUZA, Mary Ane; OVANDO, Nataly Gomes. Alimentar-se
com autonomia: Experiências com a implantação do sistema self service no Centro de
Educação Infantil UFGD. Anais do Seminário de Formação Docente: Intersecção entre Universidade
e Escola, v. 2, n. 2, 2018.

MAFRA, Sônia Regian Corrêa. O lúdico e o desenvolvimento da criança deficiente intelectual. São


Paulo. Secretaria de Estado da Educação/Superintendência da Educação/Diretoria de Políticas
e Programas Educacionais/Programa de Desenvolvimento Educacional, 2008.

PAZ, A. A. M. et al. Orientação para elaboração do projeto de intervenção local (PIL).


Universidade de Brasília. Faculdade de Educação. UAB/UnB. Curso de Especialização em Educação
na Diversidade e Cidadania, com ênfase em EJA. Brasília, 2013.

VYGOTSKI, L. S. Obras completas. Tomo cinco: Fundamentos de Defectologia. Havana: Editorial


Pueblo Y Educación,1989
______. A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes,1984.
______. Obras Escogidas: Fundamentos de defectología. Madrid: Visor, 1997.

Sites consultados:

COTOLENGO. Disponível em: < http://www.cotolengo.com.br>. Acesso em: 29 maio.2022.

INTERFISIO. Disponível em: <https://interfisio.com.br/ginastica-laboral.com.br>. Acesso em: 30


maio.2022.

PROJETO INTEGRAR. Disponível em: <http://autismoprojetointegrar.com.br>. Acesso em: 30


maio.2022.

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ANEXOS

Anexo (Nó crítico 01): Autonomia para servir o próprio alimento

Foto ilustrativa self service montado em uma escola

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Anexo (Nó crítico 01): Hora do banho:

Manuseio: o desenho deverá ser impresso, plastificado (ou protegido por plástico/fita
adesiva transparente) e colocado, no box do banheiro, facilitando o residente a seguir a
ação proposta. Fundamental o apoio verbal e por vezes manual dos cuidadores, para a
execução da ação proposta.

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Anexos (Nó crítico 01): Ir ao banheiro (necessidades fisiológicas)

Cuidadores - na expectativa de auxiliar a utilização e autonomia do uso do vaso sanitário,


desenvolvemos um desenho de indicação ao uso do banheiro, para orientá-los no reconhecimento da
sensação ( aviso do corpo-vontade de ir ao banheiro), quanto a atitude correta de evacuar ou urinar
no vaso sanitário e posteriormente, utilizar o papel higiênico para sua limpeza. Entendemos que a
utilização de papel higiênico (e não ducha ou bidê, nesse momento) para assepsia, se fazia
primordial, por se tratar de uma forma popular, onde sua utilização poderá ser generalizada quando
se fizer uso do vaso sanitário em locais que não são sua residência. Os detalhes de seus hábitos
deverão ser direcionados diretamente, ao orienta-los em todo o processo de aprendizagem.
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Anexo (Nó crítico 01): Vestir-se

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Os detalhes de seus hábitos deverão ser direcionados diretamente, ao orienta-los em todo o processo
de aprendizagem. No caso do deficiente visual vestir/despir: observar as costuras e etiquetas ao
vestir localizando a costura, verificando dorso/planta. Frente e verso e avesso e direito.
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Anexo (Nó crítico 01): Boas maneiras

Anexo (Nó crítico 02): Boliche de Latinhas (Coordenação Motora)

Nylse Helena Silva Cunha: Criar para brincar


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Estimula:
Motricidade, coordenação motora ampla, coordenação viso-motora, arremesso ao
alvo, controle de força e direção.
Descrição:
Bolas de meia feitas com algumas meias juntas, que são enfiadas no fundo de uma
meia comprida. Para arrematar, torcer e desvirar o cano da perna da meia várias vezes,
recobrindo a bola para, posteriormente, costura-la. Latas vazias, do mesmo tamanho, com
números colados.
Possibilidades de exploração:
- Empilhar as latas fazendo um castelo.
- Jogar como boliche: cada jogador arremessa três bolas, tentando derrubar todas as latas.
- Contar os pontos de acordo com os números escritos nas latas derrubadas.
- Vence o jogo quem tiver feito mais pontos.

Anexo (Nó crítico 02): Jogo das argolas

Estimula:
Percepção viso-motora, identificação de cores e a relação número/quantidade.
Descrição:
- 10 garrafas descartáveis. Colocar uma porção de areia no fundo da garrafa.
Cortar papel crepom de cores variadas, em tiras e colocar em cada garrafa uma cor.
- Recortar em papel preto os numerais de 1 a 10 e colar um em cada garrafa.
- Cortar tampas de plástico no tamanho que encaixem nas garrafas, para servir de argolas.
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Exploração:
As garrafas ficam agrupadas e a uma distância de 4 a 6 metros as crianças lançam a
argola: quando acertam, verificam o número contido na garrafa e retiram no material de
contagem a cor e a quantidade correspondentes. Ganha quem conseguir o maior número de
pontos.

Anexo (Nó crítico 02): Estimulação cognitiva

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Anexo (Nó crítico 03): Dinâmica do Quadro Kudo Wall Cards

Utilizar cartões que sejam divertidos, coloridos e estimulantes. Quando alguém fizer
alguma ação interessante, pode ser reconhecido por um colega através do preenchimento
de um Kudo Card.
Descrição:
- Os Kudo Cards ficam armazenados dentro de uma caixinha (Kudo Box).
- Pegue o Kudo Card escreva o nome da pessoa que deseja elogiar/reconhecer o
trabalho;
- Escreva sua mensagem;
- Pregue com um durex ou adesivo no espaço designado para os cards (Kudo Wall);
- Em uma data específica no mês compartilhe os elogios e reconhecimentos.
Por que utilizar?
A ideia do Kudo Card é disparar nas pessoas da equipe uma motivação intrínseca
que é mais duradoura, sustentável e geralmente de baixo custo de aplicação.
A leitura em voz alta é legal pois todos podem ver o que está sendo comemorado e
quem é o responsável. Isso faz com que todos se sintam bem e serve para demonstrar
publicamente os feitos realizados por cada pessoa, além, de fortalecer a cultura do
reconhecimento dentro do ambiente de trabalho irá fortalecer a confiança da sua equipe.

Modelo de Kudo Cards:


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Anexo (Nó crítico 03): Ginástica Laboral

Benefícios para os colaboradores:


- Melhora do clima organizacional;
- Redução de queixas dolorosas e conseqüentes procura ambulatorial;
- Redução de afastamentos por (D.O.R.T.);
- Redução do índice de absenteísmo;
- Redução do número de acidentes de trabalho provocados por falha humana;
- Melhor adaptação ao posto de trabalho;
- Aumento da produção;
- Melhoria da condição de saúde geral;
- Combate o estresse;
- Motiva os envolvidos a adotarem um novo estilo de vida;
- Melhora a auto-estima;
- Promove a socialização;
- Melhora a postura;
- Previne lesões ocupacionais;
- Promove a qualidade de vida.
Objetivos específicos:
- Corrigir vícios posturais;
- Melhorar condição física geral, o ânimo e disposição geral para o trabalho, assim como o
relacionamento interpessoal e entre o trabalhador e o meio que o cerca;
- Promover autocondicionamento orgânico e a consciência corporal;
- Prevenção de musculares relacionadas ao desgaste e estresse do trabalho;
- Favorecer a descontração, estimular o autoconhecimento e a autoestima e controle de
estresse.
- Reduzir o cansaço, a sonolência e a desatenção ocasionados pelo trabalho em ambientes
com temperaturas elevadas;
- Interromper monotonia operacional;
- Proporcionar relaxamento das musculaturas mais utilizadas e sobrecarregadas.

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