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Resumo
Este artigo visa pontuar as problemáticas e compreender as principais barreiras e dificuldades
que as crianças com deficiência intelectual enfrentam ao ingressar na escola de ensino regular,
e realizar uma análise sobre a importância da participação da família junto à escola na
construção do processo educacional. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica de
livros, artigos, documentos e sites na internet, comprovada por meio de pesquisa, observação
e questionário respondido por alunos portadores de deficiência intelectual do Ensino
Fundamental II, tendo como tema A Educação Inclusiva e o Processo de Aprendizagem no
Ensino Regular. Tem por objetivo discutir alguns conceitos sobre os processos de construção
de conhecimento buscando abordar quem são os incentivadores da aprendizagem, em quais
ambientes eles mais aprendem, como devem ser incentivados com base nos tipos de
deficiência e dificuldades de cada um.
Abstract
This project aims to point out the problems and understand the main barriers and difficulties
that children with disabilities face when entering Regular education school, and to perform an
analysis on the importance of family participation with the school in the construction of the
educational process. The methodology used was the bibliographic research of books, articles,
documents and websites on the Internet, proven through research, observation and
questionnaire answered by students people with intellectual disabilities of the of Elementary
School II, with the theme: Inclusive Education and the Learning Process in Regular
Education. It aims to discuss some concepts about the processes of knowledge construction
seeking to address who are the encouragers of learning, in which environments they learn the
most, how they should be encouraged based on the types of disability and difficulties of each
one.
1-INTRODUÇÃO
Este artigo tem como finalidade analisar a inclusão de alunos com deficiência
intelectual no ensino regular e o processo de ensino-aprendizagem das mesmas cujo enfoque
principal é ponderar sobre a trajetória da educação inclusiva, como são construídas as bases
educacionais, fundamentais para o crescimento do aluno, abordando o papel da família e do
professor (escola) como importantes incentivadores e as diversas reformulações ocorridas na
legislação a fim de atingir o objetivo da educação para todos.
Na tentativa de compreender essas mudanças, é necessário refletir se a sociedade
compreende as diferenças e as aceitam, também a inclusão como um todo e em seus vários
ambientes (família, escola e comunidade).
Desenvolver as potencialidades deve ser o propósito da educação, contudo, é fundamental
a conscientização da própria sociedade que ainda exclui e rejeitam pessoas com deficiência. É
necessário discutir as possibilidades e desafios da inclusão no contexto escolar na
compreensão de uma escola para todos, destacando a questão das diferenças. Esta é uma
questão importante que essa temática possibilita, indagar se realmente a escola se abre para
todos.
O incentivo familiar é outro fator de grande relevância. É necessário que a família
entenda que o contato com a escola, oportunizará a socialização e fará valer os seus direitos.
Questões como essas são necessárias ao fazer pedagógico, à organização de uma escola
que se propõe inclusiva com a presença de alunos portadores de deficiência intelectual
convida a desenvolver um olhar direcionado às diferentes especificidades individuais e
coletivas que se manifestam nos processos de ensinar e de aprender.
O equilíbrio entre o que é ensinado e a prática de estudo precisam ser evidenciados, para
que barreiras sejam ultrapassadas, essas que antes eram julgadas impossíveis de transpor. A
educação escolar de pessoas com deficiência intelectual exige um posicionamento crítico e
responsável de todos os educadores, que nos remete a uma realidade social que ultrapassa a
questão da história de discriminação e exclusão. Será as sabemos a ensinar esses alunos de
modo que sejam, também, construtores de conhecimento científico e não apenas sujeitos de
socialização? Essa questão deve ser pensada por todos os envolvidos no processo de
aprendizagem desses alunos. De acordo com a autora MANTOAN: “A inclusão e suas
práticas giram em torno de uma questão de fundo: a produção da identidade e da diferença”.
(MANTOAN, 2008, p.33).
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Nesse sentido observa-se que a escola deve entrar como papel ativo atenta a este sujeito, para
que tenha um olhar e compromisso e a família com o incentivo para a não desistência
proporcionando-lhe também apoio emocional.
Ensinar requer forma e conhecimento adequado o que está sendo dito. O conteúdo não pode
ser distribuído aleatoriamente, deve gerar interesse pelo que está sendo ensinado. A falta de
familiaridade com o que é ensinado pode tornar o aprendizado menos interessante. É
aconselhável conhecer os meandros antes de exercer a flexibilidade, dessa forma, você pode
se apresentar ao seu publico com segurança, sem medo do que ele possa descobrir. E
importante confiar no professor despertar interesse e criar admiração. A compreensão das
crianças deve ser orientada por um trabalho contínuo, e a compreensão ser incentivada e
desenvolvida.
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As crianças não têm julgamento crítico e emoções para julgar o que é bom ou ruim
para elas. É, portanto, dever da família e das escolas encorajar e permitir que as crianças
desenvolvam uma consciência moral e critica. Portanto, ao considerar crianças com
deficiência, além da participação em grupos de autoajuda, são necessárias informações e
orientações contínuas para que as crianças com deficiências possam desenvolver
independência e sentir-se valorizadas.
Dentro e fora da escola nos deparamos com diversas situações que nos leva a refletir,
sobre como resolver alguns conflitos relacionados aos alunos que são de cunho familiar, mais
estão também dentro da escola, nesse momento a gestão da escola precisa conhecer o aluno e
sua família, promover um diálogo baseado na relação interpessoal ou pessoal que existe entre
eles para em conjunto resolver a situação, como no caso de indisciplina do aluno por
exemplo: Essa relação irá contribuir para que a escola fiquem sabendo o que estar
acontecendo com o aluno também no ambiente familiar para saber lhe dar com as suas
atitudes. Visto que muitas pessoas atribuem a responsabilidade de educar aos pais, dando lhes
também a culpa por seus atos de rebeldia, por conta da permissividade em excesso que
presenciamos a todo momento, mais sabemos que essa tarefa de cuidar e educar tende a ser
compartilhada para os pais e para a escola. Segundo (AQUINO, 1998).
A escola precisa conhecer a fundo as famílias das crianças atendidas, ir ao seu encontro para
saber, conhecer a sua história, mostrando que há uma preocupação da escola com o bem estar
de toda família, até mesmo como tratar a criança, não que ela deve ser tratada melhor ou pior
que a outra criança, mais na maioria das vezes as crianças chegam na escola com um
problema familiar que está bloqueando seu rendimento e atrapalhando a aprendizagem de
maneira significativa, e a falta de conhecimento por parte do professor, faz com que ele acabe
tratando essa criança com tanta naturalidade que nem percebe o que na maioria das vezes ela
estar tentando encontrar uma oportunidade para falar. De acordo com o autor. As figuras
parentais exercem grande influência na construção dos vínculos afetivos da autoestima,
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autoconceito e, constroem modelos de relações que são transferidos para outros contextos e
momentos de interação social. (VOLLING & ELINS, 1998, pág. 98).
O professor precisa ter uma formação correta para conseguir se adaptar a diversidade,
ter cursos de como fazer adaptações e flexibilizações, acompanhamento pedagógico pois o
mesmo e essencial para o aluno.
É sabido que quanto maior for a execução da flexibilidade no seu cotidiano, mais
diversificado será o ensino, e se há essa diversidade possivelmente, há o conhecimento
implícito e explicito por parte de quem o aprende, além do que a curiosidade da criança e do
adolescente requer intermediação para a construção de sentido. É notório que há diferentes
formas de aprendizado e incentivos voltados para formação do aprendizado. Existem casos
em que as pessoas adquirem formação por conviver com incentivadores, outros por ler tudo o
que encontra e construiu por si só sua formação, outros tem facilidade em absorver as
explicações sem ter incentivadores, mas todos esses casos precisam de alguém que os
direcione e instigue de forma correta para chegar a compreender aspectos mais complexos
compostos pelo ensino.
Cabe ao professor planejar e refletir sobre quais são os melhores métodos e/ou abordagens a
serem utilizadas para que haja uma aprendizagem significativa, portanto, “o professor deverá
ser um verdadeiro estrategista, o que justifica a adoção do termo estratégia, no sentido de
estudar, selecionar, organizar e propor as melhores ferramentas facilitadoras para que os
estudantes se apropriem do conhecimento” (ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 69). Qualquer
estratégia de ensino pode agregar valores ao processo de ensino e de aprendizagem, na
medida em que estão diretamente ligadas ao objetivo proposto (RODRIGUES, 2007),
portanto, as estratégias de ensino são capazes de dinamizar a aprendizagem dos alunos no
sentido de torná-la mais significativa.
Segundo Moraes, “a educação para um mundo de constante transformação solicita o
fortalecimento interior e a necessidade de privilegiar o desenvolvimento da intuiçãoe
da criatividade”. (1997, p34).
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Para Glat et al. (2006, p. 13) “o professor sozinho, não faz a inclusão, a política, sozinha, não
faz a inclusão, faz-se necessária uma série de ações imediatas às políticas inclusivas para que
a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais ocorra no sistema regular de
ensino e sob condições adequada”.
Diante dessas discussões, em 2003, o MEC – Ministério da Educação organizou o Programa
de Educação Inclusiva: Direito à Diversidade, visando apoiar a transformação dos sistemas de
ensino em sistemas educacionais inclusivos a fim de promover a formação de gestores e
educadores para garantir o direto de acesso de todos à escolarização.
É claro que formação de professores deve caminhar nesta direção. Operação consciente destas
práticas educativas para personalidades complexas.
Essa realidade da sala de aula. No entanto, é preciso cautela ao analisar se isso é verdade. A
ação governamental não fortalece a unidade do currículo. Aprenda a valorizar a cultura
normal em detrimento das diferenças. O autor diz o seguinte sobre os humanos.
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Concluiu-se que o professor, nesse contexto, é aquele que se ocupa das relações entre
ensinastes e aprendentes e de como se operam asp assagens/aquisições do conhecimento em
um contexto específico. O professor trata do ser em desenvolvimento, o qual vivência
relações consigo mesmo, com o mundo que o rodeia e com diversos objetos de estudo,
aprendendo na construção do seu próprio conhecimento. Portanto, o trabalho
psicopedagógico, pode e deve ser pensado a partir da instituição escolar, a qual cumpre uma
importante função social: a de socializar os conhecimentos, promover o desenvolvimento
cognitivo e a construção de regras de conduta, dentro de um projeto social mais
amplo. A escola é, então, participante desse processo de aprendizagem que inclui o sujeito no
seu mundo sociocultural. Cada sujeito tem uma história pessoal, da qual fazem parte várias
histórias: a familiar, a escolar e outras, as quais, articuladas, se condicionam mutuamente.
Considerações Finais
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Através das pesquisas que foram realizadas tornou-se possível compreender a dificuldade que
os alunos com deficiência intelectual passam. E como a adaptação e flexibilização são
indispensáveis para a prática do professor na sala de aula, pois através da mesma, torna-se
possível ensinar de uma forma mais dinâmica e interativa.
Apesar da complexidade das relações humanas, sabemos que a educação desempenha um
papel inédito e insubstituível. Este importante papel da educação exige qualidade,
competência, capacidade, diálogo e amor para transformar sonhos em alegrias concretas. O
direito á educação é um direito de todos, seja pessoal, social, econômico ou cultural. A
educação igualitária para todos, individual e coletivamente, manifesta-se como um princípio
da dignidade humana. Este estudo demonstra a necessidade de repensar e reformar a prática
da educação inclusiva e implementar metodologias de ensino que priorizem ajudar os alunos a
compreender as diferenças. Embora muitas pessoas estejam familiarizadas com o conceito de
incorporação o processo pode ser muito difícil. Compreender as políticas e leis nacionais que
abordam este caminho requer esforço e habilidade, uma vez que muitas das condições que
existem na maioria das escolas terão de ser modernizadas e reestruturadas. Existem muitos
obstáculos á alteração das condições de isenção de ensino aprendizagem.
Assim como a entrada, a adaptação a um novo projeto é um enorme desafio. A inclusão não é
apenas uma política, é o caminho que percorremos.
Referências
SANDRONI, Laura Constância; MACHADO, Luiz Raul. A criança e o livro. São Paulo:
Ática, 3ª Ed. 1991.
MALY, Taylor. O bom professor faz toda diferença. Rio de Janeiro: Sextane, 2013.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática,6ª Ed.
2002.
PERRENOUD, Philippe. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: ARTMED,
2000.
PERISSÉ, Gabriel. Ler, pensar e escrever. São Paulo: Arte & ciência 2ª Ed. 1998..
Parâmetros curriculares nacionais. Língua portuguesa/ volume 2. Secretaria de Educação
Fundamental. - Brasília, 1997.
MARCUCHI, Luiz Antônio. Produção textual análise de gêneros e compreensão. São
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BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica/ Ministério da
Educação. Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. –
Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. 542p. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizes-educacao-basica-2013-
pdf/file>ACESSADO EM 25/11/2022
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm> Acesso em:
10/11/2022.