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Analfabetismo

Funcional
Prof. Christian Sales
Analfabetismo Funcional
O analfabeto funcional, apesar de ser alfabetizado tem
dificuldade de compreensão dos gêneros textuais,
mesmos os mais simples e mais acessados no
cotidiano, prejudica o desenvolvimento intelectual,
pessoal e profissional do indivíduo.

29% da população brasileira é analfabeta funcional


inclusive pessoas com ensino médio completo.

O analfabetismo total tem sido muito reduzido ao longo


dos anos, mas ainda é uma realidade de pelo menos
8% da população brasileira.
De acordo com o Inaf, a alfabetização pode ser classificada em quatro níveis: analfabetos,
alfabetizados em nível rudimentar (ambos considerados analfabetos funcionais),
alfabetizados em nível básico e alfabetizados em nível pleno (esses dois últimos
considerados indivíduos alfabetizados funcionalmente).

Resultados obtidos ao longo das dez edições do Inaf, em um período de 17 anos,


mostram uma significativa redução do número de analfabetos plenos na população
brasileira, caindo de 12%, em 2001-2002, para 4%, em 2015 — ainda que na edição de
2018 tenha sido observado um incremento desse patamar, no limite da margem de erro.
Ao longo dos anos, houve também uma redução da proporção de brasileiros no
nível rudimentar (que fazem um uso bastante limitado da leitura, da escrita e das
operações matemáticas em suas tarefas do cotidiano), de 27%, em 2001-2002,
para um patamar estabilizado de pouco mais de 20% desde 2009.

Esse importante avanço indica que o Brasil tinha, em 2018, 14,5 milhões de
analfabetos funcionais a menos do que teria se essa redução não houvesse
ocorrido. Por outro lado, chama a atenção que a proporção de alfabetizados em
nível proficiente permanece estagnada desde o início da série histórica, em torno de
12%. Ou seja, estão nesse patamar apenas cerca de 17,4 milhões dos 144,7
milhões de brasileiros entre 15 e 64 anos.
Métodos que priorizem o letramento é fundamental para que o analfabetismo
funcional seja superado, e para isso é inquestionável a importância do trabalho
conjunto entre pais e professores.

Engana-se quem acredita que cabe somente à escola o papel de alfabetizar e


letrar, visto que o letramento é uma prática presente em diversas situações do
cotidiano, envolvendo não apenas a leitura tecnicista de textos, mas também o
desenvolvimento da criticidade e capacidade de elaborar opiniões próprias diante
dos conteúdos acessados.

A aprendizagem deve ser universalizada, propiciando assim que todos os leitores


atinjam o nível pleno da alfabetização funcional.
Construindo a argumentação
Exemplos e/ou números do analfabetismo, seja ele total ou funcional, podem comprovar a
existência massiva do problema no país Pesquisar sobre e mencionar no desenvolvimento
quais os males que esse alto índice de analfabetos (em todas as suas variações) pode
trazer para o território brasileiro.

Ex: O indivíduo com menor acesso ao conhecimento tem chances bem menores de
conquistar vagas melhores no mercado de trabalho, o que fará com que ele tenha
qualidade de vida mais baixa. Até mesmo o desconhecimento dos próprios direitos e
deveres cívicos por falta de acesso à leitura e à compreensão da mesma pode afetar
grandemente essa qualidade de vida. Esse indivíduo, inclusive, terá menor acesso à vida
pública e comunitária do país, por conta desse possível desconhecimento de deveres e
direitos, o que pode prejudicar também a nação como um todo.
Construindo a argumentação
Após estabelecer o analfabetismo como uma realidade no país e comprovar os
malefícios dos índices elevados, é hora de sugerir soluções.
Sugestões relacionadas à educação, campanhas que envolvam a leitura, a
compreensão e a análise crítica, bem como o desenvolvimento da proficiência nessa
habilidade e que possam abranger toda a população brasileira são um bom
complemento à sugestão envolvendo o ensino tradicional.

Ex: O analfabetismo funcional está diretamente ligado às falhas históricas do sistema


educacional. Nesse cenário, além de cobrar por melhorias na qualidade da Educação,
cabe à sociedade o importante papel de transformar os espaços e contextos não
escolares em ambientes promotores de aprendizagem.

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