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Analfabetismo Funcional
Ser alfabetizado, até meados do século XX, era simplesmente saber decodificar
letras e números. Bastava que o indivíduo conseguisse reconhecer letras, palavras e
números, que conseguisse ler frases, orações e textos. Porém, embora muitos
consigam essa leitura, não conseguem entender o que estão lendo, não
conseguem interpretar um texto: são analfabetos funcionais. Essas pessoas não
conseguem apreender o significado da leitura e não conseguem aplicar os
conhecimentos matemáticos. Pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro mostrou que
50% dos entrevistados não entendem o que leem nos livros e por isso não
compram os mesmos. Outra pesquisa, feita pelo Instituto Paulo Montenegro e pela
Ação Educativa, mostrou que poucos entrevistados têm domínio pleno da
leitura (Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/analfabetismo-
funcional.htm). Isso significa que, embora há 30 anos o ensino seja obrigatório
para crianças e adolescentes, a alfabetização tem sido falha. É preciso que a escola
não se preocupe somente com alfabetização, mas também com letramento.
Alfabetização e Letramento
Para se resolver esse problema a única saída ainda se encontra na escola. É através da
melhora na qualidade do ensino, principalmente da alfabetização, que se irá formar uma
geração mais letrada. Para que isso seja alcançado a escola não pode mais se ater apenas
ao método tradicional de ensino. Ela precisa se atualizar, adotar novas tecnologias e
pedagogias mais ativas, que dão maior significado e aplicabilidade aos conteúdos
ensinados.
O aluno precisa, desde cedo, olhar para a leitura e a escrita como uma ferramenta
poderosa de transformação social, ele precisa usar seu aprendizado para obter prazer,
conhecimento e habilidades. A escola brasileira não pode ser engessada e padronizada
porque nossa diversidade cultural é muito grande e essa diversidade deve estar presente
no ensino, como está presente na escola.
d) Pleno - Classificadas neste nível estão as pessoas cujas habilidades não mais impõem
restrições para compreender e interpretar textos em situações usuais: leem textos mais
longos, analisando e relacionando suas partes, comparam e avaliam informações,
distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Quanto à matemática,
resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo
percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas de dupla entrada,
mapas e gráficos.
Esses dados devem ser usados pela escola,devem ser analisados e
transformados em ações. Uma escola não pode ignorar a bagagem cultural, histórica e
social que seu contexto lhe fornece, pois assim estaria ignorando seu próprio aluno. Para
que esse aluno depreenda significado de sua aprendizagem ele precisa se identificar com
a escola, e essa identificação é promovida por ela. Assim, o problema do analfabetismo
funcional não se resume às questões didáticas e metodológicas, mas sim a um uso social
da alfabetização. Mais à frente, iremos estudar um autor que conseguiu tomar essa ação
com primazia, tendo muito sucesso em seus processos de alfabetização: Paulo Freire.
Então, poderemos entender o que é dar aplicabilidade e significado à leitura e à escrita.
Nos dias atuais falar de um conceito para analfabeto funcional é bem fácil,
pois com a evolução e expansão escolar as pessoas cada vez mais tem
oportunidades e acesso a informação, no entanto a superficialidade e a não
valorização do que é oportunizado torna o processo de ensino aprendizagem
desnecessário, buscam simplesmente um certificado um papel, não buscam
empenhar – se , buscar realmente aprender, para que não conheçam apenas
letras e números, mas sejam seres pensantes e autônomos, hoje são
oportunizadas bastante conhecimentos, capacitação, porém nunca teve tantos
analfabetos funcionais como nesse momento pessoas formadas com diplomas
e pessoas manipuladas, pessoas que conhecem os números e as letras, no
entanto não utilizam os conhecimentos a seu favor, então devem ser
melhoradas as alternativas e didáticas do processo de ensino aprendizagem
para que minimizamos essa quantidade de inúmeros formados analfabetos
funcionais do século XXI.