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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

UNIVERSIDADE ISCED
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Curso de Licenciatura em Administração Pública
Trabalho de Campo 1

Tema: A Investigação Como Forma de Conhecimento e a Investigação-Ação


Perspectivada Como Forma de Resolver Problemas: Paradigmas do Processo Educativo
no Ensino Universitário

Nome: Anli Chafim Omar


Código do Estudante:91240488

Curso: Administração Pública


Disciplina: Metodologia de Investigação Cientifica
Ano de Frequência: 1º Ano.

Tutores:

Pemba, Março de 2024


Índice
1. Introdução.............................................................................................................................. 3
2. A Investigação Como Forma de Conhecimento ................................................................... 4
2.1. O Papel dos Paradigmas Educacionais na Investigação Universitária ................................ 4
2.2. Investigação/ação: Promovendo a Mudança no Ensino Universitário ................................ 5
2.3.Desafios e Possibilidades da Investigação/Acção no Contexto Universitário ..................... 5
2.4. A estrutura de um trabalho científico.................................................................................. 5
3. Conclusão .............................................................................................................................. 8
4. Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 9

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1. Introdução

A investigação científica desempenha um papel crucial no processo educativo, sendo


um veículo fundamental para a aquisição e construção do conhecimento humano. No contexto
educacional, e mais especificamente no ensino universitário, a investigação assume um papel
ainda mais crítico, funcionando não apenas como método de aprendizagem, mas também como
ferramenta de inovação e solução de problemas. Este trabalho exploraremos a importância da
investigação como forma de conhecimento e, mais detalhadamente, o papel da investigação-
ação como metodologia para resolver problemas específicos dentro do processo educativo.
Serão abordados os paradigmas que orientam estas práticas, buscando compreender o seu
enquadramento e impacto no ensino universitário.

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2. A Investigação Como Forma de Conhecimento

Historicamente, a investigação científica tem sido a base para o desenvolvimento do


conhecimento em diversas áreas, possibilitando o avanço tecnológico, a inovação e a solução
de problemas complexos da humanidade. No contexto educacional, especialmente no ensino
superior, a investigação é vista como um pilar essencial na formação crítica e reflexiva dos
estudantes, permitindo-lhes não só adquirir conhecimento, mas também desenvolver
habilidades de pensamento crítico, análise e resolução de problemas.

A investigação é um processo sistemático e rigoroso que visa a descoberta,


interpretação ou criação de novos conhecimentos.

Segundo Santos (2010), a investigação é um processo dinâmico que envolve a


formulação de questões, a colecta e análise de dados, e a construção de conclusões. Esta
abordagem permite a expansão contínua do conhecimento humano em diversas áreas do saber.

A investigação no ensino universitário assume várias formas, desde projetos de


pesquisa básica, que buscam expandir os horizontes do conhecimento em determinada área, até
projetos de pesquisa aplicada, que visam solucionar problemas práticos específicos. Através
deste processo, os estudantes são incentivados a questionar, explorar e contribuir ativamente
para o corpo de conhecimento da sua área de estudo.

Seguno Bardin (2011) destacam que a investigação pode assumir diferentes


abordagens, desde as mais quantitativas até as mais qualitativas, dependendo dos objectivos e
do contexto da pesquisa. A investigação quantitativa utiliza métodos estatísticos para analisar
dados numéricos, enquanto a investigação qualitativa se concentra na compreensão profunda
dos fenômenos sociais e humanos.

2.1. O Papel dos Paradigmas Educacionais na Investigação Universitária

Os paradigmas educacionais influenciam directamente a natureza da investigação


realizada no ensino superior. Por exemplo, o paradigma positivista, com seu foco na
objectividade e na quantificação, pode limitar a investigação a métodos quantitativos que nem
sempre capturam a complexidade dos fenômenos educacionais (Kuhn, 1962).

Por outro lado, os paradigmas interpretativos e construtivistas valorizam a compreensão


profunda dos contextos educacionais, favorecendo métodos qualitativos e mistos que podem
oferecer insights mais ricos sobre os processos de ensino e aprendizagem. (CRESWELL, 2014)

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2.2. Investigação/ação: Promovendo a Mudança no Ensino Universitário

A investigação/ação se destaca por seu potencial de provocar mudanças significativas


no contexto educacional. Ao envolver activamente professores e alunos no processo de
investigação, esta abordagem promove uma reflexão crítica sobre as práticas pedagógicas e
incentiva a experimentação de novas estratégias de ensino e aprendizagem. Isso está em
consonância com a visão de Dewey (1938), para quem a educação é essencialmente uma prática
experimental que deve ser constantemente revisada e adaptada às necessidades dos alunos e às
demandas da sociedade.

2.3. Desafios e Possibilidades da Investigação/Acção no Contexto Universitário

Segundo Zeichner (2003, pp. 301-326), a implementação da investigação/ação no


ensino universitário não está isenta de desafios. Um dos principais obstáculos é a resistência
institucional a mudanças nas práticas pedagógicas, o que pode dificultar a adoção de
abordagens inovadoras. Além disso, a falta de formação específica em métodos de
investigação/acção pode limitar a capacidade dos docentes de conduzir projectos eficazes.

No entanto, as possibilidades oferecidas pela investigação/acção são vastas. Ao


promover a colaboração entre docentes e discentes na resolução de problemas concretos, esta
abordagem pode contribuir para a formação de uma comunidade acadêmica mais coesa e
comprometida com a melhoria contínua da qualidade do ensino. Além disso, a
investigação/acção pode gerar conhecimentos aplicáveis a outros contextos, contribuindo para
o avanço da pedagogia e da prática educativa em geral.

2.4. A estrutura de um trabalho científico

A estrutura de um trabalho científico é fundamental para a organização lógica e a


apresentação clara das ideias. Embora possa variar conforme a área do conhecimento e o tipo
de pesquisa, existem elementos comuns que são considerados essenciais na maioria dos
trabalhos acadêmicos. A seguir, é apresentada uma estrutura padrão, com a descrição de cada
elemento:

1. Título

Segundo Day & Gastel (2006), o título deve ser claro e informativo, refletindo o
conteúdo da pesquisa. O título é a primeira indicação do tema da pesquisa para o leitor.

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2. Resumo

De acordo com Bem (1987), é uma síntese do trabalho, incluindo o problema de


pesquisa, objectivos, metodologia, resultados principais e conclusões. Deve ser conciso e
informativo, permitindo que o leitor identifique rapidamente o propósito e os resultados da
pesquisa.

3. Palavras-chave

São termos que representam os principais temas do trabalho. Facilitam a indexação e a


busca por outros pesquisadores interessados no assunto.

4. Introdução

Apresenta o contexto, o problema de pesquisa, a justificativa, os objectivos e a hipótese


(se houver). A introdução estabelece a relevância do estudo e seu enquadramento teórico e
prático (Swales & Feak, 2004).

5. Revisão de Literatura

Discute trabalhos anteriores relacionados ao tema, fundamentando teoricamente a


pesquisa. A revisão deve evidenciar a lacuna de conhecimento que o trabalho se propõe a
preencher.

6. Metodologia

Na visão de Yin (2014), a metodologia descreve como a pesquisa foi realizada,


incluindo o tipo de pesquisa, técnicas de colecta de dados, instrumentos utilizados, amostra e
procedimentos de análise. A descrição deve ser suficiente para permitir a replicação do estudo
por outros pesquisadores.

7. Resultados

Apresenta os dados encontrados na pesquisa, geralmente acompanhados de tabelas,


gráficos e figuras para facilitar a compreensão. Os resultados devem ser expostos de forma
objectiva, sem interpretação ou julgamentos (American Psychological Association, 2020).

8. Discussão

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Interpreta os resultados, comparando-os com o que foi discutido na revisão de literatura
e considerando as implicações teóricas e práticas. Este é o momento de responder às questões
de pesquisa e reflectir sobre o significado dos achados.

9. Conclusão

Resume os principais achados, sua relevância e as limitações do estudo. Pode também


sugerir direcções para pesquisas futuras.

10. Referências

Lista completa de todas as fontes citadas no trabalho, organizadas conforme um estilo


de citação específico (APA, MLA, Chicago, etc.). É essencial para a credibilidade acadêmica
e a prevenção de plágio.

11. Apêndices e Anexos (se necessário)

Materiais suplementares que complementam o trabalho, como questionários, dados


brutos, e documentos extensos.

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3. Conclusão

A investigação, particularmente na modalidade de investigação/acção, oferece um


caminho promissor para o aprofundamento do conhecimento e a resolução de problemas no
contexto do ensino universitário. Os paradigmas educativos desempenham um papel
fundamental nesse processo, influenciando as abordagens metodológicas e as possibilidades de
inovação pedagógica. Apesar dos desafios, a implementação da investigação/acção tem o
potencial de transformar as práticas educativas, promovendo uma educação mais reflexiva,
crítica e adaptada às necessidades da sociedade contemporânea.

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4. Referências Bibliográficas

BEM, D. J. (1987). Redação do artigo empírico da revista. In M. P. Zanna & J. M. Darley


(Eds.), Um Guia de Carreira. The Compleat Academic.

CRESWELL, J. (2014). Research Design: Qualitative, Quantitative, and Mixed Methods


Approaches. Publications. Sao Paulo: SAGE.

DAY, R., & GASTEL, B. (2006). Como Escrever e Publicar um Artigo Científico (6th ed.). .
Sao Paulo: Greenwood Press.

Swales, J. M. (2004). Academic Writing for Graduate Students: Essential Tasks and Skills .
University of Michigan Press.

Yin, R. K. (2014). Case Study Research: Design and Methods. Sage Publications.

ZEICHNER, K. (2003). Teacher research as professional development for P–12 educators in


the USA. Educational Action Research, . Reino Unido.

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