Você está na página 1de 18

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:

OBSERVAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA, DOCUMENTOS NORMATIVOS,


INTERVENÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO

Nome: Felizbela Azevedo Gonçalves Matola, Código: 708220962

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia

Disciplina: Práticas Pedagógicas II

Ano de Frequência: 2º

Cuamba, Julho de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:

OBSERVAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA, DOCUMENTOS NORMATIVOS,


INTERVENÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO

Nome: Felizbela Azevedo Gonçalves Matola, Código: 708220962

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia

Disciplina: Práticas Pedagógica II

Ano de Frequência: 2º

Cuamba, Julho de 2023


Folha de feedback
Classificação
Pontuação Nota do Subtotal
Categoria Indicadores Padrões
máxima Tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
Introdução 1. Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
2. Descrição dos objectivos 1.0
3. Metodologia adequada ao
objecto do trabalho 2.0
Conteúdo 4. Articulação e domínio do
discurso académico 2.0
(expressão, escrita cuidada.
Análise e Coerência/coesão textual)
discussão 5. Revisão bibliográfica
nacional e internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
6. Exploração dos dados 2.0

Conclusão 7. Contributos teóricos


práticos 2.0
8. Paginação, tipo e tamanho
Aspectos Formatação de letra, parágrafo, 1.0
gerais espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª 9. Rigor e coerência das
Referências edição em citações citações/referências 4.0
bibliográficas e bibliografia bibliográficas
Observação:

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Docente:

Lázaro Luciano Sunde


Índice
1. Introdução.................................................................................................................................6
1.1. Objectivos:.........................................................................................................................7
1.1.1. Geral:..........................................................................................................................7
1.1.2. Específicos:.................................................................................................................7
1.2. Metodologias.....................................................................................................................7
2. OBSERVAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA, DOCUMENTOS NORMATIVOS,
INTERVENÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO......................................................................................8
2.1. Organização do Espaço Escolar.............................................................................................8
2.1.1. Ambiente físico...............................................................................................................8
2.2. Documentos normativos da Escola........................................................................................8
2.3. Supervisão pedagógica..........................................................................................................9
2.3.1. O papel do pedagogo na supervisão escolar.................................................................10
2.4. Relação professor e Aluno...................................................................................................11
2.4.1. Interacção professor-aluno............................................................................................11
2.5. Orientação escolar................................................................................................................13
2.6. Participação dos Pais e encarregados na vida escolar..........................................................14
2.6.1. Conselho de escola........................................................................................................16
3. Conclusão...............................................................................................................................17
4. Referências bibliográficas......................................................................................................18
1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de Práticas Pedagógicas II faz menção sobre observação do


espaço físico da escola, documentos normativos, intervenção e sistematização, podendo dentro
deste assunto debruçar-se em torno de organização do espaço escolar; documentos normativos da
escola; supervisão pedagógica; relação professor e aluno; orientação escolar; participação dos
pais e encarregados na vida escolar.

A educação escolar é uma actividade intencional, porque os seus actores organizam as acções no
sentido de proporcionar aprendizagens nos seus alunos. É por esta razão que dedicamos esta
unidade para analisar as diferentes formas de organização do espaço escolar.

Para Nóvoa (1999), a escola é composta por três componentes a que chamou de estruturas: a
física, a administrativa, e a social. Na estrutura física insere: “a dimensão da escola, recursos
materiais, número de turmas, edifício escolar e organização dos espaços, etc”(Idem, p.3).

A escola é um espaço socialmente construído, o seu funcionamento tem em conta essas normas
sociais. A organização da escola deve reconhecer a sua função social e sua finalidade última, a
humanização do homem. Daí que é pertinente observar as condições da escola se permitem a
concretização do processo de ensino - aprendizagem.

6
1.1. Objectivos:

1.1.1. Geral:

 Observar o espaço físico da Escola, documentos normativos, intervenção e


sistematização.

1.1.2. Específicos:

 Descrever a organização do ambiente escolar;

 Identificar os documentos normativos existentes na escola;

 Identificar as principais actividades de supervisão pedagógica na escola;

 Descrever as formas de interacção professor-aluno;

 Identificar os principais problemas de orientação escolar;

 Descrever as actividades desenvolvidas pelo conselho da escola.

1.2. Metodologias

Para a realização deste trabalho usou-se o método bibliográfico, que consistiu em consulta de
obras, artigos científicos de onde foram extraídos os conceitos para adequação do estudo em
causa.

De acordo com FONSECA, (2002, p. 32). A pesquisa bibliográfica é feita a partir do


levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos,
como livros, artigos científicos, páginas de web sites.

7
2. OBSERVAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA, DOCUMENTOS
NORMATIVOS, INTERVENÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO

2.1. Organização do Espaço Escolar

A educação escolar é uma actividade intencional, porque os seus actores organizam as acções no
sentido de proporcionar aprendizagens nos seus alunos. É por esta razão que dedicamos esta
unidade para analisar as diferentes formas de organização do espaço escolar.

Para Nóvoa (1999), a escola é composta por três componentes a que chamou de estruturas: a
física, a administrativa, e a social. Na estrutura física insere: “a dimensão da escola, recursos
materiais, número de turmas, edifício escolar e organização dos espaços, etc” (Idem, p.3).

2.1.1. Ambiente físico

A escola é um espaço socialmente construído, o seu funcionamento tem em conta essas normas
sociais. A organização da escola deve reconhecer a sua função social e sua finalidade última, a
humanização do homem. Daí que é pertinente observar as condições da escola se permitem a
concretização do processo de ensino - aprendizagem. O que deve observar o aluno na escola?

Topografia: O pátio se é arenoso, argiloso, conserva água, pantanoso, como fica o pátio da escola
depois da chuva?

 Segurança: Tem murro de vedação, e se possível a questão de segurança (guarda) no


espaço escolar. - Os serviços fornecidos pela escola: lazer, cantina, balneários.
 As condições: das salas de aulas, da (s) sala (s) de professores, da secretaria, gabinetes,
etc. - Número de alunos por turma (tenha em conta as normas estabelecidas pelo MINED
em PP I).
 Recursos materiais disponíveis: Natureza dos edifícios (material de construção,
localização, etc.).
 Dimensão da escola (sua grandeza tem a ver com o número de alunos existentes na
escola).
2.2. Documentos normativos da Escola

Se a escola é uma instituição formal, ela possui normas, regulamentos que permitem melhor
funcionamento das suas actividades educativas.

8
Como estabelece os regulamentos das instituições de ensino, documentos normativos podem ser
vistos como um conjunto de instrumentos empregues na orientação do corpo directivo,
professores, alunos e trabalhadores na uniformização de métodos e na tomada de consciência de
medidas perante situações anómalas que possam acontecer no decurso das actividades escolares.

Deste modo, este conjunto de instrumentos, compreende todos os documentos indispensáveis


para o funcionamento de uma instituição de ensino dentro parâmetros legais traçados pelo
MINED, como:
 Plano Anual de Actividades;
 Regulamento Geral das Escolas do Ensino Básico;
 Um Regulamento Interno;
 Estatuto Geral dos Funcionários do Estado;
 Programas de Ensino.
2.3. Supervisão pedagógica

A supervisão surgiu no Brasil pela primeira vez com a Reforma Francisco Campos, Decreto-Lei
nº 19.890, de 18 de Abril de 1931, concebida de forma bem diferente da que se vinha realizando
até aquele momento de simples fiscalização, para assumir o carácter de supervisão e inspecção
(RANGEL, 2001).

Também há evidências que o termo supervisão surgiu no período da Revolução Industrial, com
o objectivo de optimizar produção quantitativa e qualitativa, visando o lucro dessa forma. Por
isso a função do supervisor surgiu devido a necessidade de melhores técnicas para orientar os
profissionais a exercerem suas funções na indústria e no comércio (ALVES, 2012; RANGEL,
2001).

Ao longo do tempo, prevaleceu uma imagem da supervisão ligada à fiscalização e ao


controle. Contudo, alguns estudos históricos revelam que se muitas vezes eles pareciam
ligados aos políticos pela hierarquia administrativa e enfrentando os docentes, outras
tantas se recortavam com independência dos mandatos governamentais e se uniam às
lutas do magistério. Este leque de posições em torno do vínculo com as gestões políticas
e com os mestres também está presente nos discursos e práticas que hoje os supervisores
realizam. (FERREIRA, 2010 p.149)

Etimologicamente, supervisão significa "visão sobre", e da sua origem traz o viés da


administração, que a faz ser entendida como gerência para controlar o executado. Desta forma,
quando transporta para a educação, passou a ser exercida como função de controlo no processo
educacional (FERREIRA, 2010).

9
De acordo com os autores acima mencionados, a supervisão pedagógica pode ser entendida
como toda função de controlo de educação, sem excepção de qualquer tarefa.

2.3.1. O papel do pedagogo na supervisão escolar

A presença do supervisor escolar é importante no ambiente escolar devido seu olhar criterioso
sobre a realidade de seu ambiente de ensino com objectivo de realizar mudanças, transformando-
se numa via de acesso para o sucesso da educação escolar. Assim, o supervisor escolar é o
profissional responsável pela coordenação do trabalho pedagógico, assumindo um papel de
liderança

Sua função também é contribuir com o dia-a-dia do professor, para melhorar a produção do seu
trabalho e o processo de ensino-aprendizagem, que vai reflectir directamente no desempenho do
aluno. O supervisor, actualmente, é considerado o instrumento de execução das políticas
pedagógicas e, muitas vezes, é responsável pelo funcionamento geral da escola, em todos os
sectores: administrativo, burocrático, financeiro, cultural e de serviços (RANGEL, 2001).

Na definição de RANGEL (2001), a supervisão passa de escolar, como é frequentemente


designada, a pedagógica e caracteriza-se por um "trabalho de assistência ao professor, em
forma de planejamento, acompanhamento, coordenação, controle, avaliação e
actualização do desenvolvimento de processo ensino-aprendizagem". (p.32).

A supervisão intervém no processo de ensino e aprendizagem através de princípios de


objectividade, de contextualização, de flexibilidade, de transversalidade e de
interdisciplinaridade. Isso significa a construção de estratégias que focalizam o aprimoramento
de todos esses processos.

A supervisão participa do projecto pedagógico da escola, da sua elaboração (componente


estruturais, conceituais, fundamentos, finalidade) e de sua utilização, como referência, não só do
que é, mas também do que se pretende que seja o trabalho educativo (FERREIRA, 2010).

O supervisor pedagógico escolar faz parte do corpo de professores e tem a especificidade do seu
trabalho caracterizado pela coordenação - organização em comum das actividades didácticas e
curriculares e a promoção e o estímulo de oportunidades colectivas de estudo. a coordenação é,
portanto, por natureza, uma função que se encaminha de modo interdisciplinar (RANGEL, 2001;
LIBÂNEO, 2008).

10
O papel do pedagogo escolar também é imprescindível na ajuda aos professores no
aprimoramento do seu desempenho na sala de aula (conteúdos, métodos, técnicas, formas de
organização da classe), na análise e compreensão das situações de ensino com base nos
conhecimentos teórico, ou seja, na vinculação entre as áreas do conhecimento pedagógico e o
trabalho de sala de aula. (LIBÂNEO, 2002).

Compreendemos assim que, o supervisor educacional trabalha com acções gerais, sem descrevê-
las e que essas acções configuram uma nova concepção da supervisão, cuja função está centrada
na questão da qualidade sociais e pedagógicas das actividades de qualificação, buscando-se
superar a visão burocratizada, fiscalizadora, inspectora e fragmentada.

2.4. Relação professor e Aluno

A educação é uma actividade de humanos para humanos. O campo escolar é excelente meio de
socialização, enquanto meio social exige o cumprimento de obrigações sociais, para que se torne
num clima de aceitação, de empatia, e de humanização. No processo de ensino aprendizagem,
essas relações, em parte, são responsáveis pela qualidade do rendimento escolar

2.4.1. Interacção professor-aluno

No artigo de Vivaldo Santos, sobre o que fazer na sala de aula expressa veemente a necessidade
de regular as relações professor-aluno na sala de aula, explica que “ quer na dimensão micro-
tratando de relações professor-aluno, quer na dimensão macro - analisando sistemas educacionais
– a autonomia implica um solo ético, em que se investigam os limites do exercício do ensinar e
do aprender.” Linhares, 2001 apud Santos, 2003,p.141). Esse exercício é conhecido pelos
didácticas e pedagogos de “contracto pedagógico” trata-se de especificar até onde vai a actuação
profissional do professor no ensinar e quais são as obrigações e responsabilidades do aluno no
aprender. Não queremos trazer noções de ética profissionais mas analisar as formas de interacção
na sala de aulas.

O professor na sua actuação profissional deve salvaguardar o respeito com o aluno,


incentivando-lhe, motivá-lo, valorizando, promovendo a sua auto-estima, pois a sala de aula é
um espaço de convivência de troca de experiências, em fim de humanização, assim cumpre ao
professor:

11
a) Uma função incentivadora e energizante;
b) Uma função orientadora. (Haidyt, 2006).

A personalidade do professor pode influenciar decisivamente na personalidade do aluno, pois na


sua interacção estão em jogo os valores, atitudes, crenças e hábitos que podem ser incorporados
pelos educandos influenciando deste modo na formação da sua personalidade. Essa influência
não é unilateral pois acreditamos que as atitudes dos alunos suas experiências podem influenciar
a personalidade do professor e a sua forma de actuação, pois

“Interacção significa mais que uma relação simples e pontual, porque


implica alterações em ambas as partes envolvidas. É como se a pessoa se
desenvolvesse em “inter-acção” no inter-jogo, em constantes trocas com
os outros e com o ambiente.” (Prati at. al, 2007:162).

Existem, pelo menos, três formas de interação didácticas: unidirecional, bidirecional e


multidirecional.

 Unidirecional - a comunicação implica um predomínio da verbalização da palavra


centrada no professor, ele toma conta do processo de ensino – aprendizagem, trata-se de
uma actuação autoritária.

O esquema acima representa melhor a forma de actuação do professor nesse processo de ensino-
aprendizagem. Muitas vezes são imposições do professor ao aluno não aceitando as suas
contribuições e experiencias.

 Bidirecional – nesta forma de interacção professor-aluno, tanto o professor como o aluno


promvem o diálogo, porém como indica a figura a baixo, trata-se de comunicação apenas
entre cada aluno com o professor.

12
Professor

Aluno Aluno

Veja que na figura apresentada, o professor interage por um aluno de cada vez, os alunos entre
eles não.

 Multidirecional – esta forma de comunicação é mais rica porque todos interagem no


processo de ensino aprendizagem, são aquelas situações em que os colegas emitem
opiniões sobre a ideia do colega ou do professor, pedindo esclarecimento ou
apresentando outra ideia sobre o assunto em discussão, é uma forma exigida pelos
professores liberais, própria da escola activa ou aprendizagem activa.

Nesta figura a interacção é mais rica entre os alunos e o professor, essa é a forma recomendável
na interacção dentro da sala de aula. É preciso reconhecer que existe determinados conteúdos
que não exigem tanto debate, por essa razão pode não ser possível essa grande participação dos
alunos.

2.5. Orientação escolar

Não basta ensinar, e atribuir notas para o aluno passar ou reprovar, é importante um
acompanhamento deste no processo de ensino e aprendizagem. Várias são as dificuldades
apresentadas pelos alunos e pelos professores na condução do processo de ensino-aprendizagem,
aí então onde reside a necessidade de orientação no processo.

13
Na escola, um especialista na orientação escolar é indispensável, mas o mesmo não se pode dizer
nas escolas moçambicanas. Mesmo assim a orientação escolar não deixa de ser importante nestes
estabelecimentos de ensino.

São apontados como essenciais os seguintes focos de actuação na orientação dos alunos na
escola:

a) Apoio a aprendizagem do aluno;


b) Promoção do desenvolvimento psicossocial do aluno;
c) Diagnósticos dos problemas de aprendizagem;
d) Desenvolvimento dos professores e da escola;
e) Envolvimento da família, da escola e da comunidade na orientação dos educandos.

Como se depreende, a orientação escolar exige um esforço conjugado entre a escola, a família e
o próprio educando. O orientador tem de lançar um olhar para as condições socioeconómicas,
capacidades individuais, aspirações dos educandos e as condições concretas de materialização
dessas aspirações tanto do aluno como da família.

Quanto aos professores, uma orientação metodológica do processo de ensino aprendizagem que
ajude a conduzir da melhor maneira a acção educativa é pertinente, lidando da melhor forma
possível com as dificuldades de aprendizagem dos alunos.

As escolas deviam ter um gabinete de atendimento a essas situações de aprendizagem, na


verdade são os directores de turma, o director da escola, o director adjunto pedagógico que
muitas vezes lidam com esses problemas substituindo ou assumindo o papel de orientador
escolar.

2.6. Participação dos Pais e encarregados na vida escolar

A escola é assumida como o espaço de aprendizagem formal. Assim sendo, durante muito tempo
acreditou-se que as crianças “aprendem” apenas na escola e cabia, neste sentido, aos professores
essa nobre e exclusiva tarefa educativa. Hoje, os sistemas educativos reconhecem que essa
missão é utópica se continuar a resumir-se no espaço escolar sem ter em conta as interferências
dos outros contextos que influenciam as aprendizagens dos sujeitos (e.g família, grupo de
amigos, sector de trabalho, os médias). É reconhecendo o papel dos outros contextos que abrem-

14
se as portas da escola para a participação dos pais e encarregados de educação e da comunidade
em geral. Assim na construção do currículo solicita-se a integração desses elementos educativos,
como reconhecimento da “ecologia da aprendizagem”.

O movimento mais nítido dessa preocupação verifica-se na inclusão, por exemplo, do concelho
de escola e da associação de estudantes. Os conselhos de escola em Moçambique, no Ensino
Básico, surgem com a Introdução do Novo Currículo do Ensino Básico que, de entre outras
inovações, integra as componentes do Currículo Local, Progressão semi-automática e Ensino
Básico integrado (PCEB, 2008). Essas inovações, exigem a participação activa da comunidade
educativa, a escola deixa assim de ser o único espaço de aprendizagem e os professores únicos
responsáveis na aprendizagem dos alunos, pois os pais e encarregados de educação, e a
comunidade nas diversas formas de actuação social participam no desenvolvimento da
aprendizagem dos educandos.

A participação dos pais no processo educativo nem sempre é fácil, acreditamos que a educação
consiste em mudanças e essa tarefa pode ficar comprometida se reconhecermos que essa
“comunidade tradicional” resiste a esse dinamismo como assinala Patrício (1997), relatando
depoimentos dos pais salienta, “no meu tempo não era assim (…) aprendíamos muito mais (…)
até decorávamos os rios, os reis da nossa história… se bem que já pouco me lembro! Não havia
tempo para brincadeiras nem para passear como agora” (Patrício, 1997:28).

Os pais nem sempre têm a consciência da necessidade da sua participação na vida escolar do seu
educando, daí que a consciencialização é o primeiro passo importante para o seu envolvimento
nos problemas escolares.

A preocupação com a promoção do bem-estar da comunidade escolar, expressa-se como


necessidade de responder ao objectivo da escola básica, como vem expresso no Novo Currículo
do Ensino Básico, este currículo de acordo com INDE/MINED (2008) tem como desafio “ tornar
o ensino mais relevante, no sentido de formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da
sua vida, da vida da sua família, da sua comunidade e do país (…)”pg.7.

15
2.6.1. Conselho de escola

O conselho da escola aparece como um órgão que expressa a democratização da educação e da


escola em particular, pois permite a gestão transparente das instituições escolares. Para Silva et.
al (2003), trata-se de um organismo composto por alunos, professores, gestores, funcionários e
os pais e encarregados de educação. Seu principal objectivo é “ consolidar a democratização das
relações de poder no interior das escolas permitindo que as decisões colegiadas sobre questões
administrativas, financeiras e pedagógicas sejam tomadas.” (Silva, 2003:48)

Desta forma, a comunidade também pode participar nas actividades do conselho escolar,
controlando a qualidade dos serviços educativos prestados e no uso dos recursos locais.

16
3. Conclusão

Ao terminarmos este estudo entendemos que, o processo de ensino e aprendizagem não é uma
tarefa que basta ensinar, e atribuir notas para o aluno passar ou reprovar, é importante um
acompanhamento deste no processo de ensino e aprendizagem. Várias são as dificuldades
apresentadas pelos alunos e pelos professores na condução do processo de ensino-aprendizagem,
aí então onde reside a necessidade de orientação no processo.

Na escola, um especialista na orientação escolar é indispensável, mas o mesmo não se pode dizer
nas escolas moçambicanas. Mesmo assim a orientação escolar não deixa de ser importante nestes
estabelecimentos de ensino.

A participação dos pais no processo educativo nem sempre é fácil, acreditamos que a educação
consiste em mudanças e essa tarefa pode ficar comprometida se reconhecermos que essa
“comunidade tradicional” resiste a esse dinamismo como assinala Patrício (1997), relatando
depoimentos dos pais salienta, “no meu tempo não era assim (…) aprendíamos muito mais (…)
até decorávamos os rios, os reis da nossa história… se bem que já pouco me lembro! Não havia
tempo para brincadeiras nem para passear como agora” (Patrício, 1997:28).

Os pais nem sempre têm a consciência da necessidade da sua participação na vida escolar do seu
educando, daí que a consciencialização é o primeiro passo importante para o seu envolvimento
nos problemas escolares.

A preocupação com a promoção do bem-estar da comunidade escolar, expressa-se como


necessidade de responder ao objectivo da escola básica, como vem expresso no Novo Currículo
do Ensino Básico, este currículo de acordo com INDE/MINED (2008) tem como desafio “ tornar
o ensino mais relevante, no sentido de formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da
sua vida, da vida da sua família, da sua comunidade e do país (…)”pg.7.

17
4. Referências bibliográficas

ALVES Ana Maria Lima de Souza; DUARTE, Elisa Aparecida Ferreira Guedes (2012).
Supervisor escolar: Missão, exercício, desafios e perspectivas. Pergaminho, (3):1‐22. Centro
Universitário de Patos de Minas, MG.

FERREIRA, Naura Syria Carapeto (Org) (2010). Supervisão educacional para uma escola de
qualidade. 8ª ed. Cortez Editora. São Paulo.

FONSECA, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, Apostila.

LIBÂNEO, José Carlos (2008). Organização e gestão da escola: Teoria e prática. 5ªed. Revista
e ampliada, MF livros.. Goiânia.

LIBÂNEO, José Carlos (2002). Pedagogia e pedagogos, para que? 5ªed. Cortez Editora. SP.

RANGEL, Mary (org), et al. (2001). Supervisão pedagógica: princípios e práticas. 1 ed.
Campinas: Papirus.

SILVA, Adejaira Leite da; FREITAS, Katia Siqueira; SANTOS, Carmen Luciana;
MENDONÇA, Daelcio, Ferreira & NASCIMENTO, Jaqueline (2003). Autonomia Pedagógica e
administrativa da escola pública. Gestão em acção, salvador, v, 6, n.1, p.43-62.

HAIDT, Regina Célia C (2006). Curso de Didática Geral. 8ª Edição, ática, São Paulo.

SANTOS, Vivaldo Paulo dos (2003). O quefazer na sala de aula: didáctica, metodologia ou
nada disso? Dialogia, v.2: pp, 137-148

Nóvoa, António; Ventura, Alexandre (1999). Para uma análise das instituições escolares.
Portugal,

PRATI, Laissa; COUTO, Maria; MOURA, Andeina; POLETTO, Michele & KOLLER, Silvia.
(2007). Revisando a inserção ecológica: Uma proposta de sistematização. Psicologia reflexão e
crítica, 21(1), 160-169.

INDE/MINED (2008). Plano Curricular do Ensino Básico: Objectivos, estrutura, Planos de


Estudos e Estratégias de Implementação. Maputo.

18

Você também pode gostar