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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

CORRENTES MARÍTIMAS

Nome: Samuel Carlitos, Código: 708232409

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina: Climatogeografia

Ano de Frequência: 1º

Cuamba, Setembro 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

CORRENTES MARÍTIMAS

Nome: Samuel Carlitos, Código: 708232409

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia

Disciplina: Climatogeografia

Ano de Frequência: 1º

Cuamba, Setembro 2023


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Classificação
Pontuação Nota do Subtotal
Categoria Indicadores Padrões
máxima Tutor
 Capa
 Índice
Estrutura Aspectos  Introdução
organizacionais  Discussão
 Conclusão
 Bibliografia
 Contextualização(Indicação
clara do problema)
Introdução  Descrição dos objectivos
 Metodologia adequada ao
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
(expressão, escrita cuidada.
Análise e Coerência/coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
relevantes na área de estudo
 Exploração dos dados
Conclusão  Contributos teóricos práticos
 Paginação, tipo e tamanho de
Aspectos Formatação letra, parágrafo, espaçamento
gerais entre linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Referências edição em citações/referências
bibliográficas citações e bibliográficas
bibliografia
Observação:

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Docente:

Geraldo Cardoso Sotaria


Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 6

1.1. Objectivos: ....................................................................................................................... 7

1.1.1. Geral:............................................................................................................................. 7

1.1.2. Específicos: .................................................................................................................... 7

1.2. Metodologias .................................................................................................................... 7

2. CORRENTES MARÍTIMAS .................................................................................................. 8

2.1. Definição .......................................................................................................................... 8

2.2. Tipos de correntes marítimas ............................................................................................ 8

2.3. Características das correntes marítimas ............................................................................. 8

2.4. Importância das Correntes Marítimas .............................................................................. 11

3. Conclusão ............................................................................................................................. 12

4. Referências bibliográficas ..................................................................................................... 13


1. Introdução

Os marinheiros e navegadores desde há muito que conheciam o efeito das correntes marítimas
nas rotas dos navios, caracterizando-as como «grandes rios dentro dos oceanos», houve contudo,
alguns investigadores que se interessaram pelo assunto, estudando-o por conta própria, tal foi o
caso de B. Franklin, ao qual se deve a primeira carta da corrente do Golfo. M. Maury, foi um dos
primeiros investigadores a preocupar-se com o estudo dessas correntes de uma forma mais
aprofundada, pelo que em 1832, começou a reunir e a classificar uma série de informações. No
entanto, estes estudos não passavam de descrições com pouco valor científico.

Foi W. Ekman em 1905, o primeiro a edificar uma teoria das correntes de deriva tendo em conta
a rotação da Terra e uma «viscosidade turbulenta» vertical. Em 1936, C. G. Rossby introduziu
um coeficiente de turbulência lateral, depois foram feitos progressos com os trabalhos de H. V.
Sverdrup (1947) e R. O. Reid (1948) sobre a corrente equatorial do oceano Pacifico, que
mostram que o vento é o principal motor das correntes marinhas. Por outro lado, M. Stommel,
num estudo do modelo de oceano fechado rectangular, mostrou que a intensificação oeste das
correntes é derivada à variação da aceleração de Coriolis com a latitude.

O presente trabalho fará menção sobre correntes marítimas e será norteado pelos objectivos
abaixo descritos.

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1.1. Objectivos:

1.1.1. Geral:

 Conhecer as correntes Marítimas.

1.1.2. Específicos:

 Definir as correntes marítimas;


 Identificar os tipos de correntes marítimas;
 Caracterizar as correntes marítimas;
 Reconhecer a importância das correntes marítimas.

1.2. Metodologias

Para a realização deste trabalho usou-se o método bibliográfico, que consistiu em consulta de
obras, artigos científicos de onde foram extraídos os conceitos para adequação do estudo em
causa, versando por vários autores.

A pesquisa bibliográfica abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de


estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias,
teses, artigos científicos impressos ou electrónicos, material cartográfico e até meios de
comunicação oral: programas de rádio, gravações, audiovisuais, filmes e programas de televisão.
Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou
filmado sobre determinado assunto (MARCONI; LAKATOS, 2017).

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2. CORRENTES MARÍTIMAS

2.1. Definição

Segundo LAPISSONE, Correntes marítimas são deslocamentos de massas de água oceânicas


geradas pela inércia de rotação do planeta e pelos ventos. As correntes movimentam-se por todos
os oceanos do mundo, transportando calor e, por isso apresentam uma grande influência na
pesca, vida marinha e no clima.

2.2. Tipos de correntes marítimas

De acordo com LAPISSONE, as principais correntes marítimas da Terra são conhecidas como, a
Corrente do Golfo, Corrente do Brasil, Correntes de Humbolt, entre outras. Devido a essas
massas de água estarem em deslocação, carregam consigo energia cinética. Estima-se que a
potência total das correntes oceânicas de todo mundo esteja por volta de 5 mil gigawatts, ou seja,
com uma densidade de potência por volta de 15 Kw/m2.

Apesar das correntes marítimas se moverem apenas com 2% da velocidade dos ventos que as
influenciam, a diferença de densidade entre o ar e a água do mar é muito grande.

A circulação superficial dos oceanos corre segundo os padrões de ventos globais. A cada lado do
equador, em todas as bacias oceânicas, existem duas correntes circulando para oeste, a norte e a
sul. A água transportada deste modo aquece, e quando embate nacosta oriental dos continentes,
flui para as latitudes mais elevadas, onde arrefece por contacto com as águas polares. Estas águas
voltam a descer para o equador seguindo a costa ocidental dos continentes para sul, completando
o ciclo. Estas correntes circulares transportam calor dos trópicos para os pólos, contribuindo para
a amenização do clima global.

2.3. Características das correntes marítimas

Para ARNAUD, (1965) as correntesquentes originam-se nas regiões intertropicais (ou delas
provém), e deslocam-se para as regiões temperadas e frias. Exemplos: a corrente do Golfo (Gulf
Stream, em inglês) que tem origem no Golfo do México, segue a costa leste dos Estados Unidos

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e se dirige rumo à costa oeste da Europa; a corrente do Brasil, ao largo do sudeste brasileiro, e a
corrente das Agulhas, ao largo da costa sudeste da África.

As correntes frias originam-se nas latitudes altas ou nas regiões oceânicas profundas, como as
das Canárias, que flui do Atlântico Nordeste para sudoeste ao longo da costa noroeste de África,
até à região do Senegal, desviando-se então para oeste e afastando-se da costa; da Califórnia, que
banha as costas ocidentais da América do Norte; da Benguela, ao longo da costa sul da África,
estendendo-se desde o Cabo da Boa Esperança até Cabinda, em Angola; e a do Labrador, que vai
do sudoeste da Groenlândia até o norte, continua pela costa leste do Canadá, do norte até o sul, e
se encontra com a corrente da Flórida.

Dois grupos de forças são responsabilizados pela formação das correntes e derivas: as que se
originam no interior das próprias massas líquidas dos oceanos, ou seja, as diferenças de
temperatura, salinidade, densidade e pressão; e as forças externas, como os ventos e a pressão
atmosférica, que atuando sobre as águas são capazes de movimentá-las. Os ventos, soprando em
uma mesma direção durante algum tempo, podem originar correntes marinhas de dimensões por
vezes consideráveis.

As correntes marinhas, sobretudo as de grandes dimensões, exercem influência sobre o clima,


provocando a elevação ou o abaixamento da temperatura nas costas por onde passam. Influem na
formação das precipitações e dos nevoeiros; tomam parte no deslocamento dos icebergs das
regiões polares; interferem na distribuição dos animais marinhos sensíveis à temperatura;
exercem papel importante na modelação e configuração dos contornos dos litorais, no transporte
dos sedimentos, etc. (CORREIA, 1953).

Entre as correntes marinhas conhecidas destacam-se, além das já citadas, as correntes quentes
Equatorial do Norte e Equatorial do Sul (que atravessam o oceano da África para a América,
transportando grandes volumes de água à temperatura de 25 graus centígrados); a corrente das
Guianas; a corrente fria das ilhas Falklands, ou ilhas Malvinas; a corrente da Guiné, todas no
oceano Atlântico. No oceano Pacífico, a corrente de Kuroshio, ou corrente do Japão (também
conhecida como corrente Negra, por causa da cor de suas águas), a corrente do Pacífico Norte, a
deriva do Pacífico Norte, a corrente das Aleutas, a corrente do Peru, ou de Humboldt, e a
corrente El Niño.

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Ao soprar em direção ao oeste, os ventos alísios empurram as águas superficiais em direção ao
lado oeste dos oceanos, fazendo com que haja acúmulo de água nessas regiões, com um valor
médio de 4 centímetros acima do nível normal para cada 1000 quilômetros. Esse acúmulo de
água, devido a força da gravidade quando retorna, fluindo “montanha abaixo”, gera as contra-
correntes equatoriais, comuns a todos os oceanos. Os ventos do oeste formam as correntes que
retornam para a região equatorial, completando o giro subtropical. Estes giros ocorrem no
Pacífico e Atlântico norte e sul e Oceano Índico. Nas regiões subpolares, o mesmo não
ocorrendo no hemisfério sul, pois não há barreiras de terra para obstruir o fluxo de água e criá-
los. Assim, a corrente Circumpolar Antártica flui completamente em volta do planeta.

Em algumas áreas, as correntes oceânicas podem formar meandros que por sua vez podem
originar anéis. A presença destes meandros e anéis foram primeiro descritos na corrente do Golfo
(Atlântico norte), mas logo se percebeu que chegam a ser comuns em diversas correntes
superficiais marinhas. As fortes correntes em torno desses anéis, isolam suas águas e organismos
das águas adjacentes. Podem persistir por um bom tempo, possuindo uma vida média de 4 a 5
meses, embora já se tenha encontrado anéis que durariam por 2 anos ou mais.

Os maiores volumes de água transportados pelas correntes oceânicas superficiais ocorrem na


corrente do Golfo e na Circumpolar Antártica que transportam cada uma cerca de 100 milhões de
metros cúbicos por segundo. A maior parte das outras correntes são bem menores, como a do
Brasil, que transporta no máximo 14 milhões de metros cúbicos por segundo. Mesmo assim, são
volumes bastante significativos se comparados ao volume transportado pelo rio Amazonas, que
atinge apenas 225 mil metros cúbicos por segundo.

A corrente Sul-Equatorial do oceano Atlântico, que se movimenta no sentido leste-oeste na altura


do equador, bifurca-se ao alcançar a costa nordestina brasileira. A que se desvia para o norte, é
denominada corrente das Guianas, e a que se volta para o sul, corrente do Brasil. Esta, ao se
encontrar com a das Malvinas, afasta-se da costa, fluindo em direção leste. Na região sudeste, a
velocidade da corrente do Brasil na primavera e verão é cerca de 1,4 nós (2,5 quilômetros por
hora); no outono e inverno, sua velocidade se reduz a metade. Esta corrente desempenha, no
hemisfério sul, o mesmo papel da corrente do Golfo no hemisfério norte, especialmente na
geração de meandros.

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2.4. Importância das Correntes Marítimas

Segundo o sitehttps://www.todamateria.com.br/correntes-maritimas/, uma vez que interferem no


clima dos locais onde actuam, as correntes marítimas são fenômenos importantes da natureza,
responsáveis pelo equilíbrio das temperaturas e umidades dos locais do planeta. Além disso, elas
proporcionam o equilíbrio do ecossistema marinho e ainda, favorecem a economia, ou seja, a
atividade pesqueira de determinadas regiões.

Um exemplo notório é a corrente do golfo, uma das mais importantes das correntes oceânicas,
que surgem próximo ao golfo do México e seguem em direção ao continente Europeu, influindo
diretamente nas temperaturas do local.

Dessa forma, a corrente do Golfo ameniza as temperaturas gélidas do noroeste europeu,


favorecendo a vida naquela região. Embora seja uma das mais importantes, nos últimos anos, a
corrente do golfo tem sido imensamente afetada pelo aquecimento global (derretimento das
geleiras polares), o que preocupa a maior parte dos especialistas no assunto, os quais alertam
para o despontar de uma nova era glacial.

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3. Conclusão

Chegado a este ponto dá-se a perceber que as correntes marinhas não têm um significado tão
preponderante como muitas vezes lhe atribuem. Sob o aspecto morfológico, foram muitos os que
se deixaram levar por ideias fantasiadas no que se refere ao efeito mecânico da água corrente dos
oceanos, acreditando que estas águas poderiam criar estreitos marítimos completos, como os de
Gibraltar, Mancha ou das Antilhas. Isto é falso, embora não se possa negar o efeito modelador e
erosivo das águas correntes, pois ao longo dos séculos e com a ajuda das vagas e torrentes
fluviais, efectuaram uma imensa actividade modificadora do litoral.

As correntes marítimas exercem a sua actividade no sentido de transportar os materiais mais ou


menos finos que as vagasarrancaram, repartem esse material por outros lugares, depositando-o
depois de certo tempo, segundo o tamanho das partículas.

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4. Referências bibliográficas

ARNAUD, Claude (1965). A Oceanografia, Enciclopédia Diagramas, Editorial Estudios Cor.

CARRINGTON, Richard(1960).Biografia do Mar, Colecção Vida e Cultura, Livros do Brasil,


Lisboa.

CORREIA, A. A. Mendes (1953). A Geografia do Mar: Sociedade de Geografia de Lisboa.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A (2017). Metodologia do trabalho científico: projetos de


pesquisa, pesquisa bibliográfica, teses de doutorado, dissertações de mestrado, trabalhos de
conclusão de curso. 8. ed. – São Paulo: Atlas.

LAPISSONE, Alfredo. Climatogeografia, Universidade Católica de Moçambique Centro de


Ensino `a Distância-CED Rua Correia de Brito No 613-Ponta-Gêa Moçambique-Beira.

https://www.todamateria.com.br/correntes-maritimas/ Acesso em 05 de Setembro de 2023

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