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Universidade Catolica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Mapas cartográficos

Delfina Mateus da Costa -708224983

Licenciatura em ensino de Geografia

Disciplina: Cartografia

Ano: 2º ano

Docente: dr. Fulaide Mphepo Muassinali

Turma: W

Quelimane, Maio de 2023


Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
Máxima
Tutor
 Índice 0,5
 Introdução 0,5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0,5
organizacionais
 Conclusão 0,5
 Bibliografia 0,5
 Contextualização 2
(Indicação clara do
problema)
Introdução  Descrição dos 1
objectivos
 Metodologia 2
adequada ao
objecto do trabalho
 Articulação e 1
domínio do
discurso académico
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Análise e
 Revisão 2
discussão
bibliográfica
nacional e
internacional
relevante na área
de estudo
 Exploração dos 2.5
dados
Conclusão  Contributos 2
teóricos práticos
 Paginação, tipo e 1
Aspectos tamanho de letra,
Formatação
gerais paragrafo,
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência 2
Referências
6ª edição em das
Bibliográficas
citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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2

Índice
1. Introdução.................................................................................................................. 3
1.1. Objectivos .............................................................................................................. 3
1.1.1. Geral ................................................................................................................... 3
1.1.2. Específicos ......................................................................................................... 3
1.2. Metodologia ........................................................................................................... 3
2. Revisão de literatura .................................................................................................. 4
2.1. Mapas cartográficos ............................................................................................... 4
2.1.1. Ramos da Cartografia e tipos de mapas ............................................................. 4
2.1.1.1. Carta topográfica ............................................................................................ 5
2.1.1.2. Carta hidrográfica ........................................................................................... 5
2.1.1.3. Carta de base .................................................................................................. 5
2.1.2. Breve História do Desenvolvimento da cartografia ........................................... 6
2.2. Os principais elementos dos mapas cartográficos ................................................. 8
2.2.1. Exemplo de um mapa com os respetivos elementos ........................................ 10
2.2.2. Importância dos elementos de um mapa .......................................................... 11
2.3. A Importância das Cartas Topográficas .............................................................. 11
3. Conclusão ................................................................................................................ 13
4. Referencias bibliográficas ....................................................................................... 14
1. Introdução
O presente trabalho abordara assuntos correlacionados há mapas cartográficas, no
que tange ao tema de salientar que a Cartografia é incontornável na formação e na
actividade dos geógrafos, quer enquanto representação de um espaço num tempo
particular, quer como meio de organização e estruturação de informação, quer, ainda,
como documento de explicação e apresentação de resultados, a Cartografia, com esta ou
outra denominação, sempre esteve presente nos curricula da licenciatura em Geografia.

A cartografia é a ciência de representação e investigação da disposição espacial


de combinações e interligações de fenómenos da natureza e da sociedade por meio de
modelos de sinais que reflectem diferentes partes da realidade em forma generalizada e
evidente. Mapa é a Representação gráfica, em geral uma superfície plana e numa
determinada escala, com a representação de acidentes físicos e culturais da superfície da
Terra ou de um planeta. As posições dos acidentes devem ser precisas, de acordo
geralmente com um sistema de coordenadas. Serve igualmente para denominar parte ou
toda a superfície da esfera celeste.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Este trabalho tem como objetivo geral fazer um levantamento bibliográfico sobre
os mapas cartográficos.

1.1.2. Específicos
 Definir mapa cartográfico;
 Caracterizar os principais elementos dos mapas cartográficos;
 Mencionar a importância dos mapas cartográficos.

1.2.Metodologia
A metodologia utilizada se deu a partir de uma revisão bibliográfica. Tal como
salientam Lakatos& Marconi, (2006, p. 315), a pesquisa bibliográfica tem como
finalidade colocar o pesquisador em contacto directo com uma expressiva parte das
publicações referentes ao assunto investigado, e não consiste em mera repetição do que
já foi dito ou escrito.

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2. Revisão de literatura
2.1.Mapas cartográficos
A palavra cartografia terá sido forjada, ao que tudo indica, pelo historiador
português Manuel Francisco de B. e Sousa (1791-1856), de acordo com os escritos de sua
carta, datada de Paris, a 8 de Dezembro de 1539, ao historiador brasileiro Francisco
Adolfo Varnhgen, na qual diz: " invento esta palavra, já que aí se têm inventado tantas".

No sentido geográfico, a acepção da palavra é antiga em português, espanhol e


italiano; Morais Silva, no seu dicionário (1813), registou o subverbete Carta geográfica,
" em que está afigurada a terra arrumada".

A cartografia é a ciência de representação e investigação da disposição espacial


de combinações e interligações de fenómenos da natureza e da sociedade por meio de
modelos de sinais que reflectem diferentes partes da realidade em forma generalizada e
evidente (salichtchav;1971).

A cartografia estuda, portanto, os métodos e procedimentos necessários à


elaboração, produção e utilização de mapas. Ela define-se, assim, como sendo o ramo da
ciência e da técnica que se dedica as técnicas de elaboração de mapas e outro material
cartográfico.

Mapa, segundo Oliveira (1980) citado por Anderson (1982) é a Representação


gráfica, em geral uma superfície plana e numa determinada escala, com a representação
de acidentes físicos e culturais da superfície da Terra ou de um planeta. As posições dos
acidentes devem ser precisas, de acordo geralmente com um sistema de coordenadas.
Serve igualmente para denominar parte ou toda a superfície da esfera celeste.

2.1.1. Ramos da Cartografia e tipos de mapas


A distinção da Cartografia a partir da sua função continua a ser dominantemente
referida e reconhecida, dividindo-se tradicionalmente a actividade cartográfica em três
ramos:

 Cartografia Topográfica;
 Cartografia Hidrográfica; e
 Cartografia Temática.

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2.1.1.1.Carta topográfica
Carta de base que representa, tão fiel e pormenorizadamente quanto a escala o
permite, a topografia da superfície terrestre. No passado, o termo aplicava-se somente às
cartas de maior escala, em regra igual ou superior a 1:50 000, reservando-se as
designações de carta corográfica [entre 1:50 000 e 1:500 000] e de carta geográfica
[inferior a 1:500 000] para as escalas menores. Actualmente, designa-se por carta
topográfica qualquer carta de base que represente zonas emersas, independentemente da
sua escala.” (Gaspar, 2004, p. 70).

Segundo Dias, M. Helena (2007, p. 29), “geralmente a escala [dos mapas


topográficos] encontra-se compreendida entre 1:10 000 e 1:50 000 (ou 1:100 000).
Actualmente, o termo abrange todos estes mapas, independentemente da escala, sendo a
sua função primordial a localização dos fenómenos espaciais (por isso, poderiam ser
também designados por mapas de referenciação espacial).

2.1.1.2.Carta hidrográfica
Mapa de base cujo objectivo é a representação de informação sobre oceanos, lagos
ou rios, incluindo as áreas adjacentes. Diferença entre este conceito e o de carta náutica
(destinada a apoiar a navegação marítima). Cartas náuticas oceânicas (escala inferior a
1:350 000), costeiras (1:350 000 a 1:150 000) e de águas costeiras (maior do que 1:150
000).” (Dias, M. Helena, 2007, p. 29).

2.1.1.3.Carta de base
Carta cujo objectivo é a representação espacial de informação geográfica de
carácter genérico, comportando, em geral, um conjunto organizado de folhas que cobrem
um país ou uma região, de forma sistemática. São cartas de base as cartas topográficas e
as cartas hidrográficas.

Carta que serve de suporte, ou fundo, a uma carta temática. Trata-se, geralmente,
de uma carta topográfica ou de uma carta administrativa, podendo, em alguns casos, ser
outra carta temática.” (Gaspar, Joaquim Alves, 2004, pp. 58-59).

De qualquer forma, as classificações de documentos cartográficos podem ser


diversas, dependendo dos critérios que utilizarmos como ponto de partida. Poderíamos
classificar os mapas tendo como critério, por exemplo, o seu tamanho (desde os

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minúsculos mapas impressos em selos de correio até aos mapas murais militares), mas
tratar-se-ia de uma classificação sem qualquer utilidade.

Assim, as classificações mais utilizadas, como explica Robinson, Arthur H. et al


(1987, pp. 6-11), são as que tomam como critério de classificação a escala, a função ou o
tema. (Gaspar, 2004).

A partir da sua escala, os mapas podem ser classificados como mapas de grande,
média e pequena escala e, apesar de não existir unanimidade, a maioria dos autores
aceitará considerar como pequenas as escalas inferiores a 1:500 000 (os mapas com escala
inferior a 1:7 500 000 são geralmente considerados mapas de escala muito pequena12),
como médias as escalas entre 1:500 000 e 1:50 000 e como grandes as escalas superiores
a 1:50 000 (os mapas de base com escalas superiores a 1:10 000 são, geralmente,
identificados como planos ou plantas).

Quanto ao tema, a sua diversidade é enorme, podendo referir-se várias


discriminações, conforme o critério que se adoptar (em função da natureza da informação,
em função do tipo de implantação dos símbolos utilizados, em função das características
dos símbolos utilizados, em função da distorção ou não da base espacial e em função do
número de temas representados), como se específica no tema IV. (Gaspar, 2004).

A Cartografia geral, de base ou de referência (topográfica e hidrográfica), é


produzida de forma padronizada e, sendo onerosa, é normalmente produzida por
organismos estatais ou públicos, empregando engenheiros geógrafos e hidrógrafos, em
quanto que a Cartografia Temática, de custos baixos, principalmente com as novas
tecnologias e os variados softwares de cartografia automática disponíveis no mercado, é
produzida (manualmente ou por processos automáticos) ou coordenada por diversos
profissionais, envolvendo historiadores, economistas, sociólogos, geólogos. e, frequente
e principalmente, por geógrafos.

2.1.2. Breve História do Desenvolvimento da cartografia


De acordo com Gaspar, (2005), sabe-se que a Terra é redonda desde o século IV
antes de Cristo, muito embora, tal conhecimento tenha sido esquecido, ou porventura
ignorado, durante a idade média. A fundação da Geodesia e Cartografia europeia remota
de facto á civilização grega clássica, não tendo esta ciência sido objecto de outras
contribuições significativas até o século XV.

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Os Gregos não só reconheceram a forma esférica da terra, mas também
estabeleceram sistema de coordenadas geográficas, ainda hoje utilizado, e desenvolveram
as primeiras projeções cartográficas. O auge da cartografia grega foi atingido com
Cláudio Ptolomeu de Alexandria (c.90-c.168), com uma obra monumental em oito
volumes, Geografia, onde o autor descreve a sua concepção sobre o mundo e defende a
utilização das coordenadas geográficas, apresentando uma lista de latitudes e longitudes
de oito mil lugares.(Gaspar, 2004).

Nela se propõe a construção de projecções cartográficas, hoje conhecidas por


projecções de Ptolomeu, as quais vieram a ser utilizadas muitos séculos mais tarde para
representar o mundo conhecido.(Gaspar, 2004).

Para os romanos, os mapas constituíram somente formas grosseiras de representar


os seus vastos domínios territoriais. O tipo mais frequente, o OrbisTerrarum, com uma
envolvente circular que abarcava todo império, foi mais tarde adoptado e estilizado nos
chamados mapas TO.

Durante a Idade Média, prevaleceu um conceito idealizado, simbólico e


totalmente imaginário do mundo. Com importante excepção das cartasportulano,
construídas a partir do século XIII pelos pilotos genoveses e maiorquinos para apoiar a
navegação costeira no mediterrâneo, nada de relevante foi acrescentado pela civilização
europeia á ciência cartográfica, neste longo período.(Gaspar, 2004).

Pelo contrário há retrocesso. Esperou-se um milénio, isto é, ao tempo dos grandes


“descobrimentos” para se assistir um incrementos e significativas transformações nesta
área de conhecimento, com a cartografia helénica que foi preservada pela civilização
árabe.(Gaspar, 2004).

O renascimento da Cartografia na Europa veio com três factores fundamentais: a


redescoberta da Geografia de Ptolomeu; o advento da imprensa, que veio a facilitar
consideravelmente a produção e difusão dos mapas; e a aventura dos “descobrimentos”
marítimos iniciada pelos portugueses no século XV, onde se destacam os resultados das
explorações de Vasco da Gama, de Pedro Álvares Cabral, e dos primeiros
reconhecimentos efectuados no Oriente. (Gaspar, 2004).

Desde o século XVI até os nossos dias, vários avanços importantes ocorreram nos
campos da Geodesia e da Cartografia. Com a sistematização dos conhecimentos e dos

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processos, o século das luzes trouxe a estas matérias uma atitude científica de grande
rigor, libertando as em definitivo da influência grega, do misticismo medieval e de algum
cariz científico e fanatista da Cartografia renascentista.(Gaspar, 2004).

Várias escolas iniciaram várias reformas no campo da Cartografia, como a


Academia da Francesa no final do século XVII, com a determinação directa das
dimensões da Terra através de observações astronómicas.

2.2.Os principais elementos dos mapas cartográficos


Os elementos de um mapa são informações obrigatórias que devem estar presentes
nesse tipo de produção cartográfica para auxiliar na leitura e na interpretação dos
símbolos e demais gráficos que a compõem.Um mapa deve apresentar cinco elementos
obrigatórios. (Salgueiro, 1993).

 Título;
 Legenda;
 Escala cartográfica;
 Orientação;
 Projeção cartográfica.
Título

Revela qual é o tema daquela produção cartográfica, indicando o conteúdo


presente no mapa. Muitos mapas podem apresentar subtítulos e também informações
adicionais ao título, como datas, períodos históricos e unidades de medida, facilitando a
sua interpretação.(Gaspar, 2004).

O título deve sempre vir posicionado na parte superior do mapa, sendo assim a
primeira informação com a qual o leitor tem contato.(Salgueiro, 1993).

Legenda

Indica o significado dos símbolos empregados nos mapas. Esses símbolos podem
ser as cores adotadas, o tipo de traço (linha contínua, linha pontilhada, linha dupla),
formas geométricas (chamadas de pontos), o preenchimento da área (hachura, pontilhado,
linhas na diagonal) ou mesmo os desenhos que indicam construções, estabelecimentos ou
elementos fixos da paisagem (como estradas, rodovias, aeroportos, hospitais).(Salgueiro,
1993).

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Escala

Indica quantas vezes a superfície real foi reduzida para que pudesse ser
representada no mapa.

As escalas aparecem geralmente na porção inferior de um mapa, e podem ser


expressas tanto na sua forma gráfica (reta graduada) quanto na forma numérica (razão
entre a medida no mapa e a medida no real).(Salgueiro, 1993).

Orientação

Indica a posição do Norte geográfico e dos demais pontos cardeais, orientando na


localização da área representada e na forma de se compreender o mapa.(Gaspar, 2004).

Pode ser representada por meio de uma seta indicando o Norte (como no mapa
usado no exemplo a seguir) ou também por meio de uma rosa dos ventos.(Salgueiro,
1993).

Orientação

Indica a posição do Norte geográfico e dos demais pontos cardeais, orientando na


localização da área representada e na forma de se compreender o mapa. Pode ser
representada por meio de uma seta indicando o Norte (como no mapa usado no exemplo
a seguir) ou também por meio de uma rosa dos ventos.(Salgueiro, 1993).

É comum encontrar outras informações no mapa que vão além dos elementos
obrigatórios. Dentre essas informações adicionais, podemos citar:

 Meridiano e paralelo de referência, que aparecem no mapa da urbanização do


exemplo.
 Fonte das imagens aéreas e/ou dos demais arquivos (base cartográfica) utilizados
para a confecção do mapa.

Apesar de os elementos do mapa serem itens obrigatórios e indispensáveis, cabe


notar que eles nem sempre estão presentes em todas as produções cartográficas, sendo
mais comuns em produções com fins didáticos, acadêmicos e comerciais. (Salgueiro,
1993).

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2.2.1. Exemplo de um mapa com os respetivos elementos

Figura 1: demostração e observação no mapa onde estão localizados todos os elementos


obrigatórios. Fonte: IBGE.

Esse mapa da urbanização possui duas legendas:

A primeira indica que a população nas grandes cidades está representada por meio
de círculos proporcionais no mapa. Os círculos menores representam cidades com
população entre 253.000 e 500.000 habitantes, ao passo que os círculos maiores indicam,
respectivamente, as populações das cidades Maputo.(Salgueiro, 1993).

A segunda legenda indica o significado da gradação de cores do mapa. As áreas


representadas com tom claro de laranja são aquelas que têm menor percentagem de

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população urbana, enquanto tons mais fortes mostram áreas mais urbanizadas, com maior
população vivendo nas áreas urbanas.(Salgueiro, 1993).

A escala do mapa da urbanização Moçambicana é de 1:25.000.000, o que significa


que 1 centímetro na imagem corresponde a 25.000.000 centímetros no terreno, o
equivalente a 250 quilômetros. No exemplo, ambos os tipos de escala são representados.

A projeção do mapa do exemplo está expressa logo abaixo da escala. Para a


produção do mapa da urbanização Moçambicana, o IBGE utilizou uma projeção
policónica. Para indicar a orientação, uma seta indica o Norte no canto inferior direito,
acima da escala.(Salgueiro, 1993).

2.2.2. Importância dos elementos de um mapa


Os elementos de um mapa são os itens que expressam e traduzem todas as
informações representadas nesse produto cartográfico. Esses elementos são, por essa
razão, indispensáveis para a leitura do mapa e para a interpretação acurada de todos os
dados do terreno ou do lugar que estão contidos nessa forma de representação do espaço
geográfico.(Salgueiro, 1993).

Pensando no mapa como um instrumento de localização, a compreensão e a leitura


dos elementos são importantes também para que possamos nos guiar e nos movimentar
sobre a superfície terrestre. (Salgueiro, 1993).

2.3.A Importância das Cartas Topográficas


A carta topográfica tem a sua aplicação em diversas esferas de desenvolvimento
económico das quais podemos salientar os seguintes: Na agricultura, comércio, projectos
de prospecção de petróleo, nas redes de distribuição de energia eléctrica, na rede das
Comunicações, redes de distribuição de água, nas obras de saneamento, no sistema de
planeamento físico de territórios, e no sector público de uma forma geral, entre outros
sectores. (Gaspar, 2004).

A cartografia surgiu com a necessidade de comunicação, sendo a comunicação o


principal objectivo da cartografia. Usa para tal a linguagem gráfica (mapas) que
representam a distribuição dos diversos fenómenos naturais e artificiais no espaço. Deste
modo, alguns autores definem esta ciência de diferentes maneiras, havendo os que
colocam a componente de que é uma ciência e arte de representar a terra, portanto fora da
componente científica a Cartografia tem a componente artística.(Gaspar, 2004).

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A grande vantagem do mapa é de permitir representar num plano os objectos
observados sobre a superficie terrestre (curvilínea), ao mesmo tempo na sua posição
absoluta e nas suas relações em distância e em direcções. A cartografia elabora cartas ou
mapas para representar muitos fenómenos da natureza como também os que resultam da
intervenção do homem.

Portanto, são hoje muitas áreas de actividades com interesse na cartografia e estas
áreas usam-a para descrever as mais variadas situações. A cartografia é considerada como
um instrumento de planeamento e gestão pública assim como privado.(Gaspar, 2004).

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3. Conclusão
Chegado a esta fase do trabalho deu a perceber que desde o século XVI até os
nossos dias, vários avanços importantes ocorreram nos campos da Geodesia e da
Cartografia. Com a sistematização dos conhecimentos e dos processos, o século das luzes
trouxe a estas matérias uma atitude científica de grande rigor, libertando as em definitivo
da influência grega, do misticismo medieval e de algum cariz científico e fanatista da
Cartografia renascentista.Várias escolas iniciaram várias reformas no campo da
Cartografia, como a Academia da Francesa no final do século XVII, com a determinação
directa das dimensões da Terra através de observações astronómicas.

A Cartografia geral, de base ou de referência (topográfica e hidrográfica), é


produzida de forma padronizada e, sendo onerosa, é normalmente produzida por
organismos estatais ou públicos, empregando engenheiros geógrafos e hidrógrafos,
enquanto que a Cartografia Temática, de custos baixos, principalmente com as novas
tecnologias e os variados softwares de cartografia automática disponíveis no mercado, é
produzida (manualmente ou por processos automáticos) ou coordenada por diversos
profissionais, envolvendo historiadores, economistas, sociólogos, geólogos.

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4. Referências bibliográficas
Dias, M. H. (2007), Cartografia Temática, Programa, Lisboa, Centro de Estudos
Geográficos, Área de Investigação de Geo-Ecologia, Relatório nº 6, p.146

Gaspar, J. A. (2004), Dicionário de ciências cartográficas, Lisboa, Lidel, pp.327

Robinson, A. H. et al (1987), Elementos de Cartografía, Barcelona, Ediciones Omega,


(1ª edição 1953, New York), p.543

Salgueiro, T. B. (1993), Programa de Geografia Urbana, Lisboa, Universidade de


Lisboa, Centro de Estudos Geográficos, policopiado, p.126

Garcia, J. C. (2007), Programa de História da Cartografia Portuguesa, Porto,


Faculdade de Letras da Universidade do Porto, policopiado, p.110

Fernandes, J. A. Rio (2002), Geografia Urbana, Disciplina do 5º Grupo (Geografia),


Porto, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, policopiado, p.176

Bailey, Patrick (1986, 1ª edição 1981), Didática de la Geografia, Madrid, Editorial


Cincel, p.205

Silva, R. F. M. (1988), “Curso de Geografia na Faculdade de Letras da Universidade


do Porto – 1972/88”, Porto, FLUP, Revista da Faculdade de Letras – Geografia, I
Série, Vol. IV, pp. 5-13.

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