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Correntes Marítimas
I. Introdução..................................................................................................................................... 1
V. Metodologia ................................................................................................................................ 1
Conclusão ...................................................................................................................................... 10
I. Introdução
O presente trabalho tem como correntes marítimas nessa ordem de ideias, importa referir que as
águas das correntes marítimas possuem características semelhantes de temperatura e salinidade.
Existem, entretanto, diversas correntes marítimas em movimento e que dispõem de propriedades
distintas, proporcionando transformações no clima das regiões por onde passam e na temperatura
dos mares e oceanos, além de desempenharem importante papel no desenvolvimento e
manutenção do ecossistema marinho. É através que vamos estudar sobre conceito de correntes
marítimas, tipos de correntes marítimas, importâncias das correntes marítimas e suas
características. Portanto, importa referir que o presente estruturado de seguinte maneira:
introdução, desenvolvimento e conclusão com os seus devidos subtemas.
II. Objectivos
V. Metodologia
Em termos metodológicos na produção do presente trabalho recorreu-se as consultas
bibliográficas de alguns autores que consubstancia sobre o tema e alguns sites na internet e
módulo do estudante. Quanto a abordagem é uma pesquisa qualitativa; quanto aos objectivos é
exploratória; quanto aos procedimentos de recolha de dados é não experimental e quanto as
fontes de informação é uma pesquisa bibliográfica
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Capítulo II: Desenvolvimento
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passando de observações empíricas para análises científicas detalhadas, graças aos avanços na
tecnologia e ao trabalho de cientistas dedicados à oceanografia. Foi W. Ekman em 1905, o
primeiro a edificar uma teoria das correntes de deriva tendo em conta a rotação da Terra e uma
“viscosidade turbulenta” vertical. Em 1936, C. G. Rossby introduziu um coeficiente de
turbulência lateral, depois foram feitos progressos com os trabalhos de H. V. Sverdrup (1947) e
R. O. Reid (1948) sobre a corrente equatorial do oceano Pacifico, que mostram que o vento é o
principal motor das correntes marinhas. Por outro lado, M. Stommel, num estudo do modelo de
oceano fechado rectangular, mostrou que a intensificação oeste das correntes é derivada à
variação da aceleração de Coriolis com a latitude.
Maré é o nome que se dá ao movimento de subida e descida das águas dos oceanos, provocado
sobretudo pela acção que a força gravitacional da Lua, satélite natural da Terra, exerce sobre a
superfície oceânica somada à rotação do planeta. As marés ocasionam a formação de correntes
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oceânicas, as quais são mais fortes nas áreas próximas da costa. Sua velocidade pode superar oito
nós, sabendo que cada nó equivale a 1,85 km/h. Os ventos e as massas de ar que se deslocam
sobre a superfície dos mares e oceanos são igualmente causadores das correntes marítimas. O
movimento do ar é responsável ainda pelo fenómeno denominado ressurgência costeira ou
afloramento, caracterizado pela subida das águas frias de sub-superfície até a superfície.
Segundo Amorim (2005), diz que a climatologia:
Estuda os fenómenos atmosféricos e oceanográficos com séries temporais de longo
período e utilizando propriedades estatísticas para caracterizar o clima em função da
localização geográfica, estação do ano, etc., realizou a climatologia de algumas variáveis
na Bacia de Camamu antes de partir para as análises de dados de corrente, (p.29)
Importa referir que dentre as correntes temos as principais correntes marítimas da Terra que são
conhecidas como, a Corrente do Golfo, Corrente do Brasil, Correntes de Humbolt, entre outras.
Devido a essas massas de água estarem em deslocação, carregam consigo energia cinética.
Estima-se que a potência total das correntes oceânicas de todo mundo esteja por volta de 5 mil
gigawatts, ou seja, com uma densidade de potência por volta de 15 Kw/m2. Apesar das correntes
marítimas se moverem apenas com 2% da velocidade dos ventos que as influenciam, a diferença
de densidade entre o ar e a água do mar é muito grande. Para o estudo das correntes de uma
região é necessário entender as forçantes e processos actuantes na climatologia daquele local.
Portanto, importa referir que verdadeiras correntes não ocupam mais que uma pequena porção
dos oceanos, sendo a maioria unicamente a origem de derivas mais ou menos imprecisas, por
outro lado, a direcção, a velocidade e os limites de correntes estão longe de apresentar uma
determinação absoluta, as variações, por vezes sazonais são bastante imprevisíveis e de causas
mal conhecidas.
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atmosférica, que actuando sobre as águas são capazes de movimentá-las. Os ventos, soprando em
uma mesma direcção durante algum tempo, podem originar correntes marinhas de dimensões por
vezes consideráveis.
Kousky, (1979), diz que:
As correntes marinhas, sobretudo as de grandes dimensões, exercem influência sobre o clima,
provocando a elevação ou o abaixamento da temperatura nas costas por onde passam. Influem na
formação das precipitações e dos nevoeiros; tomam parte no deslocamento dos icebergs das
regiões polares; interferem na distribuição dos animais marinhos sensíveis à temperatura;
exercem papel importante na modelação e configuração dos contornos dos litorais, no transporte
dos sedimentos, (p.109).
Entre as correntes marinhas conhecidas destacam-se, além das já citadas, as correntes quentes
Equatorial do Norte e Equatorial do Sul (que atravessam o oceano da África para a América,
transportando grandes volumes de água à temperatura de 25 graus centígrados); a corrente das
Guianas; a corrente fria das ilhas Falklands, ou ilhas Malvinas; a corrente da Guiné, todas no
oceano Atlântico. No oceano Pacífico, a corrente de Kuroshio, ou corrente do Japão (também
conhecida como corrente Negra, por causa da cor de suas águas), a corrente do Pacífico Norte, a
deriva do Pacífico Norte, a corrente das Aleutas, a corrente do Peru, ou de Humboldt, e a
corrente El Niño.
A circulação superficial dos oceanos corre segundo os padrões de ventos globais. A cada lado do
equador, em todas as bacias oceânicas, existem duas correntes circulando para oeste, a norte e a
sul. A água transportada deste modo aquece, e quando embate na costa oriental dos continentes,
flui para as latitudes mais elevadas, onde arrefece por contacto com as águas polares. Estas águas
voltam a descer para o equador seguindo a costa ocidental dos continentes para sul, completando
o ciclo. Estas correntes circulares transportam calor dos trópicos para os pólos, contribuindo para
a amenização do clima global. Levando em consideração as suas principais propriedades, as
correntes marítimas são classificadas como quentes ou frias.
Correntes quentes
Correntes quentes são massas de água oceânica com temperaturas mais elevadas do que as áreas
circundantes.
Segundo Kousky, (1979), diz que:
Elas se movem das regiões tropicais ou equatoriais em direcção a áreas mais frias, transportando
calor ao longo do oceano. Essas correntes podem ter um impacto significativo no clima local das
regiões costeiras que elas afectam, bem como na distribuição de espécies marinhas e na pesca.
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Alguns exemplos famosos de correntes quentes incluem a Corrente do Golfo no Atlântico Norte e
a Corrente de Kuroshio no Oceano Pacífico, (p.79).
No que diz respeito ao conceito importa referir que elas são formadas na zona tropical do
planeta, próximo da Linha do Equador, área que recebe calor solar com maior intensidade. São
menos densas e, por essa razão, deslocam-se pela camada superficial do oceano e a velocidades
mais elevadas do que as das correntes frias. Movimentam-se em direcção aos pólos, imputando
elevado teor de humidade para as áreas costeiras por onde passam devido ao elevado grau de
evapo transpiração. Portanto, importa referir que, as correntes quentes formam-se na zona
intertropical, próxima à Linha do Equador, e movimentam-se em direcção às zonas polares.
Correntes frias:
“Correntes frias são massas de água oceânica com temperaturas mais baixas do que as áreas ao
seu redor. Elas geralmente se deslocam das regiões polares ou subpolares em direcção a áreas
mais quentes, contribuindo para o transporte de água fria ao longo dos oceanos” (Castro &
Miranda 1998, p.109).
Essas correntes frias têm um impacto significativo no clima local das regiões costeiras que elas
influenciam, podendo causar temperaturas mais frias e afectar a biodiversidade marinha.
Exemplos de correntes frias incluem a Corrente de Humboldt na costa oeste da América do Sul e
a Corrente da Califórnia na costa oeste da América do Norte. Portanto, importa referir que elas
são formadas nos pólos terrestres, que correspondem às regiões mais frias do planeta. Por conta
disso, são correntes mais densas que se deslocam em sub superfície e mais lentamente do que as
correntes quentes. Elas se movimentam em direcção aos trópicos.
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3. Temperatura: Algumas correntes são quentes, enquanto outras são frias, dependendo de onde
elas se originam e das condições climáticas regionais.
4. Salinidade: A salinidade da água também influencia as correntes. Correntes densas podem se
formar onde a água é mais salgada, afectando a sua circulação.
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que o Amazonas transporta numa hora, estimam-se em 80 milhões de Kg. Incomparavelmente
mais importante é a influência das correntes marinhas no clima.
Parece tão natural que uma corrente, quente ou fria, exerça uma influência correspondente no
clima da terra firme por ela banhada, e particularmente na zona costeira, que poucas vezes se
obtém uma resposta exacta à pergunta de como se exerce esta influência.
Arnaud, Claude (1965), diz que as correntes marítimas: São importantes para a redistribuição de
calor e humidade sobre a superfície terrestre, actuando como factores climáticos. Além da
influência directa sobre as massas de ar das regiões banhadas por essas águas, as correntes
marítimas são responsáveis por transferir calor e humidade para as massas de ar que se formam
sobre os oceanos e que caracterizam diversos tipos climáticos no interior dos continentes, (p.37).
Também existem outras vantagens como, de colocar as turbinas mais próximas umas das outras,
necessitando-se de menos espaço, isso devido a densidade e a velocidade da água; por estarem
submersas, as turbinas não teriam impacto visual; as correntes oceânicas são relativamente
constantes em relação a direcção e velocidade.
Segundo Correia Mendes (1953), ao referir da importância das correntes marítimas diz que:
Utilização da energia das correntes oceânicas como fonte alternativa está no início de seu
desenvolvimento. O primeiro protótipo foi uma turbina de 350Kw, instalado em 2000 na costa de
Cornwall, sudeste da Inglaterra. Mas muitos países já mostraram interesse neste tipo de fonte
energética alternativa, como os Estados Unidos, China, Japão e países da União Européia, (p.19).
Circula pelo oceano Pacífico, está directamente atrelada à formação do deserto do Atacama,
entre o Peru e o Chile. Isso se deve à baixa evaporação a que as águas frias dessa corrente estão
sujeitas, transferindo pouquíssima ou nenhuma humidade para o continente.
Outro exemplo é o da corrente do golfo do México, uma corrente quente que circula pelo
Atlântico Norte e é responsável por amenizar as temperaturas nos invernos, desde o leste dos
Estados Unidos até países nórdicos europeus como a Noruega.
Para além do seu papel no clima terrestre, as correntes marítimas são importantes para a
dinâmica de muitos ecossistemas marinhos, carregando uma série de nutrientes de sub superfície
para as águas superficiais, por exemplo, atraindo diversas espécies animais, principalmente
peixes. Esse movimento, por sua vez, impulsiona a actividade pesqueira das áreas onde ocorre.
Estas correntes podem ser excepcionalmente produzidas por uma verdadeira desnivelação devida
ao vento forte de um ciclone, a grandes diferenças de pressão atmosférica entre pontos vizinhos,
a grandes descargas de águas fluviais, etc.
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Mas são essencialmente causadas pelas diferenças de densidade das massas de água, originadas
por variações da temperatura ou da salinidade (devidas a diferenças de aquecimento, evaporação,
presença de águas com origens diversas, descargas de águas doces, etc.), ou ainda de
convergências e divergências entre as correntes superficiais. Nas regiões equatoriais, a água
aquece muito, resultando um efeito duplo: em primeiro lugar, faz com que a água se expanda e,
por consequência, se torne menos densa; em segundo lugar, o calor evapora parte dela para a
atmosfera, fazendo com que a que não é evaporada se torne mais salina.
Nos pólos, o ar frio tende constantemente a manter a temperatura da água a um nível baixo,
tornando a mais densa. Ao mesmo tempo, a salinidade vai crescendo com a congelação, pois
que, quando a água do mar congela, uma grande proporção dos sais são segregados da solução
(efectivamente, o gelo marinho é quase doce), de maneira que a salinidade da água aumenta, e
torna-se, por este facto, mais densa. Mais importante, no entanto, como factor de diferenciação
da densidade das águas superficiais é o seu aquecimento ou arrefecimento em contacto com a
atmosfera, por afectar zonas inteiras.
Martonne, (1953), “As águas frias, sendo mais pesadas, tendem a mergulhar para os fundos
oceânicos, ao passo que as águas quentes e leves se espalham à superfície numa película
delgada” (p.51).
Como consequência, os mares polares apresentam uma circulação vertical activa e as suas águas
são poderosamente remexidas e homogeneizadas, ao passo que as extensões marinhas
intertropicais são caracterizadas por uma estratificação térmica estável muito acentuada. Uma
superfície de descontinuidade nítida, a termoclina, separa uma delgada camada quente (50 m a
200 m de espessura) das águas profundas alimentadas lateralmente a partir das águas frias das
latitudes elevadas.
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Capítulo III: Conclusão
Conclusão
Prezado docente! No que concerne ao tema em destaque, concluí que, as correntes marinhas
exercem a sua actividade no sentido de transportar os materiais mais ou menos finos que as
vagas arrancaram, repartem esse material por outros lugares, depositando o depois de certo
tempo, segundo o tamanho das partículas. Trata-se geralmente de pequenas regiões, mas às vezes
são vastas as regiões abarcadas. Nessa ordem de ideias concluí, que as correntes marítimas têm
uma importância climatológica somente quando o ar frio ou quente, suspendido na corrente, é
levado para o interior dos continentes. Portanto, é através do tema que aprende tipos de correntes
e a formação das correntes marítimas. Nessa ordem de ideias elas podem ser formadas de três
maneiras: pela influência das marés, pelos ventos e pela diferença na temperatura, densidade e
salinidade das águas oceânicas. Conheci também que Maré, é o nome que se dá ao movimento de
subida e descida das águas dos oceanos, provocado sobretudo pela acção que a força
gravitacional da Lua, satélite natural da Terra, exerce sobre a superfície oceânica somada à
rotação do planeta.
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Referências bibliográficas
Arnaud, C. (1965). A Oceanografia, Enciclopédia Diagramas, Editorial Estudios Cor.
Castro. B.M. & Miranda, L. B. (1998). Physical oceanography of the western Atlantic
continental shelf located between 4° N and 34°S. The Sea.
Correia, A. A. & Mendes (1953) A Geografia do Mar, Sociedade de Geografia de Lisboa,
Lisboa.
Machado, F. (1979) Introdução à Oceanografia, Instituto Universitário dos Açores,
Ponta Delgada.
Martonne, (1953) “Tratado de Geografia Física”, in Panorama da Geografia, (Vol. I), Cosmos,
Lisboa.
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