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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação À Distância (IED) -Tete

Importância das fotografias aéreas em pesquisas geológicas

Nazir Delito Carlos, 708235545

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Geologia Geral

Ano de Frequência 1º/2023

Tete, Junho, 2023


Classificação

Categorias Indicadores Padrões Nota


Pontuaçã do Subtota
o máxima tuto l
r
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas

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Recomendações de melhoria:
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Índice
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1.Introdução.......................................................................................................................4

1.1.Objectivos....................................................................................................................5

1.1.1. Objectivo geral.....................................................................................................5

1.1.2. Objectivos específicos......................................................................................5

1.2.Metodologia de trabalho..............................................................................................5

2. Importância das fotografias aéreas em pesquisas geológicas........................................6

2.1.Conceito básico........................................................................................................6

2.1.1.Fotografias Aéreas............................................................................................6

2.1.2.Histórico da Fotografia Aérea..................................................................................7

2.1.3.O Uso da Fotografia.................................................................................................8

2.1.4. A Fotografia Aérea e a Geografia...........................................................................9

2.1.5.O Uso da Fotografia Aérea no ensino da Geografia.............................................9

2.2.Processamento de Imagens........................................................................................12

3. Consideração Finais.....................................................................................................14

4.Referências Bibliográficas............................................................................................15

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1.Introdução
Este trabalho tem como objectivo  reflectir sobre a importância da fotografia aérea na ciência
geográfica A palavra fotografia vem do grego φως fós (“luz”), e γραφις gráfis (“estilo”,
“pincel”) ou γραφη grafe, e significa “desenhar com luz”. Por definição, fotografia é,
essencialmente, a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando esta
em uma superfície sensível.

Por volta do ano de 1825, a primeira fotografia permanente do mundo foi registada por
Nicéphore Niépce. Anos após este acontecimento, mais precisamente em 1858, o fotógrafo
francês Gaspard Félix Nadar registou fotos da capital francesa com uso de uma câmara
fotográfica normal (da época) e um balão, realizando as primeiras fotos aéreas.

Após Nadar, houve dezenas de testes para fotografias aéreas. Dentro da década de 1880,
Arthur Batut tirou fotografias aéreas utilizando uma pipa, técnica utilizada até hoje com o
nome de KAP – Kite Aerial Photography ou Fotografia Aérea em Pipas. Após Batut, Amede
Denisse e o próprio Alfred Nobel testaram fotos tiradas a partir de foguetes com pára-quedas
em 1888 (Denisse) e 1897 (Nobel).

Apesar da grande evolução pelos quatro revolucionários (na fotografia) antes citados, o
grande nome da fotografia aérea foi Julius Neubronner, que em 1903 desenhou uma idéia que
foi usada antes, durante e após as duas guerras mundiais: a diminuição de câmeras
fotográficas com temporizadores e colocação destas câmeras em pombos correios.

Em uma primeira tentativa, a patente de “Métodos e Conhecimentos de Fotografias de


Campos Abertos Vistos de Cima” foi recusada pelo escritório de patentes alemãs como sendo
impossível (se duvidava da habilidade de um pombo conseguir carregar uma câmara de 75
gramas e com um tamanho de 8×4,5cm), mas, logo depois, em Dezembro de 1908, a patente
foi aceita após apresentação de fotografias autenticadas. Em 1909, a tecnologia ganhou um
conhecimento maior, gerando a Neubronner, reconhecimento e prémios.

Até hoje, ainda existe fotógrafos que fazem testes usando pombos por gostar do ângulo da
imagem e a “visão” do pássaro, chamada de Bird’s Eye (técnica conhecida, porém pouco
utilizada no mundo). Dentre os grandes aplicativos de georeferenciamento (G. Earth, G.
Maps, Yahoo Maps, etc), o único projeto a oferecer a visão do pássaro, foi o Bing Maps, que
se destaca justamente por esta funcionalidade.

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1.1.Objectivos
A seguir são apresentados os objectivos que permearão o desenvolvimento deste trabalho:

1.1.1. Objectivo geral


 O objectivo central deste trabalho consiste na dissertação sobre evolução das ciências
geográficas desde antiguidade (época Romana) até a época contemporânea.

1.1.2. Objectivos específicos


 Definir conceito fotografias aéreas;
 Explicar importância das fotografias aéreas em pesquisas geológicas;
 Explicar o significado de pesquisas geológicas;
 Falar Importância das fotografias aéreas em pesquisas geológicas.

1.2.Metodologia de trabalho
A metodologia deste trabalho tem como base a pesquisa exploratório-descritiva, utilizando-se
como procedimento, a pesquisa bibliográfica. A pesquisa exploratória, segundo Gil (2007)
tem o objectivo de possibilitar um maior conhecimento com o problema estudado, deixando-o
mais claro ou construindo hipóteses.

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2. Importância das fotografias aéreas em pesquisas geológicas

2.1.Conceito básico

2.1.1.Fotografias Aéreas
De acordo com Temba (2000) citando (Ray, 1963) a fotografia aérea é um registo instantâneo
dos detalhes do terreno que se determina principalmente pela distância focal da lente câmara,
pela altura de vôo do avião no momento da exposição do filme e filtros usados.

De acordo com Temba (2000) citando (Ray, 1963) a fotografia aérea é um registo instantâneo
dos detalhes do terreno que se determina principalmente pela distância focal da lente câmara,
pela altura de voo do avião no momento da exposição do filme e filtros usados.

Segundo Ricci (1965), o uso de fotografias aéreas como instrumento enriquecido do


conhecimento humano nasceu da necessidade de mapear grandes áreas com economia de
tempo e despesas. A utilização dessa técnica teve início durante a 1 guerra mundial, e seus
princípios foram largamente desenvolvidos em decorrência de dois grandes conflitos armados
que flagelaram a humanidade.

Para Garcia (1982), a fotografia aérea tem sido usada intensivamente como um sensor remoto
na identificação e mapeamento dos recursos naturais. Pelo potencial de utilização, as
fotografias aéreas prestam-se como ferramenta de trabalho nos mais diferentes campos, tais
como: Geografia, Geologia, Hidrologia, Ecologia, etc.

O uso de fotografias aéreas verticais dentre os produtos do sensoriamento remoto, se tornou


cada vez mais frequente nos projectos de levantamentos, planejamento e explorações do solo,
principalmente porque substitui com vantagens outras bases cartográficas, além da riqueza de
detalhes que oferece, eliminando assim as dificuldades de acesso em determinadas áreas,
proporcionando uma visão tridimensional, por aumentar o rendimento e a precisão do
mapeamento.

Quando o resultado do trabalho de foto interpretação não requer exactidão elevada, pode-se
utilizar de métodos onde as feições dos objectos são directamente traçadas sobre folhas de
poliéster ou overlays sobrepostos às fotografias aéreas, caso contrário, pode-se utilizar de um
scanner para copiá-las e a interpretação feita por um programa de análise de imagens.

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Para se manter um nível satisfatório de exactidão, há necessidade de se plotar alguns pontos
de controlo da fotografia (pontos cujas coordenadas são conhecidas), distribuídos
uniformemente através dela, no decalque (overlay) (Wolf, 1983).

Para Farret (1996), trabalhando-se directamente sobre fotografias aéreas de pequeno formato
não rectificadas, a melhor geometria de pontos de controlo é um ponto em cada um dos cantos
da fotografia.

Uma fotografia aérea, não pode ser considerada como um mapa, pois possui variações de
escala e deslocamentos devido ao relevo. Além disso, pode conter distorções causadas pela
inclinação da câmara e pelo sistema de projecção que apresenta. Por meio do controle
combinado entre pontos da fotografia com coordenadas conhecidas, erros dessas fontes
podem ser minimizados. Se variações do terreno são moderadas e não houver inclinação
exagerada da câmara, resultados exactos podem ser alcançados (Wolf, 1983).

2.1.2.Histórico da Fotografia Aérea


A palavra fotografia vem do grego φως fós (“luz”), e γραφις gráfis (“estilo”, “pincel”) ou
γραφη grafe, e significa “desenhar com luz”. Por definição, fotografia é, essencialmente, a
técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando esta em uma
superfície sensível.

Por volta do ano de 1825, a primeira fotografia permanente do mundo foi registada por
Nicéphore Niépce. Anos após este acontecimento, mais precisamente em 1858, o fotógrafo
francês Gaspard Félix Nadar registou fotos da capital francesa com uso de uma câmara
fotográfica normal (da época) e um balão, realizando as primeiras fotos aéreas.

Após Nadar, houve dezenas de testes para fotografias aéreas. Dentro da década de 1880,
Arthur Batut tirou fotografias aéreas utilizando uma pipa, técnica utilizada até hoje com o
nome de KAP – Kite Aerial Photography ou Fotografia Aérea em Pipas. Após Batut, Amedee
Denisse e o próprio Alfred Nobel testaram fotos tiradas a partir de foguetes com pára-quedas
em 1888 (Denisse) e 1897 (Nobel).

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2.1.3.O Uso da Fotografia
 Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo
de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando juntas ou em paralelo ao longo de muitos
anos. Se por um lado os princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há décadas e,
desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças, por outro, os
avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na qualidade das imagens
produzidas, agilização das etapas do processo de produção e a redução de custos,
popularizando o uso da fotografia.

Actualmente, a introdução da tecnologia digital tem modificado drasticamente os paradigmas


que norteiam o mundo da fotografia. Os equipamentos, ao mesmo tempo em que são
oferecidos a preços cada vez menores, disponibilizam ao usuário médio recursos cada vez
mais sofisticados, assim como maior qualidade de imagem e facilidade de uso. A
simplificação dos processos de captação, armazenagem, impressão e reprodução de imagens
proporcionados intrinsecamente pelo ambiente digital, aliada à facilidade de integração com
os recursos da informática, como organização em álbuns, incorporação de imagens em
documentos e distribuição via Internet, têm ampliado e democratizado o uso da imagem
fotográfica nas mais diversas aplicações. A incorporação da câmara fotográfica aos aparelhos
de telefonia móvel tem definitivamente levado a fotografia ao quotidiano particular do
indivíduo.

Dessa forma, a fotografia, à medida que se torna uma experiência cada vez mais pessoal,
deverá ampliar, através dos diversos perfis de fotógrafos amadores ou profissionais, o já
amplo espectro de significado da experiência de se conservar um momento em uma imagem.

Essas inovações indubitavelmente facilitam a captação da imagem, melhoram a qualidade de


reprodução ou a rapidez do processamento, mas muito pouco foi alterado nos princípios
básicos da fotografia. A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX,
foi a digitalização dos sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas no
mundo da fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e
facilitando a produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo.
O aperfeiçoamento da tecnologia de reprodução de imagens digitais tem quebrado barreiras
de restrição em relação a este sistema por sectores que ainda prestigiam o tradicional filme, e
assim, irreversivelmente ampliando o domínio da fotografia digital.  

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2.1.4. A Fotografia Aérea e a Geografia
A geografia, em seus estudos para a compreensão do mundo, utiliza-se de alguns instrumentos
essenciais para algumas de suas áreas. Produções como os mapas são a base para muitas das
análises e observações realizadas pelos diversos campos, e a evolução das técnicas
instrumentais acabam influenciando muito a evolução da própria geografia. Assim foi com o
surgimento das imagens de sensoriamento remoto e os Sistemas de Informações Geográficas
(SIG’s). Cada técnica instrumental acaba então fundando uma área da ciência para si própria.

O Sensoriamento remoto é a ciência da obtenção de informações sobre as características da


Terra através de medições feitas à distância. Dados sensoriados remotamente vêm de várias
maneiras como por imagens de satélite,  fotografias aéreas e dados obtidos por sensores
manuais. Geógrafos utilizam cada vez mais dados obtidos por sensoriamento remoto para
conseguir informações sobre a superfície terrestre, o oceano e a atmosfera, pois esta técnica:

 Fornece informações objectivas em várias escalas espaciais (de local a global);


 Fornece uma visão sinóptica da área de interesse;
 Permite o acesso a locais distantes e/ou inacessíveis;
 Fornece informações espectrais fora da porção visível do espectro electromagnético, e
facilita o estudo de como as características e as áreas mudam através do tempo. Dados
de sensoriamento remoto podem ser analisados tanto independentes como juntos de
outras camadas digitais de dados (como, por exemplo, nos SIG’s).

2.1.5.O Uso da Fotografia Aérea no ensino da Geografia


As fotografias aéreas são usadas para colectar informações de uma determina área que
necessita ser estudada ou mapeada, é explorada especialmente na elaboração e criação de
mapas.

A partir das imagens colectadas nas fotos aéreas é possível obter informações com grande
grau de detalhes sobre diversos temas, como plantações, reservas ambientais, áreas de
queimadas, plantação de drogas, loteamento.

Hoje existem empresas especializadas nesse tipo de trabalho, o resultado é usado na criação
de cartas topográficas e mapas, para isso contam com uma série de equipamentos modernos.

Como um conteúdo de fundamental importância para a compreensão das diversas dimensões


dos recursos utilizados (fotografia – fotografia aérea – imagem de satélite), o entendimento de
escala é primordial.
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Ao abordar-se o que seria uma escala, e como esta representaria a superfície terrestre,
correlaciona-se fotos de um mesmo objecto (lugar conhecido do aluno), porém com distâncias
diferentes.

A visualização da escala, através deste recurso dispensa a utilização de conceitos, a


compreensão, por parte da grande maioria dos alunos é quase que imediata.

Até porque, quando se fala em imagem de satélite, pensa-se ser algo de outro mundo, algo que
não cabe na escola, pensa-se ser algo inacessível. No entanto, o interesse aumenta e a
curiosidade pelo entendimento das cores e formas costumam alegrar e contagiar a sala de
aula.

Um exemplo está na disciplina geográfica de Geologia geral, cujo apresenta por diversas
possibilidades de utilização de produtos do Sensoriamento Remoto, tais como o ensino dos
tipos de relevo e dos processos naturais decorrentes deste modelado, associados com o
processo de ocupação humana etc. Em função de suas características e dos processos que
sobre eles actuam, oferecem, para as populações, tipos e níveis de benefícios ou riscos dos
mais variados.

A partir disso, os alunos podem compreender a importância das formas de relevo (feições
Geomorfológicas) na maneira como se desenvolve determinado impacto gerado
antropicamente e a importância do planejamento das acções do homem sobre os espaços
naturais

As imagens produzidas pelos diversos sensores remotos possibilitaram ao aluno a associação


da informação contida nos documentos cartográficos com as paisagens visualizadas no espaço
conhecido por eles, através da recodificação da simbologia cartográfica. A diferenciação das
paisagens é realizada com a criatividade do aluno, possibilitada pela compreensão que o aluno
adquiriu através da ajuda do Sensoriamento Remoto.

Outro exemplo, pode-se citar o momento em que na aula de Geografia, cujo tema seja rios,
utilize-se de imagens de satélite, de fotografias aéreas verticais

De escalas médias (aproximadamente 1:25.000) e de fotografias horizontais (colectadas no


campo, com máquinas fotográficas comuns) para auxiliar o aluno a reconstruir os conceitos
relativos ao assunto proposto.

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Estes três tipos de produtos de Sensores Remotos (imagem de satélite, fotografia aérea
vertical e fotografia horizontal), quando trabalhados em conjuntos, possibilitam aos
professores abordarem os mesmos elementos físicos em escalas diferenciadas.

Vide a figura ilustra Primeira foto aérea, tirada pelo fotógrafo francês Gaspard Félix Nadar,
registou fotos da capital francesa com uso de uma câmara fotográfica normal (da época) e
um balão 1858.

Fonte: WolF (1983)

A figura 2 ilustra Julius Neubronner – idealizador da colocação de câmaras em pombos em


1903.

Fonte: Temba (2000)

Segundo Sousa (2000), as fotografias aéreas mostram apenas a superfície do solo, que muitas
vezes não está visível. Por outro lado, a presença de padrões, tais como os de relevo,
drenagem, erosão e vegetação, permite ao foto intérprete fazer inferências sobre a distribuição

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dos solos e material de origem, porém, o trabalho de campo não pode ser substituído
completamente.

Para Amaral & Audi (1972), a fotografia aérea apresenta-se como material de trabalho
indispensável no levantamento de solos, proporcionando ganho de tempo, precisão de limites
e real visão global da paisagem com riqueza de detalhes. Desta maneira, não serve apenas
como base cartográfica preliminar, para auxiliar os trabalhos de campo e traçado de roteiros
mais interessantes, mas também possibilita a separação das unidades de solo directamente
sobre ela.

Diversos trabalhos de análise temporal utilizam as fotografias aéreas convencionais como


fonte de dados, sobretudo aqueles que abrangem um período anterior ao uso corrente das
imagens de satélite. Esses dados podem ser convertidos e manipulados por meio de técnicas
de geoprocessamento, que colectam e tratam informações georreferenciadas (Parise, 1999).

2.2.Processamento de Imagens
Considerando a aplicação em sensoriamento remoto, uma imagem pode ser definida como
sendo o registo contínuo ou discreto de uma vista bidimensional. O registo é feito por um
sensor geralmente acoplado a uma plataforma aérea ou orbital. Dependendo das
características do sistema sensor utilizado na aquisição dos dados (sistema fotográfico,
imageamento electrolítico), a imagem será registada na forma contínua ou discreta (Curran,
1988).

I. Imagem discreta

Seus detalhes são mantidos em unidades digitais ou discretas e que podem ser tratadas e
manipuladas quantitativamente o que implica em se registar a informação da cena observada
pelo sensor (sistema electrolítico) em várias parcelas discretas que são transformadas em
impulsos eléctricos e posteriormente codificadas e armazenadas em meio magnético na forma
digital, podendo ser tratadas e manipuladas somente por programas computacionais. As
técnicas de processamento dessas informações são denominadas processamento digital de
imagens. Imagens multiespectrais adquiridas pelo sensor TM do satélite Landsat, são
exemplos de imagens discretas, que podem ser transformadas para a forma contínua.

II. Imagem contínua

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A informação é registada como um sinal contínuo representando a exposição sobre a cena
observada por um sensor fotográfico, cujo produto final apresentado para análise são dados
analógicos, como as imagens em cópia de papel ou transparências, cujas técnicas de
processamento nesta fase são denominadas de processamento de imagens contínuas.
Fotografias aéreas, nas quais seus detalhes são registados e exibidos como um sinal contínuo
que podemos ver e interpretar são exemplos de imagens contínuas.

III. Processamento de Imagens Digitais

O processamento digital pode ser entendido como o conjunto de procedimentos relativos à


manipulação e análise de imagens através de computador, compreendendo basicamente a
entrada de dados, o realce (manipulação do contraste), a análise estatística e a geração de
saídas que podem ser imagens em tons de cinza ou coloridas (Quintanilha, 1990).

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3. Consideração Finais
A partir dos conceitos abordados e das reflexões expostas neste trabalho, é possível concluir,
as fotografias aéreas foram georreferenciadas à partir da carta matricial e, uma vez que, a
mesma mostrou-se satisfatoriamente precisa no que diz respeito aos seus resíduos, conclui-se
que as fotografias aéreas, resguardados os coretos procedimentos de georreferenciamento e
análises de resíduos, também mostraram-se com qualidade posicional satisfatória. Isto se
comprova pelo resultado do controle de qualidade posicional dos mosaicos oriundos da
concatenação das fotografias aéreas individuais.

Para o processamento digital das imagens, foram seguidos os passos necessários para a
obtenção de um produto final corrigido de eventuais problemas oriundos dos sistemas
sensores, conversão de dados analógicos para digitais, etc. Para isto foram utilizadas técnicas
apropriadas, tais como, equalização de histograma, aplicação de filtro, etc. Concluindo-se que
os produtos finais (mosaicos) encontraram-se em condições de serem utilizados na fase de
classificação não supervisionada

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4.Referências Bibliográficas
1. Amaral, A.Z., AUDI, R. (1972). Fotopedologia. In: MONIZ, A.C. Elementos de
Pedologia. São Paulo: EDUSP/Polígono pp. 429-442;
2. Amaral, G., (1975). Sensores Remotos Aplicação em Geociências, Instituto de
Geociências – USP, São Paulo;
3. Curran, P. J. (1988). Principles Of Remote Sensing. London: Longman,
4. Farret, J.C; Giotto, E. (1997). Aplicabilidade do georreferenciamento de Aerofotos de
Pequeno Formato na Formação de Bancos de Dados Espaciais – Uma Alternativa Para
o Cadstro Técnico Rural Municipal. Ciência Rural, v27, n.4, pp.577-581;
5. Juran, J. M. Gryna; Frank M., (1991).Controle de Qualidade. Handbook. Conceitos,
Políticas e Filosofia da Qualidade. McGraw-Hill, São Paulo;
6. Parise, J. O.F., (1999). Análise Temporal do Uso da Terra Em Uma Microbacia
Hidrográfica no Município de Piracicaba –SP, Por Meio de Técnicas de
Geoprocessamento. (Dissertação) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
– USP;
7. Quintanilha, J.A. (1996). Erros em Bases Digitais de Dados Espaciais Para Uso Em
Sistemas de Informação Geográfica. São Paulo, 236p. Tese (Doutorado) – Escola
Politécnica, Universidade de São Paulo;
8. Sousa, A.A., (2000). Tratamento Digital de Fotografias Aéreas Verticais Como Uma
Alternativa à Análise Estereoscópica de Bcias Hidrográficas. (Tese) – Escola Superior
de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo;
9. Temba, P. (2000). Fundamentos de Fotogrametria, Universidade Federal de Minas
Gerais, BH;
10. WolF, P.R. (1983). Elements Of Photogrammetry. New York: McGraw-Hill Book
Company, pp. 628.

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