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Universidade Católica de Moçambique


Instituto de Educação à Distância

Importância de Imagens Satélite e Fotografias Aéreas em Pesquisas Geológicas


Fátima Ali
Cod. 708224267

Curso: Geografia
Cadeira: Geologia Geral
Ano de Frequência: 1º ano

Pemba, Agosto de 2022

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Classificação
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Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)

Introdução  Descrição dos


objectivos 1.0

 Metodologia adequada
ao objecto do trabalho 2.0

 Articulação e domínio
do discurso académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão bibliográfica
discussão nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão práticos 2.0

 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos paragrafo,
Formatação 1.0
gerais espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência das
Referência
6ª edição em citações/referências
s 4.0
citações e bibliográficas
Bibliográficas
bibliografia
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Índice
Introdução……………………………………………..…………………………………4
1.Importância de Imagens Satélite e Fotografias Aéreas em Pesquisas Geológicas.........5

1.1.Imagens de Satélite para Aplicações Urbanas.............................................................5

1.2.Importância de Fotografias Aéreas em Pesquisas Geológicas....................................7

1.3.Importância das Imagens de satélite nos projectos de Mineração...............................7

Conclusão........................................................................................................................10

Referências bibliográficas...............................................................................................11
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Introdução

A análise de imagens de satélites e fotografias aéreas de diferentes anos auxilia na


compreensão da evolução da paisagem e no planeamento do uso e ocupação do espaço.
Em 1972 a NASA lançou o satélite ERTS-1, dando início a um programa espacial
focado no sensoriamento remoto dos recursos naturais terrestres, posteriormente
denominado LANDSAT. Desde então, a tecnologia de sensoriamento remoto evoluiu
muito, gerando imagens cada vez melhores e de maior resolução, as quais fornecem
informações detalhadas da superfície da Terra. Como consequência, o uso dessa
ferramenta tornou-se indispensável nos levantamentos e no monitoramento dos recursos
naturais, com destaque para a cartografia geológica, especialmente num país de
dimensões continentais como o Moçambique.
O trabalho tem como tema: Importância de Imagens Satélite e Fotografias Aéreas em
Pesquisas Geológicas, com seguintes objectivos:
Geral:
 Conceituar a importância de imagens satélite e fotografias aéreas em pesquisas
geológicas
Específico:
 Descrever a importância de imagens satélite e fotografias aéreas em pesquisas
geológicas
Para a realização do trabalho foi útil a leitura, analise e compilação de diversas obras
que constam de forma sistemática na bibliografia. Para melhor percepção, o trabalho
atende a subsequente estrutura: introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia,
para o melhoramento do mesmo aceita se criticas vindo do leitor
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1.Importância de Imagens Satélite e Fotografias Aéreas em Pesquisas Geológicas

Os recursos tecnológicos têm se mostrado de grande importância como ferramentas em


estudos geológicos, principalmente os costeiros que precisam de uma escala de detalhe
de modo a se representar os processos sedimentares.

Os Ortofotos são fotografias aéreas tomadas com câmaras métricas (próprias para
aerofotogrametria) que passam pelo processo de ortoretificação onde são corrigidas das
distorções causadas pelas inclinações da câmara e pela variação do relevo.

Quando abrangem uma vasta área, as ortofotos são propriamente mosaicadas e o


resultado é uma imagem contínua e precisa como um mapa topográfico. A resolução da
imagem é função da altura de voo, e na prática, varia de 20 cm a 60 cm. Pode ser
colorida ou preto-e-branco. Suas aplicações incluem: mapeamento básico, mapeamento
agrícola, actualização cartográfica, mapeamento de mercado, etc.

Por exemplo, no planeamento urbano, o uso da ortofoto permite a identificação da


melhor localização de uma praça, um shopping center, um hospital, orientação para
projectos de arborização de ruas, o melhor traçado de uma avenida, identificação de
áreas desocupadas, com precisão de dimensões e alto grau de detalhamento.

“A ortofoto apresenta-se como uma solução ideal para as Prefeituras, pois a


diversidade das áreas (fiscais, saúde, educação, obras, jurídica,...) resultam na
contratação de bases com muitas informações, nem sempre utilizadas simultaneamente,
assim com as ortofotos os usuários poderão gradualmente extrair as informações
vectoriais de interesse para os sistemas de informações”

1.1.Imagens de Satélite para Aplicações Urbanas

A questão fundamental quanto ao uso de imagens de sensores remotos diz respeito à sua
resolução espacial, ou a menor porção de área terrestre identificável na imagem. Neste
sentido, a resolução espacial seria para o sensoriamento remoto o que a escala gráfica é
para a aerofotogrametria e para a cartografia convencional.
Como a resolução espacial das imagens de satélite é limitada pelo sensor remeto que foi
utilizado, sua aplicação ficou restrita, até alguns anos atrás, aos estudos de clima,
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agricultura, mineração, controle de queimadas, monitoramento de florestas, etc, ao seja


aplicações que abordavam grandes áreas terrestres.

Nos últimos vinte anos, sensores orbitais – satélites – começaram a ser empregados para
finalidades de cartografia. No início dos anos 70, a melhor resolução espacial, menor
elemento visível do terreno, era de 80 m. Esta resolução permitia uma precisão
cartográfica em escala de até 1:250.000.

Nos anos 80 a resolução espacial dos sensores passou para 30 m (sensores


multiespectrais temáticos) e 10 m (sensores pancromáticos) respectivamente,
aumentando consideravelmente a capacidade de identificação de elementos terrestres,
permitindo a utilização destas imagens na actualização cartográfica de sistemas viários,
redes de hidrografia e até estruturas urbanas mais simples, compatíveis com escalas de
1:100.000 e até 1:50.000.

Por fim, nos anos 90, surgiram sensores de alta resolução, como o satélite Ikonos II,
lançado em meados de 1999, com imagens multiespectrais de resolução de 4 m e em
preto-e-branco com resolução de 1m, possibilitando a produção de mapas em escalas
de 1:10.000 à 1:5.000. O Satélite Ikonos produz cinco diferentes produtos para
comercialização: Carterra/Geo, Carterra/Reference, Carterra/Map, Carterra / Pro e
Carterra / Precison, que oferecem imagens com erro de posicionamento de até 1,9 m.

Estes sensores produzem imagens capazes de se identificar ruas, casas e até automóveis,
provocando uma verdadeira revolução nos processos de geração e manutenção de bases
cartográficas. Para os próximos quatro anos, segundo Nisso Cohen10 (2000) uma nova
geração de satélites estará produzindo imagens ainda melhores, com precisão inferior a
meio metro. A empresa americana Earth Watch Incorporated anunciou, em março de
2001, que irá lançar um satélite de alta resolução em outubro de 2001, permitindo obter
imagens pancromáticas com resolução espacial de 0,60 cm e multiespectrais de 2,5 m.

As áreas de aplicação da interpretação de imagens são inúmeras, como é o caso do


próprio Sensoriamento Remoto. Alguns exemplos a citar são: uso do solo, geologia,
pedologia, urbanismo, vegetação, agricultura, limonologia, geomorfologia, oceanografia
etc. Desse modo, a importância do Sensoriamento Remoto para o Geoprocessamento
está no fato que este consiste actualmente na maior fonte de dados para os SIGs,
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sobretudo em países carentes de informações cartográficas actualizadas. Portanto, como


vantagens do Sensoriamento Remoto, pode-se citar que é então através da interpretação
de seus produtos que são obtidos os mapas de regiões remotas, de difícil acesso, e
sobretudo a um menor custo, permitindo também a detecção de objectas e fenómenos
não perceptíveis pela visão humana, através da utilização de outras faixas de radiação
electromagnética além do visível, como o infravermelho, e ainda possibilitando ter
visão global - sintética ou sinóptica - sobre uma região ou fenómeno estudado, através
da utilização de imagens de satélite de cobertura regional.

1.2.Importância de Fotografias Aéreas em Pesquisas Geológicas


O estudo de fotografias aéreas para obtenção de informações nos diversos campos das
ciências da Terra tem sido, de modo geral, assistemático e comparativo. O poder de
resolução da imagem fotográfica fica dependente, para seu intérprete, do conhecimento
prévio de imagens de aéreas e feições similares. Constitui o chamado método das
chaves, que se vem utilizando há mais de três décadas; embora muito tenha contribuído
para o conhecimento geológico e geográfico, este método é autolimitativo, pois não
apresenta as "regras do jogo" do processo de descoberta. As tentativas mais produtivas
de definir um conteúdo e uma lógica comunicável na fotointerpretação surgiram das
pesquisas de M. Guy (1966), tendo desenvolvido o método lógico de foto interpretação.

Sendo, a potencialidade da fotointerpretação como método de investigação dos fatos e


fenómenos presentes na superfície da Terra é inimaginável. Tem, porém, um limite
implícito no fato de que a foto representa um registo instantâneo de energia reflectida
pela superfície fotografada. Como documento para inventário e distribuição areal de
fatos é o mais preciso. Como documento para interpretação através de conclusões
lógicas permite que o intérprete obtenha sempre informações parciais e se supere,
substituindo-as por outras, com a ampliação do seu conhecimento entre causas e efeitos,
ou entre as variáveis (processos e respostas-formas) que constituem fenómenos
probabilísticos.

1.3.Importância das Imagens de satélite nos projectos de Mineração


Para Space Imagimg (2000), a mineração é uma actividade temporária de uso do solo.
E imagens de satélite e fotografias aéreas têm se mostrado ferramentas importantes no
apoio a projectos de exploração mineral. Elas podem ser usadas nas seguintes fases:
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 Exploração
Dois estágios principais do processo de exploração são a selecção de área em escala
regional e de alvos em escala local. Dados de satélite podem fornecer rapidamente uma
infinidade de informações que auxiliam nesse processo, especialmente em áreas remotas
ou perigosas, onde a exploração terrestre é mais difícil.

O sensoriamento remoto de exploração depende da interpretação de ambas as imagens


processadas, especialmente por meio da geração de melhorias e índices que podem
destacar corpos de minério, variabilidade ao longo da exploração local, bem como
recursos estruturais associados, como lineamentos e falhas.

 Viabilidade e planeamento

Extracção e meio de recursos em larga escala com modelos de elevação de resolução e


imagens, podem ajudar na identificação e planeamento de recursos como a localização
da infra-estrutura e a proximidade do local de áreas sensíveis (por exemplo, zonas
marinhas) satisfazendo assim os requisitos de viabilidade.

 Planeamento de perigos e riscos


Com a vasta constelação de satélites de alta resolução em órbita, o monitoramento de
alta frequência é uma realidade.   As técnicas de sensoriamento remoto combinadas com
análise, podem auxiliar no tratamento dos perigos ambientais e os riscos que podem
surgir.

E o mapeamento de perigos ou riscos, seja em resposta a um evento ambiental, como


inundação ou deslizamento de terra, ou na avaliação da susceptibilidade de uma região a
um risco particular, como incêndios florestais, vai permitir um planeamento prévio para
evitar riscos futuros.

 Monitoramento de activos e instalações

Dentro da indústria de mineração, a distância, o acesso a terras privadas e as restrições


governamentais podem afectar adversamente a colecta de activos e informações sobre
as instalações.
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A rápida taxa de colecta por satélites de alta resolução auxilia as empresas a superarem
problemas de acesso à área e também como melhora a gestão de vários projectos de
construção e operação.

As imagens de satélite formam uma base valiosa para a apresentação de ambos activos
actuais e propostos – onde esses activos abrangem áreas extensas, uma fonte de imagem
de satélite é muitas vezes a opção mais económica em fases de planeamento, projecto e
consulta à comunidade ou área.

Segundo Abrahão (2000), diz que por meio do uso das imagens de altíssima resolução
baseados em objectos e técnicas de classificação, pode-se extrair com rapidez e precisão
características de interesse. Durante a fase de construção e operação, estes podem
abranger componentes de infra-estrutura e instalações, rotas de transporte, bem como
características ambientais.

Como um provedor independente, quando combinados com extracção, visualização e


simulação de recursos, esse monitoramento é também importante para a comunicação
em todos os níveis da operação e gestão quanto ao andamento dos empreendimentos.

 Monitoramento e conformidade ambiental

Conforme a operação da mina cresce e se desenvolve, o monitoramento do meio


ambiente e localidades culturalmente sensíveis pré-existentes são vitais para prevenir e
gerenciar áreas de possíveis danos de longo prazo.

Quantificando e controlando essas mudanças durante a fase de construção e operação


que muitas vezes é essencial devido aos requisitos de relatórios, e também gerando
economia de tempo e dinheiro nas fases subsequentes de fechamento e reabilitação.

Usando imagens capturadas regularmente, análise topográfica, alta resolução e modelos


de elevação gerados a partir de dados de satélite estéreo, é possível destacar mais
mudanças na paisagem que podem indicar áreas potenciais de movimento.

Criando uma linha de base da infra-estrutura e instalações existentes com as quais se


pode rastrear mudanças, e permitir a produção de relatórios para investidores e governo
de uma forma oportuna.
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Conclusão

Chegado a conclusão do trabalho dizer que, a interpretação visual dos dados de


Sensoriamento Remoto sob a forma digital ou analógica (fotografias aéreas e imagens
orbitais) busca a identificação de feições impressas nessas imagens e a determinação de
seu significado. Em resultado, a interpretação de imagens consiste em um processo para
a obtenção de mapas temáticos através da utilização de dados de Sensoriamento
Remoto. Nesses termos, a interpretação de imagens tem que ser vista não como um
processo completo em si mesmo mas apenas como um passo para a construção de um
mapa de uma dada região, posto que a informação extraída das imagens necessita ainda
de ser conferida através de verificação de campo. Nesse sentido, os trabalhos de campo
são muito importantes, tanto para auxiliar no levantamento de áreas de treinamento que
servem para extracção de padrões amostrais e definição de chaves de interpretação,
como também para corrigir, aperfeiçoar e validar o mapa obtido da interpretação visual.

No entanto, a crescente complexidade dos problemas geológicos a serem estudados e o


avanço tecnológico na obtenção de novos sensores, também tem proporcionado a
implantação de novos métodos, capazes de fornecer informações decisivas na solução
desses problemas.
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Referências bibliográficas

Abrahão, Renato E. Filho. Ikonos, Turbulência no Aerolevantamento. InfoGeo, Ano 3,


Nº 14, Julho/Agosto 2000, p.36-39.
ANDERSON, J.R. et al. A land use and land cover classification system for use
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Art.21, incisos IX, XV, art.22, incisoXVII – Constituição da República Federativa do
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COVRE, Marcos. Atualização Cartográfica e Sensores Orbitais. Info Geo, Curitiba,
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Toutin, Thierry, CHENG, Philip. Desmistificando o Ikonos. InfoGeo, Ano 3, Nº 15,
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