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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à distância

Centro de Recursos de Gurué

Estrutura e Interior da Terra

Gentil Eusébio António Costâncio: 708235499

Curso: Ensino de Geografia

Disciplina: Geologia Geral.

Ano de frequência: 1º Ano.

Gurué, Maio de 2023


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 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura organizacio  Discussão 0.5
nais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização (Indicação
2.0
clara do problema)

Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico (expressão
3.0
escrita cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
discussão  Revisão bibliográfica nacional e
internacional relevante na área 2.0
de estudo
 Exploração dos dados 2.5

Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0

 Paginação, tipo e tamanho de


Aspectos
Formatação letra, paragrafo, espaçamento 1.0
gerais
entre linhas
Normas
Referências APA 6ª  Rigor e coerência das
Bibliográfi edição em citações/referências 2.0
cas citações e bibliográficas
bibliografia
Recomendações de melhoria

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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos ................................................................................................................................ 4
1.2. Metodologia ............................................................................................................................. 4
2. Enquadramento Teórico .............................................................................................................. 5
2.1. O Sistema Químico Dinâmico da Terra ................................................................................... 5
2.2. Como surgiu a estrutura interna da Terra ................................................................................ 5
2.3. As zonas ou regiões da terra .................................................................................................... 6
2.4. A estrutura interna da Terra ..................................................................................................... 7
2.5. Estrutura Estática ..................................................................................................................... 7
2.6. Estrutura Mecânica .................................................................................................................. 8
3. Conclusão.................................................................................................................................... 9
4. Referências bibliográficas ......................................................................................................... 10
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1. Introdução

Geologia é a ciência que estuda a Terra, e realmente é, trata-se de uma das mais abrangentes
ciências naturais. Os geólogos estudam a composição, a estrutura e a evolução do Globo
Terrestre, bem como os processos que ocorrem no seu interior e na superfície. Para a
compreensão de disso tudo é necessário ao profissional um bom conhecimento de física,
química, biologia e matemática.

De facto, existem muito mais coisas entre o céu e a Terra do que pode supor a nossa vã filosofia.
São depósitos minerais, bacias petrolíferas, fracturas e falhas geológicas, lençóis freáticos,
fósseis, poluição, cidades, seres vivos, entre outras.
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1.1. Objectivos

Geral:

 Conhecer a estrutura interna da terra.

Específicos:

 Identificar as camadas da terra;


 Caracterizar a estrutura interna da terra;

1.2. Metodologia

Para o presente trabalho aplicou se o uso de pesquisa bibliográfica que pode ser encontrado em
Severino (2007), onde o mesmo aponta que:

A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente


de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc.
Utiliza-se de categorias teóricas ou dados já trabalhados por outros pesquisadores e
devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O
pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos
constantes dos textos (P. 122).

Os métodos de colecta de dados definidos constaram de pesquisa bibliográfica visando à


fundamentação teórica e metodológica com a obtenção de informações sobre o tema pesquisado
e da interpretação e análise dos fundamentos históricos da geografia com as contribuições do
pensamento filosófico na Grécia antiga, levantando-se o acervo bibliográfico e cartográfico
disponível, permitindo a compreensão do significado para a ciência geográfica.
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2. Enquadramento Teórico

2.1. O Sistema Químico Dinâmico da Terra

A terra sólida que fica ao nosso alcance, as rochas superficiais e os solos delas derivadas por
desgaste físico e químico, é constituída por minerais, ou seja, compostos químicos inorgânicos.
Os elementos destes compostos já se achavam presentes à época da formação da terra, há cerca
de 4,5 bilhões de anos atrás.

A composição do interior terrestre possivelmente é similar na sua parte mais externa (a crusta e o
manto;) a algumas das rochas presentes na superfície, embora os minerais ali presentes sejam
diferentes, (Nagel,1984, p.547).

2.2. Como surgiu a estrutura interna da Terra

Popper (1980, p.114), considera-se que o planeta Terra tenha se formado no interior de uma
nebulosa solar quente (composta por gases e sólidos na forma de poeira) a partir de componentes
químicos mais refractários, que se condensaram em temperaturas muito altas. Assim, os
elementos químicos mais abundantes do planeta são bastante restritos, a saber: ferro (que pode
existir como metal, como óxido, ou silicato, ou sulfeto), oxigénio (geralmente, combinado com
outros elementos, especialmente com o silício), silício, magnésio (geralmente como óxido ou
silicato), níquel (como liga junto ao ferro, silicato junto ao magnésio, ou sulfeto junto ao ferro),
enxofre (nos sulfetos), cálcio (como óxido ou silicato) e alumínio (como óxido ou silicato). Estes
oito elementos, juntos, compõem cerca de 90% da massa do nosso planeta.

Durante o processo de formação da Terra, os condensados e as partículas de poeira colidem e


unem-se, umas às outras. As massas dos aglomerados e as velocidades das colisões crescem
rapidamente. Em contrapartida, o número de corpos presentes decresce. Surgem primeiro grande
número de corpos planetesimais, muito menores que a Lua.

Depois de múltiplas colisões, surgem os protoplanetas, com dimensões parecidas com a da Lua.
A energia das colisões leva ao aquecimento dos corpos, e isto promoveu a fusão, pelo menos
parcial, dos componentes de menor ponto de fusão: o ferro metálico e sulfetos de ferro e níquel
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líquidos, os quais, por serem mais densos, acumulam-se no centro do planeta, enquanto os outros
materiais mais leves concentram-se ao redor deste núcleo, no manto espesso, e na crosta. Esta
separação chama-se de diferenciação primária.

2.3. As zonas ou regiões da terra

Nesse sentido, continua Caponi (2000, p.76), com base em características físico-químicas, a
Terra pode ser dividida em três zonas principais na qual são descritas já a seguir:

A região mais superficial é chamada crusta. Esta zona tem uma espessura de 30-40 km sob os
continentes (ou ainda mais sob as zonas montanhosas) e, em zonas oceânicas, apresenta uma
espessura inferior a 10 km. Sob a crusta, ocorre uma zona de maior densidade denominada de
manto. O limite entre a crusta e o manto é conhecido por Descontinuidade de Mohorovicic (ou
Moho e até mesmo M).

A crusta é subdividida em duas zonas, com base em diferenças na espessura, densidade e


composição. A crusta continental é a mais superficial, de composição granítica e de menor
densidade; a crusta oceânica (que cobre aproximadamente 61% da superfície terrestre) localiza-
se inferiormente à continental e possui composições mais básicas e com maior densidade. A
separação entre estas zonas é denominada Descontinuidade de Conrad e apenas é identificada
por estudos sísmicos. No fundo das bacias oceânicas, a crusta continental está ausente. Apesar da
maior extensão e da maior densidade da crusta oceânica, esta representa apenas 1/3 da massa da
crusta continental pois esta é bastante mais espessa (Adams, 1954)

Segundo cita Collingwood (1952), o manto é dividido em duas camadas - manto superior e
inferior - considerando-se a superfície de separação entre estas camadas a uma profundidade de
cerca de 700 km. O manto é uma zona sólida e forma 83% do volume da Terra e cerca de 68%
da sua massa. A região que engloba profundidades até 100-150 km é também denominada de
litosfera. Esta engloba a totalidade da crusta, oceânica e continental, assim como uma parte
superior do manto e é caracterizada por ser constituída por material resistente à deformação
mecânica. A litosfera parece flutuar sobre uma zona relativamente quente, plástica e pouco
resistente chamada astenosfera. Esta flutuação pode justificar o facto das bacias oceânicas
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(constituídas por crusta oceânica e densa) se encontrarem deprimidas relativamente aos


continentes (constituídos por crusta continental menos densa).

A profundidade de 2890-2900 km situa-se o limite com a terceira zona, o núcleo; este limite é
conhecido como Descontinuidade de Gutenberg ou Descontinuidade de Wiechert-Gutemberg.

O núcleo é líquido pelo menos na parte mais externa, a parte mais interna, situada entre 5150-
6371 km a partir da superfície da Terra, é sólido com densidades de 13 g/cm3.

2.4. A estrutura interna da Terra

Para Barrycox apud Moore (1985), a estrutura interna da Terra é constituída por três camadas
crosta terrestre - camada superficial sólida que envolve a Terra. Tem, em média, de 30 a 40 km
de espessura, mas pode ser bem mais fina ou chegar a até 80km. Possui duas partes: forma de
relevo (superficial) e estruturas geológicas (interna). Manto - camada viscosa logo abaixo da
crosta. É formada por vários tipos de rochas siliciosas ricas em ferro e magnésio, que, devido às
altas temperaturas, encontram-se em um estado complexo que mistura materiais fundidos e
sólidos e recebe o nome de magma. Vai até os 2900 km de profundidade. É também dividido por
duas camadas: O Manto Superior e o Manto Inferior. Núcleo - é a parte central do planeta.

É formado por metais como ferro e níquel em altíssimas temperaturas. Possui duas partes:
Núcleo externo: Líquido – de 2900 a 5151 km. Núcleo interno: Sólido, devido à altíssima
pressão – até 7710 km.

2.5. Estrutura Estática

Atmosfera (até 10.000 km) [99,99998% da atmosfera, em massa, está abaixo de 100 km de
altitude] Crosta (até 40/70 km) Manto (até 2900 km) Núcleo externo (líquido - de 2900 a 5150
km)

Núcleo interno (sólido - Até 6371 km) Núcleo mais interno (sólido -a cerca de 5800 km)
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2.6. Estrutura Mecânica

Litosfera (até 100km) Astenosfera (até 400 km) Núcleo Tomada por inteiro, a Terra possui
aproximadamente seguinte composição em massa: 34,5% de ferro 29,6% de oxigénio 15,2% de
silício 12,7% de magnésio 2,4% de níquel, 9% de enxofre 0,05% de titânio.
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3. Conclusão

Realizado o trabalho de investigação acerca da estrutura interna e externa da terra conclui-se que
a superfície terrestre é composta pela interacção entre a atmosfera (camada representada pelas
massas de ar), hidrosfera (composta pelas águas, sendo mais expressiva nos oceanos), biosfera
(representando os seres vivos) e a litosfera (camada rochosa da Terra, situada na superfície).

A atmosfera, a hidrosfera e a biosfera são as responsáveis pelos processos erosivos dos relevos
terrestres. A Terra é dividida basicamente em três camadas: núcleo, manto e crosta ou litosfera, e
não obstante a isso de referir que o trabalho proposto foi de suma importância pois contribuiu de
forma positiva e significativa na aquisição e aprimoramento de conhecimentos sólidos atinentes a
estrutura interna e externa da terra.
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4. Referências bibliográficas

Adams, F. D. (1954). The birth and development of the geological sciences. New York: Dover
Publications.

Barrycox, C.; Moore, P. D. (1985). Biogeography: An Ecological and Evolutionary Approach.


(4a .Ed). Oxford: Blackwell Scientific Publications.

Caponi, G. (2000). Fact, fiction and forecast. (4. Ed). Cambridge: Harvard University Press.

Collingwood, R.G. (1952). Idea de la historia. México: Fondo de cultura económica.

Nagel, E. (1984). The Structure of Science: problems in the logic explanation. Indianápolis:
Hackett Publishing Company.

Popper, K. (1980). A miséria do historicismo. São Paulo: Brasil, Cultrix.

Severino, C. B. (2007). Métodos e técnicas de pesquisa. (6a. ed.): Atlas.

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