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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à distância

Centro de Recursos de Gurué

Consequências que advém das inundações na região sul do país, no mês de Fevereiro

Gentil Eusébio António Costâncio: 708235499

Curso: Ensino de Geografia

Disciplina: MIC 1.

Ano de frequência: 1º Ano.

Gurué, Maio de 2023


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 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura organizacio  Discussão 0.5
nais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização (Indicação
2.0
clara do problema)

Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico (expressão
3.0
escrita cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
discussão  Revisão bibliográfica nacional e
internacional relevante na área 2.0
de estudo
 Exploração dos dados 2.5

Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0

 Paginação, tipo e tamanho de


Aspectos
Formatação letra, paragrafo, espaçamento 1.0
gerais
entre linhas
Normas
Referências APA 6ª  Rigor e coerência das
Bibliográfi edição em citações/referências 2.0
cas citações e bibliográficas
bibliografia
Recomendações de melhoria

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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos ................................................................................................................................ 4
1.2. Metodologia ............................................................................................................................. 4
2. Enquadramento Teórico .............................................................................................................. 5
2.1.1. As drenagens e o meio urbano .............................................................................................. 5
2.1.1.2. O processo de ocupação urbana e sua relação com os impactos socioambientais............. 6
2.2.2.1. Inundações na região sul de Moçambique ......................................................................... 7
3. Consequências que advém das inundações ................................................................................. 7
4. Conclusão.................................................................................................................................... 9
5. Referências bibliográficas ......................................................................................................... 10
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1. Introdução
As cheias são a principal causa das inundações. As características das cheias, nos seus aspectos
hidrológicos e hidráulicos, e o controlo estrutural das ondas de cheia, foram estudados durante as
últimas décadas nos seus pontos de vista científico e técnico. Poder-se-á atingir facilmente um
acordo europeu sobre a tecnologia a utilizar nas situações de risco.

No que diz respeito à implementação de medidas não estruturais, e às escolhas para a


quantificação dos riscos aceitáveis para a sociedade e para o ambiente, será mais difícil atingir
uma posição única, na região sul do pais. Isto é consequência, das diferentes intensidades das
cheias em cada região, das diferentes organizações para a gestão do território, das diferentes
“culturas” do risco, e das diferentes experiências nacionais

O resultado destas diferenças é a existência de uma multiplicidade de metodologias para a gestão


dos riscos de inundação; há acções em três eixos principais, a saber: controlo das cheias, os
avisos e a evacuação e a gestão das zonas inundáveis.
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1.1. Objectivos
Geral:

 Conhecer a consequência que advém das inundações.

Específicos:

 Citar as consequências que advém das inundações;


 Descrever as consequências que advém das inundações.

1.2. Metodologia
Para o presente trabalho aplicou se o uso de pesquisa bibliográfica que pode ser encontrado em
Severino (2007), onde o mesmo aponta que:

A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente


de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc.
Utiliza-se de categorias teóricas ou dados já trabalhados por outros pesquisadores e
devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O
pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos
constantes dos textos (Severino, 2007, p. 122).

Os métodos de colecta de dados definidos constaram de pesquisa bibliográfica visando à


fundamentação teórica e metodológica com a obtenção de informações sobre o tema pesquisado
e da interpretação e análise dos fundamentos históricos da geografia com as contribuições do
pensamento filosófico na Grécia antiga, levantando-se o acervo bibliográfico e cartográfico
disponível, permitindo a compreensão do significado para a ciência geográfica.
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2. Enquadramento Teórico
Pisani (2001) caracteriza inundações como fenómeno natural, que ocorre quando a vazão a ser
escoada é maior que a capacidade de descarga do sistema hídrico. A inundação em áreas
ocupadas por actividades humanas, incompatíveis com a presença da água, se torna um desastre
com perdas socioeconómicas de grande vulto.

2.1.1. As drenagens e o meio urbano


A partir da década de 1960, passou-se, em alguns países, a questionar a drenagem urbana
realizada de forma tradicional que, por intermédio de obras destinadas a retirar rapidamente as
águas acumuladas em áreas importantes, transfere o problema para outras áreas ou para o futuro.
Sob esta concepção abrigam-se o projecto de grandes sistemas de galerias pluviais e as acções
destinadas à melhoria do fluxo em rios e canais, concretizadas através de cortes de meandros,
rectificações e mudanças de declividade de fundo.

Esta visão que ainda predomina em alguns meios técnicos, focaliza o controlo do escoamento na
própria calha do curso d’água, dando pequena importância à geração do escoamento nas
superfícies urbanizadas (Pompeu, 2000).

Nos últimos anos, foram introduzidas outras formas de abordar os problemas. As planícies de
inundação passaram a ser objecto de planejamento, sofrendo restrições quanto à ocupação e ao
tipo de obras, visando principalmente a garantir a área da seção de escoamento e a minimizar as
perdas de carga hidráulica em decorrência de edificações nestas áreas. Foram introduzidas as
denominadas medidas compensatórias que buscam compensar os efeitos da urbanização,
actuando sobre os processos hidrológicos e visando à redução de volumes ou vazões, em
diferentes concepções quanto ao porte e localização das obras (Nascimento et al., 1997).

De acordo com Tucci (2007), em ambientes urbanos já consolidados, se faz necessária a


implementação de uma série de medidas, que visam o controlo do escoamento da água pluvial,
antes de sua descarga nos corpos receptores.

A água exerce um papel importante no meio urbano, havendo necessidades de atendimento a


demandas diferenciadas, questões relativas à sua qualidade, disponibilidade e escoamento de
águas de chuva.
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A gestão destas águas constitui grande parte do saneamento urbano, a gestão da água no meio
urbano é um caso particular da gestão de recursos hídricos. Além disso, o planejamento de
actividades urbanas relacionadas à água deve estar integrado ao próprio planejamento urbano,
incluindo-se aqui o desenho da malha urbana e sua expansão, o zoneamento de actividades, a
rede viária e de transportes etc., (Pompeu, 2000).

2.1.1.2. O processo de ocupação urbana e sua relação com os impactos socioambientais


A ocupação do solo em áreas de margens de rios provoca degradação do meio ambiente e expõe
a população a riscos, o homem interfere no meio ambiente causando impactos, da mesma forma
é impactado pelo meio.

A respeito disso, Silveira afirma:

“Sendo assim, ao estender a ampliação e a adaptação do termo impacto ambiental para


socioambiental, percebemos o dimensionamento do debate sobre a relevância do carácter social,
reforçando a imagem dos seres humanos como agentes centrais impactantes e impactados sobre os
aspectos ambientais.” (Silveira, 2013, p. 44).

O desenvolvimento das actividades humanas no espaço geográfico provoca alterações na


paisagem, ao alterar o ambiente natural essas acções causam impactos significativos, e embora,
esses possam ser tanto positivos quanto negativos, estão mais associados aos efeitos negativos da
interferência humana sobre a natureza.

O crescimento desordenado das cidades tem gerado consequências catastróficas, a falta de


planejamento ou critério técnico para ocupação em áreas de encostas e planícies de inundação
tem causado danos ao meio ambiente, como a degradação ambiental, desmatamento e
assoreamento dos rios. Da mesma forma, durante o processo de construção das cidades a
população sofreu com as consequências da falta de organização, ao ocupar espaços as margens
de rios os riscos tornaram- se iminentes, acarretando a perda de vidas humanas e prejuízos
materiais. Quando as alterações provocadas no meio ambiente acabam impactando a qualidade
de vida e a saúde da população o impacto passa a ser analisado também sob a óptica social,
criando-se uma visão mais humanista e considerando a interacção entre indivíduo e natureza.
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2.2.2.1. Inundações na região sul de Moçambique

Na visão de Gomes (2009), ao longo do mês de Fevereiro de 2023 ocorrem cheias e enchentes na
região sul do pais. A inundação catastrófica foi causada por fortes chuvas que duraram cinco
semanas e deixaram muitos desabrigados. Aproximadamente 800 pessoas foram mortas.
1 400 km2 de terras aráveis foram afectados e 20.000 cabeças de gado e alimentos foram
perdidos.

O evento começou na África do Sul, quando fortes chuvas chegaram a inundações na região sul
em Fevereiro de 2023 causando danos avultados em $500 milhões (2000 USD), vítimas 700 –
800 total em áreas afectadas Sul de Moçambique, causando dezenas de mortes. 44.000 ficaram
desabrigados e muitos deles perderam algum tipo de parente.

O governo distribuiu 15 milhões de dólares (2.000 dólares americanos) aos seus cidadãos para
contabilizar danos à propriedade e perda de renda. Em Marco, as pessoas ainda viviam em
abrigos de recuperação na maioria deles em escolas com abastecimento de água flutuante.

No final de Fevereiro, as enchentes já haviam causado aumento da malária e diarreia. As


enchentes também interromperam o abastecimento de água e cobriram estradas, com a rodovia
principal norte-sul cortada em três, amplas áreas foi inundada, o que deslocou cerca de 220.000
pessoas, e matou cerca de 150 pessoas.

Os efeitos combinados das enchentes anteriores deixaram cerca de 463.000 pessoas deslocadas
ou desabrigadas, incluindo 46.000 crianças de cinco anos ou menos.

3. Consequências que advém das inundações


Para INGC, (2013) as consequências que advém das inundações são descritas já a seguir:

 Consequências na saúde: diarreias e gastroenterites, cólera, hepatite, e Malária.


 Consequência para as infra-estruturas: Interrupção total ou parcial de pontes, ruas e
estradas por inundação ou destruição.
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 Consequências económicas: Comprometimento total ou parcial das actividades agrícolas


e pecuárias e não obstante a isso registar – se a prejuízos económicos pela destruição total
ou parcial de propriedades, casas e construções.
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4. Conclusão

As enchentes encontram-se entre os desastres naturais que se caracterizam por alta frequência e
baixa severidade em termos de óbitos, mas sendo responsáveis por grande proporção de danos à
infra-estrutura local, às habitações e às condições de vida das comunidades e das sociedades de
baixa renda. Isto não exclui a possibilidade de que, principalmente por incapacidade de
desenvolver estratégias de prevenção e mitigação, ocorram eventos com grande número de
óbitos.

As tendências atuais de crescimento e concentração da população em áreas urbanas, sem a


adequada infra-estrutura, e com degradação ambiental e desigualdades sociais já apontam para o
crescimento das populações expostas e das perdas económicas relacionadas às enchentes, isto
mesmo sem considerar que a intensificação das mudanças climáticas representarão o aumento na
frequência e na gravidade de eventos como esses.
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5. Referências bibliográficas

Gomes, P. (2009). Impacte da subida do nível do mar sobre o turismo. Dissertação de Mestrado,
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Lisboa.

INGC. (2013). Plano de Contingência. Maputo: Instituto de Gestão de Calamidades INGD/


Beira: Base dados.

Nascimento, N.O.; Batista, M.B. e De Souza, V.C.B. (1997) Sistema Hidrourb para o pré-
dimensionamento de soluções compensatórias em drenagem urbana. Anais do XII
Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, CD-Rom, art. 330, Vitória, ES.

Pisani, M. A. J. (2001). As enchentes em áreas urbanas. Ed. 03. pg 42-45. SINERGIA. São
Paulo: Brasil.

Pompeu, C. A. (2000). Drenagem Urbana Sustentável. Revista Brasileira de Recursos Hídricos /


Associação Brasileira de Recursos Hídricos, volume 5, no. 1, pag. 15-23, Porto Alegre,
RS.

Silveira, R.B. (2013). Inundações e alagamentos no município de Itapoá-SC: impactos sócio-


ambientais nas áreas urbanas. CFH, Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis, 121p.
Severino, C. B. (2007). Métodos e técnicas de pesquisa. (6a. ed.): Atlas.

Tucci, C. E. M. (2007). Hidrologia: ciência e aplicação. (2ª ed). Porto Alegre: ABRH. Editora

da UFRGS.

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