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I. Introdução................................................................................................................................ 3
O trabalho que aqui apresentamos versa sobre análise da influência dos processos hídricos nas
condições físicas geográficas. No entanto, a água é o suporte e a componente principal de
todos os seres vivos, sem ela não seria possível a existência de vida na Terra. Como
sabiamente afirmou Leonardo da Vinci, a água é um dom divino da Natureza. Direta ou
indiretamente, a água é indispensável a todas as actividades humanas.
O presente trabalho visa fornecer pressupostos sobre a influência dos processos hídricos nas
condições naturais. O especial destaque ira para os climas, os recursos pedológicos e na
vegetação. Iremos também falar sobre os fenómenos que ocorrem no ciclo hidrológico.
O ciclo hidrológico traduz e descreve essa circulação da água nos seus três estados ou fases,
sendo uma consequência do princípio da conservação da água na Terra. No entanto, o tema é
pertinente em si mesmo pelo interesse apresentado por todos os curiosos nessa matéria.
1.1. Objectivo
1.1.1. Geral
O presente trabalho tem como objetivo geral, discorrer sobre regimes hídricos e
processos de formação.
1.1.2. Específicos
Neste contexto, importa referir que o presente trabalho obedece a seguinte estruturação com
vista a facilitar a compreensão: Capitulo I: faz-se referência a introdução. Capitulo II:
destacam-se os aspectos relacionados com a fundamentação teórica pautada para o sustento d
trabalho; Capitulo III: destaca-se a conclusão e por fim teremos as referências bibliográficas.
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2. Fundamentação teórica
Neste capítulo, apresenta-se os principais autores que abordam sobre o tema e explicaram de
forma sumária alguns conceitos que servem de base para a compreensão do trabalho.
O ciclo hidrológico de acordo com (Garcez, 1988) representa o movimento da água no meio
fisico. Dentro do ciclo hidrológico, a água pode estar no estado gasoso, líquido ou sólido,
distribuindo-se tanto na subsuperficie e superficie da Terra como na atmosfera. Portanto, a
água está em constante circulação, passando de um meio a outro e de um estado fisico a outro,
sempre mantendo o equilíbrio, sem ganhos ou perdas de massa no sistema.
A transferência de água da superficie do Globo para a atmosfera, sob a forma de vapor, dá-se
por evaporação dircta, por transpiração das plantas e dos animais e por sublimação (passagem
direta da água da fase sólida para a de vapor).
A precipitação pode ocorrer na fase liquida (chuva ou chuvisco) ou na fase sólida (neve,
granizo ou saraiva). A água precipitada na fase sólida apresenta-se com estrutura cristalina no
caso da neve e com estrutura granular, regular em camadas, no caso do granizo, e irregular,
por vezes em agregados de nódulos, que podem atingir a dimensão de uma bola de ténis, no
caso da saraiva. A precipitação inclui também a água que passa da atmosfera para o globo
terrestre por condensação do vapor de água (orvalho) ou por congelação daquele vapor
(geada) e por intercepção das gotas de água dos nevoeiros (nuvens que tocam no solo ou no
mar).
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A água que precipita nos continentes pode tomar vários destinos. Uma parte é devolvida
diretamente á atmosfera por evaporação: a outra origina escoamento à superficie do terreno,
escoamento superficial, que se concentra em sulcos, cuja reunião dá lugar aos cursos de água.
A parte restante infiltra-se. isto é, penetra no interior do solo, subdividindo-se numa parcela
que se acumula na sua parte superior e pode voltar à atmosfera por evapotranspiração e noutra
que caminha em profundidade até atingir os lençóis aqíiiferos (ou simplesmente aqiiiferos) e
vai constituir o escoamento subterrâneo, (Villela. 1975)
O escoamento superficial constitui uma resposta rápida á precipitaçào e cessa pouco tempo
depois dela, por Seu turno, o escoamento subterrâneo, em especial quando se dá através de
meios porosos, ocorre com grande lentidào e continua a alimentar os cursos de água longo
tempo após ter terminado a precipitação que o originou.
Uma evidência clara da influência dos processos aquáticos nas condições naturais é na
modelação do clima. Buscaremos subsídios de Antunes (s/d, p. 76-78) para tentarmos explicar
este fenómeno:
“ - O calor mássico (ou calor especifico) da agua é quase duas vezes do que o
do solo, o que significa que, recebendo a mesma quantidade de energia, a
superfície dos continentes aquece mais do que a dos oceanos. Pela mesma
razão, quando há um défice de energia, os primeiros arrefecem também mais
do que os segundos;
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Vejamos como os recursos hídricos contribuem para a moderação térmica em diferentes
épocas do ano nas distintas latitudes:
Notamos que os recursos aquáticos, com destaque para os oceanos apresentam uma grande
capacidade de armazenamento de calor, facto que tem contribuído bastante para a atenuação
das temperaturas frias em algumas regiões (temperada e fria).
Por outro lado, elas contribuem bastante para intensificar o calor em regiões intertropicais e
principalmente em regiões localizadas nas proximidades da costa.
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Considerando uma maior intensidade da radiação solar, teremos em zonas costeiras ou em
zonas que se aproximam a estas um maior índice de precipitação, devido a evaporação
registada nos oceanos.
É evidente a influência dos recursos hídricos na moderação do clima. Os climas por sua vez
são protagonistas de fenómenos como, a pedogénese e a abundância ou não da vegetação.
Note:
“qual organismo vivo, o solo nasce e evolui, passando por diversas fases ate
atingir a maturidade.
Numa primeira fase, por acção dos agentes atmosféricos (agua, humidade,
gases, oscilações térmicas, vento, etc), a parte superficial da rocha-mae sofre
uma alteração química e uma desagregação mecânica (meteorização),
transformando-se em pequenos fragmentos e grânulos de dimensões e formas
muito variadas.” (idem, p. 199, itálico do autor).
Pode admitir-se que a quantidade total de água existente na Terra, nas suas três fases, sólida,
líquida e gasosa, se tem mantido constante, desde aparecimento do Homem. A água da Terra
(hidrosfera) distribui-se por três reservatórios principais, os oceanos, os continentes e a
atmosfera, entre os quais existe uma circulação perpétua designada por ciclo da água ou ciclo
hidrológico. O movimento da água no ciclo hidrológico é mantido pela energia radiante de
origem solar e pela atracção gravítica.
Pode definir-se ciclo hidrológico como a sequência fechada de fenómenos pelos quais a água
passa do globo terrestre para a atmosfera, na fase de vapor, e após regressa novamente a terra,
nas fases líquida e/ou sólida.
A transferência de água da superfície do Globo para a atmosfera, sob a forma de vapor, dá-se
por a evaporação directa, por transpiração das plantas e dos animais e por sublimação
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(passagem directa da água da fase sólida para a de vapor). A quantidade da água mobilizada
pela sublimação no ciclo hidrológico é insignificante perante a que é envolvida na evaporação
e na transpiração de plantas e animais, cujo processo conjuntos é designada por
evapotranspiração. O vapor de água é transportado pela circulação atmosférica e condensa-se
após percursos muito variáveis, que podem ultrapassar 1000 km. A água condensada dá lugar
à formação de nevoeiros e nuvens e à precipitação a partir de ambos.
Após a passagem da agua para o estado de vapor, ela condensa-se formando nuvens, em que
atingindo o seu ponto de saturação precipita-se. A este fenómeno designamos por
precipitação.
A precipitação pode ocorrer na fase líquida (chuva ou chuvisco) ou na fase sólida (neve,
granizo ou saraiva). As designações de chuva ou de chuvisco aplicam-se consoante o
diâmetro das gotas é superior ou inferior a 0,5 mm. A água precipitada na fase sólida
apresenta-se com estrutura cristalina no caso da neve e com estrutura granular, regular em
camadas, no caso do granizo, e irregular, por vezes em agregados de nódulos, que podem
atingir a dimensão de uma bola de ténis, no caso da saraiva. A precipitação inclui também a
água que passa da atmosfera para o globo terrestre por condensação do vapor de água
(orvalho) ou por congelação daquele vapor (geada) e por intercepção das gotas de água dos
nevoeiros (nuvens que tocam no solo ou no mar).
A água que precipita nos continentes pode tomar vários destinos. Uma parte é devolvida
directamente à atmosfera por evaporação; a outra origina escoamento à superfície do terreno,
escoamento superficial (origina-se quando a precipitação atingi uma zona geológica com
carácter impermeável), que se concentra em sulcos, cuja reunião dá lugar aos cursos de água.
A parte restante infiltrase, isto é, penetra no interior do solo, subdividindo-se numa parcela
que se acumula na sua parte superior e pode voltar à atmosfera por evapotranspiração e noutra
que caminha em profundidade até atingir os lençóis aquíferos (ou simplesmente aquíferos) e
vai constituir o escoamento subterrâneo.
O escoamento superficial constitui uma resposta rápida à precipitação e cessa pouco tempo
depois dela. Por seu turno, o escoamento subterrâneo, em especial quando se dá através de
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meios porosos, ocorre com grande lentidão e continua a alimentar os cursos de água longo
tempo após ter terminado a precipitação que o originou.
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VI Considerações Finais
Evidentemente que as considerações feitas não esgotam a percepção de que essas actividades
servem como ponte articuladora da aprendizagem significativa, levando a entender que a
evidência mais clara da influência das águas nos fenómenos naturais é na modelação do clima
e esta por sua vez influencia nos recursos pedológicos e florísticos.
É através da transferência de calor, por meio das correntes oceânicas, das zonas intertropicais
para as zonas polares que os climas rigorosamente frios são atenuados com o calor vindo das
latitudes baixas e os climas quentes também são amortecidos devido as massas de ar fria
vinda das latitudes altas.
Em zonas costeiras pode-se notar uma intensa precipitação devido a forte evaporação
provindo dos oceanos, donde o vapor de água é arrastado pelos ventos ate o interior dos
continentes. Este fenómeno determina a pedogénese e a abundância da vegetação nas áreas
com forte precipitação.
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V Referências Bibliográficas
Ferreira, A., & Cruz, M. M. P. da, “Geografia Física 2, 10º/11º ano e Curso complementar
nocturno - Área A”, Edições ASA, s/d.
Garcez, L. N., & Alvarez, G. A. (1972). Hidrologia. Editora Edgard Blucher ltdæ Säo Paulo,
sp. 1988. Kirkham , D. & Powers, WI. Advanced soil Physics. New York, Wiley-lterscience,
a division of John Wiley & Sons, 533p.
Libardi, P.C. (2012). Dinamica da Agua no Solo. Sao Paulo, Editora da Universidade de Sao
Paulo (EDUSP), 2a edicao, 352p.
Villela, S. M., & Mattos, A. (1975). Hidrologia Aplicada. Säo Paulo. McGraw-Hill do Brasil.
245p.
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