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Montanhismo:

O Equipamento
Guias de Montanha – Pico
Madalena, 15 de Março de 2019

Pedro Cuiça
Treinador de Montanhismo, de Escalada e de Pedestrianismo – Grau III
montanha.2351@gmail.com
«Cada tipo de paisagem apresenta exigências
especiais ao ser humano e ao equipamento.»

Wolfgang Uhl
O Equipamento: na óptica do praticante

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O Equipamento

• É conveniente efectuar listagens de equipamento


necessário para diversos tipos de actividades; essas
listas são muito úteis para facilitar a selecção do
equipamento minimizando as probabilidades de
esquecer algo

• O equipamento deve ser arrumado segundo diversos


itens: roupa de muda; estojo de emergência;
equipamento de pernoita,… “Cada coisa no seu lugar”

• Certos objectos podem ser colocados em diversos itens.


O importante é que quem estabelece a listagem saiba
como distribuiu o equipamento, pelas diversas bolsas, e
onde este se encontra.
Vestuário

• Manter o corpo quente e seco,


protegendo-o adequadamente do meio:
frio, vento, chuva, raios solares,…

• Ser ligeiro, cómodo e transpirável

• Se a roupa é inadequada, impedindo


que a transpiração se evapore, dá-se o
fenómeno de condensação que, em
casos extremos, pode provocar
esgotamento ou, em climas frios,
hipotermia.
Vestuário

• Em “climas benignos”, a roupa não será de fundamental importância,


desde que permita uma total liberdade de movimentos e seja resistente

calções ou calças de fato-de-treino, t-shirt ou camisola de manga


comprida.

• Recomenda-se o uso de camisola com gola a fim de proteger o pescoço


dos raios solares.
• Em situações de um sol muito intenso deve resguardar a cabeça com um
chapéu: os de tipo panamá são muito leves e ocupam pouco espaço
quando dobrados.
• Poderá também ser necessário, nomeadamente em montanha, o uso de
óculos-escuros e de protector solar.
Vestuário
Propriedades dos tecidos
• Algodão: tecidos hipoalérgicos, com boa duração e resistência, não só ao
uso, como também ao calor e aos detergentes, mas são pesados,
absorvem a transpiração, não aquecem o corpo quando molhados e são de
difícil secagem. O seu uso não é recomendável em climas frios.

• Lã: Os tecidos absorvem a transpiração e são difíceis de secar, no entanto,


mantêm o corpo quente mesmo quando molhados. O contacto directo com
a pele pode ser desagradável.

• Fibras sintéticas: São especialmente indicados para a prática de


actividades de ar livre. Os tecidos usados como primeira camada (Lifa,
Thermastat, Capilene, etc.) são concebidos para expulsarem a
transpiração para o exterior, mantendo o corpo seco. Os tecidos de fibras
polares (cem por cento poliester) são leves, resistentes à abrasão,
excelentes isolantes térmicos e secam rapidamente. Um dos tecidos mais
conhecidos é o Polartec que se classifica, segundo a espessura, em
Polartec 100 (dois milímetros), 200 (5.08 milímetros) e 300 (6.81
milímetros).
Vestuário

O sistema de camadas é a forma mais versátil de se vestir dando resposta a


constantes alterações do tempo atmosférico: a primeira camada serve para
manter o corpo seco, a segunda para mantê-lo quente e a terceira para o
abrigar do vento e/ou pluviosidade.

Neste contexto será conveniente levar:

– Primeira camada: camisola e/ou calças de seda ou fibras sintéticas e


meias dos mesmos materiais; luvas de lã fina ou de fibras sintéticas que
permitam uma boa sensibilidade ao tacto e, eventualmente, um passa-
montanhas dos mesmos materiais

– Segunda camada: pull-over de lã (com gola alta e fecho-éclair) e/ou


casaco de forro polar; calças de fato-de-treino ou calças de forro polar;
eventualmente, umas sobre-luvas de lã grossa ou forro polar; bóina ou
passa-montanhas de lã ou forro polar e sobre-meias (segundo par) de lã
Vestuário

– Terceira camada: casaco (com amplo capuz e costuras termo-seladas) e


calças ou jardineiras impermeáveis-transpiráveis, leves e resistentes.

• Os materiais vulgares totalmente impermeáveis provocam uma intensa


condensação ou, caso contrário, os materiais de impermeabilidade duvidosa,
deixam passar a água da chuva.

• O ideal será o uso de produtos de permeabilidade selectiva em Gore-tex – o


novo Polartec Neoshell – ou fibras com propriedades semelhantes: Helly-
tech, eVent, Simpatex, Active, Entrant, Sofitex, entre outros. Estes tecidos
teoricamente deixam passar a transpiração para o exterior, ou seja, são
respiráveis ou transpiráveis, mas comportam-se como impermeáveis face à
água da chuva.

• Em casos “extremos”, poderão também ser necessárias umas sobre-luvas


e umas polainas, idealmente de permeabilidade selectiva.
Calçado

• A escolha de um bom par de botas é


essencial para quem realiza
actividades de montanhismo.

• A escolha depende do tipo de


“terreno de jogo” pois não existe
nenhum calçado que seja válido em
todos os tipos de terreno.

• Consulte catálogos e bibliografia, e


não hesite, com os devidos cuidados,
em pedir conselhos nas lojas da
especialidade.
Calçado

• Nos passeios em baixa/média


montanha, quando o tempo se
apresenta agradável e não se
preveja chuva, umas botas de lona
serão suficientes. São arejadas,
protegem os pés de plantas
espinhosas e resguardam o
tornozelo.
• As botas de Gore-tex são muito
usadas pela sua leveza, conforto e,
sobretudo, têm fama de
impermeabilidade-transpirabilidade.
• Um modelo mais robusto, em couro
ou plástico, será escolhido para a
alta-montanha. No Inverno,
nomeadamente nas caminhadas em
neve e/ou em gelo, umas botas
quentes evitarão uma perda
desnecessária de calorias.
• As solas Vibram continuam a ser
uma boa escolha.
Vestuário e Calçado
Três camadas
Transporte e acondicionamento

• Para transportar o equipamento


utilizam-se mochilas e/ou sacos de
material.

• Convém arrumar o material em bolsas


(idealmente impermeáveis), segundo os
itens estabelecidos, para que este possa
ser descoberto com a máxima prontidão e
facilitar o seu acondicionamento.
Arrumar a mochila

• Uma arrumação correcta da


mochila possibilita uma marcha
erecta. Se estiver mal
arrumada, o pedestrianista terá
uma postura curvada e como
consequência maior dispêndio
de energia.

• Apesar de se poder transportar


algum material fora da mochila
(pois as correias permitem-no),
o conveniente é que este vá, na
sua totalidade, devidamente
acondicionado no interior da
mesma.

• A maior parte das mochilas não


são impermeáveis. Para
proteger o conteúdo da água da
chuva, deve-se colocá-lo em
saco de material impermeável
ou em bolsas impermeáveis.
Diversos

• Nos “diversos” colocam-se os pequenos objectos que convém ter à mão ou


que não se enquadrem nos restantes itens: lanterna-frontal, navalha,
óculos-de-sol, fósforos e/ou isqueiro, entre outros.

• Os documentos pessoais (BI e Passaporte, por exemplo) devem ser


transportados em local seguro e impermeável (por exemplo num bolso
interior da mochila ou em bolsa de cintura). Se necessário, coloquem-se
previamente os documentos numa bolsa impermeável.

• Um caderno de campo, lapiseira e borracha serão igualmente de grande


utilidade.
Equipamento de orientação

• O material de orientação compreende


uma bússola e cartas topográficas.

As cartas geralmente utilizadas são as


militares do Instituto Cartográfico do
Exército (IGeoE), na escala de
1/25000, e as corográficas do Instituto
Português de Cartografia e Cadastro
(IPCC), na escala de 1/50000.

• Um esquadro de coordenadas será


bastante útil para determinar as
coordenadas de um ponto na carta.
Tal como um curvímetro para medir
as distâncias sobre as cartas.
Equipamento de orientação

• Os barómetros aneroides são


aparelhos que permitem a
medição da pressão atmosférica.
Usando um altímetro (barómetro
com escala de altitudes) é
possível determinar a cota a que
nos encontramos, o que constitui
um bom indicador de orientação
para quem esteja em terrenos
acidentados.

Os barómetros permitem, além disso,


prever o estado do tempo. Uma “mini-
estação meteorológica”, como as
Silva, que medem as pressões
atmosféricas, a altitude, a velocidade
do vento, a temperatura,… pode ser
interessante.
Equipamento de orientação

• Cada vez mais, o GPS ocupa


o lugar de destaque no
tocante ao posicionamento e
navegação no terreno…
Equipamento de emergência
• O material de emergência/sobrevivência acondiciona-se num estojo.

• Em condições meteorológicas adversas, as tendas de emergência poderão


ser úteis…
• Caso não se disponha de tenda de emergência, o saco-de-bivaque será
indispensável quando se preveja tempo instável ou possibilidade de pernoita
(mesmo que remota).
• Um estojo deverá ter sempre pelo menos uma cobertura de sobrevivência.

• Um apito permite localizar um indivíduo através de sinais sonoros, tanto de


noite como de dia, por exemplo, se se perder no meio de denso nevoeiro.

• Os fósforos de emergência resistem ao vento e são à prova de água: uma


vez acesos, não se apagam até que se consumam na totalidade.

• O estojo de emergência deverá também conter 10 metros de cordeleta, um


pequeno estojo de costura (com duas agulhas, linha resistente, etc.) e um a
dois atacadores de reserva para as botas, deve responder igualmente a uma
situação de escuridão: o frontal poderá ir no estojo ou junto deste. Não
esquecer as pilhas de recarga.
• Será também recomendável levar rações de emergência.
Estojo de Primeiros Socorros

• Um estojo de socorros deverá ser estanque e indeformável: uma pequena


caixa de alumínio ou plástico será o ideal. O conteúdo irá variar consoante
a duração e o tipo de actividade praticada. Tal como no caso do estojo de
emergência/sobrevivência, o indicado será cada um montar o seu próprio.

• Um estojo de socorros deve conter, pelo menos, uma tesoura, uma pinça,
duas bandas triangulares, dois a quatro alfinetes d`ama, algodão
hidrófilo, uma a duas ligaduras elásticas, uma a duas ligaduras para
hemorragias, duas ligaduras de gaze, duas a quatro compressas para
queimaduras, 10 compressas de gaze para feridas, pensos rápidos, um
rolo de adesivo, uma a duas dedeiras, Betadine – solução dérmica em
pomada, analgésico fracos (aspirina), vaselina e bicabornato de sódio.
Equipamento de cozinha

De entre o material de cozinha destaca-


se: cantil (de um litro ou litro e meio),
fogão de gás butano com botija
pequena e recargas, marmita de
alumínio (tampa a servir de prato),
garfo, colher e púcaro de alumínio ou
preferencialmente de plástico, papel
higiénico, eventualmente papel de
alumínio, sacos para lixo, etc.
Alimentos
• A importância de uma alimentação correcta para manter os níveis de
rendimento exigidos num dia de actividade está demonstrada. Alimentos e
bebidas adaptadas à actividade em causa são fundamentais para evitar
problemas de desidratação, esgotamento ou hipotermia. Dever-se-ão
manter os níveis de energia em torno de um valor óptimo, o que assume
especial importância durante condições meteorológicas adversas. Para
isso, coma frequentemente e em pequenas quantidades, mantendo
alimentos sempre à mão, no bolso do blusão ou da mochila.
• Como o espaço da mochila é limitado, tal como a capacidade de um
indivíduo carregar grandes pesos, certos alimentos ficam excluídos à
partida. Os alimentos desidratados, liofilisados ou em pó são leves e
ocupam pouco espaço, sendo ideais para a prática de actividades de ar
livre. Para a sua confecção é geralmente necessário juntar água e deixar
ferver ou simplesmente adicionar água quente. No mercado é fácil
encontrar refeições e sopas desidratadas, puré de batata, leite em pó,
caldos de carne (em cubos ou em pó), cacau, farinha de soja, etc. Outros
alimentos que também é habitual levar são tostas ou torradas, queijo,
presunto, frutos secos, frutas cristalizadas, marmelada, mel, muesli,
chocolate e barras energéticas.
• Em actividades prolongadas será conveniente levar complementos
vitamínicos e efectuar um planeamento mais cuidado da cozinha de campo.
Líquidos
• A quantidade de água que se deve ingerir
diariamente varia de acordo com diversos
factores (condições climatéricas, actividade
física,…). Deve-se beber pelo menos um litro e
meio de líquidos por dia mas, por muita sede
que sinta, não beba água imprópria para o
consumo. Esta deverá ser previamente
purificada ou depurada através de pastilhas ou
filtros. A fervura da água ou a sua desinfecção
com duas ou três gotas de lixívia são métodos
bastante eficazes na eliminação de
microorganismos mas, tal como as pastilhas,
não eliminam eventuais produtos químicos.

• Cuidado com as desidratações! Em “climas”


frios é difícil a percepção da perda de líquidos,
mesmo quando se realizam esforços intensos.
Deve-se transportar líquidos em quantidade
suficiente: água, bebida isotónica (por exemplo,
Isostar) ou um preparado energético (como o
XL-1). Um cantil-termo será útil para manter as
bebidas quentes quando o tempo esteja frio, ou
frescas quando estiver calor.
Equipamento de pernoita

O equipamento de pernoita é
constituído fundamentalmente
por tenda de duplo tecto com
um ou dois avançados (para
uma, duas ou mais pessoas),
saco-de-bivaque (idealmente
impermeável / respirável), saco-
cama, colchoneta (recomenda-
se duas em neve) e frontal (que
deve ir junto do estojo de
emergência/sobrevivência).
Estojo de higiene

• O estojo de higiene é composto por toalha, escova e pasta de dentes,


sabão azul e branco (versão radical) ou sabonete e champô (versão soft)
com respectiva saboneteira, pente e papel higiénico,…

• A higiene abarca também a manipulação de alimentos e, eventualmente, a


purificação de água  filtro, pastilhas,…
Material de Progressão

Bastões
• O uso de bastões revela-se muito útil em
montanhismo:

- distribui o esforço efectuado nas subidas

- atenua os “impactos” na descida  previne lesões

- etc.
Material de Progressão
Piolet e Crampões
• Em terrenos nevados e/ou gelados
o uso de piolet e/ou crampões é
essencial para uma progressão
eficaz e segura.
• O uso de spikes (picos) também
se pode revelar uma excelente
opção…
Material de Segurança
Capacete
• O uso de capacete é imprescindível em todos os terrenos
em que seja possível ocorrer queda de pedras ou queda
de praticantes, com possíveis lesões cranianas.
• Os capacetes de escalada apresentam geralmente casco
liso, sem abas, protegem somente o crânio (e não o
rosto), o sistema de fixação é por intermédio de correias e
são muito ligeiros.
Material de Segurança

Atenção!
• Usar sempre capacetes homologados.
• Verificar o ano de fabrico: se não houver prazo de durabilidade
estabelecido, recomenda-se a substituição dentro de três a cinco anos
(estima-se que após cinco anos um capacete terá perdido cerca de 25 por
cento da sua resistência original) consoante o maior ou menor uso,
condições climáticas, etc.
• Se um capacete sofrer um forte impacto, mesmo que não se apresente
danificado, deverá ser substituído.
• Os capacetes não devem ser expostos ao calor: a 50 ou 60ºC os capacetes
podem deteriorar irremediavelmente a sua estrutura.
• A exposição prolongada aos raios ultravioletas provoca um envelhecimento
precoce, portanto proteja-se!
Material de Segurança
Arneses
• Os arneses difundiram-se com uma certa
rapidez durante o período do chamado
“alpinismo tecnológico” (anos 50-60 do século
XX): as exigências da escalada artificial
requeriam um material que permitisse
permanecer “pendurado” comodamente
durante longas horas. Desde então a sua
forma e características variaram
sensivelmente, tendo sido propostas varias
opções.
• Os arneses podem ser de peito, de cintura
ou integrais. O arnês de peito é usado
juntamente com um arnês de cintura: o seu
uso isolado em escalada em rocha é bastante
perigoso. Um arnês de peito juntamente com
um de cintura é a melhor opção de conforto e
segurança.
• Em montanha será útil optar por um modelo
com perneiras reguláveis que possa ser
colocado sem ser necessário descalçar as
botas e/ou os crampões.
Material de Segurança

Atenção!
• Verifique periodicamente o estado das fitas e das costuras.
• O tempo de duração dos arneses irá até seis anos ou um pouco mais,
excepto se sofreram danos imprevistos..
• Os arneses podem ser lavados à mão (e escova) com água fria ou tépida e
sem detergentes.
• Devem-se secar à sombra e afastados de fontes de calor.
Material de Progressão

Cordas
• As cordas de início “estáticas” e feitas com
fibras naturais ofereciam uma baixa
resistência ao choque e um alongamento
bastante pequeno. As cordas dinâmicas,
usadas em montanhismo e escalada, são
feitas com fibras sintéticas (poliamida) e
são compostas por alma e camisa.

• Em montanhas com as características do


Pico o uso de corda restringe-se, em
regra, a situações de auxílio, através da
técnica de “rédea curta”, de pessoas com
dificuldades geralmente na descida…
Material de Progressão

Cordeletas
• As cordeletas apresentam espessuras de dois a
oito milímetros e tal como as cordas de escalada
são de fibras sintéticas (geralmente de
poliamida). No entanto, ao contrário destas, as
cordeletas são estáticas.

• As cordeletas são utilizadas para fazer nós


autobloqueantes, montagem de reuniões,
instalação de anéis em pontes de rocha, etc. As
cordeletas de Kevlar apresentam uma
resistência estática cerca de três vezes mais
superior à das cordeletas de poliamida. A
Spectra devido à sua grande resistência (cerca
de oito vezes superior à do nylon standard) é,
sem dúvida, a melhor opção de segurança.
Material de Segurança
Fitas
• As fitas são também fabricadas com fibras
sintéticas, são estáticas e aplicam-se, na
maior parte dos casos, em funções idênticas
às das cordeletas. As fitas apresentam
largura variável e são de dois tipos:
tubulares ou planas.
Material de Segurança
Atenção!
• Não pisar as cordas
• Evitar o contacto das cordas com terra ou areia
• Evitar quedas de factor elevado
• Ter cuidado com as arestas da rocha
• As cordas lavam-se à mão com água fria ou tépida sem detergentes e com escova se
necessário
• Não deixar as cordas ao sol, expostas a temperaturas elevadas ou sujeitas a humidade
• As cordas devem ser guardadas em local seco, fresco e ao abrigo da luz solar, sem nós,
soltas e sem estarem penduradas
• As cordas nunca deverão estar em contacto com produtos químicos ou com os seus
gazes (por exemplo, gasolina): em especial com ácidos; por esta mesma razão, não se
deve marcar o meio da corda com fita adesiva ou tinta
• Verificar o estado das cordas regularmente (camisa e alma) ao longo de todo o
comprimento
• Uma corda de escalada deverá deixar de ser usada após um período máximo de 3 a 5
anos ou se sofreu alguma queda forte e/ou apresentar danos (por exemplo, a camisa muito
gasta)
• Quando se compra uma corda, veja-se a data de fabrico pois o processo de
envelhecimento verifica-se mesmo que as cordas não tenham sido usadas
• Nunca usar uma cordeleta ou uma fita encontrada numa via mesmo que pareça estar em
bom estado: os raios ultravioletas e os agentes atmosféricos degradam as fibras sintéticas
com relativa rapidez
Material de Segurança
Mosquetões
• Os mosquetões são elos metálicos providos de uma
abertura (dedo), recta ou curva, com ou sem seguro.
• Os mosquetões mais usados são fabricados em Zicral:
uma liga de zinco, crómio e alumínio muito resistente e
ligeira.
• Os mosquetões (ultra)ligeiros ou de tipo L (light),
geralmente com 30 g ou menos e 10 mm de secção,
só devem ser usados em escalada desportiva e cordas
simples: apresentam resistências equiparadas aos
mosquetões mais polivalentes de tipo N (normal), com
cerca de 50 g e mais de 10 mm de secção, no entanto,
isso só sucede em condições óptimas de trabalho sem
torções ou efeito de alavanca.
• Os mosquetões utilizados em montanhismo são
geralmente em forma de D, simétrico ou assimétrico,
ou em forma de pêra, ditos “mosquetões HMS”.
O Equipamento: na óptica do guia

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Equipamento do guia
• A escolha do equipamento a levar por um guia terá em consideração a
satisfação das suas necessidades mas também as dos seus clientes:

- termo com chá quente e/ou água a mais

- abrigo de emergência (storm shelter)

- mínimo de 3 coberturas de sobrevivência

- 2 bastões

- 2 apitos

• ATENÇÃO: segundo a legislação portuguesa todo o acto médico deve ser
praticado por pessoas devidamente habilitadas  impossibilidade de ministrar
medicamentos…

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